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DIREITOS REAIS

POSSE

Prof. Esp. Warlley Alexandro Lima Costa


Especialista em Direito civil e Direito Público e Privado
Mestrando em Direitos Fundamentais e Evolução Social
Conceito legal de posse

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de


fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes
inerentes à propriedade.
Conceito

De qualquer ponto que se decole para compreender a posse, devem ser


caracterizados os dois elementos integrantes do conceito: o corpus e o
animus.

O corpus é a relação material do homem com a coisa, ou a exterioridade


da propriedade. Assim, não podem ser objeto de posse os bens não
passíveis de ser apropriados.

O animus é o elemento subjetivo, a intenção de proceder com a coisa


como faz normalmente o proprietário.
Conceito

Posse é situação de fato em que uma pessoa,


independentemente de ser ou não proprietária, exerce
sobre uma coisa poderes ostensivos, conservando-a e
defendendo-a
Diferença entre posse e detenção

Na esteira do já mencionado artigo 1.198 do Código Civil,


define-se o detentor como aquele que “em razão de
dependência relativamente a outra pessoa, exerce sobre a
coisa, não um poder próprio, mas o poder de fato dessa
outra pessoa”
Este é chamado de servidor ou fâmulo da posse
Ex. o caseiro que tem a posse do imóvel sobre as ordens e
instruções do proprietário ou possuidor
Propriedade Posse Detenção
Teorias /natureza jurídica da posse:

- Teoria subjetiva - SAVIGNY


- Teoria objetiva - JHERING
- Teoria sociológica - SALEILLES
• Teoria subjetiva - SAVIGNY

Posse é o poder que tem a pessoa de dispor fisicamente


de uma coisa, com intenção de tê-la para si e de
defendê-la contra a intenção de outrem

Teoria clássica que não foi adotada pelo CC


• Teoria subjetiva – SAVIGNY

Nessa teoria a posse é caracterizada por dois elementos


obrigatórios, o elemento objetivo (corpus) que é o
poder físico da coisa e o elemento subjetivo (animus)
que é a intenção de ter a coisa, possuir a coisa como se
sua fosse.

Teoria parcialmente aceita no Brasil quando falamos


de Usucapião ordinária
• Teoria subjetiva – SAVIGNY

Na posse da Teoria Subjetiva só existe se a coisa estiver “nas mãos”


do proprietário, não existindo posse se a coisa estiver “nas mãos” de
terceiro, sendo assim se a pessoa não tem a intenção de possuir algo
ela não terá a posse e sim a detenção da coisa.

Flávio Tartuce reafirma “poder-se-ia concluir que, para essa teoria,


o locatário, o comodatário, o depositário, entre outros, não seriam
possuidores, pois não haveria qualquer intenção de tornarem-se
proprietários.”. Assim sendo o detentor da coisa não tem a
possibilidade de entrar com interditos possessórios pois não
possui o animus domini.
• Teoria subjetiva – SAVIGNY

Em resumo:

- Necessidade de animus domini;


- Posse é um fato e um direito;
- Teoria não adotada pelo CC
• Teoria objetiva – JHERING

Posse na teoria objetiva é aquele em que há a exteriorização da


propriedade, devendo o proprietário da coisa ter visibilidade sobre o
domínio da coisa e o uso da coisa para um fim econômico. O Código
Civil de 2002 adotou parcialmente a teoria objetiva, ficando assim
evidente no art. 1.196 do CC
• Teoria objetiva – JHERING

animus domini não mais existe, não sendo importante


para essa nova teoria, por conseguinte entende que para
que haja posse basta o corpus, ou seja, a relação entre
coisa e proprietário, dessa maneira aquele que usa a
coisa como se proprietário fosse tem o domínio da
posse.
• Teoria objetiva – JHERING

Ex. Um bom exemplo é um contrato de locação, o


locador (aquele que dá o imóvel a quem paga o preço)
tem a posse indireta, e o locatário (aquele que fica na
coisa e paga o aluguel) tem a posse direta.
• Teoria objetiva – JHERING

