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E OS
144 MIL
SELADOS

985 1 Pr. BRIZOLAR JARDIM 1

1 1
Pedidos para:

Brizolar Jardim
Caixa Postal, 1919
Rio de Janeiro - RJ
20.000
CONTEÚDO

Introdução 001
I: Quatro Palavras Chaves 020
II: O que ê a Sacudidura?. 028
III: Para Que Uma Sacudidura? 047
IV: Quando se daria a Sacudidura?. 050
V: Quais os Resultados da Sacudidura? • 059
VI: Um Problema Insuspeito 070
VII: Como Preparar-se para a Sacudidura?. 074
VIII: Reformas e Reformistas 079
IX: Quem f O Anjo de Apoc. 18? • 105
X: 144 Mil - Um Tema Bem Adventista 112
XI: As Teorias dos Pioneiros. 116
XII: Acontecimentos Chaves • . 125
XIII: 144 Mil X Grande Multidão •• 131
XIV: 144 .000 - Um Número Rêal ou Simbólico? 137
XV: Um Problema que Demanda solução. 142
XVI: E.G.White e os 144.000 • . • . . . • 148
XVII: A Questão Mais Importante. 151
XVIII: Resenha Escatológica . 157
Epílogo. • . • . . • • 192
Bibliografia • 195
AB R EV 1 AT UR AS
1. AA - Atos dos Apóstolos de E.G.White.
2. Ac.- Aconselho-te de Alfonsas Balbachas.
3. BC - SDA Bible Connnentary, vols. 1 a 10.
4. C - Carta da Prof~ Virgínia Steinweg, em
poder do autor.
5. CdaV - A Ciência da Vida de H.G.Wells e ou-
tros, vols. 1 a 10.
6. CnoS/S - Cristo em Seu Santuário de E.G.White.
7. CQQMS - 144.000 Selados de Louis Were.
8. DCLP - Dicionário Contemporâneo da Língua
Portuguesa de Caldas Aulete.
9. DF - Dicionário da Filosofia de Didier Ju-
lia.
10. EdeJ - Estudo dos Livros de Jeremias e Lamen
tacões ••. de Antonio Neves de Mesquita.
11. Ev.- Evangelismo de E.G.White.
12. FO - Fé & Obras de E.G.White.
13. G - Grego (Apostila) de Pedro Apolinário.
14. GC - Grande Conflito, O de E.G.White.
15. GfXX - Os Grandes Teólogos do Século XX de
Battista Mondin.
16. HdelM - Historia del Mundo de J .Pijuan.
17. HU - História Universal de Cesare Cantu.
18. LBR - Light Bearers to Remnant de E. W.
Schwartz.
19. MA - O Ministério Adventista.
20. MDC - O Maior Discurso d~ Cristo d~ E. G.
White.
21. MDODP - A Mão de Deus na Sua Obra e na
Direção de Seu Povo (O livro do
Pecado) de D. Nicolici.
22. MIA - Mission de la Iglesia Adventis-
ta de Werner Vyhmeister.
23. ME - Mensagens Escolhidas de E.G.Whita
24. MIR - ELLEN G. WHITE Mensageira da Igre
ja Remanescente de Arthur White.-
25. MM83 - Meditações Matinais-1983 de E. G.
White.
26. Ô - ômega de Lewis R. Walton.
27. OA - A Obra do Assinalamento, sem au-
tor (folheto da "Reforma").
28. OE - Obreiros Evang~licos de E.G.W ite.
29. OPE - Os Adventistas do 79 Dia - ''.'l. -
menta de Reforma; Origem e . ;·1me1
ras Experiências, sem autor (fo~
lheto da "Reforma").
30. PC - O Papa e o Concílio de Rui Barbo-
sa.
31. PDA - Las Profecias de Daniel y Apoca-
lipsis de Uriah Smith.
32. PE - Primeiros Escritos de E.G.White.
33. PJ - Parábolas de Jesus de E.G.White.
34. PPCF - Preparação para a Crise Final de
Fernando Chaij .
35. PPVF - Preparação para a Vitória Final
de Alfons Balbach.
36. PR - Profetas e Reis de E.G.White.
37. R&H - Review and Herald da IASD.
38. Rv.s/Rs.- Reavivamento e seus Resultados de
E.G.White.
39. SC - Serviço Cristão de E.e.White.
40. T - Testimonies for the Church de
E.G.White, vols. 1 a 9.
41. TdaM - Teologia da Missão de José Com
blin.
42. THPD - Testemunhos Históricos das Pro
fecias de Daniel de A.S.Mello.
43. TM - Testemunhos para Ministros de
E.G.Whíte.
44. TSM - Testemunhos Seletos Mundial de
E.G.White.
45. TV - O Tempo de nossa Visitação de
Alfons Balbach.
46. VE - Vida e Ensinos de E.G.White.
47. Vj.- Revista VEJA.
48. VPA - A Verdade sobre as Profecias do
Apocalipse de A.S.Mello.
PRÓLOGO

Quando a década dos anos 60 desabrochava para a


humanidade, qual flor mimosa que traz perfume e espe-
rança, eu tive momentos de desespero e incerteza. Es-
trugiram em minha mente perguntas ensurdecedoras.
Col-
portando na cidade gaúcha de Bagé, tive, acidentalmen-
te, um encontro com os membros da Igreja .Adventista
do Setimo Dia - Movimento de Refonna. Naquela época
eu ainda era um neófito, engatinhando nos caminhos da
fé.
Pelo espaço de duas ooras suport~i o bombardeio
cerrado da fuzilaria "Reformista" contra a fortaleza
da fé .Adventista. Como eu não discuto o que não sei,
a menos que não saiba que não sei, apenas ouvi. Ouvi-
os com a paciência de JÓ e a coragem de Gideon.
AD tér
mino do estudo, as dúvidas me assaltavam mais do que
os marginais no Rio! Cheguei a confessar-lhes since-
ramente: à primeira vista vocês têm razão, mas nao
contem com mais um "reformista". Vou estudar o assun-
to a fundo. E assim o foi!
À medida que cavava mais
fundo na mina da verdade, as dúvidas foram se dissi-
pando como as nuvens em dias ensolarados. logo perce-
bi um erro teológico e isso foi o quanto bastou para
me convencer de que os "Reformistas" não tinham a ver
dade. O raciocínio era: Se eles têm um erro, terã.O
dois, três ou mais. E não me enganei!
Dissipadas as nu
vens da dúvida, ficou o gosto pelo estudo da escato-
logia. Agora não era mais a dúvida "se a Igreja .Adven
tista do Sétimo Dia é ou não a Igreja Verdadeira", mas
"como será isto ou aquilo". Foi assim que me embre-
nhei no cipoal dos acontecimentos futuros, os quais
estão intimamente ligados aos acontecimentos passado~
- I -
Desvendados "certos mistérios", desejei levar aos
outros aquilo que agora me era claro, cristalino, na
mente e no coração. Partilhar com o próximo um bem ad-
quirido é uma característica das almas generosas e pi
as. Apesar de não ser nem uma coisa nem outra, acabeT
imitando- as •
Quando pastoreava o Distrito de Olaria, no
Rio de Janeiro, ministrando aulas extras de Bíblia
aos irmãos, muitos desejavam escrever conceitos e co-
piar esquemas. Isto amarrava o andamento das aulas e
eu não permitia essa prática, ainda que benéfica. En-
tão me era solícitado que fizesse um resumo da maté-
ria e entregasse individualmente aos solicitantes. Tão
pouco era possí-.rel atender este pedido, ainda que jus
to. Por fim chegamos à conclusão de que eu faria um
restmo, tm irmão mimeografaria e as cópias seriam dis
tribuídas.
Quando se fala, não se tem muito cuidado com
o estilo e mesmo com certos detalhes.Entretanto, quan
do se escreve as coisas mudam de figura.As fontes têm
que ser exatas, o estilo o mais elevado possível, os
pensamentos bem ordenados, e os esquemas bem lógicos.
Destarte, o resumo prometido aos irmãos de Olaria
se expandiu, ganhou corpo, agigantou-se. Tornou-se um
calhamaço de mais de duzentas laudas e recebeu o tí-
tulo pomposo de - UMA CONTRIBUIÇÃO À ESCATOLOGIA. Com
isso ficou só no papel, em rascunho. Dele se desgar-
i:ou um pedaço que já foi publicado sob o título de-
QUEM É A BESTA DO APOCALf PSE? · E agora este outro pe-
daço. Assim, de pedaço em pedaço, talvez um dia chega-
rei a publicar a pesquisa realizada através de anos
de intenso labor.
Interessante, também, é, como surgiu
o financiamento para esses opúsculos. Certo dia che-
guei ao escritório de um irmão - Amílcar da Silveira
Guimarães - em Barra Mansa e ele voluntariamente se
prontificou: Pastor, se houver algum folheto para ser
publicado nós o financiaremos. Eu pus o dedo no nariz
e fiz: psiuuuu . . Ele estranhou o gesto e perguntou
- II -
com ares de surpresa: por que eu nao posso financiar
un folheto?
Eu disse: não há nada! é que eu tenho algo
para publicar mas é mais do que tm folheto - é tm li-
vrete. Levantados os orçamentos chegou-se ao seguinte
acordo: ele financiaria o projeto, eu repassaria o mes
roo ao público e lhe devolveria a importância investid~
sem juros, sem correção monetária e sem prazo. Un ne-
~cio da China!
Concluída a impressão, fiz arranjos com
o irmão .Amílcar para vender o primeiro livrete - QUEM
~ A BESTA DO APOCALIPSE? - com tma margem de lucro a
fim de financiar pelo menos, parte do presente opús-
culo. :!!: lógico que quando estas linhas estão sendo re-
digidas, o projeto ainda está em meia viagem e muita
coisa ainda poderá mudar, distorcente a realidade dos
fatos.
Seja lá o que for, aconteça o que acontecer, meu
desejo é partilhar com meus irmãos tm pouquinho daqui-
lo que eu aprendi em outros livros, de outros profes-
sores e com a experiência pessoal.
Este é tm liv.ro des-
tinado em primeiro lugar, aos Adventistas do Sétimo
Dia - tanto da "Igreja Grande" como da "Reforma". Mui
tos estudantes da Bíblia poderão se beneficiar com sua
leitura, mas isso será secundário.
Consigno aqui os meus
mais sinceros agradecimentos a todos quantos, direta
ou indiretamente colaboraram para que esta obra se tor
nasse tma realidade. ~ perigoso, nestas ocasiues, ci=-
tar nomes -pode-se, com facilidade, cometer injusti-
ças. Mas creio que o nome do irmão .Amílcar Guimarães
não poderia ficar de fora, pelo financiamento, ainda
que indireto; o de Eunice Monteiro de Souza, pela da-
tilografia do primeiro livrete já mencionado anterior-
mente e pela revisão e datilografia da presente obra;
e ainda o de Carlos Alberto Hettwer que confeccionou a
capa. E muitos outros surgirão no decorrer deste proje
to./ E a você, leitor, pela aquisição e leitura do livro.
- III -
Os leitores nao deverão estranhar o ~ratamento
gramatical usado na redação - o Prólogo está na pri-
meira pessoa do singular enquanto a Introdução esta
na terceira e o corpo, na primeira pessoa do plural.
Já me acostumei a redigir neste Último modo. Porém,
Introdução, sendo uma pesquisa - A tese do curso de
Mestrado - era obrigatório que saísse na terceira pes
soa do singular. O Prólogo saiu na primeira pessoa pa
ra maior intimidade com o leitor e mais clareza do
texto.

xxxxxxxxxxx

Já está em andamento um terceiro volume - em es-


tilo e tema completamente diferentes -D 1 ST I CO S -
Verdades Condensad·as. Aguardem! Outros da serie es-
catologica virao também.

Brizolar
INTRODUÇÃO

A Igreja .Adventista do Sétimo Dia, como detentora


da verdade presente que é, deverá, em um futuro próxi-
mo, enfrentar a Última e grande crise da história da
Igreja neste mundo, passando por uma gama variada de
problemas e subtilezas. Cada membro da Igreja será pro-
vado individualmente e em circunstâncias difíceis. Para
sobreviver a essa crise ele precisa de um mínimo de co
nhecimento da vontade divina a fim de não ser enredado
nas malhas traiçoeiras do erro.
O problema e agravado
pelo comportamento .da própria liderança da Igreja. Ou-
vindo-se o Ministério .Adventista e estudando-se a esca
tologia fica-se, por vezes, desconcertado. A previsão
profética aponta para uma direção e a concepção paLto-
ral, via de regra, para outra. A escatologia prev·::- ('.Oi
sas ruins no seio da Igreja, enquanto que os Pastorcs-:-
de um modo geral, e aparentemente, pelo menos, prevêem
coisas boas, agradáveis e corretas. Dir-se-ia que se
está dando à obra um tom triunfalista! Isto não é da
todo condenável e até traz benefícios, mas não deixa
de ter seus perigos - pode dar uma falsa segurança e
anbalar o povo em seus pecados. (1)
Enc"ho-me de triste-
za quando penso em nossa condição como um povo. O Se
n"hor não nos cerrou o Céu, mas nosso próprio pt>oced"l
menta de constante apostasia nos separou de Deus. O
orgul~, a colJiça e o amor ao mundo têm halJitado no
coraçao, sem temor de ser banidos ou condenados. Pe-
cados graves e presunçosos têm halJitado entre nós. E
no entanto, a opinião geral é que a igreja está flo-
rescendo, e que a paz e prosperidade espiritual se
encontram em todas as sii.as fronteiras. A igreja dei-

Esta "Introdução" é um restmo da Tese de


Mestrado que este autor apresentou ao SALT com a qual
colou grau de Mestre em Teologia.
xou de seguir a Cristo, seu Guia, e está constante-
mente retrocedendo rumo do Egito. Todavia, poucos fi
cam alarmados ou atônitos com sua falta de poder es~
piritual. Dúvidas e mesmo descrença dos testemunhos
do Espirita de Deus estão levedando nossas igrejas
por toda parte. Satanás assim o deseja. (2)
Este au-
tor não crê, de maneira nenhuma, na rejeição total ou
parcial da Igreja e seu Ministério, nas circunstâncias
atuais. (3) Ele crê firmemente na direção divina deste
Movimento (4) e ama profundamente esta Igreja. Não tem
qualquer mal-querência a seus colegas e respeita cris-
tãmente seus superiores hierárquicos. Quanto as aparên
cias possam provar, nunca teve nenhum atrito com os ad
ministradores em nenhum dos escalões da obra. PortantO,
este trabalho não terá o objetivo canhestro de afron-
tar quem quer que seja.
É seu propósito contribuir para
a capacitação daqueles que dele tiverem conhecimento a
fim de saírem vitoriosos na crise vindoura. Será um
pequeno auxílio, mas, pensa o autor, muito valioso nes
te mister. Naturalmente o seu escopo não esgota o as-
sunto e nem capacita de maneira cabal o indivíduo, mas
servirá de um ponto de partida para todos quantos de-
sejarem maiores esclarecimentos neste tema de transcen
dental magnitude e urgência. Será apenas um grito de
alerta. Mas um grito, por vezes, funciona como um esto
pim que aciona uma mina de dinamite e sacode um morro
inteiro.
Neste sentido, todo o esforço é válido e toda
a contribuição é bem-vinda. Por pequenina que seja a
mensagem dada e por desanimadoras que sejam as circuns
tâncias, sempre haverá ouvidos abertos para ouvi-la e
coração sincero para recebê-la. Não competem ao mensa-
geiro os resultados de sua missão.
Tudo que se lhe exi-
ge e que seja fiel no desempenho de sua função. Os re-
sultados o Senhor cuidará deles.
Esta pesquisa está ba-
seada em duas fontes principais:
-2-
1. A Bíblia como a infalível Palavra de Deus, fon-
te de toda a verdade e norma de todos os testes.
2. Os escritos de Ellen G. White - o Espírito de
Profecia - como fonte auxiliar da revelação divina,
tão dignos de confiança como a própria Bíblia. (Para
quem não crer nestas duas fontes, esta leitura sera in
frutífera). Tendo em vista que se vai estudar os Últi=:-
mos acontecimentos relacionados com o Povo de Deus na
terra e que Ellen G. White escreveu especial.mente para
esse povo, não se deve estranhar que esta fonte seja a
mais usada. Isso é uma questão de lógica que só os ves
~s nao enchergam.

A Missão da Igreja

Ao aproximar-se o fim do ministério terrestre de


Cristo, quando Ele e Seus discípulos palmilhavam a po-
eirenta estrada de Cesaréia de Filipe, ecoou aos ouvi-
dos daqueles galileus a inquietante pergunta: "Quem
diz o povo ser o Filho do homem?" (Mt .16: 13). Ela tra-
zia em seu bojo o preâmbulo de um dos mais importantes
pensamentos da Bíblia - " ... Edificarei a minha igre-
ja ... ". (v.18).
A fundação da Igreja Cristã nao foi
obra do simples acaso, nem foi movida por int·eres.ses
mesquinhos ou sovinas, mas obedeceu a um plano pré-es-
tabelecido e uma finalidade elevada. Em todas as eras,
muitas vezes os cristãos perderam de vista esta impor-
tante verdade. Isto ocasionou grandes perdas à Igreja.
Ainda hoje a história se repete. Não raras vezes se
passa a fazer parte da Igreja sem se ter uma visão ela
ra e correta de sua missão. Isto resulta em frio for=
malismo e em pobreza de testemunho. As coisas são des-
virtuadas e os resultados não se fazem esperar - des-
orientação ,incredulidade, confusão, mau testemunho,
desonra para Deus e muitos outros males.
Mas qual é a
missão da Igreja? A missão da Igreja é dar a mensagem
a:> mundo. É uma função definida e assaz séria. Ela deve
ser cumprida à risca e sem delongas.
- 3·-
Paulo, o Apóstolo dos Gentios, era cioso desse
conceito e repetidas vezes ele o enfatizou.Pela Igre-
ja; deseja Deus manifestar ao mundo a "Sua multiforme
sabedoria", (Ef. 3: 10) bem como a Sua graça e Seu amor•
.Aqueles que vão sendo chamados "das trevas para a sua
maravilhosa luz", (I Pd.2:9), devem ir resplandecendo
a fim de iluminar o caminho dos outros e trazer os pe
cadores ao arrependimento.
Cristo, por Seu exemplo e
por Sua doutrina já havia deixado bem claro esse con-
ceito. E não somente isso. Ele não deu apenas o exem-
plo, deu também uma ordem: "Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda a criatura". (Mr .16: 15). É
tma ordem abrangente e mereceria uma consideração pro
funda e um estudo minucioso. Mas esse não é o escopo
deste trabalho.
Séculos mais tarde, quando o Senhor le
vantou em Sua Igreja o Espírito de Profecia na pessoa
de Ellen G. White, o mesmo conceito foi repetido e,
quiçá, ampliado. As gemas do pensamento divino, atra-
vés de Sua Mensageira são abundantes e preciosas. Se-
rão transcritas apenas duas, como segue:
A igreja e o
instrumento apontado por Deus para a salvação dos
homens. Foi organizada para servir, e sua missão
é levar o evangelho ao mundo. Desde o principio
tem sido plano de Deus que através de Sua igreja
seja refletida para o mundo Sua plenitude e su-
ficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele cha-
mou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete ma
nifestar Sua glória. A igreja é a depositária das
riquezas da graça de Cristo: e pela igre,ja sera a
seu tempo manifesta, mesmo aos "principados e potê§_
tades nos céus", (Ef.:3:UJ) a final e ampla demons-
tração do amor de Deus. (5).
Cristo confiou à igreja
um sagrado encargo. Cada membro deve ser um conduto
através do qual Deus possa comunicar ao mundo os te
souPOs de Sua graça, as insondáveis riquezas de
CY'7:sto. Não há nada que o Salvador desejo tanto co-
mo agentes que representem ao mundo Seu Esp{rito e
- 4 -
Seu caráter. Nada existe que o mundo necessite mais
do que a manifestação do amor do Salvador através
da humanidade. Todo o Céu está à espera de homens e
mulheres por cujo intennédio possa Deus revelar o
poder do cristianismo. (6)

A Mensagem da Igreja

A origem da mensagem. da Igreja é Deus. Ela nao


tem sua fonte na autoridade ou sabedoria dos homens.
Caso assim fosse, sua força seria pequena, sua vali-
dade mínima. Entretanto, se sua origem for celeste,
como tudo indica ser, essa mensagem deve ser encarada
com mais seriedade e respeito.
Sua importância jamais
poderá ser exagerada. Tudo o que for dito a esse res-
peito ainda será pouco. A sua repetição será apenas
una redundância enfática. A mensagem divina ao peca-
dor é uma mensagem. de vida eterna ou morte eterna.
(Is.1:19 e 20; Mr.16:15 e 16). Aceitá-la ou rejeitá-
la não é coisa de somenos importância! Talvez o ho-
mem em seu estado pecaminoso não possa aquilatá-la de
vidamente. Nem por isso perde o seu valor. O tempo e
as circunstâncias determinam, até certo ponto, o tipo
e o conteúdo da mesma. Para cada época há uma mensa-
gem definida e específica. Sua proclamação é imperio-
sa.
Qual será a mensagem para o nosso tempo? É no Apo-
calipse que se encontra a mensagem para hoje. Não é
una mensagem única, mas tríplice e é conhecida como a
tríplice mensagem. angélica. (Ap.14:6-12).
No próprio
terrrpo em que vivemos, o Senhor chamou Seu povo e lhe
deu uma mensagem para proclamar. Chamou-o para ex-
por a malignidade do homem do pecado que tornou a
lei do domingo uma autoridade característica, que
cuidou em mudar os tempos e a Lei, e oprimir o povo
de Deus que prossegue firmemente honrando-O pela
obse'l1Vância do único sábado verdadeiro, o sábado da
criaoão, como sendo santo ao Senhor. (?)
- 5 -
( ... )Não deve haver abrandamento da verdade nem
dissimulação da mensagem para este tempo. A mensa-
gem do terceiro anjo deve ser fortalecida e confir-
mada. O carr[tulo dezoito do Apocalípse revela a im-
portância de apresentar a verdade, não de maneira
acanhada, mas com ousadia e autoridade ... Têm havi-
do demasiados rodeios na proclamação da terceira
mensagem angélica. Não tem a mensagem sido procla-
mada com a clareza e nitidez com que deveria tê-lo
sicio. MS 16, 1900. (8)
A pergunta que surge ago.ra,
qual "iceberg" gigante, é: Está a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, como depositária da verdade divina, dan
do a mensagem para este tempo? Em caso afirmativo, es
tá e la dando "à trombeta sonido certo"? (9). Dar-se=
ia o caso de a Igreja estar perdendo de vista sua ele
vada posição e desprezando sua sacrossanta missão? -
Os
ensinos filosóficos de nossa época, apoiados pelas te
orias científicas, têm subtraído ao homem sua origem
divina e seu destino eterno. (10) O conceito que domi-
na a maioria das mentes é de que o homem não vem de
lugar nenhum e não vai para lugar algum. Isto o leva
a perder o sentido da vida, deixando-o sem missão al-
guma. (11) Apesar de os Adventistas do Sétimo Dia nao
desposarem essa doutrina, não estão imunes também a
ela. Como serem humanos que são, acham-se sujeitos às
influências que os cercam.
A Igreja tem uma mensagem
definida, clara, direta e agressiva. (Ap.18:1-4). Ela
deve ser dada, cu~te o que custar. "Agitai, agitai ,a-
gitai! Os assuntos que apresentamos ao mundo devem
ser para nos uma realidade viva" (12)
Ê o desígnio de
Deus que a verdade seja posta em evidência tornando-
se objeto de exame e estudo, ainda mesmo que para
isso seja necessário torná-la vítima cio desprêzo. Ê
mister agitar a mente do povo. Toda contenda, todo
vitupério e calúnia, são meios empregados por Deus
para suscitar curiosidade, e despertar os espíritos

- 6 -
aue de outY'O modo, continuariam adormecidos. (]3}
A
mensagem da Igreja tem l.Ulla origem celeste. Uma natu-
reza dinâmica e agressiva e por isso mesmo ela é ur-
gente. Deveria ser dada no mais curto período de tem-
po possível, para o maior número de pessoas. Esses re
quisitos só serão Cl.Ullpridos dentro de l.Ulla compreensãO
clara da vontade divina. "Não temos tempo a Perder -
nem lUU momento sequer". (14) Cada d,ia que pasoa é lUU
dia a menos para a proclamação do evangelho. E não so
mente isso. A cada dia milhares descem à tl.Ullba fria
levando na alma o gelo da incredulidade e da ignorân-
cia.
O Senhor clama através de Sua Mensageira:
Oh! Como
me parece ouvir a voz dia e noite: "Avançai; acres-
centai novo território, penetrai em novos campos ,~0m
a tenda, e dai ao mundo a derradeira mensagem de ad
vertência. Não há tempo pa'Pa perder. Dei:rai Me• ,,e-:::
marial em cada lugar aonde fordes. Meu Espirita irá
diante de vós, e a glória do Senhor será vossa re-
taguarda. (75)
Nessa grandiosa obra devem estar emp~
nhados, como lUU só homem, "pastores, professores e e-
vangelistas". (16) E não somente esses, leigos t 31Dbém:
homens, mulheres e crianças. A urgência da obra exige
o maior número possível de obreiros. Mas ..• triste mas!
Está o povo de Deus engajado, como deveria estar, nessa
obra? É de se temer que a resposta seja negativa. Se
assim é, por quê? A resposta não pode ser dada em l.Ulla
única palavra e não tem apenas lUU único motivo. Os mo
tivas são vários. Alguns deles serão aventados aqui.
Dois, na verdade.
~ próprio da natureza hl.Ullana a acamo
dação. O próprio Criador colocou na constituição do
homem lUU poder maravilhoso de adaptação. E isso por
vezes é bom. Não fosse essa faculdade e ele - o homem
- não sobreviveria a variações climáticas ou a emo-
ções dramáticas. Mas nem sempre a adaptabilidade segue
o bom caminho. À medida que a mensagem vai se tornan-
- 7 -
do conhecida vai também perdendo o seu impacto sobre o
espírito humano e sua força diminui de intensidade.
Mesmo os portadores da mensagem são afetados por esse
estado de coisas e o resultado inevitável é o fonna-
lism~. Ele é um câncer de difícil cura. "( ... ). Quan-
do um povo está inteiramente satisfeito com suas pró-
prias consecuçÕes, pouco mais se pode esperar dele.
( ••• )." (17)
Quando um ideal surge, surge de uma gran-
de descoberta. O impacto de tal descoberta motiva gran
demente o seu idealizado~, e este motiva outros, for::
mando assim um movimento vigoroso que avança triunfan
te pelo tempo e pelo espaço. Mas à medida que os pio::
neiros vão tombando, o ânimo de seus discípulos vai
arrefecendo e em vez de transmitirem ânimo, transmi-
tem desânimo. Eis a razão porque Deus renova contínua
mente a Sua Igreja. Esta é também, a razão porque o
Senhor não deu nome a ela quando disse: "fundarei a
Minha Igreja." (Mt.16:18).
O fonnalismo gera um outro
grande impeci lho à propagação da mensagem - o munda-
nismo. Entende-se por esse tenno a tendência que o
ser humano tem em copiar os usos e costumes do ambi-
ente onde vive, quer sejam eles bons, quer sejam maus.
Una das características da mensagem evangélica é a
condenação das práticas atentatórias à moral e aos
bons costumes. (Tg.4:4 e I Jo.2:15-17). Quando porém
os mensageiros estão participando desses costumes, e-
les perdem a capacidade de avaliação e por isso não
os consideram como tais. Pior que isso! Eles se sen-
tem inibidos em condenar aquilo que eles mesmo prati-
cam.
SÓ um apego genuíno a Deus e à Sua Palavra, liga-
do a um conhecimento profundo da mesma poderá livrar
o mensageiro das malhas traiçoeiras do mundanismo.

Oposição à Mensagem

Toda ação produz uma reação. A mensagem quando da

- 8 -
da l'lll sua devida forma e conteúdo, gera, invariavel-
mt•nl c, algum tipo de oposição. Essa oposição estará
di n?Lamente relacionada com a maneira de se dar a men
Hagem. Pode-se fazê-la mais ou menos agressiva. A fal
l 11 de tato e mesmo a clareza tornam-na mais agressiv"ã.
<iuando o mensageiro, cônscio de seu dever, entrega a
mt•nsagem ao povo, este, em sua maioria a rejeita e se
n.•vo lt a. São poucos os errados que reconhecem seus
t•rros.
A pergunta que surge é: Por quê a Igreja não es
Lá sendo perseguida atualmente? A resposta é Óbvia e
lll'lll precisaria ser dada. Mas é bom que fique documen-
Lada.
( ... ). Por que é, pois, que a perseguição, _ em
urande parte parece adormentada? A única razao e
11ue a igreja se conformou com a norma do mundo, e
portanto não suscita oposição. A religião que em
nosso tempo prevalece não é do caráter puro e sa~
to que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e
Deus após to los. É únicamente por causa do esp{rito
le transigência com o pecado, por serem as grandes
veroades da Palavra de Deus tão indiferentemente con
sideradas, por haver tão pouca piedade vital na I~
greja, que o cristianismo é aparentemente tão popu-
lar no mundo. Haja wn reavivamento da fé e poder da
primitiva igreja, e o esp{Pito de opressão reviver~
reacendendo-se os fogos da perseguição. (l8)
Em leis
sociais, os iguais se atraem. Quando os membros da
Igreja estão agindo em conformidade com o mundo, eles
atraem a simpatia dos mundanos e estes sentem-se bem,
junto daqueles. A voz de reprovação, por parte da I-
greja, silencia também. Quando porém, a Igreja vive a
elevada nonna moral, decretada pelos Ceus para os pe-
cadores, ainda que não falasse uma só palavra, o que
seria impossível, os seus atos seriam uma constante
reprovação. Sem santificação, não há reprovação~ e quaE_
do há, o efeito é neutrazilado pelo. mau testemunho.
En-
tretanto, não é esta a vontade de Deus. Seu povo tem

- 9 -
que, não só viver a verdade, mas proclamá-la também.
A luz celeste tem que brilhar através da Igreja. Caso
tal nã~ aconteça, Deus não poderá abençoar Seu povo,em
hora este pense que está sendo abençoado por não ter
perseguição.
Quando o povo de Deus está à vontade, sa-
tisfeito com a luz que já possui, podemos estar cer-
tos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que
eles marchem sempre avante, recebendo a avultada e
sempre crescente Zuz que para eles brilha. A atitude
atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzi-
do uma canfia"1.ça em si mesmos que os tem levado a não
sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior
Zuz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direi
ta e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós;
e todavia como um povo, estamos dormindo. Deus dese-
ja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo
para a ação. (Z9)
O testo supra-citado, da Inspiração,
não só mostra o perigo que a Igreja corre por seu esta
do de lassidão, como expressa o desejo de Deus em des=-
pertar o Seu povo. Para que isso aconteça, t.ma mensa-
gem especial deve ser ouvida nos arraiais adventistas.
F.sta mensagem tem que condenar os pecados existentes
entre os Filhos de Deus. Porém isto não poderá ser fei
to pacificamente. Têm-se dois caminhos a seguir: -
1. Continuar como está. Nenht.ma voz de advertência
deve ser ouvida e se o for, que seja rouquenha, indi-
reta e dissimulada. Deve-se continuar clamando "Paz e
Segurança", como - segundo o Espírito de Profecia (es
te autor não se atreveria a dizer t.ma coisa dessas!)=
muitos ministros e "gente grande" estão fazendo.
A im-
piedade está alcançando um nível nunca dantes atin-
gido, contudo, muitos ministros do evangelho estão
clamando: "Paz e segurança". Mas os fiéis mensagei-
ros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra.
Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar des-
temida e vitoriosamente, jamais cessando de lutar a-
té que cada alma a seu alcance tenha recebido a men-
sagem da verdade para este tempo. (20)
- 1o -
2. Erguer a voz de advertência, aconteça o que
acontecer. Para isso é preciso uma porção de "coisi-
nhas". Entre outras, ser prudente e não provocar, des
necessariamente, a oposição interna. É preciso tambéiil,
mnhecer bem o terreno em que se movimenta, por.que
qualquer movimento em falso será mais danoso do que a
omissão. Há mais! Os porta-vozes da advertência · têm
que ter uma vida digna de sua alta vocação. Para ad-
vertir os pecadores contum.azes é preciso finneza : de
caráter e santidade, quanto mais aos professos segui-
dores de Cristo!
O Último requisito supra numerado e,
talvez, o mais difícil de ser conseguido (embora nao
seja impossível!). Àqueles que tiverem uma vida con-·
sagrada ao Senhor, não lhes faltará ânimo e nem muni-·
çÕes. A Inspiração está recheada de balas de grande
calibre e alto poder explosivo. Senão, vejamos apenas
esta:
( ... ). Muitos fazem wna elevada profissão de vie
dade, e todavia são destituídos de domínio propY'iO.
O apetite e a paixão têm as rédeas; o eu, a preemi-
nência. Muitos são aPbitráY'ios, ditatoriais, despó-
ticos, jactanciosos, orgulhosos e destituídos ~e
consagração. Todavia alguns são ministros, a lidar
com sagradas verdades. (21)
Um texto como este, se mal
empregado gera uma confusão medonha! Acirra os ânimos,
desperta o Ódio e divide a Igreja. Entretanto, usado
com prudência, amor e tato, poderá despertar consciên
cias há muito amortecidas. É bem verdade que' como re
pedidas vezes já foi externado, por mais cuidado e a-::.
T!Dr que se manifeste na apresentação da mensagem, sem
pre haverá aqueles que se sentirão lesados e injusti-:::.
çados, erguendo-se em defesa de seus "direitos ameaça
dos". Mas isso não deveria ser motivo para fazer os
fiéis recuarem. "( .•• ). A história da verdade tem si-
do o relato da luta entre o direito e o erro. A pro-
clamação do evangelho sempre tem sido levada avante
neste mundo em face de oposição, perigos, perdas e so
frimentos." (22)
- 11 -
Se se perguntasse: Por quê a mensagem gera oposi-
ção, José Comblin, teólogo católico, daria a seguinte
resposta:
( ... ). Os cristãos não serão perseguidos pe-
lo fato de celebrarem ritos e sim pelo fato de en-
frentarem uma situação estabelecida que se sente
chamada à conversão e que se defende. (2 3)
Seja lá o
que for, a oposição à mensagem é tmla realidade. Assim
foi no passado, assim é no presente e assim será no
futuro. A Bíblia e o Espírito de Profecia repetidas
vezes se referem a ela.
A história do passado é lDil es-
pelho no qual se vê o futuro. Se se quiser ter tmla i-
déia de como será a crise vindoura, deve-se revolver
as páginas da história. Ali se verão atrocidades que
foram cometidas em nome de Deus e de Seu Cristo. En-
tretanto, não se precisa temer o futuro. Apesar das
sombrias perspectivas, há gloriosas esperanças. O Se-
nhor não desamparará os Seus fiéis. (24)
O maior peri-
go da Igreja não está do lado de fora de suas portas,
mas dentro destas. (25) Levantar a voz em reprovaçao
.DS erros da Igreja Católica, do Espiritismo ou de ou
tra seita qualquer, não é muito difícil para qualquer
adventista, mas fazer o mesmo com seus innãos de fé,
UDnnente em se tratanto de Pastores, Administradores,
ou "Alguém das Organizações Superiores", é algo que
foge à compreensão dos mortais! O só se referir já é
perigoso! Mas é preciso que venham as divergências. A
ausência delas não prova que Deus esteja abençoando o
Seu povo e nem que eles estejam progredindo no conhe-
cimento das Escrituras. (26) Qualquer advertência da-
da gera divergência.
A apostasia é tml processo lento e
gradual. Pouco a pouco se vai afastanto do reto cami-
nho e mesmo estando longe do rumo certo não se perce-
be o desvio. Um apóstata influencia os outros a segui
rem o seu caminho e se ele for um líder, sua influên-:
eia será muito maior.
- 12 -
Se W1I falso l{der percebe isto, (citação do MS
145, 1905, de E.G.White) se compreende que as imper
feições na vida de seus seguidores os liga mais for
temente a ele e suas teorias, haverá W11a poderosa
motivação para que ele delineie uma teologia que
deixe as pessoas confortáveis em seus erros. (2?).
Qualquer mensagem dada, direta ou indiretamente, a
tais indivíduos, será tmla afronta à sua majestade pes
soal e será reprimida da melhor fonna possível, segun
do os parâmetros deles próprios. Isto cria tDll dilema
para o mensageiro. Por amor à paz e à concórdia, ele
deseja ficar silente, falando a linguagem dos mudos.
Avoz da consciência, porém, o impele para a frente,
e para cima, sempre avante. A mensagem tem que ser da
da. Mas isto traz oposição! Que fazer?
( ..• ). Quando
os tepp{veis resulta.dos de suas más açÕes forem ma-
nifestos, eles procurarão, se possível, tornar res-
ponsáveis por suas dificuldades quem fielmente os
tem advertido, exatamente como os judeus acusaram a
Jeremias de ser o responsável por suas desventuras.
Mas tão certamente como foram as palavras de Jeová
vindicadas no passado por meio de seu profeta, assim
serao suas mensagens estabelecidas hoje. (28)
Quem
não quiser ter problemas com os homens, que nao lhes
denuncie os pecados. Mas enquanto a terra os aprova,
os Céus os condenam. É tmla questão de escolha - ou se
escolhe a aprovação da terra, ou a dos Céus. Antonio
Neves de Mesquita dá um conselho irânico que este au-
tor não deseja seja seguido por seus leitores.
Urias
(Jr.26:20~24) pagou o preço da ousadia em falar con
tra o peca.do do povo. Ninguém mexa com os peca.dos
dos homens. Deixem-nos viver assim, porque é dessa
forma que e Zes gostam. (29)
Ainda que não se deva
provocar desnecessariamente a oposição, não se deve-
ria omitir ao dever por medo à repressão. Nada deve-
ria se interpor entre a alma sincera que deseja arden

- 13 -
temente fazer a vontade de Deus e a mensagem enviada
do céu a ela. Fm.bora os homens que ocupam cargos de
mando na obra de Deus estejam constantemente sob a
tentação de abusarem de sua autoridade (30), compete
a cada indivíduo escolher a quem servir. (Js.24: 14 e 15).
E é aqui que se avalia a grande utilidade de um bom
conhecimento da vontade revelada do Senhor.

