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USUCAPIÃO
para Advogados
Guia sobre a documentação
e todas as fases que antecedem a
judicialização da demanda
Beatriz Ribeiro
Manual de
USUCAPIÃO
para Advogados
Beatriz Ribeiro
3
Índice
Introdução 5
Capítulo 1: Tipos de Usucapião 7
1.1 Usucapião extraordinária 9
1.2 Usucapião ordinária 13
1.3 Usucapião especial urbana 18
1.4 Usucapião especial rural 21
1.5 Usucapião coletiva 25
1.6 Usucapião familiar 29
Capítulo 2: Requisitos para a Usucapião 33
2.1. Posse mansa e pacífica. 34
2.2. Posse contínua e ininterrupta. 37
2.3. Posse com animus domini (intenção de possuir como 40
proprietário).
2.4. Ausência de oposição por parte do proprietário legítimo. 43
2.5. Prazos de posse exigidos para cada tipo de usucapião. 46
Capítulo 3: Procedimento judicial e extrajudicial 50
3.1. Diferenças entre usucapião judicial e extrajudicial. 51
3.2. Usucapião extrajudicial. 54
3.3. Usucapião judicial. 56
3.4. Papel do Ministério Público do registro de imóveis no 58
processo.
Capítulo 4: Aspectos Processuais Relevantes 59
Capítulo 5: Usucapião e Terceiros Interessados 62
Capítulo 6: Conclusão 64
4
Introdução ao
Usucapião
5
Introdução
Introdução ao
Usucapião
6
Capítulo 1
Tipos de
Usucapião
7
Capítulo 1
Tipos de
Usucapião
Em relação à usucapião especial urbana, o artigo 1.240-A do
Código Civil introduziu essa modalidade, que pode ser
alcançada quando o possuidor tem posse ininterrupta de um
imóvel urbano de até 250 m², pelo prazo de 5 anos,
utilizando-o como moradia própria ou de sua família. O
professor Cristiano Chaves de Farias, em seu livro "Direitos
Reais", destaca que "a usucapião especial urbana almeja a
regularização fundiária de populações carentes, contribuindo
para a efetivação do direito à moradia".
8
Capítulo 1
Usucapião
Extraordinária
9
Capítulo 1
Usucapião
Extraordinária
10
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Extraordinária
Os documentos necessários para ingressar com um processo
de usucapião extraordinária podem variar de acordo com a
legislação local e a jurisdição em que o processo está sendo
realizado. No entanto, de forma geral, os seguintes
documentos costumam ser requeridos:
11
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Extraordinária
12
Capítulo 1
Usucapião
Ordinária
13
Capítulo 1
Usucapião
Ordinária
14
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Ordinária
15
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Ordinária
16
Capítulo 1
Usucapião
Especial Urbana
17
Capítulo 1
Usucapião
Especial Urbana
Essa modalidade de usucapião é uma resposta legislativa
para a situação de muitas famílias que ocupam áreas urbanas
sem regularização formal. Cristiano Chaves de Farias, em sua
obra "Direitos Reais", destaca que a usucapião especial
urbana "visa proteger a situação de pessoas que ocupam
áreas urbanas sem título legal, trazendo uma solução para o
problema social da moradia".
18
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Especial Urbana
19
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Especial Urbana
20
Capítulo 1
Usucapião
Especial Rural
21
Capítulo 1
Usucapião
Especial Rural
22
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Especial Rural
23
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Especial Rural
24
Capítulo 1
Usucapião
Coletiva
25
Capítulo 1
Usucapião
Coletiva
26
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Coletiva
27
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Coletiva
28
Capítulo 1
Usucapião
Familiar
29
Capítulo 1
Usucapião
Familiar
30
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Familiar
31
Capítulo 1
Documentos
necessários para
a Usucapião
Familiar
32
Capítulo 2
Requisitos gerais
para a Usucapião
33
Capítulo 2
Posse mansa e
pacífica
A posse mansa e pacífica é um conceito fundamental no
contexto da usucapião, uma vez que seu reconhecimento está
intrinsecamente ligado à aquisição da propriedade por meio
da posse prolongada e ininterrupta. Esse princípio é essencial
para comprovar que o possuidor exerceu sua posse sem
enfrentar contestações ou oposições significativas por parte
de terceiros ao longo do período exigido pela lei.
34
Capítulo 2
Documentos que
comprovam a posse
mansa e pacífica
A comprovação da posse mansa e pacífica é um elemento
crucial para a caracterização da usucapião, pois demonstra
que o possuidor ocupou o imóvel de forma tranquila e sem
contestações ao longo do período necessário para a aquisição
da propriedade. Para sustentar essa característica da posse,
diversos documentos podem ser utilizados como evidência,
tanto documentais quanto testemunhais.
35
Capítulo 2
Documentos que
comprovam a posse
mansa e pacífica
36
Capítulo 2
Posse contínua e
ininterrupta
A posse contínua e ininterrupta é um requisito fundamental
para a caracterização da usucapião, sendo um dos pilares que
sustentam a aquisição da propriedade por meio da posse
prolongada. Esse requisito diz respeito à manutenção da
posse do imóvel ao longo do período necessário estipulado
pela legislação. Os artigos 1.242 e 1.248 do Código Civil
Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) delineiam a importância da
posse contínua e ininterrupta no contexto da usucapião.
