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EXTENSÃO DE GURÚÈ
1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos............................................................................................................................1
2.3. Características......................................................................................................................3
2.4.3. Posse.................................................................................................................................4
5. Conclusão................................................................................................................................7
6. Referências Bibliográficas......................................................................................................8
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1. Introdução
O presente trabalho do campo, vai debruçar sobre a violação de direitos reais, estes podem ser
comprendidos como um conjunto de princípios e regras que disciplina uma relação jurídica
entre pessoas tendo em vista bens. Entretanto, não existe relação jurídica entre pessoas e
coisas. As relações são entre pessoas. A violação de direitos reais acontece por uma certa
acção sobre qualquer propriedade alheia.
Portanto, por ser uma área jurídica que estabelece uma relação de transmissão da obrigação de
uma pessoa a outra, este perfaz um instrumento essencial para estimular a circulação de
riquezas, prestigiando o crédito. Esta pesquisa vai se referir igualmente a transitabilidade de
direitos reais, no mesmo mecanismo jurídico relacionado a bens imóveis.
1.1. Objectivos
Objectivo Geral:
Objectivos específicos:
GONÇALVES (2007) é defensor da teoria clássica, afirma que os sujeitos reais consistem na
relação do sujeito activo e seu poder sobre a coisa que possui, poder este que é oponível
contra todos. De tal modo, o sujeito passivo é a colectividade, que deve privar-se de violar o
direito do proprietário.
Uma vez violado o direito do proprietário, o sujeito passivo que era indeterminado, é ocupado
pelo transgressor, transformando-se em determinado. Subentende-se, desta forma, que os
direitos reais são compostos por três elementos: o sujeito activo, a coisa e a relação de poder
do sujeito sobre a coisa.
Os direitos reais são violados por via de uma acção deliberada. Exemplo: invadir propriedade
alheia. O Direito real afecta directa e imediatamente a coisa, o objecto em questão. Nesse
sentido, o indivíduo que possui o direito real detém o poder sobre imóvel.
Teoria realista: afirma que o direito real é o poder imediato da pessoa sobre a coisa, que se
exerce erga omnes. E a teoria personalista (Windscheid): sublinha que os direitos reais são
também relações jurídicas entre pessoas, como os direitos pessoais. Deste modo que constitui
um conjunto de princípios e regras que disciplina uma relação jurídica entre pessoas tendo em
vista bens.
Além disso, há direitos reais que não se apresentam como um poder imediato de uma pessoa
sobre uma coisa, tal como ocorre com os direitos de garantia e as chamadas servidões
negativas. Há, por outro lado, direitos que determinam um poder imediato sobre a coisa e
mesmo assim estão incluídos entre os direitos pessoais, tal como é o caso do locatário e do
comodatário.
Neste caso, o direito real pode ser definido como o poder jurídico, directo e imediato, do
titular sobre a coisa. Ou seja, a relação jurídica da pessoa na posse, uso e gozo de uma coisa,
corpórea ou incorpórea, que é de sua propriedade.
Em suma o direito real consiste em um poder jurídico que uma pessoa, titular do bem, exerce
sobre ele. Assim, existe um sujeito activo, que é o titular do direito; uma coisa, que é o
objecto do direito; e o poder jurídico que esse sujeito exerce sobre o bem que possuí.
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Constata-se, pois, que embora não exista nenhum sujeito passivo determinado, esse direito
será oponível erga omines, fazendo, desta forma, com que toda sociedade figure como sujeito
passivo, posto que todos devem respeitar a propriedade alheia.
Orlando Gomes (2007), considera que na sua prenutide, os direitos reais correspondem:
A propriedade;
A superfície;
As servidões;
O usufruto;
O uso;
A habitação;
O direito do promitente comprador do imóvel;
O penhor;
A hipoteca;
A concessão de uso especial para fins de moradia; e
A concessão de direito real de uso.
