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Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É tudo que existe objetivamente, exceto o
homem. Coisas são bens corpóreos. Bens são coisas que, por serem úteis e raras, podem
ser objeto de apropriação e contém valor econômico.
2. Conteúdo:
a) Posse (art. 1.196);
b) Direitos Reais (art. 1.225).
a) Direito real: poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, com exclusividade e
contra todos.
O Direito Real é o que afeta direta e imediatamente a coisa. Tem como elementos essenciais o
sujeito ativo a coisas e a relação ou poder do sujeito sobre a coisa (domínio).
Cria vínculo jurídico entre a pessoa e a coisa; A publicidade é um requisito (ex.: registro de
imóveis); Propriedade cria vínculos; Se não houver vínculo, a relação passa a ser obrigacional.
b) Direito pessoal: consiste numa relação jurídica pelo qual o sujeito ativo pode exigir do
sujeito passivo determinada prestação.
Constitui relação de pessoa a pessoa e tem, como elementos o sujeito ativo, o sujeito passivo e a
prestação.
Quem tem o vínculo de direito real com a coisa é quem tem a propriedade; caso não haja vínculo
jurídico, tem apenas a posse e não propriedade (vínculo pessoal).
Noções Conceituais
Propriedade (direito maior) – vínculo jurídico real; art. 1228 (direito de usar, gozar e dispor);
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer
que injustamente a possua ou detenha.
1. Conceito.
2. Teorias da Posse:
2.1. Teoria subjetiva – Frederich Carl Von Savigny;
Animus domini + corpus = posse; Vontade de ser dono + contato físico com a coisa;
Nesta teoria a posse caracteriza-se pela conjugação de dois elementos: o corpus, elemento
objetivo que consiste na detenção física da coisa, e o animus, elemento subjetivo que se encontra
na intenção de exercer um poder sobre a coisa, no interesse próprio, e de defende-la contra a
intervenção de outrem. É a vontade de tê-la como sua (animus domini), de exercer o direito de
propriedade como se fosse seu titular.
Ambos os elementos são essenciais, pois se falar o animus ou corpus, a posse inexiste, e passa
a ser uma mera detenção.
Os elementos estarão interligados para uma relação jurídica, com finalidade econômica ou social
.Para esta teoria os elementos citados acima não estão separados. Basta o corpus para a
caracterização da posse. Mas neste caso, a expressão corpus, significa conduta de dono. Ou
seja, tem posse quem se comporta como dono, e nesse comportamento já está incluído o
animus; vontade de agir como habitualmente faz o dono. Independente de querer ser dono.
3. Classificação da Posse:
a) Direta e Indireta
i. Direta – contato físico/direto com a coisa;
ii. Indireta – desdobramento da posse;
O proprietário ou titular do direito real sobre a coisa pode usar e gozar da coisa objetivo de seu
direito, direta e pessoalmente, mediante o exercício de todos os poderes que informam seu
direito. Exercendo sua posso direta.
Pode acontecer que, por negócio jurídico, transfira a outrem o direito de usar a coisa, podendo
dá-la em usufruto, comodato, etc. Nesse caso, a posse se dissocia; o titular do direito real fica
com a posse indireta, enquanto que o terceiro fica com a posse direta.
b) Justa e Injusta
i. Justa é a posse isenta de vícios, que foi adquirida legitimamente, sem vício
jurídico externo.
ii. Injusta é a posse que foi adquirida viciosamente, por violência, clandestinidade
ou por abuso do precário.
c) Boa-fé e má-fé
i. Da posse de boa-fé decorre a consciência de ter adquirido por meios legítimos.
Se ignora a existência de vício na aquisição da posse, ela é de boa-fé;
ii. Se o vício é de seu conhecimento, a posse é de má-fé.
d) Nova e Velha
I. Posse nova é a de menos de ano e dia.
II. Posse velha é a de ano e dia ou mais
f) Interdicta e usucapionem
i. Interdicta é a posse que pode ser defendida pelos interditos, ou seja, pelas ações
possessórias, quando molestada, mas não conduz à usucapião.
O possuidor, como locatário, por exemplo, vítima de ameaça ou de efetiva turbação
ou esbulho, em a faculdade de defendê-la ou de recupera-la pela ação possessória
adequada até mesmo contra o proprietário.
Para ser protegida, basta que a posse seja justa, sem vícios.
“Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de
qualquer dos poderes inerentes à propriedade”.
A sua aquisição pode concretizar-se, portanto, por qualquer dos modos de aquisição em geral,
como, exemplificativamente, a apreensão, o constituto possessório e qualquer outro ato ou
negócio jurídico, a título gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis.
Perde-se a posse das coisas por: abandono, tradição, perda propriamente dita da coisa, pela
destruição da coisa, pela colocação da coisa fora do comércio, pela posse de outrem.
“Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder
sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196”.
ELLEN