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Palavras-chave: Posse.Perda.Leis.Direitos
Introdução
1. Conceito de posse
transferência. Uma tradição pode ser simbólica quando é representada por um ato
que traduz alienação, como entregar as chaves de uma casa ou de um carro
vendido. Não foram entregues materialmente, mas simbolicamente, o que indica a
finalidade da entrega do item.
Na linguagem popular e cotidiana, os termos propriedade e propriedade são
usados frequentemente como equivalentes, embora não, como será mostrado mais
adiante. Normalmente, o dono da coisa é tanto o possuidor quanto o possuidor.
No entanto, a partir do momento em que a posse e a propriedade são
separadas, é uma característica distintiva ainda é totalmente visível aos olhos dos
cidadãos sem conhecimento jurídico. Segundo Rudolf Von Jhering (1999, p. 12),
a posse é simplesmente o poder de fato. Para Washington de
Barros Monteiro (2003, p. 19), a posse “é o exercício de fato dos poderes
constitutivos do domínio, ou propriedade, ou de algum deles somente, como
no caso de direito real sobre a propriedade alheia.” Do mesmo modo,
Pontes de Miranda (apud MORAES, 2006, p. 576) articula que: A posse é o
poder de fato, em que acontece poder, e não necessariamente ato de
poder. [...] A posse é poder, pot-sedere, possibilidade concreta de exercitar
algum poder inerente ao domínio ou à propriedade. [...] Rigorosamente, a
posse é o estado de fato de quem se acha na possibilidade de exercer
poder como o que exerceria quem fôsse proprietário ou tivesse, sem ser
proprietário, poder que sói ser incluso no direito de propriedade („usus,
fructus, abusus‟).
para seu cerne a função social da propriedade. A propriedade, que vem da segunda
geração de direitos fundamentais, tem uma estreita ligação com os direitos coletivos.
Em suma, fornece o pano de fundo para uma série de normas e atitudes estatais
que fornecem uma designação de propriedade útil que valoriza a desapropriação,
reduz o tempo de usucapião e incentiva o comportamento que confere utilidade à
propriedade.
Considerações finais
O objetivo deste artigo foi mostrar a evolução das teorias que tentaram explicar o
conceito de posse e como esses estudiosos influenciaram a sociedade para
garantir a melhor forma de proteger esse instituto tão importante para o Direito, que
é o direito de propriedade. Concluímos este trabalho consolidando o entendimento
de que as teorias de Savigny e Jhering ainda são aplicadas pelo ordenamento
jurídico brasileiro, fica claro que quando CC/02 adotou a teoria de Jhering em
termos de usucapião, a teoria de Savigny foi adotada. às teorias devemos
acrescentar a avaliação jurídica que o princípio da função social traz. Para a
melhor adequação das teorias possessórias, é necessário adaptá-las a uma nova
hermenêutica constitucional que respeite os princípios e reconheça a dignidade da
pessoa humana como centro do ordenamento jurídico.
Tanto o discurso de Savigny quanto o de Jhering sobre a conceituação da
propriedade hoje não podem ser firmados em sua literalidade, o que acaba por
determinar a aceitação em nível dogmático de uma das teorias com concessões
em certos pontos à teoria concorrente.
Referências
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil, volume 4: Direito das Coisas. p. 52. 4.
Ed. São Paulo: Saraiva, 2012
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L3071.htm. Acesso em 24.out.2022.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. p. 715. São Paulo: Método,
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