O Pacto Magico dos Iluminados de Thanateros
Desde o início da corrente CHAOS MAGIC, alguns indivíduos escolheram trabalhar sozinhos, enquanto outros escolheram fazê-lo em conjunto, em uma configuração livre de grupos aliados. A ordem mágica dos IOT têm, na prática, funcionado como uma desordem altamente criativa. Esta desordem criativa tem gerado, entre outras coisas, uma estrutura conhecida como "O PACTO". Contrastando com as implicações usuais deste nome, "O PACTO" é uma sociedade de amigos para suporte mútuo e encorajamento no campo da magia. O PACTO mágico dos IOT representa outro aspecto da corrente CHAOS MAGIC, no qual os seus praticantes escolheram trabalhar como uma força integrada. O pacto é um veículo orientado para a Grande Obra da Magia e para os prazeres e loucuras que fazem parte desta busca. O Pacto também funciona como uma força psico-histórica na batalha pelo AEON. Historicamente, todas as organizações mágicas e místicas têm usado uma estrutura hierárquica para exercerem pressão por excelência sobre aqueles que trabalham em todos os níveis da hierarquia. Embora as posições de maestria nestas organizações tenham, frequentemente, dependido mais de recursos de autoridade questionáveis, emanada de fontes obscuras, do que de uma verdadeira competência técnica, inevitavelmente, esses blefes têm levado à destruição destas organizações. Todavia, este velho mecanismo não deixa de ter seus méritos. O guru e o chela (discípulo) se põem sobre enormes pressões e se o chela finalmente se rebela, ambos vão ganhar muito, embora isso facilmente termine em desastre. Enquanto a maioria dos indivíduos são relativamente sadios e competentes, a maioria dos organizadores agem como sendo loucos e estúpidos. Isto acontece porque a maioria das organizações permitem, apenas, um embasamento positivo desde baixo. Deste modo, aqueles que estão no topo são condenados a se banharem nas enganosas reflexões das suas próprias expectativas, ao emitirem diretrizes ainda mais equivocadas. A estrutura do pacto supre estes problemas tradicionais preservando, ao mesmo tempo, a valiosa pressão criada por uma estrutura hierárquica. Nos templos do pacto, todos os membros são encorajados a apresentar, voluntariamente, técnicas e conceitos para que sejam experimentados e avaliados, e a estrutura de graus meramente reconhece a competência técnica mágica e a responsabilidade organizacional. Aqueles de graus mais elevados têm que evitar comentários sobre o estilo de vida, o comportamento pessoal, os gostos e a moralidade dos outros membros. E no entanto, a estrutura do pacto força uma constante corrente do retorno negativo de baixo para cima, institucionalizando, assim, a rebelião no ofício dos Insubordinados. Portanto, tão logo um razoável nível de habilidade técnica e organizacional é alcançado, o Mestre do Templo, o Adepto, ou o Mago tornam-se, repentinamente, sujeitos a intenso criticismo, tanto como professores quanto como indivíduos, isso é considerado uma grande recompensa. O PACTO é constituído de quatro graus; neófito, iniciado, adepto e mago, numerados respectivamente de 4, 3, 2, 1. Adicionalmente, existem cinco ofícios. O SACERDOTE OU SACERDOTISA DO CAOS podem ser tomados como um grau paralelo ao terceiro ou segundo. O ofício de SUPREMO MAGO é desempenhado pelo cabeça do pacto, é designado grau zero. O ofício de MESTRE DO TEMPLO designa o coordenador das atividades de um determinado templo, e pode ser desempenhado por qualquer indivíduo acima do terceiro grau. O ARQUIVISTA é o responsável pelos registros do templo.
O ofício do INSUBORDINADO pode ser desempenhado por qualquer indivíduo do terceiro grau. O INSUBORDINADO é um assistente pessoal de um outro membro do pacto, e age como crítico, inspetor e aguilhoador daquele membro. O PACTO é uma oligarquia que se auto perpetua. A ascensão para um grau ocorre mediante convite dos demais indivíduos daquele grau ou de graus superiores. O MAGO SUPREMO pode ser substituído, apenas, por ação unânime de todos os membros do primeiro grau. O acordo tácito na afiliação ao PACTO é de que os graus superiores forneçam organização, facilidades, instrução e material e, em retorno, os graus inferiores fornecem quaisquer serviços de ordem material, financeira ou mágica, que possam ser razoavelmente pedidos a eles. Em último recurso será apreciado pelo grau zero.
