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65 | 2003
Número não temático
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Centro de Estudos Sociais da Universidade
de Coimbra
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URL: http://rccs.revues.org/1181 Printed version
DOI: 10.4000/rccs.1181 Date of publication: 1 mai 2003
ISSN: 2182-7435 Number of pages: 77-106
ISSN: 0254-1106
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João Pedroso, Catarina Trincão e João Paulo Dias, « E a justiça aqui tão perto? As transformações no
acesso ao direito e à justiça », Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], 65 | 2003, colocado online no
dia 01 Outubro 2012, criado a 01 Outubro 2016. URL : http://rccs.revues.org/1181 ; DOI : 10.4000/
rccs.1181
JOÃO PEDROSO
CATARINA TRINCÃO
JOÃO PAULO DIAS
1. Introdução 1
Mauro Cappelletti e Brian Garth (1978) coordenaram, nos finais dos anos
setenta, um grande projecto de investigação sobre o acesso ao direito e à
justiça em diversos países, no qual nos propuseram dois caminhos analíticos.
O primeiro identificava o acesso ao direito e à justiça com a igualdade no
acesso ao sistema judicial e/ou à representação por advogado num litígio.
O segundo, mais abrangente, encarava o acesso ao direito como a garantia
de efectividade dos direitos individuais e colectivos. É esta visão mais ampla
que aqui privilegiamos. Os nossos direitos só são efectivos se tivermos cons-
ciência deles e, na eventualidade de nos considerarmos lesados, pudermos
recorrer a uma instância ou a uma entidade à qual se reconheça legitimi-
dade para dirimir esse nosso litígio com o lesante.
1
O presente artigo é subsidiário da investigação e da reflexão incorporadas no relatório do
Observatório Permanente da Justiça, O Acesso ao Direito e à Justiça: um direito fundamental em
questão (Pedroso, Trincão e Dias, 2002).
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Sobre os diferentes tipos de barreiras de acesso à justiça cf., entre outros, Macdonald (1984).
3
Sobre os custos da litigação e sua influência na função da procura de tutela judicial, assim como
na gestão da oferta, cf. Santos et al. (1996: cap. II).
4
Caplowitz (1963), por exemplo, concluiu que quanto mais baixo é o estrato social do consumidor,
maior é a probabilidade de que desconheça os seus direitos no caso de compra de um produto
defeituoso (apud Santos, 1994).
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A reforma começou nos EUA, em 1965, com o Legal Service Program of the Office of Eco-
nomic Opportunity (OEO). Em 1972, a França substituiu o seu sistema de apoio judiciário do
século XIX, baseado em serviços gratuitos prestados pela Ordem dos Advogados. Em Maio de
1972, a Suécia implementa o novo programa. Dois meses mais tarde, o English Legal Advice
Assistance Act, expandiu a rede inglesa de 1949, sobretudo na vertente de informação jurídica.
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inclui os tribunais judiciais e que reconhece também aos meios não judi-
ciais legitimidade para dirimir litígios. A informalização da justiça e a desju-
dicialização, incluindo todo o movimento ADR, constituem, assim, caminhos
da reforma da administração da justiça, desde que defendam a igualdade
das partes e que promovam o acesso ao direito, dado que só esta multiplici-
dade de processos pode tornar a justiça mais democrática (Pedroso, Trincão
e Dias, 2001: 53).
6
Blankenburg e Cooper (1982: 4) referem, ainda, como exemplo da advocacia política na antiga
República Federal da Alemanha, a luta que foi mantida nos tribunais administrativos contra os
Berufverbote, ou seja, as interdições profissionais de trabalhar na função pública a que o Estado
sujeitava certos cidadãos, por serem, por exemplo, pacifistas, ecologistas, ou membros de associações
ou de partidos políticos de esquerda. Cooper (1991) é uma interessante fonte de informação sobre
Public interest law.
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Em alguns sistemas, o beneficiário de apoio judiciário escolhe o jurista que lhe prestará assistência,
de uma lista existente no tribunal ou em organismos de apoio judiciário; em outros sistemas, o
cliente pode escolher, ele próprio, qualquer jurista que aceite patrociná-lo. Este solução é preferível.
Porém, se o sector público está interdito de tratar algumas categorias de assuntos – como foi
recomendado em Inglaterra – a escolha do jurista é limitada.
8
Na maioria dos países, o sistema funciona só a favor dos muito carenciados. Apenas o sistema
sueco permite que a grande maioria dos cidadãos beneficie do apoio judiciário.
9
Em 1944, a mensagem anual do Presidente Roosevelt foi muito precisa, ao enumerar os novos
direitos – os direitos sociais – fundados nas necessidades mais dos que na propriedade, opondo-se
alguns aos direitos tradicionais.
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Cf. o acórdão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos n.os 27715/95 e 30209/96, da
IV secção, de 20 de Junho de 2002, Berlinski contra Polónia, referente ao atraso na nomeação de
um advogado no âmbito do apoio judiciário (http://www.echr.coe.int/Fr/FDocs/
OBJET%20DES%20 AFFAIRES2002.pdf).
