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AULA 12
1 EVOLUÇÃO
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STF, RE-AgR 456.302/RR, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 16/03/2007.
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Então, aqui fica clara uma exceção à teoria do risco administrativo: caberá ao
Estado o dever de indenizar o dano ocorrido independente de seu dolo ou
culpa, mas não no caso de culpa exclusiva do prejudicado. Em face das
exceções, chama-se também de teoria do risco administrativo mitigado.
Assim decidiu o STF:
A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público,
responsabilidade objetiva, com base no risco administrativo, ocorre
diante dos seguintes requisitos: a) do dano; b) da ação
administrativa; c) e desde que haja nexo causal entre o dano e a
ação administrativa. Essa responsabilidade objetiva, com base no
risco administrativo, admite pesquisa em torno da culpa da vítima,
para o fim de abrandar ou mesmo excluir a responsabilidade da
pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público.2
Outras duas importantes exceções devem ser destacadas: culpa de terceiro e
caso fortuito/força maior3. Em ambos os casos, vigora a responsabilidade
subjetiva do Estado, pois esta deve ser comprovada.
Força maior é o evento imprevisível, inevitável e independente da vontade
das partes.
Assim, se cai um raio sobre um carro, não se fala em responsabilidade objetiva
do Estado, pois não contribuiu de nenhum modo para o dano, inexistindo nexo
de causalidade entre este e um comportamento da Administração. Igual
conseqüência existe se há assalto ocorrido no interior de um coletivo, pois,
segundo o STJ, o fato inteiramente estranho ao transporte em si constitui
causa excludente da responsabilidade da empresa transportadora4. Noutro
julgado semelhante, pontuou o STJ que “a empresa só pode ser
responsabilizada quando a ação de terceiros tiver alguma conexão com o
transporte”5.
No entanto, se havia de alguma forma um dever de ação do Estado, e
este omitiu-se, pode configurar sua responsabilidade, mas, repita-se,
2
STF, RE 217.389/SP, relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 24/05/2002.
3
A doutrina é divergente ao conceituar o que seria um caso fortuito ou a força maior. A
legislação, em geral, os trata sempre juntos, sem diferenciar o que seria um ou outro (apenas a
título de exemplo, citem-se os arts. 246, 393, 399 e 583, todos do Código Civil). Da mesma
forma, as provas de concursos não costumam dar tratamento diferenciado entre eles. Assim
sendo, neste trabalho, vamos considerá-los como sinônimos. Nos termos do parágrafo único do
art. 393 do Código Civil, “o caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir.”
4
STJ, REsp 435.865/RJ, relator Ministro Barros Monteiro, publicação DJ 12/05/2003.
5
No caso em questão, o STJ decidiu que a Companhia de Trens Urbanos - CBTU não deve pagar
pensão à família de um menor assassinado no interior de um dos vagões da empresa. STJ, REsp
142.186/SP, relator Ministro Hélio Quaglia Barbosa, publicação DJ 19/03/2007:
RESPONSABILIDADE CIVIL. HOMICÍDIO NO INTERIOR DE VAGÃO. CASO FORTUITO OU FORÇA
MAIOR. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. RECURSO PROVIDO. O fato de terceiro, que não
exime de responsabilidade a empresa transportadora, é aquele que guarda uma relação de
conexidade com o transporte. Recurso conhecido e provido.
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STF, RE 409.203/RS, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 20/04/2007.
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STF, RE 382.054/RJ, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 01/10/2004.
8
STJ, REsp 614.048/RS, relator Ministro Luiz Fux, publicação DJ 02/05/2005.
9
STJ, REsp 647.493/SC, relator Ministro João Otávio de Noronha, DJ 22/10/2007.
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Código Civil, art. 945: Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do
autor do dano.
11
STJ, REsp 944.884/RS, relator para acórdão Ministro Luiz Fux, publicação DJ 17/04/2008.
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público, por terem sido preteridos por outros candidatos, razão pela
qual incide o artigo 37, § 6º, da CF/1988, que responsabiliza
objetivamente o Estado por danos causados aos seus administrados.