Enfrentando a Oposição

A realidade da oposição à mensagem cria um dilema


para o mensageiro. Como se comportar ante a oposição?
Silenciar para que ela arrefeça? Diminuir a intensi-
dade, a clareza e a agressividade da mensagem ou con-
tinuar no mesmo tom e arcar com as consequências?

uma verdade basilar que a história nos ensina.
Nn cada
século e em cada terra, os mensageiros de Deus têm
sido chamados a enfrentar amarga oposição dos que
deliberadamente escolhem rejeitar a luz do Céu. (31)
Diante deste fato e tendo em vista o comportamen-
to dos mensageiros do passado, silenciar equivale a
comportar-se como um traidor. Diminuir a intensidade,
a clareza e a agressividade da mensagem por amor à co
roodidade é colocar-se em uma posição insustentável,pre
parando-se para a derrota. Todo fiel atalaia dos mu.:-
ros de Sião sabe que, ele deve enfrentar galhardamen-
te a oposição que por ventura se levantar contra sua
mensagem. Resguardada a provocação desnecessária, e a
agressividade excessiva, ele deve seguir em frente'Be
clarando as palavras que o Senhor lhe dá." (32) -
Em ge-
ral, todos nós sabemos um pouco mais do que aquilo que
realizamos! Que a oposição deva ser enfrentada, talvez
não reste dúvida na mente de ninguém - o problema é:
"devo EU enfrentá-la ou deixarei que outros o façam?"
Em certas circunstâncias essa dúvida se dissipa
rapidamente e o mensageiro reage correta e prontamen-
te. Mas, e em outras circunstâncias? Quando a oposi-
- 14 -
ção "vem de baixo" - isto é, de pessoas em posi.çao
inferior à do mensageiro; ou quando "vem de lado"
isto é, de colegas - tudo bem. Mas se ela "vem de ci-
ma" - ou seja, de pessoas com posto de comando supe-
rior? Aqui está lUD. ponto sensível deste problema! Algo
que deveria preocupar a todos quantos conhecem a ''ver-
dade presente". - A liderança da Igreja será sempre
fiel ou não?
Se a resposta for positiva, tudo bem. Mas
se for negativa? Que grande parte da liderança mundial
da Igreja não será achada fiel na Última grande crise,
e fácil de se ver pelo texto infra-citado.
Vemos a{ (Ez.
9: 6) que a igreja - o santuár>io do Senhor - foi a
primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os ANCIÃOS,
aque Zes a quem Deus dera grande luz, e que haviam
ocupado o lugar de depositários dos interesses espi-
Pituais do povo, haviam tra{do o seu depósito. Colo-
caram-se no ponto de vista de que não precisamos es-
perar milagres e as assinaladas manifestaçÕes do po-
der de Deus, como nos dias da antigüidade. Os tempos
mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredu-
lidade, e dizem: O Senhor não fará bem e nem mal. É
demasiado miser>ico:rdioso para visitar Seu povo com
ju{zos. Assim, paz e segurança é o gY'ito de homens
que nunca mais erguerão ao povo de Deus suas trans-
gressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses
cães mudos, que não querem ladrar, são aqueles que
sentirão a justa vingança de um Deus ofendido. Homens,
virgens e crianças, todos perecerão juntos. (versais
supr>idas J (33)
A clareza do texto nos faz ver que a
Igreja não está imune à "ira de Deus". Apalavra "anci
oos ", neste texto não deixa dúvida de que se trata dos
dirigentes máximos, em seus diversos escalões, na Obra
de Deus na terra. É claro que isso não deveria nos ale
grar, mas nos encher de tristeza e até de pavor. Entre
tanto, nem \.UD.a coisa e nem outra deveria chegar às raT
as do desespero a ponto de nos privar de tirar outra
lição assaz importante - deve-se confiar nos lideres,
- 15 -
mas essa confiança não deve ser extremada a ponto de
e.o locá-los acima dos interesses eternos. A instru-
çao e:
Nossa fé não deve apoiar-se na habilidade dos
homens, e, sim, no poder de Deus. Há perigo em con-
fiar em homens, mesmo qu.e tenham sido usados como
instrwnentos de Deus para realizar> grande e boa
obra. Cristo deve ser nossa força e nosso refúgio.
Os melhores homens podem cair de sua firmeza, e o
melhor da religião, quando corrompido, é o que há
de mais -perigoso em sua influência sobre as mentes.
(34)

Necessid.ade de Preparo

Para se enfrentar a oposição que em breve se le-


vantará contra os fiéis, necessita-se de mui ta cora-
gem (35) e tu:n bom conhecimento da verdade revelada.
(36) Não é da vontade de Deus que o Seu povo viva na
ignorância, à mercê do erro, caindo constantemente nas
armadilhas do inimigo. De maneira especial, os Pasto-
res e Administradores "devem crescer diariamente em
graça e entendimento espiritual, fortalecendo-se com
poder na medida de Sua gloriosa majestade. Devem cres
cer em eficiência espiritual para que possam dar for-
ça ao povo de Deus." (37)
Qualquer negligência no prepa
ro pessoal de tu:n líder pode ser fatal tanto para ele
como para os seus liderados. Estes têm obrigações in-
dividuais, mas aqueles as têm muito mais. Nos campos
de batalha a queda de tu:n soldado simples é motivo de
regozijo no quartel inimigo, mas quando tomba tu:n ofi-
cial o regozijo é muito maior. E quanto mais alta for
a patente desse oficial, maior será a perda e mais de
sastrosos os danos. Portanto, líderes e liderados de=
veriam estar sempre a postos, para enfrentar as inves
tidas do inimigo. Jamais alguém poderá dizer: estou
preparado suficientemente e por isso não necessito de
enfatizar demasiadamente a necessidade de conhecimen-
to. Tudo o que for dito será pouco diante da gravida-
- 16 -
de dos fatos e das sutilezas do erro.
Deus deseja que
Seu povo se prepare para a crise prestes a vir. Pre
parados ou não, todos terão de enfrentá-la; e somen
te os que têm levado a vida em conformidade com a
norma divina, permanecerão firmes naquele tempo de
prova. (38)
Por melhores que sejam, por mais sábios
que pareçam, e ainda que sejam bem-intencionados, os
hJmens sempre estão sujeitos a falhas que poderão ser
fatais à salvação das almas. "( .•. ).Mesmo os melho-
res homens, se entregues a si próprios, errarão no
julgamento" (39)
"Sua história (a dos lÍderes judeus
dos dias de Cristo) deve ser uma solene advertênaia
para nós." (40) E que história é essa? O NT nô-la con
ta muito bem! O povo se apegou aos líderes. Estes er-
raram também.
O problema futuro será mais agudo do que
todos os problemas do passado. Os erros serão mais: su
tis; as circunstâncias serão mais desanimadoras; o po
der manifesto por Satanás será muito maior; a própria
Igreja estará em situação mais difícil e quase impos-
sibilitada de prestar auxílio ao indivíduo; e o que
parece ser pior - "Na Última e solene obra, poucos
grandes homens se empenharão. São presumidos, indepe.!!_
dentes de Deus, e Ele não os pode usar." (41)
(. .. ). Per
manecer em defesa da verdade e justiça quando a ma?:
oria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quan
do são poucos os campeões - essa será nossa prova-:
Naquele tempo devemos tirar calor da frieza deu; ou-
tros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua
traição. A nação ficará do lado do grande líder re-
be Zde. ( 42)
Amenos que os dois textos supra-citados
estejam muito fora de seus contextos e não queiram
dizer o que estão dizendo, o que é muito improvável,
o problema futuro é um problema assustador. No mini-
roo ele deveria despertar as consciências, alertando-
as a fim de que estejam cabalmente preparadas.
- 17 -
Conclusão
Quando a Igreja se despertar para fazer a sua
obra - dar ao mundo tnna mensagem dinâmica, agressiva
e urgente - então ela vai atrair a oposição dos re-
calcitrantes contra ela. A Igreja nao está sendo mo-
lestada porque não está ctnnprindo com sua obrigação.
Não está advertindo os pecadores. Sua paz é tnna paz
iníqua, paga com o elevado preço da perdição dos pe-
cadores.
A mensagem será dada. E o será no devido tem-
po, e no devido vigor. (4"3) Nem todos farão, e bem
verdade! ~ tnna obra para os fiéis. Serão poucos os
"campeões" mas eles existirão!
Permanecer fiel nos Úl-
timos dias não será obra do simples acaso. Será o pro
duto de tnna consagração adequada e de tnn preparo pro-=
fundo. O fiel procurará e conseguirá conhecer a von-
tade de seu Senhor, as táticas do inimigo e os tempos
de oposições. Saberá também receber corretamente a luz
quando chegar a ele, (44) sem aceitar a luz falsa(45)
e, sem rejeitar a verdadeira. (46) Examinará, por si
mesmo, com o auxílio do Espírito Santo, a verdade
que lhe chegar à mente.
Em tnn futuro próximo os fiéis
terão de enfrentar a mais cruenta de todas as perse-
guições. Ela será movida por elementos de fora da I-
greja, aliados a elementos de dentro da Igreja, os
quais apostatarão por ocasião da Sacudidura. O proble
ma interno será pior do que o externo. No plano inter
m haverá dois flancos - os que rejeitarão a verdade
não aceitando a mensagem para o tempo presente; e os
que apresentarão erros sofisticados querendo que pas-
sem como verdade pura.
SÓ será possível sair-se vito-
rioso dessa situação, tendo-se tnn bom conhecimento da
quilo que está.revelado, tanto na Bíblia como no EspI
rito de Profecia, referente ao assunto em pauta. Na
busca desse conhecimento deve-se ter muito cuidado pa
ra não se tomar direção errada, isto é, seguir sofis-=
- 18 -
mas pensando ser a verdade. SÓ se conseguirá um co-
nhecimento correto, apegando-se firmemente a Deus e à
Sua Palavra, em um espírito manso, humilde e dócil.
Não há o que temer quanto ao futuro. O temor em nada
ajudará, muito antes, pelo contrário!
( ... l Nada temos
que recear quanto ao futuro, a menos que nos esque-
çamos da maneira em que o Senhor nos tem guiado, e
oc ensinos que nos ministrou no passado. (48).

1. II TSM - 75. 25. AA - 549 e 550.


2. se - 38 e 39. 26. II TSM - 311-313.
3. II ME - 66-69. 27. õ- 59.
4. II TSM - 335. 28. PR - 442.
5.. AA - 9. 29. EdeJ - 123.
6. AA - 600. 30. 1M - 477 e 478.
7. Ev - 233. 31. AA - 179.
8. Ev - 230. 32. Ge - 612.
9. Ev - 194, 195. 33. II TSM - 65 e 66.
10. 5 CdaV - 39-44. 34. FO - 78 e 79.
11. 1 HdelM - 35ss. 35. AA - 507.
12. II TSM - 313. 36. AA - 232.
13. SM - 159. 37. MM83 - 163.
14. III TSM - 155. 38. AA - 431 e 432.
15. Ev - 61. 39. AA - 198.
16. III TSM - 207. 40. 5 T - 728.
17. AA - 239. 41. se - 49.
18. Ge - 45 e 46. 42. II TSM - 31.
19. II TSM - 313 e 314. 43. Ge - 612.
20. AA - 220. 44. AA - 232.
21. I TSM - 534 e 535. 45. II TSM - 107.
22. AA - 85. 46. 1M - 119.
23. TdaM - 66. 47. TM- 109 e 110.
24. III TSM 285. 48. III TSM - 443.

- 19 -
CAPÍTULO I

QUATRO PALAVRAS CHAVES

De todos os temas escatológicos que conhecemos, o


mais importante, parece-nos, é o que trata da sacudi-
dura.
A Bíblia faz apenas duas referências diretas
.àn.Ós 9: 9 e Ez . 38: 19 - mas o Espírito de Profecia e
prQdigo em informações. (Por Espírito de Profecia en
tende-se a manifestação do Dom Profético na Igreja
Adventista do Sétimo Dia na pessoa de EllenG. White.)
O que será esse acontecimento; quando se dará; o que
o provocará; e quais os resultados, tanto dentro da
Igreja de Deus como no mundo contemporâneo, tudo e
minuciosamente delineado pela pena inspirada da Sra.
White.
Lamentavelmente a grande maioria de nosso povo
- IASD - é ignorante a respeito desse magno evento
que separará o joio__ ~o_E~~o ou o ouro da _gê,cQ.ria.
o
assunto é o divisor das águas entre a Igreja Adventis
ta do Sétimo Dia (IASD) e a Igreja Adventista do sé-:-
timo Dia - Movimento de Reforma (IASD-MR). Eis aqui
tm ponto fraco da doutrina reformista e uma fortaleza
para os ASD.
Dizem os apologistas daquela seita dissi-
dente, que a sacudidura foi mo~iv_ada__Eela g!Jerra_ mun-
dial de 1914-1918. (1) Para provar essa-afirmação, e-
les não têm nenhtm texto do Espírito de Profecia e
muito menos da Bíblia. Eles fazem um rodeio compara-
tivo com a guerra de secessão americana e a primeira
grande guerra, chegando a conclusões que, apesar de
lógicas, são mal-aplicadas.
Se a sacudidura foi aquela
guerra, a IASD-MR tem· a verdade e nós temos para onde
ir, fugindo aos males que assolam a IASD. Mas... e
aqui está o ponto forte, insistimos! Se não o foi, e-
les não têm verdade nenhuma, são extenporâneos e nós
- ·20 -
temos que ficar aqui, apesar de todos os males, aguaE_
dando a vindoura sacudidura que será a verdadeira e
que produzirá os verdadeiros frutos, levando-nos ao
tão almejado destino. ___ ·--~
(Existem quatro palavras chaves
que deveriam ser bem ~ecidas·, compreendidas e di-
mencionadas por quantos queiram entender o assunto.
são elas: sacudidura, selam.ento, chuva serôdia ertem-
pestade ou'-~·~--
cr1se--;-1
'sem uma devida compreensão delas e
do simbolismo que encerram., jamais poderemos entender
os textos que as envolvem e, conseqUentemente, enten-
der a verdade presente.
1. 1 Sacudidura, joeiramento ou peneiramento é uma
figura de linguagem tomada emprestada dos dias em que
a agricultura predominava na vida cotidiana da grande
maioria do povo. Ela é uma ilustre desconhecida para
o homem moderno, mormente para os habitantes das ""el
vas de pedra". Entretanto, não será extremamente di-::
fícil uma explicação sucinta e uma compreensao ade-
quada.
ApÓs a colheita de determinados produtos agrí-
colas - o trigo, por exemplo - estes eram debulha-
dos por processos rudimentares, resultando daí, uma
mistura de grãos e detritos de palha. Para separá-los,
colocavam-nos em uma peneira adequada, que era sacudi
da a fim de que os grãos quebrados e chochos caíssem
no chão e a palha se ajuntasse a um canto para depois
ser soprada pelo vento e jogada ao léu.
A figura é ví-
viva e adequada. A_Ig~ a_, posta .nª-~de peneira di
vina, é l?acl\dida. Os insin ceras, mundano_s e s~mi-apos
tatad_os caem logo; o_joi~, os "IlleiQ~º_ns", vão, aos
poucos, se separando em um canto, aguardando o vento
forte da tempestade que os levará aos rincões do in-
ferno.
2. Selamento é outra figura de linguagem cujo sim
bolismo e extremamente estranho ao homem moderno. Es-
se sera o assunto dos capítulos seguintes, mas o aboE_

- 21 -
Biblioteca Universitária-UNASP
daremos por outro ângulo e por isso deve ser ventila-
do agora.
Em vez de selo, deveríamos pensar em carim~.
Essa palavra é mais adequada e tornaria mais comprée!!_
sivel o assunto. A figura vem dos tempos antigos,quaE_
do os reis e monarcas _IJ~.~~ um carimbo para dar for-
ça is_ reda~Ões de suas leis. Estas só eram válidas
com o carimbo (como hoje!).~ leis poderiam ser re-
digidas por qualquer pessoa, mas se tivessem o carim-
bo, passavam a ser autêntic~
O que acabamos de dizer
poderá ser facilmente comprovado com uma leitura aten
ta do livro de Ester. Em duas ocasiões distintas o
costume foi praticado a) no decreto de Hamã para
exterminar os judeus (3:12), b) no decreto de Morde-
cai, autorizando os judeus a se defenderem (8: 7-9).
ÂD.bos os decretos foram feitos por terceiros e sela-
dos com o anel do rei, sob sua permissão.
Esses carim-
bos, a princípio, eram feitos em tipos na ponta de um
cilindro de prata ou de ouro. Continham três elemen-
tos básicos - o nome do mandatário, o cargo que ele
ocupava e o território de seu domínio. Ex. - "Assue-
ro, Rei da Média e Pérsia". Muitas vezes eles eram
roubados e leis eram expedidas sem sequer o rei ficar
sabendo. Quando descobria, já era tarde. O carimbo
estava afixado. Pressupunha-se que uma vez posto o ca
rimbo, jamais poderia ser tirado. Assim, para evitar
roubos, o carimbo passou a ser usado no anel do rei.
Dessa realidade foi tirado o simbolismo do Apoca-
lipse. Ali temos um simbolismo que por sua vez vai re
presentar uma realidade diferente daquela primeira. A
pergunta é: a que realidade se refere o simbolismo do
Apocalipse? Esta pergunta não se responde com uma pa-
lavra apenas e nem tão pouco com uma frase! É neces-
sário um comentário.
\o grande selo divino se encont·ra
no quarto mandamentJ=-de Sua Santa Lei. Somente ali se
encontram os elementos básicos da realidade antiga de
onde o simbolismo foi tomado. "Porque em seis dias

- 22 -
FEZ . (Criador - cargo) o SENHOR (Nome) os ctus E A
TERRA (Domínios) .•. ". (Ex.20:11). A prova que temos
não se reduz apenas a essa P1~~agem bíblica. Há outra
muito mais clara e direta - J~_ambém lhes dei os meus
sábados, para servirem de SINAL entre mim e eles, para
que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica;J
(Ez • 2 O: 12 ) •
Destarte, poderíamos dizer que o selo é o
sábado e as cartas ou leis somos nós, Seus filhos.Mas
há detalhe para o qual desejamos chamar a atenção dos
leitores - selo e selamento são duas coisas diferen-
tes. Selo é tun símbolo; selamento é tun ato. Pode-se
ter a carta e o selo sem que aquela esteja, necessari.!,
mente selada. Esse pensamento será mais desenvolvido
quando tratarmos dos 144 mil selados.
3. Chuva Serôdia - Outra ilustre desconhecida, até
mesmo de muitos dos mais privilegiados cérebros.
r..om a
degradação do ser htunano, a natureza se corrompeu e
as condições climáticas se alteraram. Entretanto, nao
era assim no passado. Quando o Senhor introduziu o
Seu povo na Palestina, Sua bênção estava com eles e
com tudo o que lhes dizia respeito. Por isso havia re
gularidade nas chuvas. Quando se semeavam os cereais-:-
abundantes chuvas regavam a terra para germinar a se-
mente e dar messe abundante - era a chuva temporã. Se
guia-se tun período de estiagem e intenso frio em que
os cereais enraizavam e perfilhavam, não se elevando
muito acima do solo. Na época propícia, a flor apare-
cia e novas chuvas faziam aparecer "os grãos cheios
na espiga". (Mr.4:28) - era a Chuva Serôdia.
Este fe-
nômeno da natureza é tun simbolismo vivido e adequado
à sementeira do evangelho. Quando a semente santa foi
lançada à terra pelo Grande Semeador, os Céus a aben-
çoaram com a chuva temporã no dia do Pentecoste. Ago-
ra que a seara da terra está para amadurecer a Última
e grande colheita, haverá a Chuva Serôdia. Ambos os
simbolismos retratam a atuação do Espírito Santo no
seio da Igreja de Deus. O Senhor prometeu através de
- 23 -
Seu profeta, seis séculos antes de acontecer: "Alegrai-
vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor vo~
so Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva;
fará descer como outrora, a chuva temporã e a serôdia'.'
(Jl.2:23).
Mais tarde um outro profeta aconselhou: "Pe-
di ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia .•• " (Zc.
10:1). Modernamente o Senhor acrescentou mais um deta-
lhe através de Sua Mensageira:
A chuva serôdia, amadur>e
cendo a seara da TerTa, representa a gpaça espiritú~
ai que preparará a igpeja para a vinda do Filho do
homem. Mas a menos que a chuva temporã haja caído,
não haverá vida; a ramagem verde não brotará. Se a
chuva temporã não fizer o seu trabalho, a serôdia não
desenvolverá a semente até a perfeição. (2)
Este im-
pressionante e importantíssimo acontecimento não pode-
ria ficar resfrito às poucas linhas já traçadas até a-
qui. Merecia um livro inteiro! Lamentavelmente lhe de-
dicaremos menos do um capítulo - mas dedicaremos ! ! !
Analisaremos apenas dois ângulos da questão - Condi-
çÕes para o recebimento e Resultados da Chuva Serôdia.
Por vezes nós pecamos pensando que todas as bênçãos
do Senhor são incondicionais. Mas não o são. Para cada
bênção divina há uma ou mais condições a serem preen-
chidas. O ideal seria que descobríssemos todas elas a
fim de nos relacionarmos melhor com Deus, enquadrando-
ros, pelo Seu poder, nessas normas benditas. Não cre-
mos que tenhamos catalogado todas as condições para o
recebimento da Chuva Serôdia, mas o que se segue será
una pequena lista que pode, muito bem, ajudar a muitos.
1) União com Cristo e Sua obra.
Quando pusermos nos
so coração em un~ao com Cristo, e nossa vida em har-:::
monia com Sua obra, o Espírito que caiu sobre os dis
cipulos no dia de Pentecoste há de ser> derramado so-:::
bre nós. ( 3)
2) Trabalho Missionário.
Afastem os cristãos de si
24 -
1, •das as dissensões, e entr•eguem-se a Deus para a
, 1/Jm da salvação dos perdidos. Peçam com fé a prom~
Uda bênção e ela virá.
O Espirita Santo será derra-
111ado sobre todos quantos pedem o pão da vida para
dar• aos outros. ( 4 J
3) Pureza.
Nenhum de nós jamais receberá o selo de
Ueus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula
::equer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter,
purificar de toda a contaminação o templo da alma.
Pintão a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a
Lemporã sobre os disdpulos no dia de Pentecoste.
( .5)
4) Consagração completa da maioria.
Quando tiver-
mos consagração completa, de todo o coração, ao ser
oiço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante
um derramamento, sem medida de Seu Espirita; mas
isto não acontecerá enquanto a maior parte dos mem-
bros da Igreja não forem cooperadores de Deus. (6)
5) Pedir.
O Espirita aguarda nosso pedido e recep-
ção. (? J
Como se vê, as exigências não são demasiada-
mente rígidas e nem impossíveis de serem preenchidas.
~ claro que por menores que sejam, só as consieguiremos
com o auxílio do Senhor. E os resultados não se farão
esperar! E que resultados! Vejamos mais dois testemu-
nhos do Espírito de Profecia.
Estas cenas (do Pentecos-
lc) devem repetir-se com maior poder. O derramamento
do Espirita Santo no dia do Pentecoste foi a chuva
f,emporã; porém a chuva serôdia será mais copiosa. (? J
O Espirita é derramado sobre todos quantos atendem
riD suas instigaçÕes e ( . .. J proclamarão a verdade com
fHJtência do poder do Espirita. Multidões rnceberão a
fé e se unirão aos exércitos do Senhor.
Suas ricas
- 25 -
bênçãos repousarão sobre eles com raios luminosos
refletindo a luz do céu. Então uma multidão que não
pertencia à nossa crença, vendo o que Deus é paPa
Seu povo, com eles se unirá para servir o Redentor.
(8)
Ah! se nos _pudéssemos avaliar corretamente o que
isso significa, quão diferente seria a Igreja! Como
nem tudo está perdido, sempre haverá alma sincera que
se beneficiará dess-es textos maravilhosos. Não pode-
ríamos fechar este sub-tópico sem uma nota de adver-
tência vinda da pena inspirada de Ellen G. White.
A
chuva serôdia, amadurecendo a seara da Tefl'a, rbpre
senta a graça espiritual que preparará a igrej~a para
a vinda do Filho do homem. Mas a menos que a chuva
temporã haja caído, não haverá vida; a ramagem ver-
de não brotará. Se a chuva temporã não fizer o seu
tY'abalho, a serôdia não desenvolverá a semente até
a perfeição. (9)
Passemos agora Pª!ª a quarta e Últi
ma palavra chave que nos ajuda a compreender o assun-
to em pauta - A Sacudidura.
4. Tempestade ou Crise. - Essa sim, pensamos nós,
não é desconhecida. O mundo em que vivemos é um mundo
que vive em crise e as tempestades desabam sobre a
terra frequentemente. Talvez muitos ignorem que tipo
de crise será essa ou que tempestade desabará sobre
suas cabeças. Por isso ·precisamos explicá-la resumi-
damente aqui.
A união das igrejas nao é coisa do futu-
ro, mas do presente. A Grande Babilônia Apocalíptica
já ergue seus muros ao redor da hodierna civilização.
Certamente ainda falta muito a construir, mas os edifí-
cios principais já estão em pé. Quando as igrejas esti
verem completamente unidas, elas terão a política na
mão - e elas estão entrando firmes nesse terreno!
Quem tem a política, tem a polícia; quem tem a polí-
cia, manda e não pede favor! Qualquer "atrevido" que
discordar das decisões conciliares será impiedosamen-
te perseguido. Seus bens serão confiscados; seus di-
- 26 -
ri· i tos caçados; seus motivos impugnados; desvirtuados
111•11s melhores esforços; seus nomes repudiados como tun
ma 1. Outras atrocidades serão praticadas. Isto parece
impossível nos dias de hoje, mas não o será em tun fu-
turo bem próximo. Se alguém duvidar, que espere para
Vl' r! t impossível descrever-se com tinta e papel os
n•quintes da maldade desses dias tenebrosos. SÓ o fu-
turo nô-lo dirá!
Feito este preâmbulo, mergulhemos no
aHsunto - A Sacudidura - certos de que teremos mui-
ta Luz da Bíblia e do Espírito de Profecia e muito be
11l'fi:cio espiritual também.
Além das quatro palavras cha
v1•s já analisadas, sucitaremos quatro perguntas chaves
quL', se bem estudadas, nos darão a correta compreensão
~1obre a Sacudidura. Ei-las:
1. O que é a Sacudidura ou o que a motivaria?
2. Para que tuna Sacudidura?
3. Quando se daria a Sacudidura?
4. Quais os resultados da Sacudidura?
Dissequêmo-las, tnna a tuna, para ver o que há em
suas entranhas .••

