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NOVA IGUAÇU – RJ
2019
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Alunos: Adriana Fernandes Albino, Allan Walsh Maia, Altamiro Castelo da Cunha,
Camilla Nascimento Costa da Silva, Cinara Eduarda Viana, Dayanne Mendonça, Ellen
de Sousa das Neves, Gabriela Pio, Gilciane Vieira Lessa de Carvalho, Jeisson Silva
Barreto, Lucas Gomes Perpetuo, Marinus Givigi Barbosa, Patrick Sales Barros, Raissa
Oliveira de Queiroz.
NOVA IGUAÇU - RJ
2019
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SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................................................5
3. Responsabilidade subjetiva........................................................................................................6
4. Responsabilidade de objetiva....................................................................................................8
5. Ação regressiva........................................................................................................................10
7. Considerações Finais...............................................................................................................12
Referências..................................................................................................................................14
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INTRODUÇÃO
Inicialmente é importante destacar que a responsabilidade civil do Estado em face
de acidentes ocorridos com particulares, oriundos de má conservação de espaço
público, está prevista em nossa Carta Magna, § 6º, do art. 37. O texto constitucional é
decorrente da teoria do risco administrativo e envolve todo dano causado a terceiros
proveniente da falta de manutenção de vias públicas, especialmente quando restar
clara e comprovada a omissão do estado diante dos ocorridos.
Não são isolados casos em que as omissões do ente estatal ante a sustentação
de espaços públicos resultam em acidentes, de variadas gravidades, que colocam a
prova a integridade física e moral dos envolvidos.
Com intuito de tornamos este exposto mais objetivo, optamos por abordar nesse
contexto especificamente casos concretos em que acidentes ocorreram com bueiros
defeituosos envolvendo pedestres que transitavam em vias públicas. Nesses aspectos,
a responsabilidade fica a cargo dos municípios que devem agir com zelo e tomar todas
as precauções necessárias para garantir a segurança dos cidadãos que transitam
nestas áreas.
No desenvolvimento deste estudo apreciaremos as fundamentações legais
baseada em nosso ordenamento, teorias doutrinárias referentes à culpa e riscos, casos
julgados e outros aspectos que possam nortear o entendimento sobre o assunto
abordado.
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3. Responsabilidade Subjetiva
O principal fator da responsabilidade civil subjetiva é a própria culpa. Pode se dizer
que não é toda e qualquer omissão (falha no serviço) que vai ensejar à
responsabilidade civil, precisando ser comprovada a culpa estatal com dano ao
particular/ terceiros, não interessando se a culpa foi licita ou ilícita, devendo ser visto se
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estado nesse caso. Entretanto não se deve confundir a omissão do estado em diversos
casos com o caso fortuito, haja vista que a omissão do Estado descaracteriza a
imprevisibilidade.
O Poder Estatal pode evitar que ocorram alguns tipos de ocasiões de força maior,
com avisos à população, como já ocorre com as sirenes em casos de incêndio e os
avisos por mensagens de texto, em diversos casos de previsão de evento climático.
4. Responsabilidade Objetiva
A responsabilidade objetiva é prevista no artigo 37 §6 da CF/88, o dispositivo citado
dá responsabilidade ao Estado pelos danos causados por detentores de cargo público
ao atuarem em suas funções, como por exemplo, se um agente público estiver com o
carro oficial de seu setor e no exercício de sua função colidir com outro carro, a
administração pública tem o dever de indenizar o terceiro prejudicado.
O artigo 37 §6 da CF/88 envolve em seu âmbito todas as pessoas jurídicas de
direito público, sendo a administração direta, autarquias e fundações de direito público,
as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço público, menos as
empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade
econômica, que seguem as mesmas regras de direito privado aplicado às pessoas
jurídicas privadas no geral.
Contudo para ser configurado como responsabilidade objetiva da pessoa jurídica, o
agente deve estar atuando, legalmente ou não, na condição de servidor público, e é
necessário averiguar se a prática de sua função, ou pretexto de exercê-la, foi definitiva
para a prática que causou o acidente.
Por fim, mesmo se um policial fardado agindo em nome do Estado, fora de seu
horário de expediente causar dano ao particular, a obrigação de indenizar recai ao
poder público, independente da existência de irregularidade na conduta do agente.
5. Ação Regressiva
No direito civil brasileiro sabemos que o responsável por um dano a outra pessoa
tem a obrigação de repará-lo por meio de indenização, se o fato tiver mais de um
responsável, todos serão responsabilizados solidariamente pela reparação. Mas
quando o verdadeiro culpado pelo dano é alguém que não foi atingido na ação de
indenização, cabe contra ele a chamada ação de regressão.
Para falar de ação regressiva deve-se explicar antes sobre o que é o direito de
regresso. De acordo com o Código Civil de 2002 nos respectivos artigos 186, 187 e
também o artigo 927, o direito de regresso é a forma jurídica que permite ação contra o
responsável em casos de atividades por dolo ou culpa, ou seja, é o direito de uma
pessoa de haver de outrem importância por si despendida ou paga no cumprimento de
obrigação, cuja responsabilidade direta e principal a ele pertencia. Vale lembrar que o
direito de regresso é um tipo de recurso judicial.
No que tange à Administração Pública, pode se ver que o direito de regresso para o
Estado é o meio do qual ele dispõe para dirigir a sua pretensão indenizatória, ou seja,
ressarcir-se do prejuízo que o agente responsável pelo dano causou, na oportunidade
em que agiu com dolo ou culpa contra terceiro.
Entre as diversas decisões do Supremo Tribunal de Justiça sobre o tema, se firmou
a jurisprudência sobre a obrigatoriedade de o verdadeiro culpado figurar na ação de
indenização, se é possível a regressiva quando o processo termina em acordo e sobre
como tratar o servidor público responsável por um dano reparado pelo erário.
7. Considerações Finais
Concernente à responsabilização por danos e prejuízos causados pelo Poder
Público, seja por meio de condutas omissivas ou comissivas, nota-se uma evolução. O
Estado, que antes gozava de uma liberdade de atuação sem limites, onde sua conduta
estava justificada apenas pela vontade do representante estatal, não era punido ou
mesmo reconhecia as consequências de seus atos. Em seguida, esta fase foi
substituída, tomando seu lugar à conscientização de que o Estado deve reparar
eventuais danos causados aos indivíduos.
Outrossim, ao se tratar de Responsabilidade Civil do Estado, faz-se necessário que
o Estado atue não somente na prestação do serviço público, mas também nos
resultados do seu funcionamento, sendo eles positivos ou negativos. Neste sentido
opera a Teoria do Risco Administrativo.
Por conseguinte, no que diz respeito ao caso concreto mencionado acima,
aplicando-se a Teoria do Risco Administrativo, é notória a Responsabilidade Civil
Objetiva do Estado, não havendo possibilidade de se falar em excludente de
responsabilidade, visto que, para romper o nexo de causalidade é preciso contar com a
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presença de caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima ou mesmo um ato
praticado por terceira pessoa, itens que não podem ser vislumbrados neste caso.
Em síntese, não deve haver retrocesso ao deixar que se faça ausente a
responsabilidade do Estado, quando este atuar positiva ou negativamente, de maneira
a prejudicar os membros da sociedade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS