Você está na página 1de 16

Conflito aparente de normas

@oabmaisfácil
Prof. Robson Ferri
Conflito aparente de normas

Para alguns doutrinadores, existe ainda


o princípio da alternatividade (não
unânime na doutrina).
Conflito aparente de normas
Conflito aparente de normas

O conflito aparente de normas ocorre quando, a uma mesma


conduta, são aparentemente aplicáveis duas ou mais normas
incriminadoras. Assim, o conflito é percebido no momento em que
uma conduta se subsome a dois ou mais tipos penais.
Conflito aparente de normas

A doutrina desenvolveu quatro princípios que, juntos, podem


resolver o conflito aparente de normas:
1. Especialidade;
2. Subsidiariedade;
3. Consunção.
Questões objetivas
1. Sobre o conflito aparente de normas penais e os princípios dirimentes, é correto
afirmar que
A) a norma especial prevalece sobre a norma geral e, necessariamente, descreve um tipo penal
apenado mais severamente.
B) o conflito aparente de normas penais tem por requisito a unidade fática; a pluralidade de normas
aplicáveis ao mesmo fato (aparente) e a vigência contemporânea de todas elas.
C) a norma subsidiária descreve um grau maior de lesividade ao bem jurídico e, necessariamente, um
tipo penal apenado mais severamente.
D) a consunção, pela qual uma conduta absorve outra, é possível no crime progressivo, no crime
complexo e na progressão criminosa. Em todos, necessariamente, há unidade de desígnios do sujeito
ativo, desde o primeiro ato.
E) pelo princípio da subsidiariedade, prescinde-se do caso concreto para se saber qual a norma
aplicável. A análise é feita de forma abstrata, confrontando-se as normas.
1. Sobre o conflito aparente de normas penais e os princípios dirimentes, é correto
afirmar que
A) a norma especial prevalece sobre a norma geral e, necessariamente, descreve um tipo penal
apenado mais severamente.
B) o conflito aparente de normas penais tem por requisito a unidade fática; a pluralidade de
normas aplicáveis ao mesmo fato (aparente) e a vigência contemporânea de todas elas.
C) a norma subsidiária descreve um grau maior de lesividade ao bem jurídico e, necessariamente, um
tipo penal apenado mais severamente.
D) a consunção, pela qual uma conduta absorve outra, é possível no crime progressivo, no crime
complexo e na progressão criminosa. Em todos, necessariamente, há unidade de desígnios do sujeito
ativo, desde o primeiro ato.
E) pelo princípio da subsidiariedade, prescinde-se do caso concreto para se saber qual a norma
aplicável. A análise é feita de forma abstrata, confrontando-se as normas.
GABARITO:

A alternativa A está incorreta porque o princípio da especialidade fala que a norma especial prevalece sobre a
norma geral, porém, não necessariamente será um tipo penal mais severo.

A alternativa C está incorreta porque de acordo com o princípio da subsidiariedade, uma norma tem caráter
subsidiário quando descreve graus ou estados menos ofensivos ao mesmo bem jurídico. Hungria denominava a
norma subsidiária de "soldado de reserva".

A alternativa D também está incorreta porque em relação à progressão criminosa, não há unidade de
desígnios, uma vez que durante a intentada criminosa há a mudança de dolo.

A alternativa E está errada porque para aplicação do princípio da subsidiariedade é necessária a verificação
do caso concreto, o único princípio que se aplica em abstrato é o da especialidade.
GABARITO:

A alternativa B é a única correta.

O conflito aparente de normas penais ocorre quando há duas ou mais normas incriminadoras
tipificando o mesmo fato, porém, apenas uma norma é aplicada à hipótese.

GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.