1. Ac - 45.
2. TM- 506.
'l, se - 252.
11. se - 252.
., . II TSM - 69.
h. se - 253.
1. PJ - 121.
H. R&H -23/7/1985 e
25/2/1902
l). TM- 506.
CAPÍTULO II

O QUE t: A SACUDIDURA?

Como já dissemos na introdução do capítulo I, a


Bíblia ê__QQb~-p-~~-inform~ções sobr_g,- a Sa~udJ<Lura, mas
essa carência é__ §_upr_ida pelo EspúítÕ -de Profec_ig1.. A-
liás, s~~ de eris~a (não só para esse assu~
to, é logico!). Dos escritos de Ellen G. Whitenóspo-
deremos extrair respostas que isoladamente não são
mui to claras, mas que em conjunto formam um arcabouço
sólido e seguro. Enumerêmo-las antes de comentá-las.
1. O testemunho da Testemunha Verdadeira.
1
2. Introdução de falsas teorias em nosso meio.
3. Um despertamento.
4. A rejeição da verdade.
Vamos dissecá-las uma a uma, entrando, até onde
for possível, em pormenores que nos auxiliarão a com-
preendê-las melhor.

Hl Causa
O testemunho da Testemunha Verdadeira. -O título
é tomado emprestado do Apocalipse, da apresentação do
Senhor à Última fase da Igreja Cristã - Laodicéia.
Perguntei, diz E.G.White, qual o sentido da sacu-
didura que eu acabava de presenciar e foi-me mostra
do que fora causada pelo positivo testemunho moti-::
vado pelo conselho da Testemunha fiel dos laodicen-
aes. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o co-
ração do que o recebe, levando-o a exaltar a norma
e declarar a positiva verdade. Alguns não suporta-
rão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto
causará uma sacudidura entre os filhos de Deus. ( 1)
Naturalmente, seria oportuno recapitularmos o que
é o testemunho da Testemunha Verdadeira. Isso se faz,
recorrendo à Fonte. Escrevendo à Sua transviada Igre-
ja, o Senhor diz, por intermédio de Seu profeta:
- 28 -
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.
Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és
morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de
oomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e
abastado, e não preciso de cousa algwna, e nem sa-
bes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego
e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado
pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas
para te vestires, a fim de que não seja manifesta a
oergonha da tua nudez, e co lírio para ungires os
teus olhos, a fim de que vejas. (Ap.3:15-18).
O tex-
to da Sra. White citado anteriormente, bem como a pas
sagem bíblica supra, têm um segredinho que pouca gen=
te tem percebido. Tanto um quanto o outro contém dois
elementos distintos - o Testemunho e o Conselho. Na
passagem bíblica eles são bem distintos. O primeiro
está exarado nos versículos quinze a dezessete e o Úl
timo no verso dezoito. O primeiro é amargo e o segu.!!_
do e doce.
Corremos o perigo de nos determos no segun-
do sem nos preocuparmos com o primeiro. Ao que tudo
indica esse tem sido o caso da mensagem que mais fre-
quentemente se houve do púlpito adventista.
O Conselho
da Testemunha Fiel e Verdadeira é a justificação pela
fé - essa mensagem gostosa de ser ouvida: Cristo mor
reu pelos nossos pecados, pagando integralmente o cus
to de nossa salvação. Nesta transação não entram as
obras humanas. Essa é uma verdade incontestável! Mas
a Sacudidura será "causada pelo positivo testemunho",
e não pelo conselho. O testemunho vem do conselho~mas
não é o conselho. Fm outras palavras, a Sacudidura se~
rã causada pela acusação e não pela mensagem da jus=
Lificação pela fé. Esta levará àquela. Se assim não
fora, a Igreja estaria sacudida, pois há muito vem ou
vindo, sem grande efeito, aquela mensagem. Ouçamos
mais um "testemunho".
A MENSAGEM à igreja de Laodicéia
ri uma impressionante ACUSAÇÃO, e é aplicável ao povo
- 29 -
de Deus no tempo presente. ( ... ). O povo de Deus e
representado na mensagem aos laodiceanos como em uma
posição de segurança carnal. Estão a gosto, acredi-
tando-se em exaltada condição de consecuçÕes espi-
rituais. ( ... ). Que maior ilusão pode sobrevir ao
espirita humano que a confiança de se acharem jus-
tos, quando estão totalmente errados! A mensagem da
Testemunha Verdadeira encontra o povo de Deus em
triste engano, todavia sinceros em seu engano. Não
sabem que sua condição é deplorável aos o lhos de
Deus. Ao passo que aqueles a quem se dirige se li-
sonjeiam de achar-se em exaltada condição espiritu-
al, a mensagem da Testemunha Verdadeira derriba-lhes
a segurança com a assus·tadora ACUSAÇÃO de seu ver-
dadeiro estado de cegueira, pobreza e miséria espi-
ritual. O testemunho, tão incisivo e severo, não po
de ser um engano, pois é a Testemunha Verdadeiraqü"e
fala, e Seu Testemunho tem de ser correto. (grifos
acrescentados)
Vi que muitos se estão lisonjeando de
ser bons cristâos, os quais não têm um raio de luz
de Cristo. Não têm por si mesmos uma viva e:x;pePiên-
cia na vida religiosa. ( ... ). Carecemos muito,porém
da humildade, paciência, fé, amor e abnegação, vi-
gilância e espirita de sacrificio b{blicos. Preci-
samos cultivar a santidade da B{blia. O pecado do-
mina entre o povo de Deus. A positiva mensagem de
REPREENSÃO aos laodiceanos não é acatada. Muitos se
apegam a suas dúvidas e a seus pecados acariciados,
enquanto se encontram em tão grande engano que di-
zem e sentem que não necessitam de nada. Pensam que
não é necessário o testemunho do Espirita de Deus
em REPROVAÇÃO, ou que não se refere a eles. Esses
estão na maior necessidade da graça de Deus e de dis
ciscernimento espiritual, para que descubram sua de
ficiência no conhecimento das coisas do espirita-:
Faltam-lhes quase todos os requisitos necessária3ao
aperfeiçoamento do caráter cristão. Não têm um co-
nhecimento prático da verdade b{blica, que leva a
humildade de vida e à conformidade de seu querer
- 30 -
<!om a vontade de Cristo. Não estão vivendo em obe-
diência a todas as reivindicaçÕes de Deus. (Versais
supridas). (2)
Antes da longa citação acima, disse-
11us uma frase que, apesar de ter sido provada pela
111L•sma citação, especialmente com as versais (pala-
vras em maiúsculas), merece um pequeno comentário.
A
r.1·ase é: a Sacudidura será causada pela acusação e não
pela mensagem da justificação pela fé. Se não for bem
l'ntendida ela se tornará um tremendo perigo.
Tal acusa
~ão não deve ser dada com rancor. Não se concebe que
cristão fiel e verdadeiro vá trovejar do púlpito ou
un particular, palavras ríspidas e cortantes contra
seus irmãos na fé - almas por quem Cristo morreu. Es-
tamos usando a palavra ACUSAÇÃO porque o Espírito de
Profecia a usou e a Bíblia, indiretamente, também. (Ap.
1:17). Entendemos que tal aconteceu para que não res-
tasse dúvidas na mente de quem quer que a lesse, tra-
tar-se de uma mensagem séria e urgente. "Os ministros
que pregam a verdade presente não devem negligenciar
a solene mensagem dirigida aos laodiceanos. O teste-
munho da Testemunha Verdadeira não é uma suave mensa-
gem." (3) Como a Igreja está em falta, a simples men
são da falta já é uma grave acusação. Mas ela tem que
ser dada. E o será!
Laodicéia, se entendemos bem "As
Sete Igrejas do Apocalipse", é a Última fase da Igre-
ja Cristã Verdadeira - não há outra. É a Igreja da
atualidade - cheia de defeitos, como descreve a car-
ta, infelizmente. Tem a verdade, mas não vive a verda
de. E por isso precisa ser sacudida para ser purifi=-
cada. O testemunho do conselho da Testemunha Verdadei
ra tem por finalidade despertá-la para a triste reaií
dade em que vive. Destarte "ouro" simboliza fé e amor;
''vestiduras brancas", são os atos de justiça dos san-
Los (Ap.19:8), derivados da justiça de Cristo; e o
"colírio" é aquele discernimento espiritual que nos
habilitará a reconhecer as ciladas de Satanás e evitá-

- 31 -
las, a descobrir o pecado e a aborrecê-lo, a ver a
verdade e obedecer-lhe". (4)
Há entretanto, três co.i-
sas distintas que não deveriam ser confundidas - Povo,
Período e Mensagem de Laodicéia.
Período de Laodicéia
é o espaço de tempo que se estende de 1844 até o fim.
Povo de Laodicéia são os mornos e infiéis que vivem
~sse período. Mensagem a Laodicéia é o que se diz a
esses mornos.
A mensagem laodiceana aplica-se ao povo
de Deus que professa crer na verdade presente. A
maior parte, são professos mornos, tendo o nome mas
faltando-lhes o zelo. Deus deu a conhecer que que-
ria que os homens localizados no grande coração da
obra corrigissem o estado de coisas ali existente, e
se mantivessem como fiéis sentinelas em seu posto
de dever. Deu-lhes luz acerca de todos os pontos,pa
ra instruir, animar e confirmar esses homens segun~
do o caso o exigisse. Apesar de tudo isso, porém, os
que deviam ser fiéis e verdadeiros, fervorosos no
zelo cristão, de temperamento benévolo, conhecendo e
amando sinceramente a Jesus, encontram-se a ajud(JU'
o inimigo em enfraquecer e desanimar aqueles a quem
Deus está usando para edificar a obra. Aplica-se a
esta classe o termo "morno". Professam amar a ver-
dade, todavia, são de fi.cientes no fervor e no devo-
tamento cristãos. Não ousam desistir inteiramente e
correr o risco dos incrédulos, não se acham, no en-
tanto, dispostos a morrer para o próprio eu e se-
guir exatamente os princ{pios de sua fé. (5)
A ame-
aça de vomitar da boca não se aplica aos fiéis, isto
e lógico. Se não, vejamos:
Enquanto ouviam as palavras
de Cristo, o povo podia ver o alvo sal bri lhardo nas
veredas onde fora lançado por haver perdido o seu
sabor, tornando-se por inútil. Isto bem representa-
va as condiçÕes dos fariseus, e o efeito de sua re-
ligião sobre a sociedade. Representa a vida de to-

- 32 -
da alma de quem se apartou o poder da graça de Deus
e que se tornou fria e destituída de Cristo. Seja
qual for a sua profissão de fé, essa pessoa é con-
lliderada pe ws homens e os anjos insípida e desa-
(Jr'adáve l. t A TAIS PESSOAS que Cristo diz: "Oxalá
foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não
"-s frio e nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca".
(Versais supridas). (6)
Deste deplorável período o
Sc~nhortem muito a dizer através de Sua Mensageira.
Tentaremos dar um resumo nos parágrafos seguintes.
Aqui (Ap.3:l5-l?) está representado wn povo que
se orgulha na posse de conhecimento e vantagens es-
pirituais. Não correspond.eram, porém, às imerecidas
bênçãos que Deus tem concedido. Têm estado em rebe-
lião, ingratidão e esquecimento de Deus, e todavia,
Ele os tem tratado como um pai amoroso e perdoador
trata wn filho ingrato e transviado. (?)
Deus está
guiando a saída de um povo. Ele tem wn povo, wna I-
groe.fa na Terra, os quais Ele tornou os depositários
de Sua Lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade
eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e
corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se
aos adventistas do sétimo dia que têm tido grdnde
esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles
que têm feito grande profissão, mas não andado a
par com Seu Líder, que serão vomitados de Sua boca,
a menos que se arrependam. A mensagem que declara
a igreja adventista do sétimo dia Babilônia, e cha-
ma o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhwn
mensageiro celeste, ou nenhum instrumento hwnano
inspirado pelo Espírito de Deus.
Há em alguns dos
membros da igreja orgulho, presunção, obstinada in-
credulidade, e recusa a ceder de suas idéias, embo-
ra se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável
a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não ex-
tinguirá a igreja. Deixai que tanto o joio como o
trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é
que farão a obra de separação. (8)
- 33 -
Com tanta j actância e orgulho, não é de se admi-
-rar que esse povo altamente privilegiado pelos Céus
tenha rejeitado o testemunho da Testemunha Verdadeira
As citações acima já arranharam o orgulho laodiceano,
mas se continuarmos na trilha escrita, logo toparemos
com mais uma verdade incontestável - o testemunho não
foi atendido.
O testemunho da Testemunha fiel não foi
atendido nem pela metade. O solene testemunho do
qual depende o destino da igreja foi subestimado, se
não rejeitado por completo. (9)
A visão é de 20.11.
1857, mas está falando do futuro. Mais tarde,- 1873, a
profetisa iria dizer:
Em minha última visão, vi que
mesmo esta decidida mensagem da Testemunha Verda-
deira não cumpriu o desígnio de Deus. O povo conti-
nua a modorrar em seus pecados. (9)
E por que não foi
atendido? A própria Inspiração nô-lo responde alguns
anos mais tarde - 1896 - na carta 96.
A indisposição
de ceder a opiniões preconcebidas e de aceitar es-
ta verdade, estava à base de grande parte da oposi-
ção manifestada em Mineápolis contra a mensagem do
Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones. Excitan
do aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar
do povo, em grande medida, o poder especial do Es-
pírito Santo que Deus anelava comunicar>-lhes. O ini
migo impediu-os de obter a eficiência que poàericin
ter tido em levar a verdade ao mundo, como os após-
tolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes.
Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a
Terra com a sua glória, e pela ação de nossos pró-
prios irmãos tem sido, em grande medida, conservada
afastada do mundo. (10)
Entretanto, não é do agrado
do Senhor que tal aconteça e por isso Ele já apelava
(1857) para que o testemunho fosse aceito.
Dai ouvidos
- 34 -
, 10 canse lho da Testemun1za Verdadeira. Comprai ouro
/'r•ovado no fogo, para serdes ricos; vestidos bran-
"'in para que possais vestir; e col{rio para que pos
i:riis ver. Fazei algum esforoo. Estes preciosos te=
n.>uros não cairão sobre nós sem esforço de nossa
1•orite. Cumpre-nos comprar - ser zelosos e arrepen-
, f, ! Y'-nos de nosso estado de mornidão. É preciso es-
1rnmos despertas para ver nossos erros, esquadri-
nhar' nossos pecados, e arrependeY'-nos zelosamente.
( 11)
E foi? Segundo os mais rudimentares elementos da
l1Ígica - NÃO. Não consta nos arquivos de nossa me-
1110 na, nenhtnna época em que a Igreja, como tnn todo
1111 parte dela, tenha atendido a esse veemente apelo.
::1· o houvesse feito, haveria na face da terra tnn po-
vo puro e santo, ou, quiçá, a terra já estaria repou
11nndo durante o Milênio. Alguns - IASD-MR - têiii
pretendido essa elevada honra, mas sao apenas pre-
r 1•nsões !
2~ Causa

Introdução de falsas teorias. Em tnn estado cao-


r i co e desesperador, recebendo tnna mensagem lanci-
nante e persistente, não é de estranhar que a Igreja
111•.i a alvo de tnna chuva de teorias tentando repô-la
c•m seus trilhos. No meio de tantas teorias, é de se
c•11perar que venham "boas e más", falsas e verdadei-
rns.
Antes de passannos aos textos comprobatórios des
r n segundo causa da sacudidura, suscitaremos tnna per
p,1111t a para a qual tememos não sermos capazes de dar
iana resposta adequada. Entretanto ela ficará como tnn
punto de pesquisa para aqueles que se sentem incli-
11ndos a dar também sua contribuição à Escatologia.
M11 is que isso. Ela será tnna prova eloquente de que
111·1 muita coisa por ser esclarecida, ainda que se tra
r e· de detalhes e não de conjunto. As falsas teorias
11e·riam introduzidas pelas cúpulas da Igreja, pelos
r •• ,j logos, pelos leigos ou por elementos isolados?

