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ISAAC BARBOSA

A Cabala
Uma Alegoria Bíblica

FRATERNIDADE ROSACRUZ
Centro Autorizado do Rio de Janeiro
Filiado a The Rosicrucian Fellowship
Associação Internacional de Cristãos Místicos

0
A
Cabala é uma abordagem sistemática e didática sobre os princípios
cósmicos, suas interações e, sobretudo, o vínculo direto das almas
individualizadas ao processo evolutivo. É uma tradição oculta que
consiste na interpretação alegórica e aquariana da Bíblia, um dos livros
sagrados da humanidade.
Nos Livros de Enoque, livros iniciáticos, conta sobre um fato de anjos
virem a Terra para ensinar as ciências e artes antigas, bem como o
conhecimento de Astrologia, Geometria e Arqueologia. Os iniciados da
Cabala (que significa aquele de quem é recebido) herdaram os ensinamentos
de grupos de Anjos. Metatron, o príncipe dos Serafins instruiu Moisés;
Rafael, o príncipe das Potestades, ensinou a Isaac; Tofiel, o príncipe dos
Tronos; orientou a Sem; e Miguel, príncipe das Virtudes, lecionou a Davi.
Os maiores iniciados foram Moisés, Davi e Salomão.

Moisés Descendo do Monte Sinai (Ex. 19: 25,20: 1-17)


por Gustav Doré (1832-1883)

De acordo com alguns místicos judeus, Moisés, o hierofante da Época


Ariana, subiu ao Monte Sinai três vezes e se manteve na presença de Jeová,
o “Eu Sou”, 40 dias por vez. Durante os primeiros 40 dias as tábuas da Lei
foram entregue ao profeta, durante os segundos 40 dias, ele recebeu a
essência da Lei, o Mishnah. E, por sua vez, os 40 dias finais os mistérios
cabalísticos. Moisés escreveu de forma cifrada a Torá, hoje conhecida como
Pentateuco, e a chave para decifrar os mistérios da natureza são compostos
pelas 22 letras hebraicas ou 22 arcanos maiores. Arcano significa guardar na

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arca. A arca da aliança está dentro de nós – nosso Eu Superior que nos
acompanha desde o início de nossa evolução antes de chegamos a este plano
físico. Já os gregos, considera esta mesma linha de conhecimento de
“Gnosis” que surgiu o movimento gnóstico dos primeiros cristãos até o
século III, que descobria a sabedoria das idades no seu íntimo. Então, Gnose
pode ser traduzida como conhecimento interno.
No âmbito cabalístico, o famoso Tetragrammaton demonstrado nas
letras IHVH, nome impronunciável pelos judeus, as quatro letras Iod-He-
Vav-He demonstra os quatro princípios no homem, ou seja, os quatros
elementos da natureza que precisam estar bem resolvidos para sintetizar o
quinto elemento chamado de Éter. Quando calculamos às quatros letras do
Tetragramaton de acordo com o Tetractys de Pitágoras encontramos os 72
nomes de Deus. Uma ordem de trabalho é composta por oito integrantes
liderados por um príncipe. As hierarquias cabalística somam nove
vinculados a uma esfera celeste que podemos chamar de ordem de trabalho.
Portanto, quando multiplicamos oito integrantes de uma ordem vezes nove
hierarquias encontramos os 72 nomes cabalísticos.
Hoje, os nomes cabalísticos são considerados de deuses antigos. Os
gregos chamavam de “daimon”. Cada um de nós possui um “daimon”
dentro de si. Podemos traduzir “daimon” de gênios ou de deuses. São
Jerônimo que efetuou a Vulgata que consiste na tradução das Escrituras
gregas nas linhas latinas que conhecemos hoje, a religião foi dissociada da
ciência por questões políticas. Os termos gregos não correspondiam o
verdadeiro significado da Sabedoria das Idades. Foi a partir da tradução de
São Jerônimo que daimon teve a conotação equivocada de “anjo caído ou
anjo do mal”. Então, o conhecimento passou a ser divulgado de forma
velada, que podemos chamar de Sabedoria Ocidental, conhecimento oculto
ou movimento ocultista, feito por várias ordens ocultista entre elas a Ordem
Rosacruz. Vale ressaltar que a origem deste conhecimento provém da Fonte
Primordial. A Ordem Rosacruz que consiste nos serviço amoroso feito pelos
Irmãos Maiores em elevar a humanidade detém este conhecimento.
Nesta lista dos nomes cabalísticos podemos nos associar de acordo
com a data de nascimento. Segundo a tradição, antes de nascer foi definido
um tutor para nos acompanhar e ajudar quando for preciso. A tradição cristã
considera de anjo da guarda. Na cabala é denominada de anjo cabalístico. A
prática deste conhecimento permite o acesso ao nome do anjo e a definição
de sua personalidade, sua categoria de trabalho, dias e hora que podemos
acessá-lo. Até a simples leitura de um Salmo da Bíblia na hora de nosso
anjo pode nos fortalecer a seguir nosso caminho. Trata-se de verdade
internas que são confirmadas para ajudar a cumprir nossa missão espiritual.
Vale lembrar que o verdadeiro anjo guardião está dentro de nós. Se
buscarmos o sagrado anjo no âmago do ser, quando a busca pelo anjo
externo, mentor ou o nome que queira dar estiver consumada, será o reflexo
do seu Eu Superior. Como diz a máxima iniciática – “quando o discípulo
esta pronto o mestre aparece”.
Os três maiores livros que compõem a Cabala são: o Sepher Yetzrah –
o livro da formação, que expressa a ideia e a vontade divina; o Sepher

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Zohar – o livro do esplendor, que nos ensina a base dos valores éticos e
princípios filosóficos e o livro do Apocalipse, o livro da revelação, que
explica os fenômenos astrológicos com base em símbolos cabalísticos.
A Cabala pode ser classificada em: natural, analógica, contemplativa,
astrológica e mágica. A Cabala natural auxilia nos estudos das forças sutis e
mistérios da natureza. A Cabala analógica foi formulada para demonstrar a
relação existente entre todas as forças sutis da natureza. A Cabala
contemplativa foi elaborada a fim de revelar a partir de habilidades
intelectuais os segredos das esferas celestes. A Cabala astrológica instrui
aqueles que estudam a grandeza e a essência dos corpos siderais, bem como
sua constituição mística do próprio astro. Por fim, a Cabala mágica foi
estudada na intenção de ganhar controle sobre os espíritos da natureza e
inteligências subumanas dos mundos metafísicos, bem como um elevado
método de cura de enfermidades por meio de fabricações de talismãs,
amuletos e invocações mágicas.
Na linha Cabalística, o cosmo foi criado por 32 caminhos secretos de
sabedora, 32 segmentos da coluna que levam para o crânio, 32 dentes, 32
nervos que se ramificam, a partir do número, a letra e o som, chamado na
Cabala de “sepharim”, formando assim a unidade. Por esta razão, a criação
do universo foi com base nas 22 letras hebraicas, 22 arcanos maiores ou
realidade espiritual, caminhos de consciência expressos nos 22 capítulos do
apocalipse e 10 “Sephiroth” ou propriedades do inefável. Das 22 letras
hebraicas, temos 03 letras raízes, 07 letras duplas e 12 letras simples.
As 10 Sephiroth são análogas aos dez dedos das mãos justapostas. Na
palma da mão representa a aliança com o Deus Único. No mundo espiritual
é a aliança da voz (a Palavra), e no mundo corpóreo circuncisão da carne, o
ritual de Abraão.
O Espírito do Elohim extraiu o ar derivado do seu próprio Espírito.
Daí, Ele formou e estabeleceu 22 sons demonstrados pelos 22 arcanos
(mistérios). A água primordial foi extraída pelo ar. Dela foram formadas 22
letras e estabeleceu para fora da terra e fez a separação da realidade
espiritual. O fogo foi trazido para fora da água e estabeleceu o Trono da
Glória. Daí surgiu às hierarquias celestes a fim de servir na construção do
cosmo.
As ordens de trabalho ou hierarquias celestes podem ser enumeradas
de Serafim, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes,
Principados, Arcanjos e Anjos. O príncipe de cada ordem pode ser expresso
da seguinte forma. Metraton é o príncipe dos Serafins, Raziel é o príncipe
dos Querubins, Cassiel é o príncipe dos Tronos, Saquiel é o príncipe das
Dominações, Samael é o príncipe das Potestades, Miguel é o príncipe das
Virtudes, Anael é o príncipe dos Principados, Rafael é o príncipe dos
Arcanjos e, por sua vez, Gabriel é o príncipe dos Anjos. De acordo com
Max Heindel ele usou o termo ocultista de “Senhores” que podemos citar
senhores do destino, da chama, da forma, da individualidade, da sabedoria e
outros.

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As três letras raízes (mães), Alef, Mem e Shin são demonstradas pelo
fogo, a água e o ar, sendo o fogo o princípio ativo, a água o princípio
receptivo e o ar o princípio intermediário. O Céu foi criado a partir do fogo
elementar, derivado do Éter – o princípio regulamentador. A terra foi criada
pelo adensamento da água e compreende os oceanos e continentes do
planeta. E o ar estabelece o equilíbrio entre o fogo (realidade espiritual) e da
água (realidade material).
As sete letras duplas simbolizam os setes planetas, setes dias da
semana, sete períodos evolutivos, setes glândulas, sete notas musicais, sete
dimensões, sete metais e sete cores do arco-íris. Das letras duplas, Bet,
Gimel, Dalet, Kaf, Pe, Resh e Tav, podemos estabelecer as hierarquias
criadoras e a regência de seus planetas ou sete “Senhores” de acordo com o
ocultismo. As doze letras simples, Lamed, Tzade, Zain, He, Teth, Samech,
Heth, Nun, Qof, Ayn, Vau e Yod simbolizam as doze propriedades
fundamentais (arquétipos) demonstrados pelos signos do zodíaco, a
estrutura intelectual individual que possibilita evocar imagens, símbolos e
possibilita o indivíduo remontar as fontes do conhecimento.
Nota-se que a Astrologia é com base neste conhecimento. Os anjos
são consciências e os astros são projeções astrais dos anjos. Então, quando
entendemos nosso mapa astral, entendemos como os anjos se comunicam
com a humanidade individual e coletivamente. As hierarquias nos indicam o
caminho e recursos para nos ajudar a seguir o caminho. Eles não fazem o
trabalho por nós. O mérito do nosso sucesso ou fracasso e de nossa
responsabilidade. O conhecimento cabalístico, bem como outras linhas de
conhecimentos é um meio de expediente de lembrar-se deste caminho que
foi combinado pela divindade que esquecemos quando adentramos a matéria
densa deste planeta. Podemos afirmar que se trata de uma ferramenta de
autoconhecimento.
O Ain Soph (Sem Limites) é um termo para designar o Absoluto na
linha da Cabala. É seu aspecto mais elevado, não sendo, no sentido estrito
da palavra, um “ser”, já que, sendo autocontido e autossuficiente, não pode
ser limitado pela própria existência, que limita a todos.
O mundo cabalístico é subdividido em quatro níveis energéticos:
emanação, criação, formação e ação. O mundo da emanação (Atzilútico) é o
centro de todas as energias e do divino. O mundo da criação (Briático) é o
tempo e o espaço e do arcanjo da criação. O mundo da formação
(Yetzrático) é o mundo das espécies e dos formatos definidos e das
hierarquias de formação. E, por sua vez, o mundo da ação (Assiático) é o
mundo da individualidade, manifestação da vida e dos elementais. Por assim
dizer, os quatro mundos da criação divididos em dez esferas são análogo aos
símbolos bastão, naipe de paus (fogo), gládios, naipe de espada (ar), cálice,
naipe de copas (água) e moedas, naipe de ouros (terra) em grupos de 10,
mais o valete, coringa, rei e rainha formam os arcanos menores ligados à
realidade humana. O grupo de Az até 10 é para representa os dez pontos da
criação.