Pablo Gagliano destaca “Possuidor seria aquele que, mesmo sem


dispor do poder material sobre o bem, comporta-se como se fosse o
proprietário, imprimindo-lhe destinação econômica.”, sendo assim o
locatário, comodatário, entre outros são considerados possuidores
podendo portanto usar de ações possessórias, até mesmo contra o
próprio proprietário da coisa, pois exerce sobre a propriedade alguns
poderes que são inerentes a mesma, sendo exercício pleno ou não
• Teoria objetiva – JHERING

Em resumo:

- Não necessidade de animus domini;


- Posse é um direito;
- Teoria parcialmente adotada pelo CC
- Possibilita a utilização de ações possessórias
- “O legislador brasileiro, ao adotar a Teoria Objetiva de Ihering, definiu a
posse como o exercício de algum dos poderes inerentes à propriedade (art.
1.196 do CC).” (REsp n. 945.055/DF, relator Ministro Herman Benjamin,
Segunda Turma, julgado em 2/6/2009, DJe de 20/8/2009.).
• Teoria sociológica – SALEILLES

Desenvolvida, entre outros, por Silvio Perozzi,


Raymond Saleilles e Hernandez Gil, a teoria
sociológica defende que a posse existe quando a
sociedade atribui ao sujeito o exercício da posse.
Aquele que der a destinação social ao bem da vida será
o possuidor.
• Teoria sociológica – SALEILLES

Nessa ótica, A Constituição Federal de 1988, no inciso


XXIII, do art. 5º, consagra a função social da
propriedade: “a propriedade atenderá a sua função
social”.

Para Saleilles o possuidor é aquele que manifesta a


independência econômica para, por exemplo, arcar com
a manutenção e sustentabilidade da coisa.
• Teoria sociológica – SALEILLES

Nessa ótica, A Constituição Federal de 1988, no inciso


XXIII, do art. 5º, consagra a função social da
propriedade: “a propriedade atenderá a sua função
social”.

Para Saleilles o possuidor é aquele que manifesta a


independência econômica para, por exemplo, arcar com
a manutenção e sustentabilidade da coisa.
• Teoria sociológica – SALEILLES

Assim, conclui que “Saleilles entende, portanto, que o


instituto da posse é conformado por sua função social,
estabelecida pela necessidade social, pela necessidade
da terra para o trabalho, para a moradia, ou seja, para as
necessidades básicas que pressupõem a dignidade do
ser humano”
• Teoria sociológica – SALEILLES na jurisprudência brasileira

Abandono do bem está configurado, já que o autor não se manteve como


possuidor do referido bem ao longo dos anos. Ausência de destinação
econômica do imóvel, descumprindo o bem a sua função social. 6.A prova oral
produzida demonstrou que os requeridos têm permanecido na posse do imóvel,
ao menos por 10 anos, desde antes da data da propositura da presente ação.
Descaracterizada a hipótese de esbulho possessório. (TJ-RJ - APL:
00019879320048190077, Relator: Des(a). JDS RICARDO ALBERTO
PEREIRA, Data de Julgamento: 15/05/2019, VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL)
• Teoria sociológica – SALEILLES na jurisprudência brasileira

Em resumo:

-Não adotada pelo CC;


-Adotada parcialmente pela Constituição Federal
-Utilizada na Jurisprudência como elemento primordial da posse
• Classificação da posse

•Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);


• Posse justa ou injusta (vícios objetivos);
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);
•Quanto ao tempo da posse (nova ou velha);
•Posse ad interdicta e posse ad usucapionem;
•Quanto ao título (ius possidendi e ius possessionis);

Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);

posse direta, exercida por quem diretamente se utiliza da coisa, e


posse indireta, reconhecida a quem, mesmo sem contato direto,
continuar a exercer poder de fato sobre a coisa.

Ex. Locador e Locatário


• Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);

art. 1.197, reconhece que “a posse direta, de pessoa que tem a coisa
em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou
real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida”.
Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);

posse direta, exercida por quem diretamente se utiliza da coisa, e posse


indireta, reconhecida a quem, mesmo sem contato direto, continuar a
exercer poder de fato sobre a coisa.