- 35 -
Ainda que nos sintamos incapazes de responder cor
retamente à pergunta formulada, arriscaremos tnD pai=-
pite, mas "apenas tnD palpite"~ A observação nos tem
indicado que tnDa falsa teoria se forma assim:
a) O espírito de pioneirismo definha lentamente.
Os ânimos arrefecem; as normas se rebaixam; os maus
costtnDes entram sorrateiramente; os conceitos mudam
imperceptivelmente.
b) Alguns olhos "biônicos" vêem o mal e começam a
atacá-lo. Como o mal já se instalou em todas as cama-
das da Igreja, alguns "medalhões" se exasperam ape lan
do para as cúpulas que intervenham em sua defesa. -
c) As cúpulas se sentem expremidas entre a verda-
de cristalina e a realidade geral. Coleiam como os
rastros dos navios, em movimentos uniformemente vari-
ados a fim de agradar a gregos e a troianos, acabando
por deixar o dito pelo não dito, em tnDa verdadeira
reedição do - "nem sim e nem não, muito antes pelo
contrário".
d) Um teólogo perspicaz, de qualquer setor, toma
em suas mãos, a questão, por simplicidade ou por van-
glória, formulando teorias para j ustifica:n as atitu-
des asstnDidas. Essas teorias são aceitas ou rejeita-
das (mais aceitas do que rejeitadas) de acordo com as
circunstâncias reinantes e as influências de seus for-
jadores e defensores.
Nem sempre as coisas se passam
assim tão claramente. A sutileza por vezes "dribla"
até a mente mais privilegiada. Por vezes a teoria já
vem preconcebida de fora, junto com seu defensor,
quando ele se agrega à Igreja.
Volvamos à previsão
profética e vejamos o que está escrito pela Inspira~
çao.
O Espirita de Deus tem iluminado cada página dos
Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais
pouca impressão eles fazem, por serem imperfei-
tamente compreendidos. Ao vir a sacudidura, PELA
INTRODUÇÃO DE FALSAS TEORIAS, esses leitores super-
ficiais não ancorados em parte alguma, são como a
- 36 -
ar>eia movediça. Escorregam par>a qualquer' posição pa
~a agrada!' a tendência de seus sentimentos de ama~
aur>a . ... Daniel e Apocalipse devem se!' estudados,
hem como as outyoas pPofecias do Velho e Novo Testa-
mentos. Haja luz, sim, luz, em vossas habitações.
lbr> isso devemos o!'a!'. O Esp{Y'ito Santo bY'ilhand.o
nob!'e as páginas sagyoadas, abY'iY'-nos-á o entendi-
mento par>a que possamos sabe!' o que é Ve!'dad.e . ...
(l 2)
C.Omo se vê, nem o texto e nem o contexto nos di
:t.<~m quem introduziria as falsas teorias. Uma coisa e
1·l'rta, elas serão (ou já estão sendo) introduzidas. E
l11i lógica em as falsas teorias introduzirem a Sacudi-
dura. Quando alguém quer nos induzir a crer em algo
que não cremos, a tendência é examinarmos a fundo a
questão e não descansarmos até que saibamos onde está
li erro e a verdade. Nem todos agem assim, é certo! Mas

loi exatamente o que aconteceu conosco. Da t:entativa


de alguém nos impor tuna falsa teoria, acabamos enten-
dendo tnn pouco a escatologia.
Há mais tnn texto do Es-
pÍ ri to de Profecia que, apesar de não solucionar com-
pletamente o problema em questão - quem introduziria
as falsas teorias - lança tnn pouco mais de luz sobre
li mesmo.

Ein anos ulte!'io!'es foi-me mostPado que as fal


l:as teo!'ias insinuadas no passad.o, de manei!'a algú~
ma sur>gi!'am em vão. Ein havend.o opoPtunidades favo-
r•áveis, e las Y'eaparece!'ão. Não nos esqueçamos de
<fue tudo o que pude!' se!' abafod.o, sê-lo-á. Com algu
mas pessoas o inimigo se!'á bem sucedido ao subve~
/,e'f' a fé, mas os que forem fiéis aos pPincipios, não
::eY'ão abalad.os. ( ... ). Não devemos ent!'a!' em con-
/.mvéPsia com os que mantêm falsas teo!'ias. A dis-
r·ussão não tyoaz proveito.( ... ).
Aque Zes que não vi-
111 m a vePdad.e são os que mais propensos se acJu:un a
i rwentar> sofismas papa ocupar> o tempo e abso!'Ve!' a
11Umção que deveY'iam se!' empPegados no estudo da Pa
1<llJY'a de Deus. TeY'Y'Í-vel e!'ro é pa!'a nós negUgenci~
- 37 -
armas o estudo da B{blia, e investigarmos teorias
que desorientam, desviando a mente das palavras de
Cristo para as falácias de origem humana. (13)
Quase
que disse mas não disse (quem introduziria as falsas
teorias!) Entretanto, duas coisas ficaram bem claras.
As falsas teorias já foram "insinuadas no pas·sado"
(não quer dizer que não haja novas!) e a única salva-
guarda é um profundo conhecimento da Palavra de Deus.
kJ que tudo indica, a doutrina do santuário seria o al
vo principal dos ataques de Satanás. E assim tem sido-:-
Satanás está continuamente se esforçando no senti
do de introduzir fantasiosas suposições com relaçáõ
ao santuário, rebaixando as maravilhosas represen-
tações de Deus e do ministêrio de Cristo para nossa
salvação e coisas que satisfaçam a mente carnal Ele
remove do coração dos crentes o dominante poder des
ta verdade e supre o lugar> com teorias fantásticas
inventadas para tornar nulas as verdades da expia-
ção, e destruir nossa confiança nas doutrinas que
temos mantido como sagradas desde que foi dada a
mensagem do terceiro anjo. Assim ele nos rouba em
nossa fê na própria mensagem que nos tornou um povo
separoado, e deu caracterização e poder a nossa obra
- SPECIAL TESTIMONIES, Serie B, n9 ?, págs.16 e 1?.
No futuro, engano de toda espêcie está para sur-
gir, e precisamos de terreno firme para nossos pês.
Nem um só alfinete deve ser removido daqui:lo que o
Senhor estabeleceu. O inimigo introduzirá falsas
teorias, tais como a doutrina de que não existe san
tuário. Este é um dos pontos em relação ao qual ha=
verá um desviamento da fê. Onde encontraremos segu-
rança senão nas verdades que o Senhor nos deu nos
últimos cinquenta anos? COUNSELS TO WRITERS AND EDI
TORS, pág. 53. -
Esses falsos profetas, que pretendem
ser ensinados por Deus, tomaroão belos textos que fo
ram dados para adornar a verdade, e os usarão como
manto de justiça para cobrir teorias falsas e peri-
- 38 -
gosas. E mesmo alguns dos que em terrrpos passados ho!!:..
raram o Senhor, afastar-se-ão da verdade a ponto de
advogar teorias extraviadoras referentes a muitos
aspectos da verdade, INCLUSIVE A QUESTÃO IXJ SANTUA-
RIO. (Destaque suprido). MANUSCRITO 11, 1906. (14)
Magnífico! Tudo previsto - tudo se cumprindo! De
alguns anos para esta parte, um batalhão de soldados
do erro têm assestado as suas baterias contra essa
fortaleza da fé adventista. Felizmente ela tem sido
apenas arranhada.
Os dois mais graduados, talvez, que
o fizeram, foram - Robert Brinsmead e Desmond Ford.
O primeiro, um leigo adventista, o taz de maneira tão
sutil que, apesar de já termos lido muita coisa dele,
ainda não chegamos a saber o que realmente ele quer.
Una enchurrada de literatura tem saído de seu Quartel
f2neral, procurando mostrar que a IASD já se desviou
<la doutrina original do santuário. Ele se detém mor-
mente em alguns pequenos detalhes que variam de teólo
go para teólogo e com isso quer provar a sua tese. Os
escritos de sua pena, bem como de seus colaboradores,
tm inglês e espanhol, têm cruzado os mares e atingido
muitos países levando uns à confusão e outros a um a-
profundam.ente na doutrina do santuário. Un de seus Ór
gãos principais, PRESENT TRurH, se apresenta como "uiii
.iornal dos leigos Adventistas do Sétimo Dia, dedicado
ir:> favorecimento das verdades distintivas do Movimen-
to Adventista. Ele é publicado como um serviço para
os interessados no Reavivamento em marcha dentro da
lgrej a .Adventista do Sétimo Dia." (Pomposo, hein!) :É
1tlitado pelo Prophetic Resarch International, tendo
mmo Editor a Norman Jarnes. (Contra-capa da referida
n·vista).
Já o segundo, Desmond Ford, Doutor "emlánão
1u• i o quê", professor altamente categorizado e honra-
do em grandes instituições adventistas, e tantas ou-
' ras coisas mais ••• , atacou, veladamente a princípio,
•· depois diretamente, as bases da fé adventista o
princípio dia-ano e o Santuário Celeste como o anti-
' ipo do santuário terrestre. Ambos acabaram por ser
- 39 -
negados. Tão fundo penetrou ele nos arraiais adventis
tas que, segundo se andou dizendo, conseguiu influir
em mais de 25% dos obreiros australianos - sua terra
natal - e em t.Ulla gama de influentes professores, lí-
deres e obreiros americanos - onde trabalhava Última
~nte. Graças a Deus, o Espírito Santo dirigiu a men::
te de nossos líderes máximos e o desfecho do episódio
f.oi - pelo menos aparentemente - feliz. Ao Doutor
Ford foi dado t.n1l bom tempo para que ele reestudasse
seus pontos de vista, redigisse-os e os apresentasse
em forma de tese. O resultado foi t.n1l calhamaço de mais
de 1.000 páginas que foi distribuído a mais de cem te
Ólogos adventistas do mundo inteiro para que fosse es
tudado, analisado e, se preciso, contestado. De 10 a
15 de agosto de 1980, em Glacier View Ranch, Colorado,
EE. UU., ambas as partes - Ford & Cia. e os teólogos
estudiosos - se reuniram para debaterem o problema.
Una comissão Revisora do Santuário foi formada a fim
de dar a Última palavra sobre a questão. Segundo tes-
temunhas oculares, a reunião a princípio parecia es-
tar fadada ao fracasso, mas culminou com t.Ulla grande
vitória para a Igreja em geral. Ao término da mesma
alguém sussurrou ao pé do ouvido de outrem: "Minha fé
saiu fortalecida desta reunião".
E é justamente isso
que a profecia nos quer dizer! Enquanto tudo vai bem,
há desleixo e acomodação. Mas quando a crise surge, os
espíritos se agitam, as mentes funcionam e muitos sa-
em ganhando. Nem todos! É pena!
O fato de nao- haver
controvérsi~s ou agbtações entre o povo de D~us,não
devia ser olhado como prova concludente de que eles
estão mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão
para temer que não estejam discernindo claramente
entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas
questões em resultado de investigação das Escritu-
ras, quando não aparecem divergências de opinião que
instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mes-
mos, para se certificarem de que possuem a verdade,
haverá muitos agora, como antigamente, que se ape-
- 40 -
w1Y'ao as tradiçÕes, cultuando nem sabem o quê.
Tem-
me sido mostrado que muitos dos que professam a ve.E_
dade presente, não sabem o que crêem. Não compreen-
dem as provas de sua fê. Não apreciam devidamente a
obYoa para este tempo. Homens que agora pregam a ou-
f,r•os, ao examinarem, quando chegar o tempo de angús
f.ia, a posição em que se encontram, verificarão qúi
há muitas coisas para as quais não podem dar uma ra
:úio satisfatõria. Atê que fossem assim provados, des
<~onheciam sua grande ignorância. ( . .. ) . -
Deus desper-
f,aYoá Seu povo; se outros meios falharem, introduzir-
::e-ão entre eles heresias, as quais hão de peneirar,
;;eparando a palha do trigo. O Senhor chama todos os
11ue crêem em Sua Palavra, para que despertem do so-
no. Tem vindo uma preciosa luz, apropriada aos nos-
nos dias. É a verdade b{bZica, mostrando os perigos
1/ue se acham mesmo impendentes sobre nõs. .Essa luz
nos deve levar a um diligente estudo das Escrituras,
e a um mais atendo exame critico das posições que
mantemos. É vontade de Deus que todos os fundamen-
f;os e posições da verdade sejam acurada e perseve-
Y'antemente investigados, com oração e jejum.. Os cren
/;es não devem ficar em suposições e mal definidas
ideias do que constitui a verdade. Sua fê deve es-
f,aY' firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus,
de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e
r• les forem levadqs perante os conc{Zios para respon
rfoY' por sua fê, sejam capazes de dar uma razão paro
11 esperança que neles há, com mansidão e temor.
Agi-
f.ai, agitai, agitai! Os assuntos que apresentanvs ao
lflundo devem ser para nõs uma realidade viva. ( ... ).
Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito
1 a luz que já possui, podemos estar certos
•11m de
11ue Ele os não favorecerá. É Sua vontade que eles
lflm•chem sempre avante, recebendo a avultada e sem-
/'Y'e cpescente luz que para eles brilha.( ... ). Vive-
lf/OIJ numa êpoca em que Satanás opera à direit.a e à
- 41 -
esqUBrda, em nossa frente e por trás de nós; e to-
davia, como um povo, estamos dormindo. Deus deseja
qUB se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para
a ação. (15)
Ao que tudo indica, podemos afirmar,
sem medo de errar, que a Sacudidura já está em curso.

3~ Causa

U:n despertamento. C.Om a introdução de falsas


teorias e a consequente disputa levantada em torno das
mesmas, não é de se estranhar que a Igreja comece a
se despertar e se reavivar. É lógico que o desperta-
rento não virá apenas em função desse fato. Outros
corroborarão com ele, dentre os quais poderíamos des-
tacar os acontecimentos mundiais.
( ..• ). Antes de os
ju{zos finais de Deus aa{rem sobre a Terra, haverá,
entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva
piedade como não fora testemunhado desde os tempos
apostólicos. O Esp{rito e o poder de Deue serão der
ramadas sobre Seus filhos. Na.q_UBZe tempo muitos se
separarão das igrejas em qUB o amor- do mundo supZan
tau o amor- a Deus e ã Sua Palavra. Muitos, tanto
ministros como leigos, aaeitaY'ão alegroemente as
grandes verdades qUB Deus providenciou fossem pro-
clamadas no tempo proesente, a fim de proeparoaro um po
vo par-a a segunda vinda do Senhor-. O inimigo das al
mas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o
tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impe-
d{-Za, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que
pud eP ao locar- sob seu poder sedutor-, fará parecer
que a bênção especial de Deus foi der-ramada; mani-
festaro-se-á o que será considerado como grande in-
ter-esse roeligioso. Multidões exultarão de qUB Deus
esteja operoando maY'G.Vilhosamente poro elas quando a
obra é de outro esp{rito. Sob o disfaroae religioso,
Satanás procuroará estender- sua influência sobre o
mundo Cr>istão. (16)
Não será \.mt despertamento, serão
- 42 -
dois - um verdadeiro e um falso. O falso viria primei
ro. E assim o é. Enquanto a Igreja está modorrando, as
igrejas estão se sobressaindo no meio do povo. Qual-
quer pessoa que percorrer os arraiais adventistas hoje
(1985), notará que esse grande despertamente ainda é
coisa do futuro. Não poderemos negar que de um tempo
para esta data as coisas vêem melhorando e já se veem
os respingas da Última grande chuva, mas •.. (triste
"mas ... "!) faltam-nos ainda muitos degraus a subir até
atingirmos os píncaros da glória espiritual.
Entretanto
não é assim com uma grande parcela do mundo cristão
contemporâneo. O mundo pentecostal - esse espiritismo
disfarçado - dá prova de seu fogo através da fumacei-
ra doutrinária que se levanta em quase todos os luga-
res de nossa pátria (e por que não dizer do mundo in-
teiro?). Onde quer que um "missionário" chegue, arma a
sua "birosca", oferecendo as drogas espirituais para
curar os males físicos, e para alí afluem as multidões
que se acotovelam em sessões contínuas, da manhã à noi
te, uns caindo possessos, outros cantando alegres. Mi=
lhÕes de cruzeiros são careados para os bolsos ávidos
desses mensageiros da cura, em verdadeiros leilões es-
pirituais, onde a obra do Senhor na terra serve de ca-
pa para encobrir intenções sovinas e egoístas.
O desper
tardo gigante católico é algo que, pensamos nós, nin=
guém mais duvida. A visita do Papa à nossa pátria em
1980 foi uma demonstração inequívoca da volta do cato-
licismo aos domínios das massas. Entretanto, não e no
Brasil católico que encontraremos a medida exata desse
c.lespertamento. Ela será mais alviçareira, mais pujante.,
1• mais sintomática nos EE. UU. protestantes. Ali, em
meio a um povo que fugiu - em 1620 - à fúria do Papa,
l• le foi recebido apoteoticamente.
A imprensa mundial foi
pródiga em dar cobertura a essas andanças pontificiais,
prova incontestável do valor que o grande público em-
presta ao tema. Rios de tinta e toneladas de papel e o
aC'ervo mundial que testemunhou esse fenômeno que tem
- 43 -
asomorado as cabeças pensantes. Tudo isso cresce de
i.mport.ância quando nos recordamos que antes da convo-
cação do C.Oncílio Ecumênico, há uns vinte anos passa-
dos, os grandes veículos de comunicação não empresta-
vam à Igreja mais do que poucas palavras ou frases, as
sim mesmo para dar alguma notícia muito singular. -
Ou-
tro fato que merece ser salientado é o valor que os
"grandes homens" estão atribuindo à pessoa do Bispo
de Roma. Quem não leu na página de rosto do Caderno
ESPECIAL do Jornal do Brasil de 13.05.80,o que Norman
St. John Steves disse, não leu realmente nada. Talvez
ele seja suspeito por ser católico e por isso não o
transcrevemos aqui, mas cederemos a oportunidade a
Enio Silveira que deverá estar acima de qualquer dú-
vida. Ele é, além de editor carioca, incrédulo. Seus
lábios, segundo a Revista VEJA, balbuciaram: "Para
mim, o papa não é da mesma essência dos homens" (17)
Poderíamos continuar fazendo desfilar uma procis-
são interminável de testemunhas eloquentes que bem nos
0

atestam a posição privilegiada e perigosa que esse lí


der conquistou.
Tudo isso, cremos, está sacudindo a
IASD e não está longe o dia em que a veremos inflama-
da pela fé~ iluminando o mundo com a Última mensagem
de advertência (Ap.18: 1-4). Oxalá que quando estas no
tas saírem à luz isso já seja uma realidade! O capí-:-
tulo mais glorioso da Igreja ainda está para ser es-
crito - e o será!

4f.J. Causa

Rejeição da verdade. - Este item é quase uma du-


plicação do primeiro, a). Nós o inseriremos aqui como
una redundância enfática que inclusive nos ajudará a
compreender algo mais sobre o juízo dos vivos, espe-
cialmente dos ASD. Vejamos o texto, pequenino mas ela
ro. Originalmente ele se encontra no ''Manuscrito nao
datado, 111".
( ... ). Haverá uma sacudidura entre o po-
- 44 -
vo de Deus; isto, porém não é a verd.ads presente a
'levar às igrejas. SERÁ O RESULTADO DE RECUSAR A VER
DADE APRESENTADA. (Versais supridas). (18)
A verdade
aqui referida, outra coisa não é senão "o testemunho
da Testemunha Verdadeira". Quando o testemunho é re-
jeitado pelo indivíduo, o indivíduo é rejeitado por
Deus. E isso é juízo dos vivos! Neste caso específico
e especial, depois de ser rejeitado não será jamais
aceito. A recíproca também é verdadeira. Quem aceita
o testemunho, é aceito por Deus - e selado - e jamais
será rejeitado. Com isto já estamos respondendo à se-
gunda pergunta chave - para que wna sacudidura? Mas
vejamos como isso se processa!
Deus conduz avante Seu
povo, passo a passo. Leva-os a diferentes pontos,
destinados a manifestar o que está no coração. Al-
guns resistem em um ponto, mas caem no seguinte. A
cada ponto mais adiante, o coração é provado um pau
co mais de perto. Se o professo povo de Deus verl=
fica estar o coração ccntrá:roio a esta penosa obra,
isto os deve convencer de que têm alguma coisa a fa
zer a fim de vencer, uma vez que não queiram ser vo
mitados da boca do Senhor. -
Disse o anjo: "Deus ope-
rará mais e mais rigorosamente a fim de experimen-
tar e provar cada um entre Seu povo". Alguns são
prontos em receber um ponto; mas quando ueus os le-
va a outro ponto probante, recuam diante dele e fi-
cam para trás, pois acham que isto golpeia direta-
mente algum {dolo acariciado. A{ têm eles ensejo de
ver o que, em seu coração, está excluindo a Jesus.
Prezam alguma coisa mais que a verdade, e o coração
não está preparado para receber a Jesus. Os indiví-
duos são experimentados e provados por um espaço de
tempo a ver se sacrificarão seus {doZos e darão ou-
vidos ao conselho da Testemunha Verd.adeiP.a. Caso al-
guém não seja purificado pela obediência ã vemade,
e vença o egoismo, o orgulho e as más paixões, os
anjos de Deus têm a recomendação: "Estão entregues
- 45 -
a seus ídolos; deixai-os", e eles passarão adiante à
sua obra, deixando esses com seus pecaminosos traços
não subjuga.dos, à direção dos anjos maus. Os que re-
sistem a toda prova, e vencem, seja qual for o preço,
atenderam ao conselho da Testemunha Verdadeira, e re
ceberão a chuva serôdia, estando assim aptos para a
transladação ... (19).

