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Este artigo é sobre leis criadas para impor padrões

morais rígidos. Para as primeiras leis da Colônia de


Connecticut, consulte Blue Laws (Connecticut).
As leis azuis, também conhecidas como leis
dominicais, são destinadas a restringir ou proibir
algumas ou todas as atividades dominicais por motivos
religiosos ou seculares, especialmente para promover
a observância de um dia de adoração ou descanso. As
leis azuis também podem restringir as compras ou
proibir a venda de certos itens em dias específicos,
mais frequentemente aos domingos no mundo
ocidental. As leis azuis são aplicadas em partes
dos Estados Unidos e Canadá, bem como em
alguns países europeus, especialmente na Áustria,
Alemanha, Suíça e Noruega, mantendo a maioria
das lojas fechadas aos domingos.
Nos Estados Unidos, a Suprema Corte dos EUA em
várias ocasiões considerou as leis azuis como
constitucionais, citando bases seculares como a
garantia de um dia de descanso para os
transportadores
[1], bem como a proteção de trabalhadores e famílias,
por sua vez, contribuindo para a estabilidade social e
garantindo o livre exercício da religião. [2] [3] [4] A
origem das leis azuis também deriva parcialmente da
religião, particularmente a proibição da profanação do
sábado nas igrejas cristãs que seguem a tradição
sabatista do primeiro dia. Tanto os sindicatos quanto as
associações comerciais têm historicamente apoiado a
legislação das leis azuis. [2] A maioria das leis azuis foi
revogada nos Estados Unidos, embora alguns estados
proíbam a venda de bebidas alcoólicas aos domingos e
muitos estados proíbam a venda de carros aos
domingos.
https://en.wikipedia.org/wiki/Blue_law
50 Estados Americanos .
49 tem leis dominicais , branda ou grave ou decreto de
morte .
1 não tem que é o Alaska
Leis locais
1610 na Virginia
1656 na Conecta
1656 massachusetts
1692- 1715 Maryland

lei nacional
1888 pelo senador Blair
A lei dominical nacional : o argumento de A. T.
Jones perante a comissão do senado americano,
dezembro de 1888 / Alonzo T. Jones
Título original:
The national sunday law Publicado
originalmente na revista adventista The
American Sentinel, 1889.
Resumo
• Apresenta o relatório da argumentação do
historiador, teólogo e defensor da liberdade
religiosa, Alonzo T. Jones, feita contra o projeto
de lei dominical proposto no 50º Congresso
Americano. Jones defendeu que o estado não
tinha qualquer direito de legislar em respeito
aos quatro mandamentos
Este documento apresenta o relatório da argumentação feita
contra o projeto de lei dominical proposto pelo Senador Blair
no 50º Congresso dos Estados Unidos da América. Ele não é,
entretanto, exatamente o raciocínio exposto perante a
Comissão do Senado.
Houve tantas interrupções durante meu discurso que foi
impossível apresentar um raciocínio sequencial sobre um
único ponto. Devido aos muitos questionamentos, minha
exposição acabou assumindo um âmbito mais amplo do que
eu pretendia quando comecei a falar. Além disso, fui
impedido de apresentar de forma objetiva e direta a defesa
que havia planejado. Não me refiro a essas interrupções e
contra-argumentos com o objetivo de me queixar, mas
apenas para explicar a razão de publicar este livreto. De
qualquer forma, o fato é que houve 18 discursos antes do
meu com duração total de três horas e somente 189
perguntas e contra-argumentos apresentados por todos os
membros da Comissão presentes, ao passo que minha
defesa de 90 minutos foi interrompida 169 vezes apenas
pelo presidente da comissão, como pode ser visto no
relatório oficial da audiência (Quinquagésimo Congresso,
Segunda Sessão, Mensagens e Documentos Nº 43, p. 73-102).
(A lei dominical nacional pags 7 . Alonzo T. Jones )
Uma vez que essas questões foram levantadas pelos
senadores dos Estados Unidos da América – homens
responsáveis por interesses nacionais –, é evidente que
uma circulação mais ampla desse assunto não está fora
de contexto. O assunto é digno de cuidadosa atenção
por parte de todo o povo americano.
Os princípios da Constituição Americana, a correta
relação entre religião e estado, a distinção entre leis
morais e civis, os inalienáveis direitos civis e religiosos
de todos, esses são temas que jamais deveriam se
tornar secundários na mente de qualquer cidadão
americano. (A lei dominical nacional pags 7,8. Alonzo
T. Jones )
Um eminente jurista americano mencionou com razão
que, num governo democrático, “não há segurança
alguma a menos que se tenha uma opinião pública
esclarecida, baseada no discernimento individual”.
Provisões constitucionais contra a invasão do poder
religioso sobre o poder civil só serão salvaguardas se o
discernimento das pessoas reconhecer a verdade de
que aquele que permite qualquer legislação em nome
da religião ou de observâncias religiosas, mesmo que
creia nelas, está renunciando à sua própria liberdade
religiosa. (A lei dominical nacional pags 8. Alonzo T.
Jones )
Na ampliação que ora faço ao tema apresentado na
audiência original, o significado ou intenção de qualquer
afirmação não foi alterado de forma alguma. O debate é
submetido ao povo americano com a esperança sincera
de que darão profunda consideração aos princípios
envolvidos. As posições assumidas irão resistir aos mais
rígidos testes de qualquer forma de crítica justa. . (A lei
dominical nacional pags 8. Alonzo T. Jones )
“50º CONGRESSO } S. 2983.
1ª Sessão.
“No Senado dos Estados Unidos, em 21 de
maio de 1888, o Sr. Blair apresentou o seguinte
projeto de lei, lido duas vezes e encaminhado
para a Comissão de Educação e Trabalho:
• “No Senado dos Estados Unidos, em 21 de
maio de 1888, o Sr. Blair apresentou o
seguinte projeto de lei, lido duas vezes e
encaminhado para a Comissão de Educação e
Trabalho:
• “Um projeto de lei que garanta ao povo
desfrutar do primeiro dia da semana,
comumente conhecido como o dia do
Senhor, como dia de descanso, e promova
sua observância como dia de culto religioso.
(A lei dominical nacional pags 8. Alonzo T.
Jones )

