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DIREITOS REAIS

Prof. Esp. Warlley Alexandro Lima Costa


Especialista em Direito civil e Direito Público e Privado
Mestrando em Direitos Fundamentais e Evolução Social
• Propriedade comunitária “solo”
• A definição greco/romana
• O absolutismo e a propriedade do
Rei
CONCEITO • A noção de propriedade no brasil
colônia
• As revoluções e a mudança no
mundo
• João Sem Terra, acuado, assinou o
documento em 15 de julho de
1215, em Runnymede. Esse
documento previa a garantia de
CONCEITO plenos direitos aos “homens livres”
da Inglaterra, por parte do rei, que
não deveria abusar de seu poder
para coagi-los. Homens livres,
naquele contexto, indicavam
homens de posses, membros da
nobreza.
Direito real vs Dirieto das coisas
• Direito real é um conjunto de
princípios e regras que disciplina uma
relação jurídica entre pessoas tendo
CONCEITO em vista bens. Não existe relação
jurídica entre pessoas e coisas. As
relações são entre pessoas. Por isso é
que não se deve falar em direito das
coisas.
QUADRO COMPARATIVO
Direitos Pessoais Direitos reais
Exercidos contra outras pessoas Exercido contra todos
Oponíveis apenas contra o devedor Oponíveis contra terceiros
Transitórios, pois extinguem-se com o cumprimento Permanentes, pois se extinguem por transmissão
da obrigação voluntária, por morte ou por causas legais (usucapião,
abandono, apropriação)
Não se adquirem por usucapião Se adquirem por usucapião
Poder ser típicos ou atípicos Somente típicos
Não conferem direto de sequela Conferem direito de sequela
• Composto por normas de ordem
pública;
• Poder jurídico direto e imediato sobre a
CONCEITO coisa com exclusividade e contra todos;
• Incide sobre bens corpóreos (os bens
incorpóreos são regulados pelos
direitos intelectuais, que são
simultaneamente patrimoniais e
extrapatrimoniais, ao contrário dos
direitos reais que são exclusivamente
patrimoniais)
• Os direitos reais têm natureza
de direito absoluto. Já no campo dos
Natureza direitos obrigacionais a exigibilidade é
Jurídica em face do devedor que esta vinculado
à relação obrigacional. O titular do
direito real não necessita de ninguém
para exercer os direitos advindos da
relação jurídica.
• Taxatividade/Legalidade/tipicidade;
• Publicidade – Sistema formal de registro;
Característic • Eficácia erga Ommes – oponíveis a terceiros;
as • Inerência/aderência – O direito se adere a
coisa;
• Sequela (significa que o credor poderá
perseguir o bem dado em garantia,
independentemente de não estar mais nas
mãos do devedor originário;
• Podem ser desmembrados (elasticidade e
possibilidade de consolidação.
• Taxatividade/Legalidade;
Característic O Princípio da taxatividade faz com que os direitos reais
existentes sejam somente os enumerados na lei. No Brasil, tal
as ocorre no artigo 1225 do Código Civil em vigor. O Principio da
Tipicidade impõe que o direito real, para ser invocado, deve
estar previsto em lei. Não há direito real sem lei anterior que o
defina.
• Publicidade – Sistema formal de
Característic registro;
as A publicidade formal dos registros públicos representa que o
registro praticado no cartório de imóveis vale por si só, ou seja,
ainda que o título que deu origem ao registro seja nulo (ou
falso), o registro é plenamente válido e produzirá seus regulares
efeitos, cabendo ao prejudicado as ações pessoais dos direitos
das obrigações, mas jamais uma ação real imobiliária.
• Eficácia erga Ommes – oponíveis a
Característic terceiros;
as A oponibilidade Erga Omnes, de modo objetivo, significa que
uma pessoa titular de direito real sobre uma coisa, é livre para
exercer seu poder sobre esta, cabendo a todos os demais, o
dever de respeitar o exercício de tal direito, daí o termo
oponível contra todos.
Característic • Inerência/aderência
as • O direito real adere, direta e imediatamente, à coisa ao qual se
refere. Assim, a inerência significa que o direito real está de
tal forma ligado à coisa que é o seu objeto, que a ela inere e
não pode dela ser desligado.