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A árvore sefirótica ou árvore da vida pode ser considerada um
compêndio inestimável da tradição dos mistérios, composta de dez esferas
primordiais. Nela podemos encontrar uma hierarquia, príncipe de uma
ordem de trabalho, um planeta, um atributo e órgão correspondente no corpo
humano.
O corpo humano assim, concebida pela imagem gigantesca do sonho
de Nabucodonosor, composto de cabeça de ouro (Sol), os braços e o peito
de prata (Lua), corpo de bronze (Vênus), pernas de ferro (Marte) e pés de
barro.

Nº Sefirah Hierarquia Príncipe Planeta Atributo Órgão

1 Kether Chaioth Ha Metraton Netuno Vontade Glândula


Kadosh Pineal
Serafins
2 Chokmah Orfanim Raziel Urano Sabedoria Hemisfério
Querubins direito

3 Binah Alarim Tronos Auriel Saturno Compreensão Hemisfério


esquerdo
4 Chesed Chashmalim Uriel Júpiter Compaixão Braço direito
Dominações

5 Geburah Meachim Samael Marte Justiça Braço


Virtudes esquerdo
6 Tiphereth Eloah Vaddath Miguel Sol Beleza Coração
Potestades
7 Netzach Elohim Anael Vênus Vitória Perna direita
Principados
8 Hod Ben Elohim Rafael Mercúrio Glória Perna
Arcanjos esquerda
9 Yesod El Shadai Anjos Gabriel Lua Fundamento Genitália
10 Malkuth Adonai Homem Melekh Terra Reino Base do ser e
Sandalfon os pés

Kether é a primeira sefirah que contém em si outras nove sefiroth ou


inteligências. Ela representa o Adam Kadmon, o homem arquétipo
andrógeno, o protótipo de toda a humanidade. Kether, o andrógeno,
Chokmah a potência masculina e Binah – a força feminina, Jeová – Espírito
Santo formam a Trindade principal sefirótica. A primeira tríade Kether,
Chokmar e Binah na Astrologia está representada, respectivamente, pelos
planetas Netuno, Urano e Saturno. Na Cabala representada pelo anjo
Metraton, Raziel e Cassiel.
Desta tríade emana Chesed, potência ativa da qual emana Geburah. A
partir da união de Chesed e Geburah surge Tiphereth, o Sol Espiritual.
Chesed, Geburah e Tiphereth formam a segunda trilogia de sefirah. Na
Astrologia, os planetas Júpiter, Marte e o Sol. Na Cabala, os anjos Saquiel,
Samael e Miguel.
Desta trilogia emana Netzrach, potência masculina, da qual originou
Hod, o Elohim Sabaoth. A união dos dois últimos gerou Yesod que constitui

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a terceira tríade sefirótica. Na Astrologia, os astros Vênus, Mercúrio e Lua.
Na Cabala, os anjos Anael, Rafael e Gabriel.
Max Heindel corrobora quando recomenda a mulher que não
consegue engravidar pedir ao anjo Gabriel numa segunda-feira. Gabriel é o
príncipe dos anjos, que rege mais oitos anjos ligados ao arquétipo de Lua. A
influência Lunar ajuda nos assuntos familiar, doméstico, do papel da mãe e
saúde da mulher, da nossa voz interior, dos sonhos, imaginações, da
natureza e das bebidas. Ela é preponderante na segunda-feira ou em outro
dia que estamos na hora planetária da Lua.
A esfera da Cabala é chamada Sefirah no singular é Sefiroth no plural.
As dez esferas da Cabala é denominada de Árvore Sefirótica ou Árvore da
Vida.
Os dias da semana foram determinados pela influência diária dos
planetas. Domingo é o dia do sol e o anjo Miguel. 2º feira, o dia da Lua e o
anjo Gabriel. Terça-feira, dia de Marte e anjo Samael. Quarta-feira, dia de
Mercúrio e o anjo Rafael. Quinta-feira, dia de Júpiter e o anjos Saquiel.
Sexta-feira, dia de Vênus e o anjo Anael. Sábado, dia de Saturno e o anjo
Cassiel.
O serafim é uma categoria que significa a personificação da caridade
divina, sob égide do príncipe Metraton – “Rei dos anjos”, anjo de Netuno.
Eles estão mais próximos de Deus. Eles são chamados de “serpentes
ígneas”, pois sua qualidade energética é de alto nível e estão mais próximos
da sabedoria divina.
O querubim é uma hierarquia que reflete a sabedoria infinita de Deus,
sob a égide de Raziel – “Segredo de Deus”, anjo de Urano. Os Tronos
proclama a grandeza divina, sob égide de Cassiel – “Anjo da Noite”, anjo de
Saturno.
As dominações governam o cosmo em geral, sob égide do príncipe
Saquiel – “Fogo de Deus”, anjo de Júpiter. Eles são responsáveis por
resolver assuntos emergentes ou conflituosos e que devem ser resolvidos.
As potestades regem as paixões, a impulsividade e a procriação e a
perpetuação das diferentes espécies, governados pelo príncipe Samael –
“Força ou auxílio de Deus”, anjo de Marte. As virtudes auxiliam no resgate
do passado e cumprimento da sua missão, liderados pelo Arcanjo Miguel –
“Quem é semelhante a Deus”, anjo do Sol. Eles são promotores de
prodígios. Os principados governam os Estados, Países bem como seu
governo em geral. Aqui podemos citar os Elohim e os Senhores da Mente. O
príncipe desta qualidade é o Anael, anjo de Vênus. Os arcanjos são
transmissores de mensagens importantes, regidos por Rafael, anjo de
Mercúrio. Prometem bons relacionamentos, pesquisas e gostam da
felicidade acessível a todos. Anjos representa a maravilha de Deus, que
podemos chamar de milagre. Eles cuidam da segurança do indivíduo,
governados por Gabriel, anjo da Lua.