Ex. Possuidores diretos serão o usufrutuário, o locatário e o comodatário.


Os indiretos, por sua vez, o nu-proprietário, o locador e o comodante.

Atenção para a cadeia da posse, sublocação


• Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);

Admite-se, inclusive, o ajuizamento de ações possessórias entre os dois


possuidores. enunciado interpretativo n. 76, aprovado na I Jornada de Direito
Civil, promovida pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho de Justiça
Federal, de 11 a 13 de setembro de 2002: “o possuidor direto tem direito de
defender a sua posse contra o indireto e este contra aquele”
• Posse direta e posse indireta (desmembramento possessório);
Composse Na composse, divide-se a posse entre os copossuidores no plano
horizontal, isto é, todos a exercem no mesmo grau, tendo sobre a coisa
poderes qualitativamente iguais.24 No desdobramento da posse, ao contrário,
cada possuidor ocupa posição diversa na relação possessória, aproveitando
a coisa de maneira distinta, ainda que receba igual proteção por parte do
ordenamento jurídico.

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

O conceito de posse justa é trazido pelo Código Civil, de forma negativa. O


artigo 1.200 conceitua posse justa como sendo a posse que não é violenta,
clandestina ou precária. Por essa disposição, chega-se ao conceito de posse
injusta, sendo aquela que é adquirida de forma violenta, clandestina ou precária.

Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

Na posse violenta (possessio vi) a coisa é tomada pela força contra a vontade de
quem a possuía anteriormente. A violência, para macular aposse e torná-la
injusta, deve ser inicial, incidindo na origem da posse. Se praticada
posteriormente, com o objetivo de proteger a posse justa, não constitui vício
possessório. (agressão física e ou agressão moral).

Enquanto persistir a violência, não há aquisição de posse, pois inexiste exercício


autônomo da posse em face do possuidor primitivo (CC, art. 1.208). Somente
depois de cessada a violência, considera-se adquirida a posse do esbulhador

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

A posse clandestina é aquela que se adquire por meio insidioso, sem que o antigo
possuidor se dê conta do ato aquisitivo. Desse modo, “aquele que, à noite, muda
a cerca divisória de seu terreno, apropriando-se de parte do prédio vizinho”,40
adquire a posse por meio clandestino, assim como se passa com o ladrão que
subtrai a coisa furtivamente.

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

A posse clandestina é aquela que se adquire por meio insidioso, sem que o antigo
possuidor se dê conta do ato aquisitivo. Desse modo, “aquele que, à noite, muda
a cerca divisória de seu terreno, apropriando-se de parte do prédio vizinho”,
adquire a posse por meio clandestino, assim como se passa com o ladrão que
subtrai a coisa furtivamente.

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

O ardil impede o antigo possuidor de utilizar os meios adequados para sua


defesa. Por mais diligente que seja, a ausência de publicidade não permite a
ciência do ocorrido e obsta, consequentemente, qualquer reação em defesa da
posse. Desse modo enquanto os atos praticados pelo esbulhador forem
clandestinos, não há exteriorização do domínio e, portanto, a posse não se
adquire (CC, art. 1.208).

Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.

Posse justa ou injusta (vícios objetivos);

A posse precária se caracteriza pelo abuso de confiança daquele que


recebe a coisa, como detentor ou possuidor direto, para restituí-la
posteriormente, mas não o faz no momento oportuno, retendo-a de
maneira indevida. O abuso de confiança e o descumprimento da
obrigação de restituir constituem, precisamente, as bases dessa
modalidade de posse injusta.
REINTEGRAÇÃO DE POSSE - POSSE INJUSTA, CLANDESTINA E DE MÁ-
FÉ - ESBULHO - PROVA. A posse é injusta (violenta) quando não autorizada, pois
não constitui exercício regular de um direito; é clandestina quando oriunda de
apossamento oculto; é de má-fé quando o possuidor não ignorar a origem ilícita da
posse no momento de sua aquisição; o esbulho decorre do despojamento da posse
injustamente, por violência, por clandestinidade e por precariedade; provado o
esbulho possessório, perda posse por violência (posse injusta) e clandestinidade, a
tutela de retomada da posse fica confirmada. Recurso não provido.