6 Seções
Seção 1: Não deverá ser permitido a qualquer pessoa ou
empresa receber pagamentos por trabalhos ou serviços
realizados ou prestados em violação a esta seção. (A lei
dominical nacional pags 8, 9. Alonzo T. Jones )

Seção 2: Nenhuma correspondência ou material de correio


deverá ser doravante transportada em tempo de paz por
qualquer rota postal terrestre; nenhuma entrega postal
deverá ser recebida, classificada, manuseada ou entregue
durante qualquer parte do primeiro dia da semana, exceto
nos casos em que alguma carta estiver relacionada com
obras de necessidade, misericórdia ou referente a questões
de saúde, vida ou falecimento de qualquer pessoa. Nessas
circunstâncias, a justificativa deverá estar claramente
expressa no exterior do envelope, e o chefe dos correios
deverá providenciar o transporte de tal carta. (A lei
dominical nacional pags 9. Alonzo T. Jones )
Seção 3. Que a atividade de comércio entre os Estados e
com as tribos indígenas, não sendo obras de
necessidade, misericórdia ou humanitárias, mediante
transporte de bens ou pessoas por terra ou água,
passíveis de perturbar o povo de desfrutar o primeiro dia
da semana, ou qualquer parte dele, como dia de
descanso do trabalho, exceção feita às obras de
necessidade, misericórdia ou humanitárias, ou de
interferir em sua observância como dia de culto religioso,
seja proibida. E qualquer pessoa ou empresa, ou o
agente ou empregado de qualquer pessoa ou
corporação, que intencionalmente violar esta seção, será
punido com multa de no mínimo dez dólares e no
máximo mil dólares, e qualquer trabalho exercido na
atividade de tal comércio proibido será considerado
ilegal, e nenhuma compensação financeira será reavida
ou paga pelo mesmo. (A lei dominical nacional pags 9.
Alonzo T. Jones )
Seção 4. Que sejam proibidos, no primeiro dia da
semana, todos os exercícios militares e navais,
inspeções e desfiles, fora do tempo de serviço ativo
ou de imediata preparação para ele, realizados por
soldados, marinheiros, fuzileiros navais ou cadetes
dos Estados Unidos, exceto convocações destinadas
a garantir a observância devida e ordenada de
serviços religiosos. Nenhum tipo de trabalho
desnecessário será realizado ou permitido no
serviço militar ou naval dos Estados Unidos no dia
do Senhor (A lei dominical nacional pags 9. Alonzo
T. Jones )
“Seção 5. Será considerado ilegal pagar ou receber
pagamento ou salários de qualquer forma por serviço
prestado, ou trabalho realizado, ou pelo transporte de
pessoas ou bens em violação às disposições desta lei, e
não haverá qualquer ação para a recuperação dos
mesmos, e caso sejam pagos, quer antecipadamente ou
de outra maneira, o valor poderá ser recuperado por
qualquer pessoa que primeiramente entrar com ação
judicial pelo mesmo. (A lei dominical nacional pags 9.
Alonzo T. Jones )
“Seção 6. Que não seja considerada violação desta lei o
trabalho ou serviço realizado ou prestado no primeiro
dia da semana em consequência de acidente, desastre
ou atrasos inevitáveis durante as conexões regulares em
rotas postais e rotas de viagem ou transporte, bem como
a preservação de produtos perecíveis ou expostos, o
transporte e entrega regular e necessário de artigos de
alimentação em condição de uso saudável, o transporte
para distâncias curtas de um Estado, distrito ou Território
para outro Estado, distrito ou Território, que por leis