Indubitável a manifesta violação dos direitos dos autores no que
tange à observância da ordem classificatória do certame, vez que a
posterior deliberação da comissão de concurso no sentido de nomear
candidatos antes mesmo da análise do pedido judicial de anulação
de certas questões, pleito, diga-se de passagem, que logrou êxito
perante este Superior Tribunal, afronta os princípios da legalidade e
isonomia. É cediço que o candidato preterido tem direito à nomeação
na hipótese de inobservância da ordem dos concursos e da
classificatória, dentro do prazo de validade, havendo, fora desses
casos, tão-somente, expectativa de direito à nomeação. É cabível, in
casu, a condenação do Estado ao pagamento de indenização aos
candidatos que foram preteridos na ordem classificatória do
concurso, por erro da Administração. Não há qualquer óbice jurídico
para que o valor da indenização corresponda aos vencimentos e
demais vantagens inerentes ao cargo, porquanto seria o valor que
teriam percebido à época, caso observada a ordem classificatória do
certame.12
Por fim, cite-se a responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais.
Em ambos os casos, a regra é a irresponsabilidade estatal por esses atos.
A produção legislativa de um Estado é feita com base em sua soberania,
limitada apenas pelas normas constitucionais. As leis produzidas, revogadas,
alteradas, são abstratas, atingindo a todos indistintamente, e poderão causar
ônus à população que não fazem jus a qualquer reparação de eventuais danos.
No entanto, entende-se como possível a responsabilização do Estado no
caso de edição de leis inconstitucionais ou leis de efeitos concretos. Este
tipo de lei não tem as características de generalidade e impessoalidade,
atingindo pessoa certa, como no caso da lei que desapropria determinado
bem: se há prejuízo decorrente da mesma, cabe indenização.
No que pertine aos atos jurisdicionais, a regra, repita-se, é a
irresponsabilidade. Quando profere uma sentença, uma parte sempre perderá
e outra ganhará, e por óbvio que aquela não pode pleitear ressarcimento dos
danos pelo Estado. Contudo, a própria Carta Maior prevê a responsabilização
estatal, mas apenas na esfera penal:
Art. 5º (...)
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença.
Nessas duas hipóteses, nos termos da jurisprudência do STF13, fica patente
que a responsabilidade civil do Estado é objetiva e independe de dolo ou culpa
do magistrado:
12
STJ, REsp 825.037/DF, relator Ministro Luiz Fux, julgamento em 23/10/2007.
13
STF, RE 505.393/PE, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 05/10/2007.
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CC, art. 953, parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao
juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
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STF, RE 429.518/SC, relator ministro Carlos Velloso, publicação DJ 28/10/2004.
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STJ, REsp 299.833/RJ , relator Ministro Castro Meira, julgado em 14/11/2006.
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STF, RE 505.393/PE, relator ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 05/10/2007.
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Segundo a teoria do risco integral, que aqui cita-se por questões meramente
didáticas, a Administração Pública sempre responderia pelos danos causados
aos particulares, sem qualquer exceção.
Como visto acima, a responsabilidade objetiva faz com que o Estado indenize
os prejuízos causados, independente de dolo ou culpa. Vimos algumas
exceções: culpa da vítima ou de terceiros e força maior.
É a inexistência dessas exceções que nos leva ao risco integral.
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STJ, REsp 802.435/PE, relator Ministro Luiz Fux, publicação DJ 30/10/2006.
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Assim, poderia o particular atirar seu carro contra um caminhão dos bombeiros
e ao Estado caberia suportar ambos os prejuízos.
Pela evidente injustiça, tal teoria não é adotada.
Contudo, para parte da doutrina há uma exceção à regra.
Seria caso de responsabilidade integral do Estado em face de danos
nucleares: ainda que haja culpa do particular, se o dano é nuclear, à
Administração cabe o dever de indenizar (CF/88, art. 21, XXIII, d19).
A Lei nº 6.453/77 e o Decreto nº 911/93, tratam da responsabilidade civil por
danos nucleares.
2 A RESPONSABILIDADE NO BRASIL
19
Art. 21. Compete à União: (...) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados,
atendidos os seguintes princípios e condições: (...) d) a responsabilidade civil por danos
nucleares independe da existência de culpa.
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O caso concreto envolvia uma empresa de ônibus, concessionária de serviço público, e um
particular que sofreu dano em seu veículo, em face de acidente entre este e um dos ônibus da
concessionária. Segundo decidiu o STF “a responsabilidade objetiva das prestadoras de serviço
público não se estende a terceiros não-usuários, já que somente o usuário é detentor do direito
subjetivo de receber um serviço público ideal, não cabendo ao mesmo, por essa razão, o ônus
de provar a culpa do prestador do serviço na causação do dano.” Assim se manifestou o relator:
“A ‘ratio’ do dispositivo constitucional que estamos interpretando parece-me mesmo esta:
porque o ‘usuário é detentor do direito subjetivo de receber um serviço público ideal’, não se
deve exigir que, tendo sofrido dano em razão do serviço, tivesse de provar a culpa do prestador
desse serviço. Fora daí, vale dizer, estender a não-usuários do serviço público prestado pela
concessionária ou permissionária a responsabilidade objetiva – CF, art. 37, § 6º – seria ir além
da ‘ratio legis’.”