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Este modelo foi alvo de reformas intercalares em 1972, 1991 e 1998. Cf. os documentos inseridos
no site do Ministério da Justiça francês (http://www.justice.gouv.fr).
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As associações associadas aos CDAD passaram, nos últimos anos, a apoiar os mais necessitados,
quer na divulgação dos seus direitos, quer na sua defesa (questões de consumo, de ambiente, de
habitação, de minorais étnicas, etc.). Estas associações contribuem, assim, para uma verdadeira
política local de acesso ao direito.
13
Cf. o relatório da Comission de Réforme de l´Accès au Droit et à la Justice (2001) e os relatórios
inseridos no site do Lord Chancellor´s Department (www.open.gov.uk/lcd).
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Este rendimento e património não são considerados se houver conflito de interesses.
15
Cf. a Ley de Assistencia Jurídica Gratuita (Lei 1/1996, de 10 de Janeiro) e o site do Ministério da
Justiça (htpp://www.mtu.es).
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As Comissões de Assistência Jurídica Gratuita estão sediadas em cada capital de província, mas,
caso o volume de solicitações o justifique, poderão criar-se delegações das Comissões.
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cam à disposição uma lista dos juristas inscritos para prestar serviço nas
comissões, indicando as especialidades, quando as haja. O financiamento é
público, mas gerido pelos colégios profissionais. A remuneração dos profis-
sionais obedece a uma tabela, elaborada pelos ditos colégios profissionais,
segundo uma tipologia de actos.
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Aquando da discussão das propostas de alteração da CRP, o deputado Calvão da Silva referiu
que no artigo 20.º estava consagrado “um dos grandes direitos ou um direito humano fundamental,
visando [...] a terceira vaga, de modo a que nela se veja não só o acesso aos tribunais, propriamente
ditos, mas também uma outra vertente mais ampla: trata-se da tutela jurisdicional efectiva”.
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A competência para a nomeação de patrono pertence à Ordem dos Advogados ou à Câmara dos
Solicitadores, e será feita entre advogado, advogado estagiário ou solicitador, no prazo de 10 dias a
contar da notificação da decisão final do pedido de apoio judiciário. As regras sobre o pedido de
apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono são inovadoras: a notificação da decisão
de nomeação do patrono faz uma advertência para o reinício do prazo judicial naqueles casos em
que o pedido de apoio judiciário é apresentado durante a pendência da acção; é feita menção
expressa ao dever que recai sobre o requerente do pedido de colaborar com o patrono nomeado,
cuja falta poderá fundamentar o pedido de escusa. Por outro lado, o patrono é agora obrigado a
comunicar à Ordem dos Advogados ou à Câmara dos Solicitadores a propositura da acção, que
deverá ocorrer dentro dos 30 dias subsequentes à data da notificação da nomeação.
Se houver três pedidos de escusa, apresentados sucessivamente e sempre com fundamento de
“manifesta inviabilidade da pretensão”, a Ordem dos Advogados ou a Câmara dos Solicitadores
poderão recusar nova nomeação para o mesmo fim.
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Os honorários devidos por serviços prestados no âmbito do apoio judiciário constam de uma
tabela, que será actualizada anualmente, anexa à Portaria n.º 150/2002, de 19 de Fevereiro, proposta
pela Ordem dos Advogados e pela Câmara dos Solicitadores e aprovada pelo Ministério da Justiça.
O encargo com o funcionamento dos diversos gabinetes de consulta jurídica cabe ao Estado, através
do Cofre Geral dos Tribunais.
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As disposições que regulam o apoio judiciário no âmbito do processo penal encontram-se, neste
diploma, consagradas de forma autónoma. A regra geral nesta matéria é que a nomeação do patrono
e a dispensa de patrocínio, sua substituição e remuneração são feitas nos termos do Código de
Processo Penal. A nomeação do defensor oficioso é, geralmente, feita pelo juiz, podendo sê-lo pelo
Ministério Público ou por entidade de polícia criminal, nos casos urgentes.
24
No actual regime de apoio judiciário, o arguido que não constitua advogado nem consiga obter
o apoio judiciário, por insuficiência económica, na modalidade de patrocínio judiciário é responsável
pelo pagamento dos honorários e despesas com o patrocínio oficioso, mesmo que tenha havido
absolvição.
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Em Pedroso, Trincão e Dias (2002) analisámos, ainda, a acção das associações de defesa dos
direitos dos imigrantes e de defesa do património e do ambiente, que têm estruturas de apoio
jurídico muito débeis, o que está correlacionado com a fragilidade associativa dessas áreas de
intervenção cívica.