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Capítulo 2
Documentos que
comprovam a posse
contínua e ininterrupta
A comprovação da posse contínua e ininterrupta é um dos
pilares essenciais para a caracterização da usucapião, pois
demonstra que o possuidor manteve a ocupação do imóvel de
forma constante ao longo do período exigido pela legislação.
A obtenção de documentos que atestem essa continuidade é
crucial para fortalecer o argumento do possuidor no processo
de usucapião.
38
Capítulo 2
Documentos que
comprovam a posse
contínua e ininterrupta
39
Capítulo 2
Posse com ânimo
de dono
40
Capítulo 2
Posse com ânimo
de dono
É importante observar que a presença do "animus domini" não
se limita apenas a declarações formais, mas também a ações
consistentes que revelem a intenção do possuidor de agir
como dono. Isso pode ser demonstrado por meio de atos de
conservação, melhoria e uso do imóvel como se fosse
proprietário, alinhando-se com o entendimento de Carlos
Roberto Gonçalves em "Direito Civil Brasileiro": "O possuidor
deve agir como se fosse o verdadeiro dono".
41
Capítulo 2
Documentos que
comprovam o ânimo
de dono
No que se refere aos documentos que comprovam o "animus
domini", vale mencionar que o comportamento do possuidor é
um reflexo da intenção de agir como proprietário. Carlos
Roberto Gonçalves, em "Direito Civil Brasileiro", enfatiza que
"atos que denotem intenção de dono, como a realização de
benfeitorias, a exploração econômica da coisa, a defesa da
sua posse contra terceiros, são reveladores do animus
domini". Isso inclui:
42
Capítulo 2
Ausência de oposição por
parte do legítimo
proprietário
43
Capítulo 2
Ausência de oposição por
parte do legítimo
proprietário
44
Capítulo 2
Documentos que
comprovam a ausência
de oposição por parte do
legítimo proprietário
No que se refere aos documentos que comprovam a ausência
de oposição do proprietário legítimo, é possível apresentar:
45
Capítulo 2
Prazo de posse exigidos
para cada tipo de
Usucapião
Os prazos de posse são elementos fundamentais para a
configuração das diferentes modalidades de usucapião,
indicando o tempo mínimo de posse necessário para que o
possuidor possa adquirir a propriedade do imóvel. Cada caso
de usucapião possui prazos específicos, previstos nos artigos
1.242 a 1.260 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002),
sendo essenciais para determinar a regularidade do pleito de
aquisição por usucapião.
46
Capítulo 2
Prazo de posse exigidos
para cada tipo de
Usucapião
47
Capítulo 2
Documentos para
comprovar o período de
posse
A comprovação do período de posse é essencial para embasar
a ação de usucapião, uma vez que os prazos de posse são
requisitos determinantes para cada modalidade de usucapião.
A obtenção de documentos que demonstrem a ocupação e a
posse contínua ao longo do tempo é fundamental para
fortalecer o argumento do possuidor e sustentar a aquisição
da propriedade por usucapião.
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Capítulo 2
Documentos para
comprovar o período de
posse
49
Capítulo 3
Procedimento judicial e
extrajudicial
A aquisição da propriedade por meio da usucapião pode ser
realizada tanto por vias judiciais quanto extrajudiciais, sendo
necessário observar os requisitos legais e as modalidades
específicas para cada caso. Os procedimentos para alcançar a
usucapião variam conforme a modalidade de posse, o tempo
de ocupação e a legislação aplicável. Os artigos 1.238 a 1.260
do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) são a base
legal que estabelece os procedimentos para as diferentes
modalidades de usucapião.
50
Capítulo 3
Diferenças entre
Usucapião Judicial e
Extrajudicial
A usucapião, como meio de aquisição da propriedade pela
posse prolongada, pode ser buscada através de
procedimentos judiciais ou extrajudiciais, dependendo das
circunstâncias e modalidades específicas. As diferenças entre
essas duas abordagens são cruciais para entender como se dá
a aquisição da propriedade por meio da usucapião. Os artigos
1.238 a 1.260 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002)
estabelecem as bases legais para os procedimentos de
usucapião, e a Lei nº 13.105/2015 (Código de Processo Civil)
introduziu a possibilidade do procedimento extrajudicial em
alguns casos.
Usucapião Judicial
A via judicial de usucapião consiste na propositura de uma
ação específica perante o Poder Judiciário, onde o requerente
pleiteia a declaração judicial de sua aquisição da propriedade
por usucapião. Essa abordagem é amplamente utilizada
quando há controvérsias, incertezas ou contestações em
relação aos requisitos de posse, prazos ou outros aspectos da
usucapião.