B) o conflito aparente de normas penais tem por requisito a unidade fática; a


pluralidade de normas aplicáveis ao mesmo fato (aparente) e a vigência contemporânea
de todas elas.
2. Para se vingar de uma agressão pretérita, João, maior de idade, com vontade livre
e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra Pedro. Tendo se
certificado de que apenas um projétil havia atingido Pedro, em local não letal, e de
que ele ainda estava vivo, João, então, efetuou mais dois disparos. Esse dois
disparos foram letais, e o homicídio se consumou. João possuía o porte e a posse
legal da arma utilizada.
Considerando essa situação, assinale a opção correta.
a) Trata-se de um crime progressivo, pois João praticou vários atos, tendo passado
de um crime menos grave para outro de maior gravidade.
b) Em razão do princípio da consunção, que será aplicado ao caso, João responderá
unicamente pelo homicídio.
c) O crime praticado por João é classificado como crime complexo.
d) João praticou duas condutas típicas e autônomas, pois dois bens jurídicos foram
violados em um só contexto fático.
e) Em razão do princípio da subsidiariedade, João responderá apenas pelo crime de
homicídio.
2. Para se vingar de uma agressão pretérita, João, maior de idade, com vontade livre
e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra Pedro. Tendo se
certificado de que apenas um projétil havia atingido Pedro, em local não letal, e de
que ele ainda estava vivo, João, então, efetuou mais dois disparos. Esse dois
disparos foram letais, e o homicídio se consumou. João possuía o porte e a posse
legal da arma utilizada.
Considerando essa situação, assinale a opção correta.
a) Trata-se de um crime progressivo, pois João praticou vários atos, tendo passado
de um crime menos grave para outro de maior gravidade.
b) Em razão do princípio da consunção, que será aplicado ao caso, João responderá
unicamente pelo homicídio.
c) O crime praticado por João é classificado como crime complexo.
d) João praticou duas condutas típicas e autônomas, pois dois bens jurídicos foram
violados em um só contexto fático.
e) Em razão do princípio da subsidiariedade, João responderá apenas pelo crime de
homicídio.
3. João, primário e de bons antecedentes, utilizando-se de um documento particular
falso criado por terceira pessoa exclusivamente para tal fim, obteve indevida
vantagem econômica em prejuízo de Tamires, exaurindo o potencial lesivo da
documentação. Descobertos os fatos dias depois, foi oferecida denúncia pela prática
dos crimes de estelionato e uso de documento particular falso, em concurso formal,
restando tipificado sua conduta da seguinte forma: artigos 171 e 304 c/c 298, na
forma do Art. 70, todos do Código Penal.
Em resposta à acusação, buscando possibilitar que o Ministério Público ofereça
proposta de suspensão do processo, deverá o advogado de João requerer o
reconhecimento, desde já, de crime único, com base na aplicação do princípio da
a) Especialidade.
b) Consunção.
c) Subsidiariedade.
d) Alternatividade.
3. João, primário e de bons antecedentes, utilizando-se de um documento particular
falso criado por terceira pessoa exclusivamente para tal fim, obteve indevida
vantagem econômica em prejuízo de Tamires, exaurindo o potencial lesivo da
documentação. Descobertos os fatos dias depois, foi oferecida denúncia pela prática
dos crimes de estelionato e uso de documento particular falso, em concurso formal,
restando tipificado sua conduta da seguinte forma: artigos 171 e 304 c/c 298, na
forma do Art. 70, todos do Código Penal.
Em resposta à acusação, buscando possibilitar que o Ministério Público ofereça
proposta de suspensão do processo, deverá o advogado de João requerer o
reconhecimento, desde já, de crime único, com base na aplicação do princípio da
a) Especialidade.
b) Consunção.
c) Subsidiariedade.
d) Alternatividade.
4. Acerca do emprego da analogia no âmbito do Direito Penal brasileiro,
assinale a alternativa correta.
a) A regra é a proibição do emprego da analogia no âmbito penal, por força do
princípio da reserva legal, todavia a doutrina é remansosa em admitir esse
recurso quando se apresentar in bonam partem.
b) A analogia in malam partem ocorre quando se aplica, ao caso omisso, uma
lei considerada prejudicial ao réu que, segundo o Código Penal,
excepcionalmente, poderá ser admitida, uma vez que deverá ser
salvaguardado o direito da coletividade em face do direito do agressor.
c) O Direito Penal brasileiro não admite aplicação da analogia.
d) Segundo a doutrina, analogia legal, ou legis, é aquela em que se aplica ao
caso omisso um princípio geral do Direito.
e) Estabelece o Código Penal que a analogia somente poderá ser aplicada aos
réus que não sejam reincidentes.
4. Acerca do emprego da analogia no âmbito do Direito Penal brasileiro,
assinale a alternativa correta.
a) A regra é a proibição do emprego da analogia no âmbito penal, por força do
princípio da reserva legal, todavia a doutrina é remansosa em admitir esse
recurso quando se apresentar in bonam partem.
b) A analogia in malam partem ocorre quando se aplica, ao caso omisso, uma
lei considerada prejudicial ao réu que, segundo o Código Penal,
excepcionalmente, poderá ser admitida, uma vez que deverá ser
salvaguardado o direito da coletividade em face do direito do agressor.
c) O Direito Penal brasileiro não admite aplicação da analogia.
d) Segundo a doutrina, analogia legal, ou legis, é aquela em que se aplica ao
caso omisso um princípio geral do Direito.
e) Estabelece o Código Penal que a analogia somente poderá ser aplicada aos
réus que não sejam reincidentes.

Você também pode gostar