O sujeito activo;
A coisa; e
E a relação ou poder do sujeito ativo sobre a coisa, chamado domínio.
2.3. Características
De uma maneira geral, a característica do direito real será sempre o facto de se exercer
diretamente, sem interposição de quem quer que seja, ou seja, o titular sempre exercê-lo
diretamente sem a necessidade de socorrer-se de qualquer intermediário.
2.4.3. Posse
A posse está mais para o direito real do que para o direito obrigacional, embora seja condição
da utilização das coisas em ambos esses direitos. A posse pura ou natural, independente de
contrato e de direito real, é um facto juridicamente relevante e, portanto, um direito amparado
pelos interditos e capaz de se transformar em domínio, se atendidos os demais requisitos do
usucapião. Sobretudo os direitos reais de gozo dependem da posse, como instrumento
indispensável ao uso directo ou à fruição da coisa. (Art.º 1252º CC).
Transmissão dos direitos reais constituem a posse directa de bens públicos ou privados, de
forma gratuita ou remunerada, visando dar cumprimento à função social do bem na cidade
onde se localiza. Art.º 308º CC no seu n.º 1 refere que, depois de iniciada, a prescrição
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continua a correr, ainda que o direito passe para novo titular. E n.º 2 sublinha que se a dívida
for assumida por terceiro, a prescrição continua a correr em benefício dele, a não ser que a
assunção importe reconhecimento interruptivo da prescrição.
Nestes termos, pode-se compreender na interpretação do Art.º 1298º CC, que os direitos reais
sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por actos entre vivos, só se adquirem com o
registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos, salvo os casos expressos no
Código Civil. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo
no Registro de Imóveis.
Código Civil estabelece que um dos meios aquisitivos da propriedade imóvel se faz mediante
o registro do título de transferência no Cartório de Registro Imobiliário da situação do bem.
Logo, enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como
dono do imóvel. Vem daí a enorme importância do registro. O Art.º 874º CC enfatiza que a
noção compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa, ou
outro direito, mediante um preço.
A transitabilidade de direitos reais, neste caso, refere-se ao acto pelo qual se transfere a
outrém o direito real relativo a um bem imóvel. Contudo, há outros modos de aquisição de
imóveis: a usucapião; a acessão; e, também, pelo direito hereditário.
4.2. Acessão: é outro modo de adquirir a propriedade previsto no Art.º 1256º CC. E segundo
Carlos Roberto Gonçalves, acessão é modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em
virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário. A
acessão pode dar-se de forma natural ou física por formação de ilha, aluvião, avulsão,
abandono de álveo, ou de forma artificial ou industrial nas construções e plantações.
4.3. Direitos hereditários: referidos pelo Art.º 2069º CC, Art.º 62º diz que a sucessão por
morte é regulada pela lei pessoal do autor da sucessão ao tempo do falecimento deste,
competindo-lhe também definir os poderes do administrador da herança e do executor
testamentário. Neste termos aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.
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5. Conclusão
Terminado o trabalho do campo, cocluimos que, o objecto do direito real é o bem, que terá
duas qualidades importantes: existência física e concreta e valor intrínseco. O vínculo jurídico
é sempre um vínculo de direitos e obrigações. O principal direito que o sujeito activo tem com
relação ao sujeito passivo é o direito de sequela ou retomada.
O direito real por ser contrato de transferência de uso remunerado ou gratuito de propriedades
entre pessoas, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de
urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse
social, este é fundamentalmente importante na regulamentação desta relação de transmissão
de propriedade. A importância disso reside em que, mesmo que a coisa submerja a esfera
jurídica de outrém, o titular do direito real ainda poderá exercer os poderes correspondentes à
sua condição, sem que para isso tenha de impugnar qualquer acto jurídico de disposição
praticado em relação à coisa.
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6. Referências Bibliográficas
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume II – Teoria Geral das
Obrigações. São Paulo: Saraiva, 2008.