Embora o julgamento tenha sido em face de concessionária/permissionária de serviços públicos, a
ementa do julgado acabou por ser genérica, incluindo qualquer “pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviço público”. Assim, estariam também incluídas as empresas públicas e
sociedades de economia, que integram a Administração Pública Indireta. No entanto, deve-se
cuidar para não generalizar indevidamente tal decisão, uma vez que a situação jurídica das
empresas públicas e sociedade de economia mista prestadoras de serviços públicos é diversa
daquela das delegatárias de serviços públicos. No entanto, repita-se, a ementa não expressa
essa posição.
Destaque-se ainda que, em julgamento iniciado em 08/03/2007, o Ministro Joaquim Barbosa,
relator, negou provimento ao recurso por entender que a responsabilidade civil das pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva também
relativamente aos terceiros não-usuários do serviço. Asseverou que, em razão de a
Constituição brasileira ter adotado um sistema de responsabilidade objetiva fundado na teoria do
risco, mais favorável às vítimas do que às pessoas públicas ou privadas concessionárias de
serviço público, toda a sociedade deveria arcar com os prejuízos decorrentes dos riscos
inerentes à atividade administrativa, tendo em conta o princípio da isonomia de todos
perante os encargos públicos. Ademais, reputou ser indevido indagar sobre a qualidade
intrínseca da vítima, a fim de se verificar se, no caso concreto, configura-se, ou não, a hipótese
de responsabilidade objetiva, haja vista que esta decorre da natureza da atividade
administrativa, a qual não é modificada pela mera transferência da prestação dos serviços
públicos a empresas particulares concessionárias do serviço.
Tal julgamento já contava com quatro votos a favor da tese de que a responsabilidade civil das
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva também
relativamente aos terceiros não-usuários do serviço. Entretanto, em 18/02/2008, os autos foram
baixados definitivamente para a origem, para apreciação de pedido de homologação da
transação e extinção do processo. Com isso, é possível a mudança de entendimento do STF em
julgados futuros.
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STF, RE 160.401/SP, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 04/06/1999.
23
STF, RE 363.423/SP, relator Ministro Carlos Britto, publicação DJ 14/03/2008, Informativos
370 e 498.
24
STF, RE 341.776/CE, relator Ministro Gilmar Mendes, publicação DJ 03/08/2007, noticiado no
Informativo 463 do STF: Responsabilidade civil do Estado. Morte. Vítima que exercia atividade
policial irregular, desvinculada do serviço público. Nexo de causalidade não configurado.
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3 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
Uma vez havido o dano, como ressabido, caberá reparação do mesmo pela
Administração, se houver nexo de causalidade entre este e uma ação estatal,
afastadas a culpa do particular e a força maior.
Duas são as possibilidades para tal:
I – administrativa: se reconhecido o dano pelo Poder Público, e
havendo acordo entre as partes, pode haver indenização
diretamente pela via administrativa. Por exemplo, durante uma obra
pública, um trator da prefeitura, numa manobra, acaba atirando uma
25
Nos termos da nova redação dada pela EC nº 49/2006.
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RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
MOVIDA CONTRA O ENTE PÚBLICO E O FUNCIONÁRIO CAUSADOR DO DANO. POSSIBILIDADE. O
fato de a Constituição Federal prever direito regressivo às pessoas jurídicas de direito público
contra o funcionário responsável pelo dano não impede que este último seja acionado
conjuntamente com aquelas, vez que a hipótese configura típico litisconsórcio facultativo.
27
No caso, a recorrente propusera ação de perdas e danos em face de prefeito, pleiteando o
ressarcimento de supostos prejuízos financeiros decorrentes de decreto de intervenção editado
contra hospital e maternidade de sua propriedade. Esse processo fora declarado extinto, sem
julgamento de mérito, por ilegitimidade passiva do réu, decisão mantida pelo Tribunal de Justiça
local. Considerou-se que, na espécie, o decreto de intervenção em instituição privada seria ato
típico da Administração Pública e, por isso, caberia ao Município responder objetivamente
perante terceiros. (STF, Informativo 436, de 14 a 18/08/2006).