Criação do Pacto Mágico dos Iluminados de Thanateros
Em 1976, num depósito abandonado de munição sobre uma montanha em Rhineland, dois magistas, um inglês, outro alemão, anunciaram a formação da ordem mágica com a celebração de uma missa caótica na companhia de 12 outros magistas associados. Logo que saímos da montanha, um tornado passou exatamente naquela área. Isso não era nada mais do que um pequeno presságio do que estava por vir. Nós deixamos a montanha com a idéia fixa de formar uma ordem como nunca havia existido antes, que quebraria com o molde existente e seria um veículo para a Magia do Caos. Um ano depois, alguns de nós nos encontramos num esplêndido castelo austríaco e formalmente nos unimos no Pacto Mágico dos Iluminados de Thanateros, usando como estrutura a simples base de quatro graus e cinco ofícios, que eu dividi em tempo hábil. Desde então, o pacto tem invocado um variado vendaval de criatividade, e uns 16 templos no UK, Alemanha, Áustria, Suíça, Austrália e EUA. O encontro de todos os membros é realizado anualmente, às vezes, no mesmo castelo original. É sempre uma incrível experiência, durante a qual uma grande quantidade de trabalhos são realizados. Ao dividir a estrutura, eu tentei superar os erros de ordens previamente estabelecidas, como a Golden Dawn e da Ordo Templi Orientis. Uma certa divisão de trabalho é essencial, apenas, para assegurar que as pessoas se responsabilizem por uma organização, que precisa ser organizada. Talvez isso pareça um absurdo para uma ordem na base de uma ou poucas pessoas, adotando a regra de um grande gurú todo poderoso. Sua sinceridade deve eventualmente ser invocada, e estes tipos de organizações não gostam de avançar em quaisquer idéias com as quais eles não começaram. Crowley teve que romper com a G.D. para fazer sua própria contribuição para a magia, e Austin Spare teve que romper com Crowley, por sua vez. Este processo é uma estúpida perda de tempo e energia. Qualquer ordem contemporânea que deseje manter-se viva, requer uma estrutura excitante e inovadora ou, ao menos, uma comunicação direta que possa sobreviver em contato com qualquer ideologia dogmática. Uma hierarquia rígida e ensinamentos e crenças fixos destruiriam o espírito criativo, rapidamente.
Deste modo, no Pacto, os templos individuais, que são as unidades básicas, experimentam quaisquer tipos de ensinamentos, rituais e idéias que quiserem, e compartilham resultados e inspirações por cartas informativas, revistas, um sistema computadorizado de correio eletrônico, visitas inter-templos e encontros anuais. Há, desta forma, uma seleção natural de idéias. Técnicas, encantamentos e rituais, que se descobre serem realmente úteis, passam a ser usados, substituindo o material antigo. Os membros que entram no pacto fervilhando de idéias são encorajados a pô-las em prática, imediatamente. Naturalmente, numa organização como esta, há menos ênfase à disciplina do que ao entusiasmo e à criatividade. O Pacto está mais interessado naqueles que experimentam a magia como uma coisa viva, do que naqueles que meramente seguem regras. Na realidade, o único poder que o Pacto reserva sobre seus membros é o direito de expulsão de membros extremamente não fraternos ou que possam trazer algum tipo de perigo para o Pacto. O Pacto possui dois objetivos, o primeiro é a busca do grande trabalho mágico e o prazer e proveito concomitantes nesta jornada. E, em segundo lugar, agir como uma força psico-histórica na batalha pelo pandemônio. Para atingir completamente o primeiro alvo, nós utilizamos as facilidades de comunicação para trabalharmos juntos e desenvolvermos nossa própria magia, através da troca de idéias e informações. Esotéricos devem, também, ser divertidos. Se você não se diverte fazendo magia, provavelmente você está fazendo algo errado. Os proveitos são completos, sejam quais forem as recompensas trazidas pela própria magia. Não há uma associação paga e o encontro anual do Pacto é livre e composto de seminários e exercícios que alguns membros reservam do grande público, junto com qualquer membro qu
e deseje assistir. A grandiosa expressão “Psico
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histórica”, agindo na batalha pelo Aeon, consiste, meramente, na divulgação da filosofia do
paradigma mágico onde pudermos, por palavra dita ou escrita. De qualquer forma ocasionalmente utilizamos atos mágicos para dar continuidade ao movimento. As técnicas mágicas e filosóficas do Pacto são, principalmente, de inspiração Caoista. A Magia do Caos convoca para uma concentração de mecanismos atuais de trabalho para planejamento de atos de evocação, adivinhação, encantamentos, invocações e iluminação. As técnicas e as intenções são o mais importante para o sucesso mágico. As técnicas mais importantes são aquelas que se ajustam às crenças subconscientes. Crenças subconscientes controlam tanto você e os outros quanto o mundo. Contanto que isto não seja esquecido, pode-se estruturar um ritual ou um encantamento com
qualquer forma ou simbolismo, do Tantra Tibetano ao “Icelandic Runelore”. E, de qualquer
forma, onde mais, além do Pacto, poderia se encontrar mecanismos experimentando magia sexual rúnica? Bem, talvez você possa dar outros exemplos, agora eu digo que a aproximação eclética tornou-se mais perversa no esoterismo.
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