Característic • Sequela
as • Tradicionalmente, a doutrina apontava a 'sequela' como uma
consequência do princípio da inerência dos direitos reais. A
sequela era identificada com a faculdade do titular do direito
real poder ir buscar a coisa onde quer que ela se encontrasse,
ainda que tivesse passado pelas mãos de várias pessoas.
Direitos reais
• Direito de usar, gozar e dispor das
coisas dentro da sua função social,
Propriedade desde que se não faça delas uso
proibido por lei, e de reavê-las de
quem injustamente as possua
• Usar é servir-se das utilidades
da coisa, direito de uso; Gozar
a coisa é receber os frutos;
Dispor em regra é o direito de
Propriedade se desfazer da coisa: vender,
doar, destruir, abandonar, dar
em garantia ou pagamento e
Reaver é o direito de ir atrás, o
direito de retomar a coisa.
• Consiste a superfície em direito real que
autoriza o titular a construir ou plantar
em terreno alheio, conferindo-lhe a
propriedade, destacada do solo, sobre as
acessões - plantações e construções – ali
Superfície presentes. Efeito característico consiste
na suspensão temporária da regra da
acessão imobiliária, prevista no art. 79
do Código Civil, segundo a qual os bens
contidos na superfície – plantações e
construções – se incorporam ao solo,
formando, com este, bem jurídico único
e indivisível
• Consiste a servidão no direito real
que restringe o uso ou gozo de
determinado imóvel de modo a
proporcionar utilidade ao imóvel
Servidão vizinho, pertencente a dono
diverso (Código Civil, art. 1.378).
O imóvel beneficiado chama-se
prédio dominante ao passo que o
outro, que suporta o ônus real, é
designado prédio serviente.
• Nas palavras de Clovis Bevilaqua,
consiste o usufruto no “direito real,
conferido a alguma pessoa, durante
Usufruto certo tempo, que a autoriza a retirar,
de coisa alheia, frutos e utilidades,
que ela produz”. Trata-se de direito
real de gozo ou fruição sobre coisa
alheia no qual convivem os direitos
do usufrutuário de usar e fruir do
bem e os direitos do nu-proprietário
de dispor da coisa
• Quando do seu surgimento, em
Roma, o direito real de uso
transferia ao usuário apenas a
faculdade de usar o bem
Uso concedido, diferenciando-se,
portanto, estruturalmente, do
usufruto, que autorizava ao
usufrutuário não só usar a coisa,
mas também auferir seus frutos.
• O direito real de habitação
consiste na concessão do uso,
limitado à habitação, do bem
Habitação imóvel utilizado como residência
familiar, a ser fruído pelo cônjuge
ou companheiro supérstite, de
acordo como art. 1831 do Código
Civil.
• Com efeito, deve o direito do
promitente comprador ser
classificado como direito real à
Promitente aquisição do imóvel (art. 1.417, in
comprador fine). É efetivamente direito real
sobre coisa alheia, limitado, mas
que assegura a execução coativa
do contrato, que se aperfeiçoará
com a transmissão da
propriedade.
• Com efeito, deve o direito do
promitente comprador ser
classificado como direito real à
Promitente aquisição do imóvel (art. 1.417, in
comprador fine). É efetivamente direito real
sobre coisa alheia, limitado, mas
que assegura a execução coativa
do contrato, que se aperfeiçoará
com a transmissão da
propriedade.
• Conceito: É direito real que
Penhor vincula uma coisa ao pagamento
de uma dívida. Exemplos: joias,
veículos, animais = bens móveis.
• A hipoteca nada mais é que um
direito real de garantia
constituído em benefício do
Hipoteca credor, em que se lhe assegura o
recebimento de seu crédito com
privilégios, sendo um deles a
preferência.
• A anticrese é um direito real
sobre coisa imóvel pela qual o
devedor transfere a sua posse ao
credor para que este perceba e
retenha os seus frutos,
Anticrese imputando-os no pagamento da
dívida. A anticrese garante o
crédito, mas, desde logo o vai
extinguindo.
superfície
servidões

usufruto
Uso

Habitação
direito do
promitente
comprador
propriedade penhor
Lage
hipoteca
concessão de uso
especial para fins
de moradia anticrese

concessão de
direito real de uso

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