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Por fim, Malkuth é representado por Shekinah “presença de Deus”,
Adonai e o Reino, sob a ordem de Melquisedeque. A primeira tríade é
chamada de mundo intelectual, a segunda tríade de mundo sensual ou da
percepção e a terceira tríade, por sua vez, de mundo físico.
A árvore da vida é formada por três pilares. O da esquerda é o pilar da
severidade formada pelas esferas Binah (Saturno), Geburah (Marte) e Hod
(Mercúrio). O pilar do meio é da suavidade, compreendida pelas esferas
Kether (Netuno), Tiphereth (Sol), Yesod (Lua) e Malkut (Terra) e o pilar da
direita é o da generosidade composta pelas esferas Chokmah (Urano),
Chesed (Júpiter) e Netzrach (Vênus).
Os cabalistas mais tarde dividiu a árvore da vida em cinco partes de
acordo com a distribuição das esferas que veremos a seguir.
O Macroprosopos, o Adam Kadmon – é demonstrado por Kether e incluem
em si as nove potências das outras esferas. O Aba, o Grande Pai – é aplicado
a Chokmah (Sabedoria) a primeira emanação de Kether. Representa o Filho,
o Verbo e o Logos. Nasceu da união de Kether e Binah. Aima, a mãe divina
– designa a Binah, o Espírito Santo, Jeová, o demiurgo. O microprosopus, o
Adão menor é representado pelas seis sefiroth regida por Binah, a saber:
Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzrach, Hod, Yesod. A estrela de seis pontas
ou os triângulos mesclados de Sião. Os seis períodos de manifestação.
Malkuth é o sábado de descanso, a noiva do microprosopos, o quaternário
inferior constituído pela amálgama dos quatro elementos, a Eva divina que é
retirada.
Para encerrar o trabalho, devemos acessar Tiphereth que é nosso Sol
interno, o caminho do meio. Max Heindel diz que devemos satisfazer o
intelecto na intenção de acalmá-lo a fim de o coração passar a fazer o seu
papel. O equilíbrio da intuição e da razão é o segredo humilde para
continuar nosso progresso espiritual.

Bibliografia

Bonfiglio, Monica - Anjos Cabalísticos. Oficina Cutural Esotérica Ltda.

Hall, Manly Palmer - Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades.

Heindel, Max - Mensagem das Estrelas. Editora Pensamento.

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ANEXO
Trechos extraídos da Obra Os Ensinamentos Secretos de Todas as Épocas
por Manly P Hall

OS SETENTA E DOIS NOMES DE DEUS

Do Œdipus Ægyptiacus, de Kircher.

Este corte raro mostra o nome de Deus em setenta e duas línguas inscritas nas pétalas de um girassol
simbólico. Acima do círculo estão os setenta e dois poderes de Deus de acordo com a Cabala dos
hebreus. Abaixo de duas árvores, à esquerda, os símbolos dos planetas e, à direita, os signos do zodíaco
e os nomes das tribos de Israel. As doutrinas esotéricas da Cabalá estão em alinhamento com os
ensinamentos secretos de todas as escolas de filosofia, mas o método pelo qual seus segredos são
revelados aos sábios e ocultos do ignorante é muito incomum. À medida que o mundo religioso
interpreta suas escrituras com as instalações educacionais do século XX, torna-se cada vez mais evidente
que os livros sagrados não eram documentos históricos, mas os reis, sábios, profetas e salvadores que
os estudantes da Bíblia adoram durante séculos como antigamente. personalidades são, na realidade,
apenas atributos personificados do próprio homem.

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O TETRAGRAMMATON.

Organizando as quatro letras do Grande Nome, ‫ה ו ה י‬, (I H V H), na forma das Tetractis Pitagóricas, os 72
poderes do Grande Nome de Deus são manifestados. A chave para o problema é a seguinte:

. = I = 10 = 10
.. = HI = 5+10 = 15
... = VHI = 6+5+10 = 21
.... = HVHI = 5+6+5+10 = 26
The Great
Name of = 72
God

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AS LETRAS HEBREAS DE ACORDO COM O SEPHER YETZIRAH.

No triângulo central estão as três Letras Mãe das quais saem as sete Letras Duplas - os
planetas e os céus. Cercando a estrela negra estão os signos do zodíaco simbolizados pelas
doze Letras Simples. No meio desta estrela está o Trono Invisível do Mais Antigo dos Antigos -
o Supremo Criador sem Definição.

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O SISTEMA CABALISTICO DOS MUNDOS

No gráfico circular que o acompanha, os anéis concêntricos representam diagramaticamente as


quarenta taxas de vibração (chamadas pelas esferas cabalísticas) que emanam de AIN SOPH. O círculo X
1 é o limite externo do espaço. Circunscreve a área de AIN SOPH. A natureza do AIN SOPH em si é
dividida em três partes, representadas pelos espaços respectivamente entre X 1 e X 2, X 2 e X 3, X 3 e A
1; portanto:
X 1 ao X 2, ,‫ אין‬AIN, o vácuo do espírito puro.
X 2 ao X 3, ,‫ אין סוף‬AIN SOPH, o ilimitado e sem limites.
X 3 ao A 1, ,‫ אין סוף אור‬AIN SOPH AUR, a luz sem limites.