28
Em outra decisão, no mesmo sentido, estava envolvido magistrado: STF, RE 228.977/SP,
relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 12/04/2002 – A autoridade judiciária não tem
responsabilidade civil pelos atos jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se na
espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados
de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e
legislação específica. 3. Ação que deveria ter sido ajuizada contra a Fazenda Estadual -
responsável eventual pelos alegados danos causados pela autoridade judicial, ao exercer suas
atribuições -, a qual, posteriormente, terá assegurado o direito de regresso contra o magistrado
responsável, nas hipóteses de dolo ou culpa.
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Ressalte-se que tal decisão foi proferida em uma Turma, enquanto a anterior,
era do Pleno. Em face do tempo transcorrido entre ambas e da inovação agora
implementada, é bastante possível que se consagre o novo entendimento,
afastando a possibilidade de ação diretamente contra o agente causador do
dano, quando, repita-se, o prejuízo advém de conduta de agente político, cuja
vontade se confunde com a vontade do Estado.
Mais recentemente, em 29/09/2008, a 1ª Turma do STF, novamente
enfrentando o tema em questão, decidiu de igual maneira, deixando mais clara
sua posição.
De acordo com o Ministro Marco Aurélio, relator, “verificado o dano em razão
de ato comissivo – responsabilidade objetiva – ou omissivo – subjetiva – em
serviço, ao beneficiário da norma constitucional não cabe escolher contra
quem proporá a ação indenizatória – se contra o Estado, ou quem lhe faça
o papel, ou o servidor. De legitimação passiva concorrente não se trata.
Em bom vernáculo, o servidor, ante a relação jurídica mantida com o tomador
de serviços, perante este responde. A dualidade admitida na origem cria um
terceiro sistema ao atribuir ao agente uma obrigação que não tem – de
responder junto ao terceiro, e não ao tomador dos serviços, de forma
regressiva, pelo dano causado. Os atos praticaram o foram personificando a
pessoa jurídica de direito público e é esta a parte legítima para responder á
ação indenizatória”. (grifou-se)
É o seguinte o teor do acórdão:
RESPONSABILIDADE - SEARA PÚBLICA - ATO DE SERVIÇO -
LEGITIMAÇÃO PASSIVA. Consoante dispõe o § 6º do artigo 37 da
Carta Federal, respondem as pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, descabendo
concluir pela legitimação passiva concorrente do agente,
inconfundível e incompatível com a previsão constitucional de
ressarcimento - direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.29
Assim, nos termos dessas decisões, o art. 37, § 6º, da CF/88, consagra dupla
garantia: uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória
contra a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado que preste
serviço público; outra, em prol do servidor estatal, que somente responde
administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional
pertencer. O particular que sofra o dano não pode, então, ajuizar ação,
diretamente, contra o agente público; o agente público somente responde,
regressivamente, à pessoa jurídica a cujos quadros funcionais pertencer.
A doutrina discute, também, a aplicação da denunciação da lide30, nos
termos do art. 70, III, do CPC. Havendo ação do particular contra o Estado, a
29
STF, RE 344.133/PE, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 14/11/2008, Informativo
519.
30
Segundo Fábio Milman, denunciação da lide é ação de regresso proposta antecipadamente,
condicionada à sucumbência do litisdenunciante (seja autor ou réu) na demanda principal.
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Desacato. CP, art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
32
STJ, REsp 782.834/MA, relatora Ministra Eliana Calmon, publicação DJ 11/04/2007, noticiado
no Informativo 314 do STJ.
33
STF, MS 22.476/AL, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 03/10/1997.
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5 AÇÃO REGRESSIVA
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6 LEI Nº 8.112/90
7 LEI Nº 8.429/92
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Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de
trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que
trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações
necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio
público. (...)
PARA GUARDAR
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EXERCÍCIOS
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A Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, regula o Direito de Representação e o processo de
Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. Ainda que não
tenha sido citada na teoria, incluo esse exercício, pois facilmente se encontra a resposta certa
com base na teoria geral sobre o assunto. Primeiro responda à questão, depois leia alguns
artigos importantes:
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou
função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e
consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de
vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de
uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e
consistirá em:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
b) detenção por dez dias a seis meses;
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo
até três anos.
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.
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§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer
categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer
funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a
autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato.
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da
ação penal ou civil.
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(A) I e II;
(B) I e III;
(C) II e III;
(D) I, II e III;
(E) nenhuma.
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41 – (ESAF/TCU/2006) Julgue:
I – É possível a responsabilidade do Estado por ato jurisdicional.
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Assinale:
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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GABARITO COMENTADO
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responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se
houver, por parte destes, culpa ou dolo.
20. C – as condenações administrativa, criminal e civil são, em regra,
independentes e cumulativas.
