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Direito das Coisas

1. Direitos reais e pessoais


2. Da posse
2.1. conceito e natureza jurídica
2.2. Objeto da posse
2.3. Aquisição e perda da posse
2.4. Classificação da posse
2.5. Proteção possessória
3. Da Propriedade
3.1. Aquisição e perda
3.2. Limitação ao direito de propnedade; direitos de
vizinhança
4. Do condomínio
Direito das Coisas - Conceito
• Segundo José Lopes, "direito das coisas é o conjunto das
normas que regulam as relações jurídicas referentes aos bens
suscetíveis de apropriação, estabelecendo um vínculo entre o
sujeito ativo e a coisa que é submetida direta e imediatamente
ao poder jurídico do homem.”
• Já Lafaiete Coutinho diz que o direito das coisas se resume em
definir o poder do homem no aspecto jurídico sobre a natureza
física das suas variadas manifestações e em regular a
aquisição (por título singular) o exercício, a conservação, a
reivindicação e a perda daquele poder, à luz dos princípios
consagrados nas leis positivas.
Direito das Coisas - Conceito
• Clóvis Bevilácqua diz ser o direito das coisas o complexo das
normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas
suscetíveis de apropriação.
• Só as coisas apropriáveis são objeto do direito das coisas, que
compreende a propriedade e os direitos dela decorrentes.
• 0 direito das coisas compreende
I. a posse;
II. a propriedade e sua fragmentação (direitos destacáveis da
propriedade: direito de uso, direito de gozo e d. de disposição),
III. os direitos reais sobre coisas alheias.
Direito das Coisas - Conceito
• Com relação ao significado político, social e econômico da
propriedade, vale destacar que, na concepção individualista do
direito romano, onde o direito de propriedade é tudo, a
propriedade era inatacável. Só bem mais tarde surgiu o moderno
conceito adotado hoje, de que propriedade tem de cumprir uma
função social.
• Propriedade é a relação jurídica que vincula as coisas do mundo
físico, ao poder da. pessoa. Se abrange a coisa em toda a sua
compreensão, teremos o domínio, que e o pleno poder, ou seja,
direito real que submete a coisa ao poder absoluto da pessoa.
• 0 sujeito exerce poder físico sobre a coisa, numa primeira visão,
podemos supor que se estabelece uma relação entre sujeito ‑
coisa.
características dos direitos reais
1. sujeição da coisa direta e imediatamente ao poder jurídico do
titular
 2. o sujeito ativo é titular do direito de seqüela (perseguir a coisa
na mão de quem quer que a detenha injustamente);
3. vale erga omnes,
4. direito real é provido de ação real,
5. enquanto que os direitos pessoais são ilimitados, o número de
direitos reais é limitado por lei. Todos os direitos reais são
nominados,
6. o direito real é exclusivo, não é possível estabelecer outro
direito real aonde um já exista.
Classificação dos direitos reais
Os direitos reais se classificam em
I. jus in re propria. e
lI. jus in re aliena.
 Os direitos reais sobre coisa própria (I), abrangem
a posse * ( ? )
o uso
o gozo
a disposição.
Os direitos reais sobre coisas alheias (II) incluem
direitos reais de uso e gozo
direitos reais de garantia
direitos reais de aquisição
Classificação dos direitos reais
“Art. 1.225 ‑ São direitos reais:
 I – a propriedade;
II – a superfície; direitos de uso e gozo
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso:
VI - a habitação;
VII – O direito do promitente comprador do imóvel; d.real de aquisição
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca; direitos reais de garantia
X - a anticrese.”
Distinção entre os direitos reais e os direitos
pessoais
1. O direito real é oponível erga omnes, enquanto que o direito
pessoal é oponível a um sujeito passivo determinado.
2. O objeto do direito real é sempre determinado, ao passo que o
direito pessoal basta ter objeto determinável.
3. O direito real pode ser adquirido por usucapião.
4. O direito real exige a existência atual da coisa; o direito pessoal
é compatível com a coisa de existência futura.
5. Os direitos reais são suscetíveis de posse.
6. O direito real é provido de seqüela, acompanha a coisa em
poder de quem quer que ela se encontre. É a prerrogativa
concedida ao titular do direito real de seguir a coisa nas mãos
de quem quer que a detenha, e de apreendê‑la para sobre a
mesma exercer seu direito real.
7. 0 direito real é exclusivo, se alguém tem direito real sobre certa
coisa não pode haver outro com o mesmo direito real. 0 direito
pessoal não é exclusivo; várias pessoas podem ter direito de
crédito contra um único devedor.
8. 0 direito pessoal se extingue pelo não exercício, pois a inércia
induz à prescrição. 0 direito real conserva‑se até que se constitua
uma situação contrária em proveito de outro titular.
9. O direito de preferência é restrito aos direitos reais de garantia.
Consiste no privilégio de obter pagamento de uma dívida com o
valor de um bem aplicado exclusivamente à sua satisfação.
10. 0 titular do direito real pode abandoná‑lo. 0 direito pessoal não
é suscetível de abandono.
11. 0 direitos reais são nominados, os direito pessoais são
inominados.

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