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Juliana de Toledo Romero – 8o DB – Caso 04 – Prática Jurídica Civil II

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DE


UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DO PRAIA GRANDE/SP

Ricardo (nome completo), nacionalidade, estado civil,


profissão, inscrito sob a cédula de RG nº _____, e portador do CPF nº_____,
endereço eletrônico, com domicílio e residência na cidade de Santos/SP,
vem, por meio de seu advogado, conforme procuração anexa com escritório
em endereço profissional, perante Vossa Excelência, ajuizar

AÇÃO DE EXECUÇÃO
POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE

com fulcro no artigo 827 e seguintes, e artigo 784, III,


todos do Novo Código de Processo Civil, em face de Moacir (nome
completo), nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito sob a cédula de RG
nº _____, e portador do CPF nº_____, endereço eletrônico, com residência
na cidade de Praia Grande/SP, pelas razões de fato e de direito abaixo
descritas:
DOS FATOS

O autor firmou contrato de compra e venda com o réu


(doc. 1 juntado aos autos), com o intuito de adquirir imóvel de sua
propriedade, situado em Santos/SP.

Em referido instrumento, foram determinados os direitos


e deveres de cada um. Cabia ao autor pagar o valor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais) pelo bem, mediante transferência bancária,
tendo o réu o prazo de 30 (trinta) dias contados da data do pagamento para
desocupá-lo, sob pena de incidência de multa de 10% (dez por cento) sobre
o valor do contrato.

Importante salientar que o contrato foi assinado pelas


partes e por duas testemunhas, constituindo, assim, título executivo
extrajudicial, conforme será explanado adiante.

Apesar do prazo estabelecido para que o réu cumprisse


com sua obrigação, a efetiva desocupação do imóvel com a entrega das
chaves ao autor só ocorreu 50 dias após realizado o pagamento pelo autor.

Neste ínterim de 20 dias que ultrapassou o período


estipulado, o autor não se quedou inerte, tentando contatar o réu através de
ligações telefônicas, mensagens de textos e e-mails (doc. 2 - telas de
telefone e computador juntadas).

Sendo assim, tratando-se de título executivo extrajudicial,


tem cabimento esta ação de execução por quantia certa, com base na
obrigação líquida, certa e exigível estipulada no contrato – a multa.

A dívida pleiteada se refere, portanto, a multa decorrente


da infração contratual cometida pelo réu, que até o presente momento,
totaliza o montante de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), consoante a
memória de cálculo juntada aos autos (doc. 3).
DO DIREITO

Cuida-se de Ação de Execução, processo este que


deve seguir os requisitos estabelecidos no Diploma Processual Civil.

De acordo com o artigo 784, inciso III do Novo Código


de Processo Civil, é título executivo extrajudicial o documento particular
assinado pelo devedor e por duas testemunhas.

Assim sendo, o contrato entabulado entre as partes é


título executivo extrajudicial, visto que preenche as qualificações
supracitadas.

Ademais, esta petição inicial está instruída com o título


executivo, consubstanciado no contrato de compra e venda; e a memória de
cálculo do débito atualizado até a presente data, consoante as imposições do
artigo 798, inciso I, alíneas a) e b) da Lei 13.105/2015.

Ressalta-se que a execução por quantia certa se realiza


pela expropriação de bens do executado, conforme o artigo 824; podendo
consistir tal expropriação em adjudicação e/ou alienação, de acordo com o
artigo 825, ambos do Novo Código de Processo Civil.

Dessa forma, caso o réu queira evitar a expropriação,


cabe a ele, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando o
montante atualizado do débito, acrescido de juros, custas e honorários
advocatícios, com fulcro no artigo 826 do Diploma Legal supramencionado.

DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer de Vossa Excelência:
a) A citação do executado para pagar a dívida em três
dias, com base no artigo 829 do Novo Código de Processo Civil, sob pena de
penhora e avaliação de bens suficientes para a satisfação da dívida,
intimando-se dos atos em referência o executado;
b) A fixação da verba honorária em 10% (dez por
cento), com a ressalva de que:
i. em havendo pagamento no prazo de três dias, seja
esta reduzida pela metade, consoante o artigo 827,
caput e §1°, do Novo Código de Processo Civil; ou,
ii. não havendo o pagamento, que os honorários
sejam fixados em 20% (vinte por cento) ao final do
procedimento executivo, conforme o § 2° do dispositivo
acima mencionado;
c) A intimação do executado para o oferecimento de
Embargos à Execução no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da
juntada aos autos do mandado de citação, de acordo com o artigo 915 do
Novo Código de Processo Civil;
d) Protesta-se provar o alegado por todos os meios em
direito admitidos, concedendo especial atenção aos documentos já
acostados, como o título executivo correspondente ao contrato entabulado, a
planilha de cálculo e os demais comprovantes.

Dá-se a causa o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil


reais), valor este correspondente a 10% (dez por cento) do valor do contrato.

Termos em que,
P. deferimento

Cidade e data.

Nome e assinatura do advogado e número da OAB/Conselho Seccional.

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