21. A – Lei nº 8.112/90, art. 121. O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 122. A
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. (...) § 2º Tratando-se de
dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
22. B – a culpa concorrente da vítima, de acordo com as regras atuais,
atenua a responsabilidade do Estado. Aplica-se a teoria do risco
administrativo para definir a responsabilidade do Estado por dano resultante da
atividade administrativa desenvolvida por qualquer dos Poderes. A ação
indenizatória contra o Estado é prescritível, por outro lado, a ação de
ressarcimento de danos causados ao Estado é imprescritível (art. 37, §
5º, CF/88).
23. B – tanto as Pessoas Jurídicas de Direito Público quanto de
Direito Privado prestadoras de serviços públicos responderão objetivamente
pelos danos causados por seus agentes. Como regra, o Estado não responde
por danos decorrentes da atividade típica desenvolvida pelo Poder Legislativo.
O Estado pode cobrar regressivamente do agente público causador do dano,
provada a culpa ou dolo. A teoria adotada na Constituição para disciplinar a
responsabilidade do Estado denomina-se “teoria do risco administrativo”.
24. D – o Estado, como regra, não responde por danos resultantes da sua
atividade jurisdicional. O Estado poderá cobrar regressivamente do seu agente
nos casos de culpa ou dolo. Os concessionários de serviços públicos
responderão objetivamente por danos causados por seus agentes.
25. B – a teoria adotada na Constituição para disciplinar a responsabilidade
do Estado, denomina-se risco administrativo.
26. E – o direito de regresso da Administração Pública nunca prescreve (art.
37, § 5º, CF/88).
27. E - A responsabilidade do servidor público é subjetiva. O servidor
público atua com culpa quando age com imprudência, negligência ou
imperícia. O servidor público age com dolo quando conscientemente pratica
um ato contrário ao direito. Em regra, as responsabilidades civil e
administrativa independem da criminal. As ações de ressarcimento contra o
servidor público são imprescritíveis (art. 37, § 5º, CF/88).
28. C – Lei nº 8.112/90, art. 126. A responsabilidade administrativa do
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência
do fato ou sua autoria. Código Civil (CC), art. 935. A responsabilidade civil é
independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
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do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
29. C – Tratando-se de dano causado a terceiro, o servidor responderá
mediante ação regressiva. Lei nº 8.112/90, art. 122. A responsabilidade civil
decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros. (...) § 2o Tratando-se de dano causado a
terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.
30. A – CF/88, art. 37, § 6º: agências reguladoras = autarquias. Autarquias
e fundações públicas de direito público, por terem natureza jurídica de direito
público, sempre respondem objetivamente. Pessoas jurídicas de direito privado
apenas respondem objetivamente quando prestam serviço público. Assim, as
estatais que exploram atividade econômica, como são de direito privado,
respondem subjetivamente.
31. E – Na hipótese, há aplicação da teoria do risco administrativo. A teoria
aplicada ao caso para a responsabilização do Estado é a objetiva. Em caso de
acidente com material radioativo, o Estado responde independentemente de
culpa (CF/88, art. 21, XXIII, d). Na teoria do risco administrativo, há hipóteses
em que, mesmo com a responsabilização objetiva, o Estado não será passível
de responsabilização, como no caso de culpa do particular ou de terceiro.
32. C – Lei nº 8.112/90, art. 126. A responsabilidade administrativa do
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência
do fato ou sua autoria.
33. B – A responsabilidade objetiva independe de dolo ou culpa.
34. D – Poder Legislativo = Lei de efeito concreto ou Lei inconstitucional.
Poder Judiciário = manter cidadão preso além do tempo fixado na sentença
(CF/88, art. 5º, LXXV) ou juiz que, no exercício das funções, proceda com dolo
ou culpa (CPC, art. 133). Poder Executivo = infração às obrigações gerais
devidas por todos.
35. C – CF/88, art. 37, caput e § 6º.
36. E – Teoria do risco integral = não admite qualquer excludente de
responsabilidade.
37. A – Prevalece o entendimento de que, nos casos de omissão, a
responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por
isso, perquirir acerca da culpa e do dolo. A vítima de dano causado por ato
comissivo deve ingressar com ação de indenização por responsabilidade
objetiva contra a Administração. Há responsabilidade civil do Estado por dano
causado pelo rompimento de uma adutora ou de um cabo elétrico, mantidos
pelo Estado em péssimas condições, em face da falta do serviço. Proposta a
ação de indenização por danos materiais e morais contra o Estado, sob o
fundamento de sua responsabilidade objetiva, não cabe, conforme
entendimento prevalecente, denunciação à lide do respectivo servidor
alegadamente causador do dano.
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