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REGIME JURÍDICO
ADMINISTRATIVO
- Responsabilidade Civil do
Estado
INTRODUÇÃO
A noção de responsabilidade implica a ideia de resposta, termo que, por sua vez,
deriva do vocábulo verbal latino respondere, com o sentido de responder, replicar.
A responsabilidade tem como pressuposto o dano (ou prejuízo). Significa dizer que
o sujeito só é civilmente responsável se sua conduta, ou outro fato, provocar dano
a terceiro. Sem dano inexiste responsabilidade civil.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
De início importa lembrar que o Estado, como pessoa jurídica, é um ser intangível.
Somente se faz presente no mundo jurídico através de seus agentes, pessoas
físicas cuja conduta é a ele imputada. O Estado por si só não pode causar danos a
outros.
Código Civil
“As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por atos de
seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, procedendo de
modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito
regressivo contra os causadores do dano”.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
O Código Civil em vigor (lei 10.406 de 2002), entretanto alterou o art. 15 e dispôs
no art. 43:
“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos de seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado
direito de regresso contra os causadores do dano, se houver, por parte destes culpa
ou dolo”.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Constituição Federal
A vigente Constituição regula a matéria no art. 37, § 6º, que tem o seguinte teor:
Além desse dispositivo, a CF/88 em seu art. 21, XXIII, “d”, prescreve que: compete a
União Federal
“explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento,
a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados...”
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Lei 10.744/2003
Pessoas responsáveis
Pessoas responsáveis
Agentes do Estado
Dispõe o art. 37, § 6º, CF/88 que o Estado é civilmente responsável pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, venham a causar a terceiros. A atuação do
estado se consubstancia por seus agentes, pessoas físicas capazes de manifestar
vontade real.
A expressão “nessa qualidade”, tem razão de ser, porque só pode o Estado ser
responsabilizado se o preposto estatal estiver no exercício de suas funções. O
termo agente, tem sentido amplo, não se confundindo com o termo servidor. Todo
servidor é um agente do Estado, mas nem todo agente é servidor.
ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS
Pressupostos
Pressupostos
Participação do lesado
Para que se configure a responsabilidade do Estado, é necessário que seja
verificado comportamento do lesado no episódio que lhe provocou o dano.
Se o lesado em nada contribuiu para o dano que lhe causou a conduta estatal, é
apenas o Estado que deve ser civilmente responsabilizado e obrigado a reparar o
dano.
Entretanto, pode ocorrer que o lesado tenha sido o único causador de seu próprio
dano, ou que ao menos tenha contribuído de alguma forma para que o dano
tivesse surgido.
APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Participação do lesado
Fatos imprevisíveis
Não é raro que os indivíduos sofram danos em razão de fatos que se afiguram
imprevisíveis, aqueles eventos que, por alguma causa, ocorreram sem que as
pessoas possam pressenti-los e até mesmo preparar-se para enfrenta-lo e evitar os
prejuízos (força maior ou caso fortuito).
Atos de multidões
Condutas omissivas
Nesse caso, será necessário a presença dos evidentes elementos que caracterizam
a culpa. A culpa origina-se na espécie do descumprimento do dever legal,
atribuído ao Estado de impedir a consumação do dano.
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