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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA

CÍVIL DA COMARCA DE COXIM/MS

PAULO BRIGADEIRO, brasileiro, comerciante, portador do CPF XXX.XXX.XXX-XX,


residente e domiciliado na Av. Marcio Lima Nantes, nº 286, CEP 79400-000, por seu advogado,
conforme procuração anexa (Doc. 1), com base nos artigos 771 e seguintes, todos do Código
de Processo Civil, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE

em face de BENITO DA SILVA, brasileiro, estilista, portador do CPF XXX.XXX.XXX-XX,


residente e domiciliado na rua Belém, nº 101, CEP 79400-000, pelas razões de fato e de direito
a seguir expostas:

I – DOS FATOS

1. O Autor celebrou com o Réu uma transação comercial, devidamente assinado por duas
testemunhas, conforme prescreve o art. 784, III, do Código de Processo Civil (CPC), na qual
adquiriu diversas peças de roupas, comprometendo-se a pagar o valor total de R$ 55.000,00
(cinquenta e cinco mil reais) por meio de nota promissória, com vencimento em 10/10/2023.

2. Apesar da notificação extrajudicial realizada pelo Autor, o Réu não cumpriu com sua
obrigação de efetuar o pagamento da mencionada dívida, consoante prevê o Contrato.

3. Diante da inadimplência do Réu, o Autor se vê obrigado a recorrer ao Poder Judiciário para


garantir a satisfação de seu crédito

II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

a) O presente pedido de execução fundamenta-se nos artigos 783, 784, 786, 787 e 798, inciso
I, alínea d, do CPC, bem como na comprovação do inadimplemento do Réu após o vencimento
da obrigação.
b) Consoante o disposto no artigo 783 do CPC, a execução de título extrajudicial pode ser
promovida por aquele que detém a posse do título executivo, no caso em tela, o Autor, Paulo
Brigadeiro, detentor da nota promissória assinada pelo Réu.

c) O artigo 784 do CPC estabelece que são títulos executivos extrajudiciais, entre outros, as
notas promissórias, como a que foi firmada pelo Réu em favor do Autor, conferindo-lhe o
direito de exigir o pagamento da quantia nela especificada.

d) Conforme dispõe o artigo 786 do CPC, a execução por quantia certa contra devedor solvente
é cabível quando o devedor não cumpre espontaneamente a obrigação após seu vencimento.
No caso em tela, o Réu, mesmo notificado extrajudicialmente da existência do débito, deixou
de efetuar o pagamento da dívida no prazo estipulado, configurando, assim, o inadimplemento.

e) Conforme preceitua o artigo 787 do CPC, cabe ressaltar que o Autor já cumpriu sua
contraprestação, ou seja, forneceu os bens adquiridos do Réu, enquanto este deixou de cumprir
com a obrigação de pagar o valor devido.

f) Nesse sentido, o artigo 798, inciso I, alínea d, do CPC, estabelece que a inexecução da
obrigação por parte do devedor é pressuposto essencial para a execução fundada em título
extrajudicial, o que restou devidamente comprovado nos autos.

g) O procedimento da presente execução seguirá os ditames dos artigos 829 e seguintes do


CPC, os quais estabelecem as regras específicas para a realização da penhora e avaliação de
bens do executado, garantindo a efetividade da execução do crédito.

III – O PEDIDO

1. Diante do exposto requer:

a) A citação do Réu, na pessoa de seu representante legal, para que, no prazo de 3 (três) dias,
efetue o pagamento da dívida no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), corrigido e
atualizado, acrescido de juros, correção monetária e honorários advocatícios, sob pena de
expedição de mandado de penhora e avaliação de bens que compõem seu patrimônio, nos
termos dos artigos 829 e 831 do CPC.

b) A penhora online dos veículos de propriedade do Réu, conforme autoriza o artigo 854 do
CPC, em caso de não pagamento voluntário da dívida.

c) Que, cumprida a obrigação no prazo estabelecido, o Réu arque com o valor dos honorários
advocatícios pela metade, conforme previsto no § 1º do artigo 827 do CPC.

d) Indicar, desde já, os bens do devedor passíveis de penhora, quais sejam, os veículos da marca
Ford, um avaliado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e outro em R$ 130.000,00 (cento e
trinta mil reais), conforme disposto nos artigos 798 e 829, parágrafo 2º, do CPC.

e) Requerer a expedição de certidão que comprove a distribuição deste feito, conforme


determina o artigo 828 do CPC, a fim de que sejam resguardados os direitos das partes
envolvidas no processo.
IV – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Coxim, 7 de abril de 2024.

Claudio Pereira Ramos


OAB/MS nº 0123456

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