locais seja declarado como necessário para o bem
público. Tais serviços, porém, devem ser interpretados
da melhor forma possível a fim de assegurar a todas as
pessoas o descanso merecido do trabalho durante o
primeiro dia da semana, seu desenvolvimento mental,
moral, cultural e a observância religiosa do dia de
repouso.” (A lei dominical nacional pags 10. Alonzo T.
Jones )
O Rev. Dr. A. H. Lewis, representante dos batistas do
sétimo dia, havia falado e solicitado que uma seção
fosse acrescentada ao projeto de lei, concedendo
isenção aos observadores do sétimo dia; no entanto,
ao responder às questões que foram formuladas pelo
presidente da comissão, o Dr. Lewis comprometeu sua
posição e foi seguido imediatamente pelo Dr. Herrick
Johnson, de Chicago, que observou que o Dr. Lewis
tinha “lançado por terra todo o seu caso”. É a isso que
me refiro em minhas observações introdutórias com o
objetivo de mostrar que não era nossa intenção
“lançar por terra nosso caso”. (A lei dominical nacional
pags 10. Alonzo T. Jones )
• O Grande Conflito talvez seja a obra definidora
do ministério de Ellen White. É o único livro
para o qual ela mesma preparou um prefácio,
no qual afirma que o conteúdo é o registro de
“cenas” reveladas por Deus sobre o conflito
entre o bem e o mal. Destaca-se a visão que
ela teve em Lovett’s Grove, Ohio, em 14 de
março de 1858, que rendeu o primeiro
ancestral do livro, Spiritual Gifts, publicado em
setembro do mesmo ano.
• Em relação ao decreto dominical, podemos
tirar algumas conclusões seguras. Para
começar, seus principais elementos estavam
presentes de forma embrionária desde a
primeira visão. Em 1847, Ellen White
identificou a ação do papado e a marca como
contrafação ao selo de Deus (A Word to the
Little Flock, p. 19).
https://www.revistaadventista.com.br/diogo-
cavalcanti/destaques/a-sombra-do-decreto/
Em uma democracia, será que a voz da maioria
deve predominar sempre ou é preciso proteger o
direito legítimo das minorias? Houve uma fase na
história estadunidense em que a elite usava o
argumento de que democracia é sinônimo de
maioria. Porém, no século 19, as minorias
reagiram contra a “tirania” da maioria e
ajudaram a redefinir a democracia do país. Mais
tarde, os adventistas, interessados na liberdade
de consciência e no direito de adorar no sábado
bíblico, fizeram parte dessa luta. Ao mesmo
tempo, a partir dos anos 1820 e 1830, líderes
protestantes começaram a defender a premissa
de que a maioria moral deveria controlar a
crescente democracia da nação. Kyle G. Volk
documenta esses embates no livro Moral
Minorities and the Making of American
Democracy (Oxford University Press, 2014). Será
que a história se repetirá? Poderia um “sábado”
do interesse da maioria ser imposto ao mundo?
https://www.revistaadventista.com.br/marcos-
benedicto/destaques/a-polemica-sobre-a-lei-
dominical/
• Aprovada a Lei do Descanso Dominical
A Lei do descanso dominical, aprovada pelo Congresso
dos Deputados, foi uma lei que serviu para que na
Espanha de princípios do século XX se pudesse avançar
em favor dos direitos dos trabalhadores. É a lei que
obriga a que não se trabalhe aos domingos. No dia 3 de
março de 1904, sendo presidente do governo da
Espanha Antonio Maura, aprovou-se finalmente a Lei
do Descanso Dominical, uma lei, que com partidários e
detratores, terminou sendo imposta como uma coisa
normal, e que em si recuperava o domingo como