A TRÍADE HEBRAICA

Os cabalistas usaram a letra ‫ש‬, Shin, para significar a trindade dos três primeiros Sephiroth. O círculo
central ligeiramente acima dos outros dois é o primeiro Sephira - Kether, a Cabeça Branca, a Coroa. Os
outros dois círculos representam Chochmah, o Pai, e Binah, a Mãe. Da união do Pai Divino e da Mãe
Divina são produzidos os mundos e as gerações das coisas vivas. Os três pontos semelhantes a chamas
da letra ‫ ש‬têm sido usados há muito tempo para esconder essa Tríade Criativa dos Cabalistas.

O PLANO DE ATIVIDADE DIVINA.

De acordo com os Cabalistas, a vida do Criador Supremo permeia toda a substância, todo o espaço e
todo o tempo, mas para propósitos esquemáticos a Suprema e Inclusiva Vida é limitada pelo Círculo 3,
que pode ser chamado de "linha divisória da existência Divina". " A Vida Divina que permeia a área
delimitada pelo Círculo 3 é focalizada no Ponto 1, que assim se torna a personificação da vida impessoal
e é denominada "a Primeira Coroa". As forças criativas que fluem através do Ponto 1 entram em
manifestação como o universo objetivo no espaço intermediário, Círculo 2.

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O ESQUEMA CABALÍSTICO DOS QUATRO MUNDOS.

No gráfico acima, a linha escura entre X 3 e A 1 constitui o limite do ponto original, enquanto os círculos
concêntricos dentro desta linha mais pesada simbolizam as emanações e os mundos que surgiram do
ponto. Como isso está incluído nos anéis externos X 1, X 2 e X 3, e representa o primeiro
estabelecimento de uma existência individualizada, de modo que o universo inferior simbolizado pelos
quarenta círculos concêntricos dentro do ponto representa a criação inferior desenvolvida a partir e
ainda contida dentro da natureza da primeira Coroa, que pode ser chamada de Deus, dentro de quem
os poderes divinos, os seres celestes os mundos siderais, e o homem, vivem e movem-se e tem seu ser.
É altamente importante que todos os anéis dentro de A1 sejam considerados como sendo delimitados
pelo ponto primitivo, que é ele próprio circundado pelo grande anel X, ou o Ovo Áurico de AIN SOPH.

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AS DEZ SEPHIROTH

As dez Sephiroth que compõem o corpo do protótipo de Adam, os números


relacionados a elas e as partes do universo a que correspondem são as seguintes:

No. THE SEPHIROTH O UNIVERSE ALTERNATIVA


1 Kether—A Coroa Primum Mobile Os Céus Ardentes
2 Chochmah--Sabedoria O Zodiac O Primeiro Movimento
3 Binah--Compreensão Saturno O Zodiaco
4 Chesed-- Misericórdia Jupiter Saturno
5 Geburah--Justiça Marte Jupiter
6 Tiphereth--Belesa Sol Marte
7 Netsah--Vitoria Venus Sol
8 Hod--Gloria Mercurio Venus
9 Jesod--O Foundamento Lua Mercurio
10 Malchuth--O Reino Elementos Lua

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AS QUATRO ARVORES SEPHIROTHICAS

Os quarenta círculos concêntricos mostrados no grande corte circular no capítulo anterior estão aqui
organizados como quatro árvores, cada uma composta por dez círculos. Essas árvores revelam a
organização das hierarquias que controlam os destinos de toda a criação. As árvores são as mesmas em
cada um dos quatro mundos, mas os poderes investidos nos globos se expressam diferentemente
através das substâncias de cada mundo, resultando em uma diferenciação infinita.

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UMA TABELA DE CORRESPONDÊNCIAS SEPHIROTHICas

De Collectio Operum, de Fludd.

O diagrama acima foi especialmente traduzido do latim como sendo de valor único para os estudantes
de cabalismo e também como um exemplo da habilidade incomum de Robert Fludd na montagem de
tabelas de correspondências. Robert Fludd está entre os mais eminentes Rosacruzes e Maçons; De fato,
ele tem sido freqüentemente chamado de "o primeiro rosacruz inglês". Ele escreveu vários documentos
valiosos diretamente relacionados ao enigma dos Rosacruzes. É significativo que o mais importante de
seus trabalhos seja publicado ao mesmo tempo que os de Bacon, Shakespeare e os primeiros autores
rosacruzes.

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A ÁRVORE SEPHIROTHICA DOS QABALISTAS

De Œdipus Ægyptiacus,de Kircher.

Tendo demonstrado que os cabalistas dividiram o universo em quatro mundos, cada um consistindo de
dez esferas, é necessário considerar em seguida como as dez esferas de cada mundo foram organizadas
no que é chamado de "Árvore Sephirótica". Esta Árvore é composta de dez círculos, representando os
números de 1 a 20 e ligados em conjunto por vinte e dois canais - as vinte e duas letras do alfabeto

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hebraico. Os dez números mais as vinte e duas letras resultam no número oculto 32, que, de acordo
com o Mishna , significa os Trinta e dois Caminhos da Sabedoria. As letras e números, de acordo com os
Cabalistas, são as chaves para todo conhecimento, pois por um sistema secreto de organizar os
mistérios da criação são revelados, por isso eles são chamados de "os Caminhos" da Sabedoria. "Este
fato oculto é cuidadosamente guardado no 32º grau da Maçonaria.