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A questão do patrocínio judiciário, da informação e da consulta jurídica prestada pelo Ministério
Público aos trabalhadores constitui um dos pontos mais controversos entre os vários operadores
judiciais. No painel do debate que efectuámos (Pedroso, Trincão e Dias, 2002), no qual se abordou
o tema, esgrimiram-se argumentos. A favor de que o Ministério Público deixe de dar informação
jurídica e de representar os trabalhadores, invocou-se a actual falta de recursos do Ministério
Público, a necessidade de recentrar o Ministério Público nas suas funções de magistrado e a
desigualdade entre o Ministério Público e um advogado na representação dos trabalhadores, já
que ele assume uma dupla função de advogado e de autoridade judicial, o que influencia
simbolicamente os litigantes. A favor da manutenção do actual modelo argumentou-se,
essencialmente, com o potencial de prevenção e de conciliação de litígios existente na acção do
Ministério Público, a falta de alternativas credíveis às quais os trabalhadores carenciados
economicamente e não sindicalizados possam recorrer, o bom desempenho do actual sistema e a
necessidade de que o Ministério Público continue nos tribunais de trabalho a desempenhar todas
as suas outras funções, designadamente nos acidentes de trabalho e no processo executivo.
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Apenas seis gabinetes asseguram um funcionamento diário, ainda que alguns destes o façam a
meio tempo. Nos restantes, observa-se uma diversidade de horários enorme, existindo ainda um
gabinete que apenas funciona se, antecipadamente, houver lugar a solicitação/marcação.
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O caso mais flagrante, devido ao enorme peso que detém no cômputo geral dos Gabinetes de
Consulta Jurídica, é o de Lisboa, que vem registando, ao longo da última década, um decréscimo
quase constante do número de consultas prestadas (em 1984, efectuou 4504 e, em 2001, apenas
2130). Verifica-se o mesmo decréscimo, embora em termos mais ligeiros, noutros gabinetes com
uma actividade destacável, como é o caso de Porto/Matosinhos ou de Ponta Delgada.
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7.4.2. A reacção da Ordem dos Advogados: a luta por um papel quase exclusivo
no apoio judiciário
No desempenho do novo processo de apoio judiciário, a Ordem dos Advo-
gados considera, nos documentos que elaborou, o seguinte: a) que se verifi-
cou um crescimento de trabalho e de custos administrativos para os quais
não estava preparada, pelo que considera que o Ministério da Justiça lhe
deve financiar essa actividade; b) a Segurança Social, por um lado, incita
à proposição de acções inviáveis e a que os cidadãos solicitem a nomeação
32
A dispensa total de taxa de justiça e o pagamento de honorários do patrono são as modalidades
mais relevantes, representadas na amostra de dezasseis distritos, sendo respectivamente, de 96,1%
e de 35,2% do total deste universo, coincidindo, em regra, a segunda modalidade com a primeira.
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de patrono, por outro lado, não distingue entre acções a propor e acções
pendentes e, ainda, não sabe avaliar a suficiência e insuficiência económica
dos requerentes; c) os honorários são, em regra, baixos e pagos com muito
atraso, o que afecta especialmente os jovens advogados e os da área metro-
politana de Lisboa e do distrito de Setúbal (o distrito – fora de Lisboa e
Porto – em que mais é requerida a nomeação de patrono com pagamento
de honorários); d) há, ainda, problemas de interpretações desencontradas
de diversas normas da lei.
As entrevistas efectuadas ao Bastonário e a dois advogados dos corpos
sociais da Ordem permitem-nos salientar que, em sua opinião, os princi-
pais problemas do actual regime do apoio judiciário são os seguintes:
desenvolveu-se o “cambão”; os critérios de decisão da Segurança Social
não são adequados; é necessária a escusa de três advogados para a Ordem
poder recusar o patrocínio; devia haver uma apreciação da plausibilidade
jurídica da pretensão; não existe articulação entre Gabinetes de Consulta
Jurídica, a Segurança Social e a Ordem dos Advogados; há uma necessi-
dade urgente de melhorar a defesa oficiosa em processo penal; e seria, ainda,
de admitir a possibilidade de qualquer sócio numa sociedade de advogados
poder efectuar o patrocínio oficioso em nome da sociedade.
Nas mesmas entrevistas, enunciaram-se as seguintes propostas de refor-
mas: a informação e a consulta jurídica devem ser exclusivas da relação
advocatícia; o processo de decisão do apoio judiciário não deve voltar aos
tribunais; há que definir as condições económicas de acesso dos reque-
rentes ao apoio judiciário e o critério de plausibilidade ou de viabilidade da
acção como condição da concessão de patrocínio judiciário; há que melho-
rar o desempenho da Ordem dos Advogados, melhorar a articulação com
os gabinetes de consulta jurídica e dignificar a defesa oficiosa; e, ainda,
criar um Instituto de Acesso ao Direito, que poderá ser meramente advo-
catício ou de espectro mais largo, em que participem a Ordem dos Advoga-
dos ou outras entidades, bem como, proceder à criação de um Fundo de
Acesso ao Direito para autofinanciar, mesmo que parcialmente, o sistema
de acesso ao direito e à justiça.
A Ordem dos Advogados pretende, assim, vir a conseguir um papel mais
preponderante no âmbito do apoio judiciário.
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