(TJ-MG - AC: 10702073879570002 MG, Relator: Saldanha da Fonseca, Data de


Julgamento: 10/07/2013, Câmaras Cíveis / 12ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 19/07/2013)
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

Nos termos do art. 1.201 do Código Civil, reputa-se de boa-fé


a posse se “o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que
impede a aquisição da coisa.”

Noção de boa-fé subjetiva, assim designada por se relacionar


ao estado psicológico do agente, que desconhece a
irregularidade que macula a posse.
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

“Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício,


ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a


presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei
expressamente não admite esta presunção.”
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

Dito diversamente, possuidor de boa-fé é aquele que


“está na convicção que a coisa possuída de direito lhe
pertence. Ao contrário, de má-fé diz-se o possuidor que
sabe não lhe assistir direito para possuir a coisa”
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

O legislador submete o possuidor de má-fé a tratamento mais severo


do que o reservado ao de boa-fé, restringindo sobremaneira os direitos
daquele no que diz respeito, notadamente, à: (i) aquisição da
propriedade por usucapião (CC, arts. 1.242 e 1.260); (ii) percepção
dos frutos (CC, arts. 1.214 a 1.218); e (iii) indenização das
benfeitorias realizadas na coisa possuída (CC, arts. 1.219 a 1.222).
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título
e boa-fé, o possuir por dez anos.

Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo
título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.

Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se
provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.

Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como,
quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá
exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar
entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
• Posse de boa-fé e posse de má-fé (vícios subjetivos);

Ainda a respeito da boa-fé subjetiva, discute-se se o erro de direito


afastaria a má-fé na aquisição da posse, assim como o erro na percepção fática
do possuidor.

A boa-fé pode existir mesmo quando há erro de direito ou erro de fato, pois o
erro de direito influi psicologicamente tanto quanto o erro de fato. A lei nova
não tem influência sobre a prescrição consumada” (STF, RE 9348, 2ª T., Rel.
Min. Orosimbo Nonato, julg. 24.9.1948)
• Quanto ao tempo da posse (nova ou velha);

Essa distinção tem relação com prazos, para se analisar situações de


fato e quando houve remissão de vícios; é uma classificação quanto à
idade da posse. A posse nova é a de menos de ano e dia, e a posse
velha é a de ano e dia ou mais.
• Quanto ao tempo da posse (nova ou velha);

O Código Civil não faz distinção de ambas, então cabe ao juiz avaliar
a melhor posse, a que não tiver vícios:

Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-


se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que
a obteve de alguma das outras por modo vicioso.
• Quanto ao tempo da posse (nova ou velha);

Outra coisa muito importante: estas ações [interdito proibitório, reintegração de


posse, manutenção de posse] devem ser propostas no prazo de até um ano e um
dia da agressão (art 924 do CPC), pois dentro deste prazo o Juiz pode
LIMINARMENTE determinar o afastamento dos réus que só tem detenção; após
esse prazo, o invasor já tem POSSE VELHA e o Juiz não pode mais deferir uma
liminar
• Posse ad interdicta e posse ad usucapionem;

A posse ad interdicta é aquela que pode ser defendida pelos interditos através das
ações possessórias bastando a posse ser justa, mas que não conduzem a
usucapião.

Já a posse ad usucapionem é aquela que prolonga-se pelo tempo definido em lei


e que dá ao seu titular a aquisição do domínio, ou seja, a que enseja o direito de
propriedade. Precisa preencher requisitos estabelecidos, como o de ter o animus
de dono, por exemplo, para que se configure
• Quanto ao título (ius possidendi e ius possessionis);

Considera-se justo título o ato jurídico, em tese, hábil a transferir o


domínio ou a posse, mas que, em concreto, não produz esse efeito em razão
de algum vício em sua constituição. Vale dizer que o ato jurídico não se
reveste dos elementos ou requisitos necessários à produção do efeito
translativo, sendo imprestável ao fim a que se destina, embora aquinhoado,
ironicamente, com a designação de justo título

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