Há quatro árvores, uma em cada um dos quatro mundos estabelecidos no capítulo anterior. A primeira é
no Mundo Atzilutico, os dez círculos sendo os dez globos de luz estabelecidos no meio de AIN SOPH. Os
poderes e atributos desta Árvore são refletidos em cada um dos três mundos inferiores, a forma da
Árvore permanece a mesma, mas seu poder diminui à medida que ela desce. Para complicar ainda mais
sua doutrina, os cabalistas criaram outra árvore, que era uma composição de todas as quatro árvores do
mundo, mas consistia em apenas dez globos. Nesta única árvore foram condensados todos os arcanos
previamente espalhados pelos volumosos arquivos da literatura cabalística.

O SEPHIROTH NA FORMA DE UM SISTEMA SOLAR

Das antiguidades indianas, de Maurice.

Thomas Maurice reproduz a gravura acima, que é a modificação da árvore elaborada na página anterior.
As Sephiroth estão aqui sobrepostas, diminuindo de tamanho à medida que diminuem em poder e
dignidade. Assim, a Coroa é a maior e a mais abrangente, e o Reino - que representa o universo físico - é
o menor e de menor importância.

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A VISÃO DE EZEKIEL.

Da Bíblia "Bear"

Esta placa, que é da primeira Bíblia protestante publicada em espanhol, mostra a Mercavah, ou
carruagem de Jeová, que apareceu a Ezequiel junto ao rio Chebar. O profeta contemplou quatro
criaturas estranhas (E), cada uma com quatro cabeças, quatro asas e cascos de bronze como os de um
bezerro. E havia quatro rodas (F) cheias de olhos. Para onde iam os querubins, as rodas iam também. O
espaço entre os querubins e as rodas estava cheio de brasas de fogo. No topo da carruagem havia um
trono, sobre o qual estava a semelhança de um homem (H). Ezequiel caiu de joelhos quando viu a
Mercavah cercada por um redemoinho de nuvens e chamas (A, B, C). Uma mão (K) saiu das nuvens e o
profeta recebeu a ordem de comer de um rolo que a mão segurava.

De acordo com os místicos, as rodas que sustentam o trono de Deus representam as órbitas dos
planetas, e todo o sistema solar é propriamente a Mercavah, ou carruagem de Deus. Uma das divisões
da Cabalá - aquela que lida com as artes e ciências daqueles planos que estão sob os céus - é chamada
de Mercavah. No Zohar está escrito que o trono celestial ou a visão de Ezequiel significa a lei tradicional;
a aparência de um homem sentado no trono representa a lei escrita, Philo Judæus ao descrever os
querubins sobre a Arca da Aliança declara que as figuras são uma indicação das revoluções de todo o
céu, um dos querubins representando a circunferência externa e o outro a esfera interna. De frente um
para o outro, eles representam os dois hemisférios do mundo. A espada flamejante dos querubins de
Gênesis é o movimento central e a agitação dos corpos celestes. Com toda a probabilidade, também
representa o raio solar.

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NOÉ E SUA ARCA ZODIACAL

Da Qabbalah, de Myer

O antigo Padre da Igreja – o notavel Tertuliano, Firmiliano, São Cipriano, Santo Agostinho e São
Crisóstomo - reconheceram na arca um tipo ou símbolo da Santa Igreja Católica. Bede, o Venerável,
declarou que Noé, em todas as coisas, simbolizava Cristo, como apenas Noé de sua geração era justo,
então somente Cristo estava sem pecado. Com Cristo havia um sétuplo espírito de graça: com Noé sete
Pessoas justas. Noé de água e madeira salvou sua própria família, Cristo pelo batismo e a cruz salva os
cristãos. A arca foi construída de madeira que não se deteriorou. a igreja é composta de homens que
viverão para sempre, pois esta arca significa a igreja que flutua sobre as ondas do mundo.

O diagrama mostrado acima também é reproduzido em The Rosicrucians, de Hargrave Jennings. Este
autor adiciona ao diagrama original que aparece no Antiquitatum Judaicarum Libri IX os signos do
zodíaco, colocando Áries na cabeceira e continuando em ordem seqüencial para Leão, que ocupa a
quinta seção transversal da arca. Jennings atribui o painel contendo a porta para a constelação indivisa
de Virgem-Libra-Escorpião (que continua na primeira subdivisão da segunda seção) e as quatro seções
restantes de agrião para as constelações de Sagitário para Peixes, inclusive. Um estudo da placa revela a
arca a ser dividida em onze seções principais, e ao longo da base e telhado de cada seção são mostradas
três subdivisões, fazendo assim em todo o número sagrado 33. Ocupando a posição correspondente ao
sistema gerador do humano corpo também será notado a cruz sobre a porta da seção central. Duas
aberturas são mostradas na arca: uma - a porta principal representando o orifício através do qual o
animal vive descende à existência física; a outra, uma pequena janela próxima da coroa da cabeça,
através da qual o espírito ganha liberdade de acordo com os antigos ritos.

"Quando o andrógeno Escorpião-Virgem foi separado e o Equilíbrio ou Harmonia feito de Escorpião e


colocado entre Escorpião, isto é, macho e Virgem, isto é, feminino, então apareceram as 32
constelações ou signos, como agora os temos. tem três andares de altura (talvez para simbolizar o Céu,
o Homem, a Terra) Na figura do Homem, observe a divisão do cabelo no meio da testa e o arranjo da
barba, bigodes, bigode e cabelo, no parte de trás do pescoço e ombros ". (Veja A Qabbalah por Isaac
Myer.)