1. I TSM - 60.
2. I TSM - 327-328.
3. I TSM - 332.
4. II TSM - 75.
I TSM - 477-478.
5. I TSM - 476.
6. MDC - 40.
7. I ME - 357.
8. II ME - 66,69.
9. I TSM - 60,329.
10. I ME - 234-235.
11. I ME - 41.
12. 'lM - 112.
13. VE - 79-82.
14. e no S/S - 14,19.
15. II TSM - 311-313.
16. GC - 466.
17. VEJA - n9 618 de o9 . o7 . 80 ' p g. 25.
18. II ME - 13.
19. I TSM - 64,65.

- 46 -
CAP1TUID III

PARA QUE UMA SACUDIDURA?


No Capítulo I deste trabalho, dizíamos que o as-
sunto da Sacudidura é o divisor das águas entre a
LASD e a IASD-MR. Agora aqui nos aprofundaremos mais
un pouco. E é preciso! Quanta gente boa tem sido en-
redada nas malhas traiçoeiras dessa teologia arreveza
da! Nós QUASE o fomos também! -
Deus sempre teve o Seu
povo, e grande parte desse povo sempre se desviou da
verdade, obrigando-O a suscitar um movimento para re-
torná-lo ao caminho reto.
Se perlustrarmos as paginas
sagradas compreenderemos sem muita dificuldade que an
tes de Abraão havia um "Povo de Deus" - Melquisedeque
era "sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn.14: 18) que
estava em franca apostasia. Abraão mesmo saíu do meio
desse povo.
Com Abraão, Deus fez uma reforma, resultan
do dai a "Igreja Israelita". Esta também apostatou e-;
vindo Jesus, fundou "a Sua Igreja" {Mt .16: 18) A Igre-
ja Cristã resultou em Catolicismo Romano. ApÓs longo
período no deserto (anonimato) (Ap.12), Deus efetuou
1ma reforma liderada por Martinho Lutero. A Reforma do
XVI Século resultou no Protestantismo que também apos
Latou sendo substituído pelo Movimento Adventista.Des
Le resultou a IASD que não seria totalmente fie 1 sem-
pre. Ela também precisaria ser reformada por um.a sa-
c·udidura.
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~<
~
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Abraão Cristo 1 Lutero 1 Mj 11 er Sacud.
Caminho da Verdade

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Protestan Adven
1111tes de Israe- cismo tismo - tismo
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- 47 -
a seus {doZos; deixai-os", e eles passarão adiante à
sua obra, deixando esses com seus pecaminosos traços
não subjugados, à direção dos anjos maus. Os que re-
sistem a toda prova, e vencem, seja qual for o preço,
atenderam ao conselho da Testemunha Verdadeira, e re
ceberão a chuva serôdia, estando assim aptos para a
transladação ... (19).

1. I TSM - 60.
2. I TSM - 327-328.
3. I TSM - 332.
4. II TSM - 75.
I TSM - 477-478.
5. I TSM - 476.
6. MDC - 40.
7. I ME - 357.
8. II ME - 66,69.
9. I TSM - 60,329.
10. I ME - 234-235.
11. I ME - 41.
12. 1M - 112.
13. VE - 79-82.
14. e no S/S - 14,19.
15. II TSM - 311-313.
16. GC - 466.
17. VEJA - n9 618 de o9 • o7 • 80 , p g. 25.
18. II ME - 13.
19. I TSM - 64,65.
CAP1TUID III

PARA QUE UMA SACUDIDURA?


No Capítulo I deste trabalho, dizíamos que o as-
sunto da Sacudidura é o divisor das águas entre a
LASD e a IASD-MR. Agora aqui nos aprofundaremos mais
un pouco. E é preciso! Quanta gente boa tem sido en-
redada nas malhas traiçoeiras dessa teologia arreveza
da! Nós QUASE o fomos também! -
Deus sempre teve o Seu
1~vo, e grande parte desse povo sempre se desviou da
verdade, obrigando-O a suscitar um movimento para re-
torná-lo ao caminho reto.
Se perlustrarmos as paginas
sagradas compreenderemos sem muita dificuldade que an
tes de Abraão havia um "Povo de Deus" - Melquisedeque
era "sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn.14: 18) que
estava em franca apostasia. Abraão mesmo saiu do meio
desse povo.
C.Om Abraão, Deus fez uma reforma, resultan
do daí a "Igreja Israelita". Esta também apostatou e-;
vindo Jesus, fundou "a Sua Igreja" (Mt.16: 18) A Igre-
ja Cristã resultou em Catolicismo Romano. ApÓs longo
período no deserto (anonimato) (Ap.12), Deus efetuou
tma reforma liderada por Martinho Lutero. A Reforma do
XVI Século resultou no Protestantismo que também apos
Latou sendo substituído pelo Movimento Adventista.Des
Lc resultou a IASD que não seria totalmente fiel sem=
pre. Ela também precisaria ser reformada por uma sa-
1·udidura.

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Abraão li ta
- 47 -
Até este Último estágio as coisas foram mais ou
menos iguais. As reformas efetuadas não foram comple-
tas ou perfeitas. Em outras palavras: - as pessoas se
c.onvertiam mas não se tornavam puras, perfeitas e san
tas. Quem quer que viesse da Igreja Israelita para a
Igreja Cristã, para lá poderia voltar quando bem en-
tendesse ou desejasse; o mesmo acontecendo com as pes
soas nos outros períodos. Porém não é assim com o Úl=
timo e verdadeiro Movimento de Reforma. A época é di-
ferente e as circunstâncias também.
Una vez "sacudido"
e achado infiel, não se pode voltar à "peneira". A
recíproca também é verdadeira, isto é, quem foi "sa
cudido" e achado fiel jamais sairá da "peneira". Ora-;
se a IASD-MR fosse o verdadeiro Movimento de Reforma,
então, seus membros não só seriam puros e perfeitos,
c.omo também não poderiam vir para a IASD, ou vice-
versa.

Sacudidura Tempestade
fiéis
Caminho d a Verdade
l

·~ l
d o l. s partido

lnão)
rejeitados
A pergunta que se impõe é: Para que \.Dlla sacudidura?
Para purificar a Igreja, preparando-a para a Chuva Se-
rôdia e o Selamento.
Não vem distante o ~empo em que to
da alma terá de ser pravada. . . • Par esse terrrpo o ouro
será separado da escória, na igreja. A verdadeira
piedade distinguir-se-á então claramente daquela que
consiste na aparência. (1)
Satanás operará seus mila-
gres para enganar; estabelecerá seu poder como supre-
nv. A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas
- 48 -
não cairá. Ela pennanece, ao passo que os pecadores
de Sião serão lançados fora no joeiramento - a pa-
lha separada do trigo precioso. t esse um transe
terrível, não obstante importa que tenha lugar. Nin
guém senão os que venceram pelo sangue do Cordeiro
e a palavra de seu testemunho será encontrado com
os leais e fiéis, sem mácula nem ruga de pecado, sem
engano em sua boca. Precisamos despojar-nos de nos-
sa própria justiça e :revestir-nos da justiça de Cris
to. (2) -
O peneiramento de. Deus sacode fora multidões,
como folhas secas. ( 3)
Os textos supra não são os ú-
rúcos encontrados no acervo literário de Ellen G.
White. No entanto, juntando-as com os que já foram
citados no decorrer deste trabalho, bastam para o que
estamos tentando provar. E mais ainda: os fiéis sacu-
didos NÃO PODEM ir para os rejeitados (veja-se .Amós
9:9), e os rejeitados NÃO PODEM ir para o lado dos fi
..
eis.
Agora a parte mais dura com relação à pendenga te
ológica IASD X IASD-MR. Se a IASD-MR fosse realmente
o produto da verdadeira Sacudidura, então ela seria
PURA. E é? ( Nem dá para falar! As histórias são mais
tristes do que tun sorriso ·triste! Poderíamos contá-
las às dúzias - era só revirar os arquivos da memó-
ria e quando estes se esgotassem, compulsar "O LIVRO
DO PECADO" - tun libelo escrito por tun alto dignitá-
rio da Reforma contra seus pares. Mas não o faremos
a:iui. Não há necessidade! Os sinceros sabem que a
l.ASD-MR não preenche, nem no mínimo, as característi-
cas do verdadeiro Movimento de Reforma. Isso veremos
melhor quando chegarmos à quarta pergunta chave -
Quais os Resultados da Sacudidura? E tem mais! O vai-
P-vem de membros entre a IASD e a IASD-MR é outra pro
va incontestável que só não é aceita pelos hipócritas
ou pelos sinceros que não conhecem bem o assunto).

1. se - 49. 3. I TSM - 478-479.


'l.. II ME - 380.
- 49 -
CAPÍTULO IV

QUANDO SE DARIA A SACUDIDURA?

A Sacudidura, como já se pode perceber, não será


tm acontecimento único e instantâneo que ocorrerá em
tm determinado momento da história da raça humana. Por
tanto, não será possível responder diretamente à per=
gunta acima. Nem por isso deixa de haver uma resposta,
ainda que indireta.
Já vimos, também, que ela já tentou
se instalar na Igreja mas esta a repeliu. Como? Sim-
ples!! Deus não força a ninguém. O testemunho da Tes-
temunha Verdadeira é a mensagem da justificação pela
fé, e ela deve ser aceita e não imposta. Certamente
o Senhor sempre quis que Seu povo aceitasse e vivesse
essa gloriosa mensagem, mas ele nem sempre o quis.
Foi-
me mostPado que a maioP causa de o povo de Deus se
achar agora 1iesse eatado de cegueira espiritual, e-
o nao receberem a correção. (1)
Entretanto, há um e-
pisódio na história de nossa Igreja que bem atesta o
que estamos querendo provar. Vejâmo-lo em rápidas pin
celadas. Basear-nos-emos no que nos informa R. w-:
Schwartz, em seu magnífico livro LIGHI' BEARERS TO THE
REMNENT, preparado pelo Departamento de Educação da
Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e pu-
blicado pela Pacific Press Publishing Association, no
capítulo doze. As frases que aparecerem entre aspas,
sairão dali.
Após o desapontamento de 1844, a nascente
Igreja Adventista descobriu o sábado do sétimo dia co
DD o dia abençoado por Deus. No embate contra o erro:
seus apologistas foram se aprofundando mais e mais na
doutrina da obediência, especialmente no que diz res-
peito à lei. Acabaram se tornando "legalistas". Una
olhadela na literatura denominacional das décadas de
1870 e 1880 bem comprova este fato.
Os fundadores do
- 50 -
Movimento Adventista não tiveram a intenção de seguir
esse rumo. Ele foi determinado pela oposição que rece
biam por parte dos outros grupos cristãos e pela ne-
cessidade de vindicar a Lei de Deus.
Debalde EU.EN G.
White, de tempos em tempos chamava a atenção dos cren
tes para o perigo que os ameaçava - a condição lao=
diceana que se estava instalando na Igreja. "Nós pre-
cisamos renunciar nossa justiça própria e pleitear que
a justiça de Cristo seja imputada em nós", reverberou
ela muitas vezes.
Quando a situação parecia caótica,
Deus moveu o coração de dois jovens obreiros a ergue-
rem suas vozes contra o erro que se estava praticando.
Foram eles o Dr. Ellet J. Waggoner (médico), filho do
Pastor e editor da Pacific Press, Joseph H. Waggoner
e o ex-soldado americano Alonzo T. Jones que em 1882
se tornou editor-assistente de SIGNS OF THE TIMES.
E.J.
Waggoner hâvia decidido que seus estudos da Bíblia se
riam dirigidos especialmente para compreender a glo=
riosa verdade da justificação pela fé e fazê-la inte-
ligível aos outros. A. T .Jones se convertera quando
servia ao exército no Forte Walla Walla e "estudou
dia e noite para armazenar um grande depósito de co-
nhecimentos históricos e bíblicos". Assim, "estes dois
jovens, física e temperamentalmente tão diferentes,
tornaram-se associados em uma campanha que sacudiria
o Adventismo como um terremoto".
Em 1886 ambos se tor-
naram coeditores de SIGNS OF THE TIMES. Depois de um
intensivo e minucioso estudo de Romanos e Gálatas, eles
se tornaram entusiasmados pregadores, pela voz e pela
1~na, da justificação pela fé. Assestaram suas bate-
rias contra o legalismo e ergueram bem alto a bandei-
ra ensanguentada do Príncipe Emanuel. "Justificação
pela fé," dizem eles, "precisa tornar-se mais do que
una abstrata teoria doutrinal. Ela precisa tornar - se
1ana viva realidade, uma preciosa experiência trans-
lo nnando a vida dos crentes."
Isto molestou e inquietou
- 51 - --
os altos dignitários da Igreja, especialmente o Senhor
Presidente da Associação Ger~l,Pastor George I.Butler
e o grande Editor de REVIEW AND HERALD, Pastor Uriah
Smith. Eles faziam a maior objeção á exegese de Gálatas
3, feita por Waggoner e Jones, e o problema central
era - que lei serviu de aio para conduzir a Cristo? A
lei cerimonial ou os dez mandamentos?
Para But ler a dou-
trina waggoneriana era uma poderosa arma nas mãos dos
inimigos do sábado. E justamente nessa ocasião os ad-
ventistas de Arkansas e Tennesse estavam sendo perse-
guidos por violarem uma lei dominical, o que parecia
indicar que o longamente esperado teste final de leal
dade para com Deus havia chegado. -
Um outro fato contri
buía para separar ainda mais as duas duplas - Butler=
Smith e Waggoner-Jones, uma disputa em torno da lista
de nomes dos reinos que representavam as dez pontasem
Daniel 7. Smith achava que os Hunos deveriam ser in-
cluídos e os Alemães excluídos, enquanto que Jones
pensava exatamente o contrário. Butler, por sua vez,
achava que os editores de SIGNS haviam errado em di-
fundir uma doutrina sem a aprovação da Conferência ~
ral.
Por essa época a irmã White se encontrava na Euro
pa como missionária e no verão de 1886 o Pastor Gear=
ge I. Butler escreveu-lhe pedindo sua opinião sobre a
que lei Paulo se referia em Gál.3. Como a resposta de
100rasse em aparecer, ele persuadiu a Conferência Ge=
ral em estabelecer uma comissão teológica de nove mem
bros para considerar os pontos divergentes. Entre ou=
tros, participavam da comissão, Butler, Smith e
Waggoner. Depois de horas de discussão ela se dividiu,
quatro contra cinco, prevalecendo os que advogavam
Paulo estar falando sobre a lei cerimonial, ou seja,
os butleristas. Isto intensificou ainda mais a contra
vérsia. A comissão tomou outro voto de oito contra um
ficava proibida qualquer discussão do assunto nas
igrejas ou nos periódicos. Somente Waggoner continuou
insistindo pela liberdade de discussão.
O primeiro pa~
52 -
so para a sacudidura estava rejeitado - não se pre-
garia mais a justificação pela fé. O outro viria de-
pois. Entrementes, a maior parte dos membros da Comis
são recebeu palavras de censura da Sra. White. Jones
e Waggoner foram chamados à atenção por alimentarem a
discussão; Butler e Smith por se julgarem infalíveis.
El1en G. White se recusou a dar sua opinião sobre a
qual das leis Paulo estava se referindo e nem tomou
posição sobre se os Hunos ou os Alemães seriam os in-
dicados na profecia de Daniel. Os ânimos serenaram e
só una pequena escaramuça se observou: Butler escre-
veu pequeno livreto -THE LAW IN GALATIANS- que foi
rebatido por Waggoner em - THE GOSPEL IN THE BOOK OF
GALATIANS.
Uma Assembléia Geral da Conferência Geral
foi convocada para 17 de outubro de 1888, em Minneapo
lis, Minnesota. Ficou decidido que Waggoner e Jones
apresentariam os seus pontos de vista diante dos lí-
deres da Igreja ali reunidos. O primeiro falaria so-
bre~ justificação pela fé e o segundo sobre Dan.7. O
Pastor Butler não pode se fazer presente devido a pr~
blemas de saÚde. Representaram-no Uriah Smith e J. H.
r-brrison.
Aparentemente Deus tinha intensão de nesta
ocasião sacudir sua Igreja levando-a a tmla experiên-
cia mais viva e ativa, finalizando assim o drama do
pecado sobre a terra. Mas não deu! As discussões fo-
ram acaloradas, malgrado a presença da Mensageira do
Senhor. E se não fora isso as coisas teriam terminado
muito pior. Mais tarde ela escreveria: "Os servos que
o Senhor enviou foram caricaturii.zados, ridicularizados,
e• colocados sob tmla falsa luz. Meu testemunho foi ig-
norado, e nunca em minha vida eu fui tratada como nes
ta reunião". Foi tmla EXPERI:ll!NCIA TERRÍVEL •.. lDll dos
capítulos mais negros da história dos crentes na ver-
dade presente.
Nenhtml voto formal foi tomado e nenhtml
1xrnto de vista foi rejeitado. Ficou-se em tml impasse
l' a mensagem da justificação pela fé foi aparentemen-