descanso, já que durante o século XIX tinham sido
abolidas todas as leis medievais que impunham os
preceitos religiosos e proibiam o trabalho no domingo.
Foi (e ainda é por precursora) uma conquista social
que, como em todas as reformas, teve um tardio
reconhecimento.
• https://history.uol.com.br/hoy-en-la-
historia/aprovada-lei-do-descanso-dominical-1
Os Empregados no Comércio de Juiz De Fora e sua
Luta pelo Descanso Dominical (1880-1905)
• A regulamentação da jornada ordinária de trabalho
e do descanso dominical, explica Fabiane Popinigis,
foi uma das principais reivindicações classistas dos
caixeiros cariocas entre as décadas de 1880 e 1910.
Neste período, as atividades comerciais na cidade
do Rio de Janeiro cresceram e se diversificaram,
provocando mudanças sensíveis nas relações de
trabalho e na própria percepção que os empregados
no setor tinham de sua condição social como
ressalta a autora em sua instigante análise das
cartas e manifestos que as lideranças caixeirais
publicavam com freqüência na imprensa da época:
https://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c1-a46.pdf
Temas recorrentes no discurso dos caixeiros do
Rio de Janeiro, a descrença na possibilidade de
ascensão social por meio do trabalho
desmedido e a denúncia da exploração e da
proletarização também ocuparam lugar de
destaque na argumentação dos empregados no
comércio de Juiz de Fora em suas lutas pela
limitação da jornada semanal de serviço. Estes,
no entanto, valeram-se ainda de argumentos
de caráter humanitário, médico-sanitário e
mesmo religioso, em geral, formulados pelos
diversos articulistas que das páginas de O
Pharol e do Jornal do Commercio concitavam
os comerciantes e a Câmara Municipal a
consagrarem o domingo como dia de repouso.
Além disso, a dissensão existente entre os
negociantes locais quanto a este tema, como
procurarei demonstrar a seguir, foi habilmente
explorada por seus subordinados para fazer
ressurgir e avançar, em determinados
momentos, a tortuosa campanha que moviam
pelo descanso domini.
https://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c1-
a46.pdf
• Na América Latina, tivemos experiências similares, onde as
liberdades religiosas e políticas eram vigiadas e também
proibidas. Nos EUA não foi tão diferente, houveram
perseguições religiosas. Até hoje, existem as “Blue Laws”, leis
dominicais regionais que podem a qualquer momento se
transformarem em Lei Dominical Federal, visto que já
houveram tentativas no século XIX com o projeto de Blair
sobre uma rigorosa legislação dominical nos EUA e no século
XX outro movimento nos EUA em favor da santificação do
domingo, quando a Suprema Corte a declarou constitucional
e um dos seus juízes repudiou a ideia. Por este motivo, a
“Blue Law” não entrou em vigor. Porém, o movimento
continua, principalmente nas comunidades eclesiásticas
estadunidenses podendo criar problemas no inter-
relacionamento populacional. Lembro do profeta Sofonias
quando diz nas Escrituras: “Congregai-vos, sim, congregai-vos,
[...] antes que o decreto produza efeito, [...] antes que venha
sobre vós o dia da ira do Senhor” (Sofonias 2:1,2). E também
o profeta Oséias “O meu povo está sendo destruído, porque
lhe falta conhecimento...” (Oséias 4:6)
• http://www3.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-
content/uploads/2012/01/M%C3%A1rcio-Knobeloch.pdf

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