51
Capítulo 3
Diferenças entre
Usucapião Judicial e
Extrajudicial
Usucapião Extrajudicial
A usucapião extrajudicial, por sua vez, foi introduzida pelo
novo Código de Processo Civil e é uma alternativa mais
simplificada para certas modalidades de usucapião, desde
que preenchidos requisitos específicos. Nesse procedimento, a
aquisição da propriedade ocorre por meio de um
procedimento administrativo, realizado em cartório de
registro de imóveis, sem a necessidade de um processo
judicial.
52
Capítulo 3
Diferenças entre
Usucapião Judicial e
Extrajudicial
53
Capítulo 3
Usucapião Extrajudicial
Simplificando a aquisição extrajudicial da propriedade
A usucapião extrajudicial, também conhecida como
usucapião administrativa, foi introduzida pelo Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) como uma alternativa
mais ágil e simplificada para a aquisição da propriedade por
usucapião em determinadas circunstâncias. Esse
procedimento ocorre diretamente em cartório de registro de
imóveis, evitando a necessidade de um processo judicial. Os
artigos 1.071 a 1.076 do Código de Processo Civil estabelecem
as bases legais para a usucapião extrajudicial.
54
Capítulo 3
Usucapião Extrajudicial
Documentação necessária
1. Ata Notarial: Documento lavrado por um tabelião de notas
que atesta a posse do requerente e as características do
imóvel.
55
Capítulo 3
Usucapião Judicial
Fases do processo: da inicial à sentença
O processo de usucapião judicial é um procedimento
complexo que envolve diversas fases, desde a propositura da
ação até a obtenção da sentença que declara a aquisição da
propriedade por meio da posse prolongada. Os artigos 1.238 a
1.260 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002)
regulamentam as modalidades de usucapião e suas
especificidades. Cada fase desse processo requer atenção aos
detalhes e à observância dos requisitos legais.
1. Petição Inicial
A ação de usucapião se inicia com a propositura da petição
inicial, na qual o requerente expõe os fatos que fundamentam
seu pedido de aquisição da propriedade por usucapião. Nessa
fase, o autor deve demonstrar o preenchimento dos requisitos
legais para a modalidade de usucapião desejada.
3. Produção de provas
Nesta fase, ocorre a produção das provas necessárias para
demonstrar a posse prolongada e os demais requisitos para a
usucapião. Podem ser utilizadas provas documentais,
testemunhais, periciais, entre outras, a fim de comprovar a
ocupação do imóvel e sua conformidade com os requisitos
legais.
56
Capítulo 3
Usucapião Judicial
4. Decisão de mérito
Após a produção das provas, o juiz analisa o mérito da
demanda e decide se o requerente preenche os requisitos
para a aquisição da propriedade por usucapião. A sentença
pode ser favorável ou desfavorável ao requerente,
dependendo da análise dos elementos probatórios e dos
argumentos apresentados pelas partes.
5. Recursos
Caso uma das partes não concorde com a decisão de primeira
instância, é possível interpor recursos, como apelação, para
que o Tribunal de Justiça reveja a decisão. Os recursos visam
a garantir o princípio do duplo grau de jurisdição e a
possibilidade de revisão das decisões judiciais.
6. Registro da sentença
Se a sentença for favorável ao requerente, é necessário
promover o registro da decisão no cartório de registro de
imóveis competente. Esse registro é o ato final que efetiva a
aquisição da propriedade por usucapião.
57
Capítulo 3
Papel do Ministério
Público e do Registro de
Imóveis no processo
No processo de usucapião, tanto o Ministério Público quanto
o Registro de Imóveis desempenham papéis essenciais na
garantia da regularidade, segurança e efetividade da
aquisição da propriedade por meio da posse prolongada. Os
artigos 1.238 a 1.260 do Código Civil Brasileiro (Lei nº
10.406/2002) tratam das modalidades de usucapião e das
formalidades necessárias para o registro.
58
Capítulo 4
Aspectos Processuais
Relevantes
O processo de usucapião envolve diversos aspectos
processuais que têm relevância fundamental para garantir a
correta aplicação da lei e a segurança jurídica na aquisição
da propriedade por meio da posse prolongada. Os artigos
1.238 a 1.260 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002)
tratam das modalidades de usucapião e suas peculiaridades.
59
Capítulo 4
60
Capítulo 4
61
Capítulo 5
Usucapião e Terceiros
Interessados
A aquisição da propriedade por meio da usucapião pode
afetar terceiros que possuam interesse no imóvel objeto da
usucapião. Os artigos 1.238 a 1.260 do Código Civil Brasileiro
(Lei nº 10.406/2002) regem as modalidades de usucapião e
estabelecem as bases legais para os efeitos sobre terceiros.
A doutrina jurídica e a jurisprudência também desempenham
um papel fundamental na interpretação dessas implicações.
62
Capítulo 5
63
Capítulo 6
Conclusão
O eBook abordou de forma abrangente o instituto da
usucapião, contemplando suas modalidades, requisitos,
documentos necessários, processos judiciais e extrajudiciais,
papel do Ministério Público, impactos sobre terceiros e
jurisprudência. Foram exploradas tanto as modalidades de
usucapião ordinária e especial urbana quanto as rurais e
coletivas, além de casos específicos e implicações práticas.
64
BEATRIZ RIBEIRO
@beatrizribeio_adv