te rejeitada. A própria Sra. White aconselhou que não

- 53 -
se tomasse nenhuma decisão por ser perigoso fazê-lo
enquanto os ânimos estavam agitados. O testemunho da
Testemunha Verdadeira - a justificação pela fé- pri
meiro passo para a sacudidura, foi sustado. As pró="
prias leis dominicais tão ameaçadoras na época, en-
traram em recessão. E uma longa caminhada pelo deser-
to da mornidão foi iniciada e perdura até hoje. O Pas
tor Butler - aparentemente por questões de saúde e a
seu pedido - foi afastado do cargo de Presidente da
Cbnferência Geral, sendo substituído pelo Pastor O.A.
Olsen.
Ellen G. White encetou uma vigorosa campanha j un
to aos líderes, em prol de um estudo das Escrituras-;
fervoroso e sem preconceitos, chegando até a ameaçar
voltar-se diretamente para o povo caso os líderes não
dessem ouvido aos seus apelos. São desta época as mais
belas gemas sobre a justificação pela fé que saíram
de sua pena. Reconheceu que as conclusões de Waggoner
continham verdades gloriosas que tinham sido repetida
mente apresentadas pelo Espírito de Deus diante dela
e que por mais de quarenta anos ela estivera comuni-
cando à Igreja.
A resistência foi tão grande que a Sra.
White se sentiu repelida pela alta hierarquia da Igre
ja, começando então, um giro pelo leste dos EE. UU., di
retamente com o povo, cumprindo assim sua ameaça fef:·
ta anteriormente. A recepção variou de acordo com a
influência das partes envolvidas na disputa. Entretan
to, o saldo foi positivo.
Desde o alto de seu "forte"
- REVIEW AND 'HERALD - Uriah Smith ainda trombeteava
seus temores de que as mensagens de Waggoner e Jones
levariam os Adventistas do Sétimo Dia diretamente ao
antinomismo - isto é, contrários à lei. Foi preciso
un vigoroso protesto da parte da Sra. White para que
ele parasse a discussão do assunto pelas páginas da
REVIEW.
Nem tudo estava perdido, porém. Apesar da apa-
rente rejeição da mensagem divina, do grande atrazo
na conclusão da obra e da suspensão da sacudidura,
- S4 -
ainda Deus estava dirigindo o Seu povo e uma boa par-
te dos líderes, mesmo advogando o erro, eram sinceros.
Em 1889 uma nova reunião da C.Onferência Geral teve lu
gar em Batle Creek e a própria Sra. White comentou a
diferença: "O espírito que havia na reunião em Minne-
apolis não está aqui". Uma série de Institutos Minis-
teriais foram realizados onde a mensagem da justifi-
cação pela fé foi amplamente explanada. Em 1891 o Dr.
Waggoner apresentou aos membros da C.Onferência Geral,
una série de dezesseis palestras sobre a Epístola de
Paulo aos Romanos, iluminando ainda mais o assunto.
Ao
apagarem-se as luzes da década dos oitenta - 1890 - a
Sra. White andava muito angustiada por causa do Pas-
tor Uriah Smith. Orou intensamente por ele e pediu às
Igrejas que orassem também. E surtiu efeito! O Pastor
&nith, alguns dias depois, a procurou e pediu uma reu
nião com um pequeno grupo de líderes, diante dos quais
confessou que reconhecia ter estado em erro opondo-
se ~ mensagem apresentada em 1888. Ele repetiu esta
confissão em diversas ocasiões, inclusive diante de
una grande assembléia no Tabernáculo de Batle Creek.
Desde então sua influência esteve a serviço da verda-
de, pelo menos, tanto quanto ele podia entender. Mui-
tos outros seguiram o seu magnífico exemplo. C.Ontudo,
a experiência deixou profundas cicatrizes na face da
Igreja que ainda hoje desfiguram sua imagem e desvir-
tuam sua mensagem. Muitos não foram suficientemente
cristãos para se humilharem na presença do Senhor e
de Sua Verdade e continuaram a molestar a Igreja por
Hua influência e por suas ações. (2)
Ê diante do expos
to que nós ousamos dizer que Deus intentou sacudir Suã
1grej a mas não pode.(?!). Parece impossível, mas não o
l;!. Vejamos novamente o texto abaixo, escrito em 1896
- carta 96.
A indisposição de ceder a opiniões preconce
bidas, e de aceitar a verdade, estava à base de gran
de parte da oposição manifestada em Minneapolis co~
lra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggo-
ner e Jane& Excitando aquela oposição, Satanas teve
- 55 -
êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder
especial do Espírito Santo que Deus anelava comuni-
car- lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiên-
cia que poderiam. ter tido em levar a verdade ao mu!!_
do, como os apóstolos a proclamaram. depois do dia
de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve
ilwninar a Terra com sua glória, e pela ação de nos
SOS próprios irmãos tem sido, em grande medida, COn
servada afastada do mundo. (3) -
Não é o único texto
que diz tal coisa. Vejamos mais dois: "Deus pretendia
que Seu povo estivesse muito mais adiante da posição
que ocupam hoje (1889)." (4). "Um momento de suspen-
sao foi-nos graciosamente concedido por Deus." (1905)
(5).
Uma análise detalhada e minuciosa do assunto, nos
mostrará um outro fato assaz importante. Quase todas
as mensagens da Sra. White sobre a Sacudidura em cur-
so, o Alto Clamor iniciando, a Chuva Serôdia caindo,
o Selamento começando, etc., são dessa época (por
volta de 1888).
Eis porque ao lermos certos textos de-
la, percebemos uma aparente contradição - alguns di-
zem que o selamento está no futuro e outros dizem que
ele já começou. O mesmo pensamento é válido para ou-
tros assuntos escatológicos - despertamento, sacudi-
dura, chuva serôdia, alto clamor, etc.
A pergunta sus-
citada no início deste capítulo - quando se daria uma
sacudidura? - ainda não foi respondida e talvez ja-
mais o será da maneira como muitos a querem. Entre-
tanto, podemos formular quatro respostas que nao se
contradizem mas se completam.
1. Deus tem um tempo determinado.
Assim sera pro-
clam.ada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o
TEMPO para que ela seja dada com o máximo poder, o
Senhor operará por meio de hwnildes instrwnentos,di
rigindo a mente dos que se consagram. ao Seu serviçj}.
(6)
- 56 -
Não vem distante o TEMPO em que toda alma terá
de ser provada. . . . Por esse TEMPO o OU1'0 será se-
fJarado da escória, na igreja. ( . .. ) .. Virão tempos em
<{ue a igreja será despertada pelo poder divino, e
fervorosa atividade será o resultado, pois o vivi-
ficante poder do Esp{rito Santo inspirará seus mem-
bros a sa{rem e buscarem almas para Cristo. (?)
( .. .)
Mas, ao ser a questão da obrigatoriedade de cbser-
oâncio do domingo amplamente agitada, vê-se aproxi-
mar o fato há tanto tempo dUl)idado e descT'ido, e a
/;erceira mensagem produzirá um efeito que antes não
ueria poss{vel produzir. (8)
Quando a América, o pa-
{s da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a
fim de dominar as consciências e impelir os homens
a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os
demais pa{ses do mundo hão de ser induzidos a imi-
f,aP-lhe o exemplo. (9)
2. Bem no fim do tempo da graça.
A grande prova fi
nal virá no fim do tempo da graç;?a, quando será ta~
de demais para se suprirem as necessidades da alma.
(lO)
3. Antes de caírem os juízos de Deus.
( ... ). Antes
r/e os ju{zos finais de Deus ca{rem sobre a Terra, ha
t1er>á, entre o povo do Senhor, tal avivamento da prI
111 / /;iva piedade como não fora testemunhado desde os
I 'mpos apostólicos. (11)
4. Quando sair o decreto dominical.
Quando a naç;?ao
t···la qual Deus tem trabalhado de maneira tão mara-
i>i 1hosa, e sobre a qual tem lanç;?ado o escudo da oni
/ '' i/.rincia, abandonar os princ{pios protestantes, e
/ 11·lr1 sua legislaç;?ão derprote(Jão e apoio ao roma-
,,; :rmo no limitar a liberdade religiosa, então ope-
1•or•ri Deus com Seu próprio poder em favor de Seu po-
1111 11ue é fiel. (12)
A substituiç;?ão do falso pe Zo ver
,/,1,/dm (sic) e- o ÚU'[,mo ato do drama. Quando esta
- 57 -
substituição se tornar universal, Deus revelar-se-á.
Quando as leis dos homens forem exaltadas sobre as
leis de Deus, quando os poderes desta terra tenta-
rem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da
semana, sabemos que chegou o TEMPO para Deus operar.
(Versais sup1~idas) (13)
Naturalmente, os textos su-
pra-citados não tratam diretamente da Sacudidura, e
rem dão uma data exata, mas, convenhamos, eles servem
como um farol a nos guiar na trevas do amanhã. .Ade-
mais, como já frisamos, os Últimos acontecimentos es-
tarão tão intimamente relacionados que é impossível
separá-los, pondo-os em ordem cronológica. Nem por
isso precisamos ficar completamente às escuras. Porém,
tma advertência •••
Foi-me mostrado o povo de Deus :es-
perando que ocorresse alguma mudança - que um com-
pulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão de-
cepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; pre
cisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e ela=
mar fePVorosamente a Deus por um genuíno conhecimen
to de si próprios. As cenas que estão passando di=
ante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos
despertar, levando insistentemente a verdade ao co-
ração de todos os que quiserem escutar. A seara da
terra está quase madura. (14)

1. I TSM - 329. 8. GC - 611.


2. LBR - Cap. XII. 9. II TSM - 373.
3. I ME - 234-235. 10. PJ - 412.
4. II TSM - 321. 11. GC - 466.
5. Ev - 704. 12. 1M - 206.
6. GC - 612. 13. 7BC - 980.
7. se - 49 e 98. 14. I TSM - 88.

- 58 -
CAPÍTUI.O V

QUAIS OS RESULTADOS DA SACUDIDURA?

Sempre que o Senhor quer Se manifestar, Satanás se


antecipa e introduz uma contrafação a fim de enganar
os incautos e descuidados. Por isso, parece-nos, se
conhecermos corretamente quais serão os resultados da
Sacudidura, estaremos mais capacitados para distin-
guir entre a falsa e a verdadeira. Há de se recordar
que já há l'llguém por aí pretendendo ser "os frutos da
Sacudidura" - a IASD-MR, isto é, Igreja Adventista do
Sétimo Dia - Movimento de Reforma.O título é pomposo,
mas a realidade é funesta.
Se conseguirmos enumerar cor
retamente todos os resultados da Sacudidura, teremos uma
fÔrma na qual metê-los dentro e verificarmos se são ori
gi.n·ais ou espúrios. No início deste opúsculo já inves-=
timos de leve contra essa gente, não com o intuito de
desprestigiá-los, mas no afã de esclarecer aos since-
ros. Por esta mesma razão voltamos à esgrima, sem pre-
tendermos ser um espadachim.
Em nossas andanças pelos
prados dos Testemunhos, colhemos oito belas flores que
nos parecem ser os resultados da Sacudidura. Procurare
11•1s pô-las em ordem para facilitar a compreensão dos
l1•itores, embora reconheçamos que não se pode afirmar
que hai a uma ordem cronológica entre elas.
1. Grande mudança. - Se a Sacudidura não modifi-
c·ar a vida da Igreja; se seus membros continuarem como
1•ram antes ou talvez piores, brigando, cobiçando, es-
1·11rnecendo, ambicionando, adulterando, etc., etc. ,para
q1tl', então, sacudidura? Ou será que vai haver uma sa-
rnd idura da Sacudidura?
Perguntei pela causa dessa GRAN
m: MUDANÇA. Um anjo respondeu: É a chuva serôdia, o
r···frigério da presença do Senhor, o alto clamor do
l.c·r•ceiro anjo. (1)
- 59
sUbstituição se tornar universal, Deus revelar-se-~
Quando as leis dos homens forem exaltadas sobre as
leis de Deus, quando os poderes desta terra tenta-
rem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da
semana, sabemos que chegou o TEMPO para Deus operar.
(Versais sup1•idas) (13)
Naturalmente, os textos su-
pra-citados não tratam diretamente da Sacudidura, e
IEm dão uma data exata, mas, convenhamos, eles servem
como um farol a nos guiar na trevas do amanhã. Ade-
mais, como já frisamos, os Últimos acontecimentos es-
tarão tão intimamente relacionados que é impossível
separá-los, pondo-os em ordem cronológica. Nem por
isso precisamos ficar completamente às escuras. Porém,
t.m.a advertência •••
Foi-me mostrado o povo de Deus :es-
perando que ocorresse alguma mudança - que wn aom-
pulsi vo poder deles se apoderasse. Mas ficarão de-
aepcionados, pois estão em erro. PY'eaisam agir; pre
cisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e ala=
mar fervorosamente a Deus por wn genuino conheaimen
to de si próprios. As cenas que estão passando di=
ante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos
despertar, levando insistentemente a verdade ao co-
ração de todos os que quiserem escutar. A seara da
terra está quase madura. (14)

1. I TSM - 329. 8. GC - 611.


2. LBR - Cap. XII. 9. II TSM - 373.
3. I ME - 234-235. 10. PJ - 412.
4. I I TSM - 321. 11. GC - 466.
5. Ev - 704. 12. 'IM - 206.
6. GC - 612. 13. 7BC - 980.
7. se - 49 e 98. 14. I TSM - 88.

- 58 -
CAPÍTUI.D V

QUAIS OS RESULTADOS DA SACUDIDURA?

Sempre que o Senhor quer Se manifestar, Satanás se


antecipa e introduz tm1.a contrafação a fim de enganar
os incautos e descuidados. Por isso, parece-nos, se
conhecermos corretamente quais serão os resultados da
Sacudidura, estaremos mais capacitados para distin-
guir entre a falsa e a verdadeira. Há de se recordar
que já há i:ilguém por aí pretendendo ser "os frutos da
Sacudidura" - a IASD-MR, isto é, Igreja Adventista do
Sétimo Dia - Movimento de Reforma.O título é pomposo,
mas a realidade é funesta.
Se conseguirmos entm1.erar cor
retamente todos os resultados da Sacudidura, teremos uma
fÔrma na qual metê-los dentro e verificarmos se são ori_
ginais ou espúrios. No início deste opúsculo já inves-
timos de leve contra essa gente, não com o intuito de
desprestigiá-los, mas no afã de esclarecer aos since-
ros. Por esta mesma razão voltamos à esgrima, sem pre-
tendermos ser um espadachim.
Em nossas andanças pelos
prados dos Testemunhos, colhemos oito belas flores que
ms parecem ser os resultados da Sacudidura. Procurare
11k1s pô-las em ordem para facilitar a compreensão dos
l!•Í tores, embora reconheçamos que não se pode afirmar
q11e hai a tm1.a ordem cronológica entre elas.

1. Grande mudança. - Se a Sacudidura não modifi-


1·ar a vida da Igreja; se seus membros continuarem como
••ram antes ou talvez piores, brigando, cobiçando, es-
1·11rnecendo, ambicionando, adulterando, etc., etc. ,para
•)li!', então, sacudidura? Ou será que vai haver tm1.a sa-
rnd ídura da Sacudidura?
Perguntei pela causa dessa GRAN
111·.' MUDANÇA. Um anjo respondeu: É a chuva serôdia, o
1•. 'j'Y'igério da presença do Senhor, o alto clamor do
/, · Pceiro anjo. (1)
- 59 -
2. Reavivamento e reforma. - Já falamos do des-
pertamento futuro como uma das causas da Sacudidura,
mas ele será também um dos resultados. Grande mudança
e reavivamento e reforma é praticamente uma e a mesma
coisa. São apenas características enfáticas.
Tem que
ter lugar um reavivamento e reforma, sob o ministé-
rio do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são
duas coisas diferentes. Reavivamento significa re-
novação da vida espiritual, uma vivificação das fa-
culdades do espírito e do coração, um ressurgimento
da morte espiritual. Reforma significa reorganiza-
ção, mudança de idéias e teorias, hábitos e práti-
cas. A reforma.não produzirá os bons frutos da jus-
tiça a menos que esteja ligada a um reavivamento do
Espírito. Reavivamento e reforma devem fazer a obra
que lhes é designada, e para fazerem essa obra têm
de se unir. REVIEW AND HERALD, 25 de fevereiro de
1902. (2)
3. Separação trigo-joio. - Alguns pensam que o
único objetivo da Sacudidura seja a separação enrre
os "bons" e os "maus". É certo que isso ocorrerá, mas
sem as aspas. Seria de bom alvitre chamar-se a aten-
ção do leitor para um fato importantíssimo - a Sacudi
dura tornará os dois elementos distintos mas ambos
permanecerão juntos, formando dois partidos. É a tem-
pestade ou crise que os separara para sempre.
Não vem
distante o tempo em que toda alma terá de ser pro-
vada. •.. Por esse tempo o ouro será SF:PARADO da es-
:-, cária, na igreja. A verdadeira piedade distinguir-
·se-á então claramente daquela que consiste na apa-
rência. Muitas estrelas cujo brilho temos admirado,
então se apagarão transformando-se em trevas. A pa-
lha, como nuvem, será levada pelo vento, mesmo de
lugar98 onde só vemos ricos campos de trigo. (3)
( . . .) .
A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não
cairá. Ela permanece, ao passo que os pecadores de
Sião serão lançados fora no joeiramento a palha
- 60 -
separada do trigo precioso. (4)
Ao aproximar-se a tem
pestade, uma alasse numerosa que tem professado fe
na mensagem do teraeizoo anjo, mas não tem sido san-
ti fiaada pela obediência à verdade, abandona sua P9..
sição, passando para as fileiras do adversário. Uni!!:_
do-se ao mundo e participando de seu espírito, che-
garam a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em
vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fá-
cil, popular. Homens de talento e maneiras agradá-
veis de falar, que se haviam já regozijado na ve~
dade, empregam sua capacidade em enganar e transvi-
ar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus
antigos irmãos. Quando os observadores do sábado fo
rem levados perante os tribunais para responder por
sua fé, estes apóstatas serão os mais ativos agen-
tes de Satanás para representá-los falsamente e os
acusar e, por meio de falsos boatos e insinuações,
incitar os governantes contra eles. (5)
4. Purificação. - Despertas, reavivados e refor-
mados, só podem estar puros. Do contrário, para que
sacudidur.a?
A menos que se arrependa e converta a igre
ja que agora está a leveda~se com sua apostasia-;
comerá do fruto de seus próprios atos, até que se a
borreça a si mesma. Quando resistir ao mal e esao::
lher o bem, quando buscar a Deus com toda a humilda
de e alcançar sua alta vocação em Cristo, permane::
cendó na plataforma da verdade eterna, e pela fé
lançar mão dos dons que para ela se acham prepara-
dos, então será curada. Aparecerá então na simpli-
cidade e pureza que Deus lhe deu, separada de emba-
r>aços terrenos, mostrando que a verdade com efeito
a libertou. Então seus membros serão na verdade os
escolhidos de Deus, os Seus representantes. (6)
5. União entre os fiéis. - Em tal espírito de
uant idade não poderá haver desunião.
É chegado o tempo
1iapa se realizar uma reforma completa. Quando esta