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A Árvore Sephirótica é às vezes descrita como um corpo humano, estabelecendo assim mais
definitivamente a verdadeira identidade do primeiro, ou Celestial, Homem - Adam Kadmon - a Idéia do
Universo. Os dez globos divinos (Sephiroth) são então considerados análogos aos dez membros e órgãos
sagrados do Protogonos, de acordo com o seguinte arranjo. Kether é a coroa da cabeça prototípica e
talvez se refira à glândula pineal; Chochmah e Binah são os hemisférios direito e esquerdo
respectivamente do Grande Cérebro; Chesed e Geburah (Pechad) são os braços direito e esquerdo
respectivamente, significando os membros criativos ativos do Grand Man; Tiphereth é o coração, ou, de
acordo com alguns, as vísceras inteiras; Netsah e Hod são as pernas direita e esquerda,
respectivamente, ou os suportes do mundo; Yesod é o sistema gerativo, ou o fundamento da forma; e
Malchuth representa os dois pés, ou a base do ser.

- Manly P. Hall, Os ensinamentos Secretos de Todas as Eras

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A Árvore Sephirotica e o Caduceu de Mercúrio

Arvore da Vida com a representação dos 22 caminhos como visto no Livro da Formação

Arvore da Vida com a representação dos 22 caminhos como visto no Livro da Formação, tratado filosófico, talvez o mais antigo
(existente) em hebraico, que trata sobre a origem do universo (macrocosmo) e da humanidade (microcosmo), o arranjo
alfabético e numeral apresentado no tratado é uma característica de autores semíticos

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A Fraternidade Rosacruz e Sua Missão

A Fraternidade Rosacruz Max Heindel não é uma seita ou organização religiosa, mas sim uma
grande Escola de Pensamento. Sua finalidade precípua é divulgar a admirável filosofia dos
Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel, escolhido para esse fim pelos
Irmãos Maiores da Ordem Espiritual.
Seus ensinamentos projetam luz sobre o lado científico e o aspecto espiritual dos problemas
relacionados à origem e evolução do homem e do Universo. Tais ensinamentos, contudo, não
constituem um fim em si mesmo, mas um meio para o ser humano tornar-se melhor em todos os
sentidos, desenvolvendo assim o sentimento de altruísmo e do dever, para o estabelecimento da
Fraternidade Universal.
O fim a que se destina a Filosofia Rosacruz é despertar a humanidade para o conhecimento
das Leis Divinas, que conduzem toda a evolução do homem, e, ainda:
(I) explicar as fontes ocultas da vida. O homem, conhecendo as forças que trabalham dentro
de si mesmo, pode fazer melhor uso de suas qualidades;
(II) ensinar o objetivo da evolução, o que habilita o homem para trabalhar em harmonia com
o Plano Divino e desenvolver suas próprias possibilidades, ainda desconhecidas para grande
parte da humanidade;
(III) mostrar as razões pelas quais o Serviço amoroso e desinteressado ao próximo é o
caminho mais curto e mais seguro para a expansão da consciência espiritual.
A Fraternidade Rosacruz, publica e mundialmente iniciada pelo engenheiro Max Heindel, é
fundamentalmente uma Escola de reforma interna, uma Escola de desenvolvimento e expansão de
consciência, tratando de nossa origem espiritual e da finalidade de nossa evolução. Foram
publicados livros e organizados Cursos por Correspondência para os aspirantes que desejam estudar
as verdades espirituais, como auxílio e não como fim em si mesmo, pois o estudo, em si só, não
basta. A teoria precisa da experiência, obtida mediante a prática, para ser desenvolvida em sabedoria
e poder. E, precisamente, a Fraternidade Rosacruz destina-se a prestar a orientação necessária aos
aspirantes, para se chegar à aplicação da Lei Espiritual na solução dos problemas individuais e
coletivos.

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Não há taxas nem mensalidades. O ingresso na Fraternidade Rosacruz, em nenhum caso,
está condicionado a obrigações monetárias. Todos os gastos da Fraternidade são cobertos por
contribuições e donativos, voluntários, de filiados ou pessoas amigas que desejem solidarizar-se
com a Obra Rosacruz.
A Fraternidade Rosacruz desaprova qualquer comercialização de forças ou conhecimentos
espirituais, bem como o seu desenvolvimento negativo, tão prejudicial a quem é alvo de sua
prática como a quem lhe serve de veículo. Desta forma, astrólogos e quiromantes profissionais, e
ainda médiuns e hipnotizadores praticantes terão seu pedido de inscrição negado até
abandonarem, de imediato, tais práticas.
Depois de completar o Curso Preliminar, o estudante é matriculado como Estudante
Regular por um período de dois anos, podendo solicitar os cursos Suplementar de Filosofia
Rosacruz, Interpretação Esotérica da Bíblia e de Astrologia. Findo este, caso haja se
compenetrado da verdade dos Ensinamentos Rosacruzes, e se preparado para cortar todos os
laços com qualquer outra ordem oculta ou religiosa - excetuando-se as Igrejas Cristãs e Ordens
Fraternais - pode assumir o Compromisso, que o admite no grau de Probacionista.
Não pretendemos insinuar, no parágrafo anterior, que as demais escolas de ocultismo não
contam. Longe disso. Muitos caminhos conduzem a Roma, mas chegaremos com menos esforço
seguindo por um só deles do que ziguezagueando de um para outro. Primeiramente porque
nosso tempo e energias são limitados e, além disso, reduzidos por deveres familiares e sociais
que não devemos descuidar para atender ao próprio desenvolvimento. A fim de economizar o
mínimo de energia de que legitimamente gastaríamos para nós mesmos, e evitar a perda dos
poucos momentos vagos que temos à nossa disposição, é que os Guias insistem para
renunciarmos a todas as demais ordens.
O mundo é um agregado de oportunidades, mas para aproveitá-las é necessário
possuirmos eficiência em certa linha de esforços. O desenvolvimento dos poderes espirituais
pode capacitar-nos a ajudar ou prejudicar aos nossos irmãos mais fracos. E esses poderes só se
justificam quando o objetivo é Servir à Humanidade.
O método de realização Rosacruz difere dos outros sistemas por um pormenor especial:
procura desde o princípio emancipar o discípulo de toda dependência dos outros, tornando-o
autoconfiante no mais alto grau, de maneira a poder permanecer só em todas as circunstâncias e
enfrentar todas as condições. Somente aquele que for tão bem equilibrado pode ajudar ao débil.
Quando certo número de pessoas se reúne em classe ou círculo objetivando o auto
desenvolvimento, mas através de métodos negativos, geralmente os resultados são conseguidos
em pouco tempo, seguindo o princípio de que é mais fácil deixar-se levar pela corrente, do que
lutar contra ela. O médium, contudo, não é senhor dos seus atos, mas escravo do espírito que o
domina. Por isso tais reuniões devem ser evitadas pelos Probacionistas.
Mesmo as reuniões em que se mantenha uma atitude mental positiva não são aconselhadas
pelos Irmãos Maiores, porque os poderes latentes de todos os membros são amalgamados.
Então as visões dos mundos internos obtidas por quaisquer deles apenas resultam parcialmente
da influência das faculdades dos demais. O calor de um carvão no centro de uma fogueira fica
aumentado pelo dos carvões que o rodeiam. O clarividente originado num círculo, mesmo que
este seja positivo, é como uma planta na estufa - demasiado dependente para que se lhe possa
confiar os cuidados dos demais.
Portanto, todo Probacionista da Fraternidade Rosacruz efetua seus exercícios sozinho, no
isolamento do seu lar. Seguindo este método, obtêm-se resultados mais lentamente. Porém,
quando tais resultados aparecerem, manifestar-se-ão como poderes cultivados por ele mesmo, e
poderão ser empregados independentemente dos demais. Além disso, os métodos Rosacruzes
constroem o caráter, ao mesmo tempo em que desenvolvem as faculdades espirituais,
resguardando assim o discípulo da tentação de perverter seus poderes divinos em busca de
prestigio mundano.
Quando o Probacionista tenha cumprido os requisitos exigidos e completado o termo de
provação, pode solicitar instruções individuais dos Irmãos Maiores por meio do Secretário
Esotérico.

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Links

Click nos links abaixo para acessar os sites

The Rosicrucian Fellowship – International Headquarters


www.rosicrucian.com
www.rosicrucianfellowship.org
Worldwide Centers and Study Groups

Movimento Rosacruz no Brasil


Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil
Canal no YouTube da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil
Fraternidade Rosacruz Max Heindel - Centro Autorizado de Campinas
Fraternidade Rosacruz Max Heindel - Centro Autorizado do Rio de Janeiro
Movimento Rosacruz em Portugal
Fraternidade Rosacruz de Portugal – Lisboa, Portugal
Grupo de Estudos Fraternidade Rosacruz Fiat Lux
Fraternidade Rosacruz in Lusitania - Grupo de Estudos
Movimento Rosacruz na Espanha
Fraternidad Rosacruz - Centro de Barcelona – Barcelona, Espanha
Movimento Rosacruz no Uruguai
Santuario Rosacruz Max Heindel – Uruguai
Movimento Rosacruz no Paraguai
Fraternidad Rosacruz del Paraguay
Movimento Rosacruz no México

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Centro Fraternidad Rosacruz de Mexico
Movimento Rosacruz no Colômbia
Centro Rosacruz Max Heindel
Movimento Rosacruz na Itália
L'Associazione Rosacrociana
Gruppo Studi di Padova
Gruppo Studi Rosacrociani di Roma
Movimento Rosacruz na França
Association Rosicrucienne Max Heindel - Centre de Paris
Association Rosicrucienne. Groupe de St-Quentin
ARC Groupe d'Etude de St Quentin
Association Rosicrucienne - Centre de Toulouse
Movimento Rosacruz na Alemanha
Rosenkreuzer Freundeskreis Chartered Center Stuttgart
Max Heindel Rosenkreuzer Philosophie - Verlag
Movimento Rosacruz na Austria
Rosicrucian Study Group Vienna, Austria
Movimento Rosacruz na Holanda
Rosicrucian Fellowship - Nl
Movimento Rosacruz no Canadá
Fraternite Rosicrucienne,- Centre de Montreal

Há apenas uma maneira segura de desenvolver nossas faculdades latentes. Não importa o que alguém
diga em contrário, a experiência provará que a obtenção de poderes espirituais depende da purificação e
da aspiração altruísta; e é isso que os mistérios ensinaram nos tempos antigos.
- Max Heindel

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Capa: Arvore da Vida com a representação dos 22 caminhos como visto no Livro da Formação, tratado
filosófico, talvez o mais antigo (existente) em hebraico, que trata sobre a origem
do universo (macrocosmo) e da humanidade (microcosmo), o arranjo alfabético e numeral apresentado no
tratado é uma característica de autores semíticos

“Para o materialista, o fenómeno do crescimento é um movimento de dentro para fora, pois através deste
processo surgiu a forma. Para o filósofo, no entanto, o crescimento é um movimento de fora para dentro;
não uma contração, mas uma direcionalização da consciência em direção ao centro do ser. A árvore
Cabalística da manifestação organizada não é apenas um símbolo macrocósmico, mas também o
emblema do próprio homem.”
- Manly P Hall

Ebook editado pela Fraternidade Rosacruz – Centro Autorizado do Rio de Janeiro

As opiniões expressas neste Ebook são de inteira responsabilidade do autor .


O autor é professor de História e pesquisador no campo de Religiões Comparadas, Ocultismo e Misticismo
Edição online publicada com a autorização do autor.

Pode ser compartilhado livremente


O uso comercial não é permitido

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