- 61 -
reforma começar, o esp{rito de oraçao atuará em ca-
da crente e banirá da igreja o espirita de discór-
dia e luta. Os que não têm estado a viver em comu-
nhão cristã, chegCIP-se-ÕíJ uns aos outros em cantata
{ntimo. Um membro que trabalhe de maneira devida le
v•apá outros membros a unir-se-lhe em súp Zicas pe ia
revelação do Esp{rito Santo. Não haverá confusão,
pois todos estarão em harmonia com o Esp{rito. As
barreiras que separam wn crente de outro, serão der
ribadas e os servos de Deus falCIPão as mesmas cal=
sas. O Senhor cooperCIPá com os Seus servos. Todos
orarão com entendimento a prece que Cristo ensinou
aos seus servos: "Venha o Teu reino, seja feita a
Tua vontade, assim na Terra como no Céu". Mt. 6:10.
(6)
6. Poder. - Despertos, reavivados, reformados,
puros e unidos, eles recebem do Céu a aprovação de seu
caráter com a presença ostensiva do Espírito Santo. É
Iógico que as coisas não se passarão assim, tão sim-
plória e demoradamente - acontecendo uma, depois a
outra, sucessivamente. Escatologicamente falando, os
acontecimentos serão simultâneos ou estão entrelaça-
dos, tornando muito difícil, e às vezes impossível,
fazer-se uma separação entre eles. Assim é que, entre
outros, há três aspectos da questão que não podem ser
isolados completamente - sacudidura, chuva serôdia e
selamento. Quando se fala de um, fala-se de outro e
muitas vezes podemos confundi-los. Aparentemente as
coisas se passarão assim: A Igreja será sacudida e pu
rificada, recebendo em consequência a chuva serôdia
que é o poder do Espírito Santo. Estas coisas motivá-
la-ão para um trabalho mais intensivo e eficaz, pro-
vocando a ira do cristianismo apostatado, desabando
una tempestade sobre ela; uma lei é conseguida, a par
tir dos EE.UU. da América, impondo a observância do
domingo. Esta lei obrigará todos os seres humanos a
tomarem uma decisão - ou sábado, ou domingo e as-
sim, estaremos recebendo um ou outro selo - de Deus
ou da Besta.
Ouvi os que estavam revestidos da armadu-
- 62 -
ra falar sobre a verdade com grande poder., Isto
produzia efeito. Muitos tinham sido amarrados; al-
gumas mulheres pelos maridos, e crianças por seus
pais. Os honestos que tinham sido impedidos de ou-
vir a verdade, agora avidamente a ela aderiam.Fora-
se todo o receio de seus parentes, e somente a ver-
dade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome e
sede da verdade; esta lhes era mais querida e pre-
ciosa do que a vida. Perguntei o que havia operado
esta grande mudança. Um anjo respondeu: - "Foi a
chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor,
o alto clamo.!' do terceiro anjo". (?)
Assim será pro-
clamada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o
tempo para que ela seja dada com o máximo poder, o
Senhor operará por meio de humildes instrumentos,di
rigindo a mente dos que se consagram ao Seu serviçÕ.
Os obreiros serão antes qualificados pela unção do
Espírito do que pelo prepaPO das instituições de en
sino. Homens de fé e oração serão constrangidos a
sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus
lhes dá. Os pecadores de Babilônia serão patentea-
dos. Os terríveis resultados da imposição das obser
vâncias da igreja pela autoridade civil, as incu~
sões do espiritismo, os furtivos mas rápidos pro-
gressos do poder papal - tudo será desmascarado.
Por meio destes solenes avisos o povo será comovida
Milhares de milhares que nunca ouviram palavras co-
mo essas, escutá-las-ão. Com espanto ouvirão o tes-
temunho de que Babilônia é a igreja, caída por cau-
sa de seus erros e pecados, por causa de sua rejei-
ção da verdade, enviada do Céu a ela. (8)
7. Trabalho. - Preguiça é pecado (9) e os sacudi-
dos não terão pecado. Una das grandes características
desses fiéis dos Últimos dias será o trabalho - tra-
balho intenso, ordenado, sincero, profícuo e ... (etc.,
l't c. , ) .
( ... ). Fiquei profundamente impressionada com
as cenas que ultimamente passaram perante mim nas
- 63 -
v~soes da noite. Parecia estal'-se operando um gran-
de ri:ovimento - uma obra de reavivamento - em mui-
tos lugares. Nosso povo acorria a seus postos, ate~
dendo ao chamado de Deus.( ... )
Em visões da noite pas
saram diante de mim representações de um grande mo::
vimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos
estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e
outros milagres se operavam. • .. Viam-se centenas e
milhares visitando fam{lias e abrindo perante elas
a Palavra de Deus. Os coração eram convencidos pelo
poder do Esp{rito Santo, e manifestava-se um esp{-
rito de genu{na conversão. Portas se abriam por to-
da parte à proclamação da verdade. O mundo parecia
iluminado pela influência celeste. Grandes bênçãos
eram recebidas pelo fiel povo de Deus. ( . .. ) .
Virão
tempos em que a igreja será despertada pelo poder
divino, e fervorosa atividade será o resultado, pois
o vivificante poder do Esp{rito Santo inspirará
seus membros a sa{rem e buscarem almas para Cristo.
(10)
Muitos outros textos poderiam ser transcritos
comprovando o que estamos querendo dizer. Pensamos,
entretanto, que os supra-citados j ã bastam para dar
tm.a idéia nítida daquilo que ocorrerá em tnn futuro não
muito distante. Então ctnnprir-se-ã o que está escrito
a:n Apoc. 18: 1-4 - o que se chama de Alto Clamor.
8. Oposição, interna e externa. -Eis aqui tnn dos
mais duros e perigosos resultados da sacudidura. Ele
será amargo para os fiéis, bem como desencorajador
também. A oposição externa não há de ser muito probl~
mática e triste, mas a interna o será. Vejamos prime..!_
ro aquela e depois esta.
a) Oposição externa.
Estendendo-se a controvérsia
a novos campos, e sendo a aten~ão do po~o chamad~
para a lei de Deus calcada a pes, Satanas entrara
em ação. O poder que acompanha a mensagem apenas en
- 64 -
furecerá os que a ela se opõem. O clero empregará
esforços quase sobre-humanos para excluir a 'luz,
receoso de que ilumine seus rebanhos. Por todos os
meios ao seu alcance esforçar-se-á por evitar todo
estudo destes assuntos vitai& A igreja apelará para
o braço forte do poder civil, e nesta obra unir-se-
ão romanistas e protestantes. Ao tornar-se o movi-
mento em prol da imposição do domingo mais audaz e
decidido, invocar-se-á a 'lei contra os observadores
dos mandamentos. Serão ameaçados com multas e prisão,
e a alguns se oferecerão posiçÕes de influência e
outras recompensas e vantagens, como engodo para re
nunciarem a sua fé. ( . .. ) . -
Os que honram o sábado bí-
blico serão denunciados como inimigos da lei e da
ordem, como que a derribar as restriçÕes morais da
sociedade, causando anarquia e corrupção, e atrain-
do os juízos de Deus sobre a Terra. Dealara'I'-'.se-á
q~e seus conscienciosas escrúpulos são teimosia,obs
tinação e desdém à autoridade. Serão acusados de
deslealdade para com o governo. Ministros que negam
a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito
o dever de prestar obediência às autoridades civis,
como ordenadas de Deus. Nas assembléias Zegis.7:,ati-
vas e tribunais de justiça, os observadores dos man
damentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á iin
falso colorido às suas palavras; a pior interpreta-
ção será dada aos seus intúitos. (11)
A história do
passado é um espelho para o futuro. Se quisermos ter
una idéia de como será a crise vindoura, deveremos re
volver as páginas da história. Ali veremos as atroei=
dades que foram cometidas em nome de Deus ~ e de Seu
Cristo. Entretanto não precisamos temer o futuro. Ape
sar das sombrias perspectivas, há gloriosas esperança
ças. O Senhor não desamparará os Seus fiéis. (12)
b) Oposição interna.
A oposição externa não será
nnle, mas a interna será muito mais dura! Ruim é ser
incompreendido pelos inimigos, porém muito pior, pe-
- 65 -
los amigos! Como a grande maioria da Igreja, atualmen
te, está apostatada; como o testemunho da Testemunha
V-erdadeira é um.a reprovação aos seus erros (Ap. 3: 15-
17), tudo isso, a exemplo dos de fora, excitará os
ânimos e despertará a ira desses infiéis. "Alguns", in
forma-nos a inspiração, "não suportarão ess.e claro
testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará um.a sacudi-
dura entre os filhos de Deus". (13)
( . •• ) . E por aque-
le tempo a classe de superficiais, conservadores,
cuja influência tem retardado decididamente o pro-
gresso da obra, renunciará à fé e tomará sua posi-
ção com os francos inimigos dela, para os quais 'ha-
via muito tendiam suas simpatias. Esses apóstatas
hão de manifestar então a mais acerba inimizade,fa
zendo tudo quanto estiver ao seu alcance para oprl=
mir e fazer mal a seus antigos irmãos e excitar in-
dignação contra eles. Esse tempo se acha justamente
diante de nós. (14)
( ... ). Homens de talentos e ma-
neiras agradáveis, que se 'haviam já regozijado na
verdade, empregam sua capacidade em enganar e trans
viar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus
antigos irmãos. Quando os observadores do sábado fo
rem levados perante os tribunais para responder por
sua fé, estes apóstatas serão os mais ativos agen-
tes de Satanás para representá-los falsamente e os
acusar e, por meio de falsos boatos e insinuaçÕes,
incitar os governantes contra eles. (15)
Agora é nos
so terrrpo de perigo. Nossa Única segurança está em
Cristo, e levar o Seu jugo. Tempos de tribulação es
tão diante de nós. &n muitos casos, nossos amigos
dos rejeitarão. Sem causa, homens se tornarão nos-
sos inimigos. Os motivos do povo de Deus serão mal
interpretados, não somente pelo mundo, mas por seus
próprios irmãos. Os servos do Senhor serão coloca-
dos em situações difíceis. Será criada uma tempes-
tade num copo de água para justificar a atitude ego
{sta e a injustiça dos homens. (16) -
É quase inacre-
- 66 -
ditável o que se lê no Espírito de Profecia sobre es-
ses dias sombrios que aguardam os fiéis filhos de Deus.
O:>mo ASD, detentores da verdade, temos recebido uma
carga maravilhosa de provas escriturísticas de que e~
ta é a Igreja Verdadeira - e esta é a verdade, quer os
mmens creiam, quer não - cumpridora das profecias
bíblicas, preenchedora das características da Última
fase da Igreja Cristã, etc., etc., formando, assim, um
a:>nceito enraizado e, às vezes, idêias errôneas. Ora,
por vezes pensamos: - Se esta é a Igreja Verdadeira,
seus membros constituem o Povo de Deus e por isso es-
tão TODOS ao abrigo da ira divina, sendo, portanto, im
possível que sofram qualquer castigo ou rejeição. -
Quan-
do se lê ou se ouve que a Igreja fará isto ou aqui lo;
receberá esta ou aquela bênção, nossos pensamentos ro
dopiam em torno de sua totalidade, incluindo TODOS os
seus dirigentes e TODOS os seus membros. Mas não será
assim! .As promessas só serão válidas para os fiéis, co
mo às ameaças só se aplicam aos infiéis. Os ASD pos=
suem a verdade, mas nem todos vivem a verdade. Aliás,
a grande maioria!
Un dos textos mais tristes do Espí-
rito de Profecia está transcrito logo abaixo. Com pa-
lavras duras e lancinantes ele expõe a realidade fu-
tura da Igreja e, sobre tudo, de sua cúpula. Há muitos
outros que nos falam dos horrores iminentes, porém
transcreveremos este e mais dois. Un continua matra-
cando contra os "homens grandes" da Igreja e o outro
investe contra todos os letárgicos e mornos.
Vemos ai
(Ez. 9: 6) que a igreja -
santuário do Senhor - foi
a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os an-
ciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que ha
viam ocupado o lugar de depositários dos interesses
espirituais do povo, haviam traído o seu depósito.
Colocaram-se no ponto de vista de que não precisa-
mos esperar milagres e as assinaladas manifestações
do poder de Deus, como nos dias da antiguidade. Os
tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a
- 67 -
incredulidade, e dizem: O Senfior não fará bem e nem
mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu po-
vo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de hq_
mens que nunca mais erguerão a voz como tro_mbeta Pª:
ra mostrar ao povo de Deus suas transgressoes, e a
casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que
não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa
vingança de um Deus ofendido. Homens, virgens e cri-
anças, todos perecerão juntos. ..
( ... ). Os que, em Sião,
se acham à vontade, clamam: "Paz e segurança!" en-
quanto o Céu declara que está para vir sobre os tran!!_
gressores rápida destruição. (J.?)
Na última, solene
obra, poucos grandes Yiomens se empenharão. São pre-
sumidos, independentes de Deus, e Ele não os pode
usar. (18)
Defensores da obediência e ensinados a es-
sa prática, tanto pela Escritura como pela organização
adventista, nós, liderados e líderes, nos acostumamos
a uma obediência irrestrita a Deus (?) e aos homens.
Esta Última, por vezes se torna servil e perigosa. Ca-
brestamos de cabresto curto, sem nos preocuparmos se o
rumo que estamos seguindo é o certo ou não. Fulano fa-
lou, aceitamos sem titubear. Isto por vezes é bom, mas
por vezes é mau. Se o Fulano está certo, nós estamos
seguros. Mas se ele estiver errado?
Oh! não estamos ad-
vogando rebeldia e muito menos ruins desconfianças! Mas,
pelo pouco que conhecemos da escatologia (e isso os lei
tores já se deram conta até aqui!) sabemos que preci=
samos de uma certa "margem de segurança" em nossa obe-
diência aos nossos líderes. Eles são humanos e falí-
veis e nós não estamos muito seguros, entregues exclu
sivamente à sua guia. O que deveríamos fazer então? Efil
primeiro lugar, conhecer bem a Palavra de Deus, espe-
cialmente a parte que se refere à escatologia. Em se-
gundo lugar, aferir todos as decisões, nossas e dos
IX>ssos líderes, por esse conhecimento. Quão importante
é que esse conhecimento seja bem alicerçado a fim de

- 68 -
nao nos enganarmos a nós mesmos!
CS qu.e se esforçam por
obedecer a todos os mandamentos de Deus defrontarão
oposição e escárnio. Apenas em Deus ser-lhes-á pos-
sível subsistir. A fim de suportarem a prova que
diante deles está, devem compreender a vontade de
Deus como se acha revelada em Sua Palavra; poderão
h:Jnrá-Lo, unicamente tendo uma concepção correta de
Seu caráter, governo e propósitos, e agindo de acor
do com estes. Pessoa alguma, a não ser os qu.e fo~
taleceram o espírito com as verdades da Escritura,
poderá resistir no último grande conflito. A toda
al.ma virá a inquiridora prova. Obedecerei a Deus de
preferência aos homens? A hora decisiva está mesmo
agora às portas. Estão nossos pés firmados na rocha
da imutável Palavra divina? Estamos preparados para
permanecer firmes em defesa dos mandamentos de Deus
e da fé de Jesus? (19)

1. I TSM - 61-62.
2. se - 42.
3. se - 49.
4. II ME - 380.
5. Ge - 614.
6. III TSM - 254-255.
7. VE - 176.
8. Ge - 612.
9. se - 43.
10. se - 42 e 98.
11. Ge - 613 e 596.
12. III TSM - 285.
13. I TSM - 60.
14. II TSM - 164.
15. Ge - 614.
16. MM83 - 171.
17. II TSM - 65,66,75.
18. se - 49.
19. Ge 599-600.
- 69 -
CAPÍTUI.D VII

COMO PREPARAR-SE PARA A SACUDIDURA

Importante é conhecer-se os resultados da Sacudi-


dura, mas muito mais importante é saber-se como se
preparar para ela. Não basta sabermos o que vai acon-
tecer e nem como vão se desenrolar os acontecimentos.
:e-nos necessário saber como nos preparar para tão mo-
mentosa conjuntura. E, mais uma vez, podemos sentir o
grande amor de nosso amoroso Pai Celestial em nos in-
formar as circunstâncias e nos dizer qual o melhor ca
minho a seguir. "Certamente o Senhor Deus não farã
coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos
Seus servos, os profetas." (.Amós 3: 7) Enumeremos al-
gumas coisas que devemos saber e fazer.
1. Estudar a Bíblia.
O povo de Deus é encaminhado
às Santas Escrituras como a salvaguarda contPa a in
fluência dos falsos ensinadoPes e podeP ilusório
dos esp{pi tos das t1'evas. (. . .) ;
Os que se esfoPçam poP
obedeceP a todos os mandamentos de Deus defPonta-
taPão oposição e escá:z.nio. Apenas em Deus seP-lhes-
á possível subsistiP. A fim dé suporiapem a -PPOVa
que diante deles está, devem CorrrpPeendeP a Vontade
de Deus como se acha rove lada em Sua PalavPa; pode-
Pão honPá-Lo, unicamente tendo uma concepção coPPe-
ta de Seu capáteP, govePno e pPopósitos, e agindo
de acamo com estes. Pessoa alguma, a não SeP os
que foPtalecem o esp{Pito com as vePdades das Escri
turas, podePá 1'esistiP no último conflito.( .•. ).
Mas
Deus tePá sobPe a terTa um povo que mantenha a B{-
b lia e a B{blia só, como no!'111a de todas as doutPi-
nas e base de todas as Pefoxmas. As opiniões de ho-
mens i lustPados, as deduções da ciência, os crodos
ou decisões de concílios eclesiásticos, tão numePo-
- 74 -
n,in e discordantes como são as igrejas que represen
l 1UI/, a VOZ da maioria - nenhuma destas COiSaq, nem
/,)(las em conjunto, deveriam considerar-se como pro-
"ª, em favor ou contra qualquer ponto de fé reli-
uioaa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou pre-
,•,:ito, devemos pedir em seu apoio um claro - "Assim
ili'.:{ o Senhor." (1)
Essa Bíblia deve ser examinada
1'l'OR NÓS MESMOS" embora careçamos do au.xí lio de outrem.
K'ile estudo deve ser precedido de oração (2) Especi-
almente os livros de Daniel e Apocalipse devem ser
1· I aramente compreendidos.

Há necessidade de mais Ínti-


mo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem
/Janiel e Apocal{pse merecer a atenção como nunca
dantes na história de nossa obra. (3)
Certamente ao
ninhecer não basta. Muitos há que conhecem mas não
praticam. Isso de nada lhes aproveita. Mas sem conhe-
1·1• r jamais se poderá praticar. Ninguém faz o que não
1111he. Quanto melhor souber, melhor poderá executar.
2. Lutar contra o pecado.
Apesar de o homem não ter
d1• fazer "nada", ele tem de fazer "muita" coisa. Pa-
n•1'L' uma contradição, mas não o é. Essa aparente con-
1 rndição é o velho problema FÉ X OBRAS que tanta ce-
l1•1una tem dado, motivando longas discussões.
O proble-
11111 He resa lve de maneira muito simples. Tão simples
q111• muitos nem sequer aceitarão essa solução! Basta
dividi nnos a existência htunana em três partes distin-

+
111H - passado, presente e futuro. Na verdade só exis
11•111 duas seções: a) do presente para o passado; b) do
l'll'HL•nte para o futuro. Na seção "a", p
11 1•.raça impera absoluta, sem nenhtuna
i 1111• r ferência das obras. Para obter p f
" p1• rdão dos pecados já cometidos, a b
111111 podemos fazer absolutamente NADA.
N1111 hii dinheiro que os pague e nem·
- 75 -
obras que os redimam. "Sola Gracia". Já na seção "b"
as coisas mudam de figura. A vontade do homem é sobe-
rana e Deus não interfere nela. Além disso, o que o
h>mem pode fazer, Deus não o faz. Mas como o homem é
incapaz de realizar qualquer bem - "sem Mim NADA po-
deis fazer". (João 15 :5) - ele precisa de auxílio di
vino para executar suas obras, o que o impede de se
exaltar. O homem QUER, a Graça atua e as boas obras
aparecem. Nesta ânsia de vencer ele luta ~ luta com
todas as veras de sua alma. Luta com Deus em oração,
luta contra o pecado; luta contra a tentação; luta
contra as tendências herdadas e cultivadas.
Vi que
alguns não participavam dessa obra de súplica ago_-
niante. Pareciam indiferentes e descuidosos. Nao
resistiam à treva que os rodeava, e ela os envolvia
qual densa nuvem. Os anjos de Deus deixaram-nos, e
os vi apressarem-se em auxílio dos que lutavam com
todas as energias para resistir aos anjos maus, pro
curando ajudar-se a si mesmos invocando perseveran=
temente a Deus. (4)
A classe que não se entristece
por seu próprio declínio espiritual, nem chora so-
bre os pecados dos outros, será deixada sem o selo
de Deus. (5)
3. Separar-se do mundo.
Em sua oraçao sacerdotal,
o Senhor orara: "Não peço que os tires do mundo; e,
sim, que os livres do mal". (João 17: 15) Estar no
mundo e não fazer parte do mundo é uma das grandes vir
tudes cristãs. É ser como o lírio que nasce em meio
ao lodo, se nutre de lodo, mas não se contamina com o
lodo.
Aque Zes que se ligam ao mundo por laços de simpq_
tia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certa
mente serão destruídos com os que obram iniquidade-:
(6)
( ..• ). Unindo-se ao mundo e participando de seu
espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mes-
- 76 -
ma Zu,z; e, em vindo a prova, estão prontos a esco-
Zhero o lado fáci Z, popuZaro. (?)
A Sacudidura e o fu-
turo da Igreja estão intimamente ligados. Por isso a
lgreja deveria conhecer muito bem esse assunto. Deus
nos forneceu todos os dados necessários a fim de não
sermos iludidos. SÓ serão iludidos os que negligenci-
arem o estudo da Revelação e por isso não terão des-
culpas.
Não conhecendo o plano divino, corremos o pe-
rigo de nos unirmos com os rebeldes, pensando que es-
tamos do lado da verdade. A advertência é:
Conquanto
devamos amaro as almas poro quem Cristo morreu, não
nos devemos corrrprometero com o mal. Não nos podemos
uniro aos rebeldes e chamaro a isto caridade. Deus
r-equer de Seu povo nesta fase do mundo que pennane-
ça finne pelo diroeito tanto quanto João, em oposi-
cão aos erros que aroru{nam a alma. (8)
Já o Discípu-
lo Amado, dois mil anos atrás, dera esta fulminante
ordem: "Se alguém vem ter convosco e não traz esta
lk>Utrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as bo
as-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas
1az-se cúmplice das suas obras más". (II Jo. 10).
Por
t 1•rmos tão maravilhosas informações, com abundantes
cll'l a lhes, não precisamos temer o futuro. Ellen G. White,
clc•pois de uma vida dedicada inteiramente ao serviço
cio Senhor, aos 88 anos de idade, já à beira da sepul-
111 rn, em 1915, registrou a sua confiança na direção
cl i vi na, nas seguintes palavras:
Ao recapitular a nossa
lti :: /,Ór>ia passada, havendo revisado cada passo de
1•1•.iur•esso até ao nosso nive Z atual, posso dizer: Lou
,,,,,/,, seja Deus! Ao ver o que Deus tem obrado, encho-::
"''· ''" admiração e de confiança na liderança de Cris
/, 1 • Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos
,111•' '!nqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem
11111 rTt!o, e os ensinos que nos ministrou no passado.
(:1) - 77 -
1. GC - 599-601.
2. GC - 604.
3. TM - 112.
4. I TSM - 60.
5. II TSM - 65.
6. II TSM - 67.
7. GC - 614.
8. AA - 555.
9. III TSM - 443.
CAP!TULO VIII

REFORMAS E REFORMISTAS

Que a IASD não seja o que deveria ser, não é di-


fíci 1 de se comprovar. Quem quer que conviva com al-
guns adventistas logo se convencerá disso. O testemu-
nho dado por muitos de nós é uma negação de nossa fé.
Graças a Deus que nem todos são assim, mas tememos que
os fiéis sejam uma esmagadora minoria.
Se assim não fo
ra, a IASD deixaria de ser a Igreja Verdadeira e fã
estaria no céu, pois as previsões proféticas,tanto da
BÍhlia - Ap. 3: 14-22 e outras - como do Espírito de
Profecia - fazem sérias acusações contra esse povo
altamente privilegiado pelos céus.
Nos capítulos ante-
riores já arranhamos de leve a purulenta ferida espi-
ritual desse povo - que é o meu povo! - mas agora
queremos nos demorar um pouquinho mais com o único oh
jetivo de despertar as consciências amortecidas e in=
traduzir o pensamento ao assunto do capítulo em cur-
so. Vejamos em rápidas pinceladas, e em ordem cronoló
gLca, o que foi dito de nós. -
1852 - Ao o lhaT' ultimamente ao T'edoT' em busca dos
humildes seguidoT'es do manso e teT'no Je-
sus, minha mente tem sido muito exeT'citada. Muitos
que pY'ofessam estar' aguaPdando a iminente volta de
Cr>isto estão se conformando com este mundo e buscan
do mais feT'Voroso aplauso dos que os ceT'cam do que
a apY'oVação de Deus. São fT'ios e formais, como as
i ({T'ejas nominais das quais estão sepaY'ados apenas
/'ouco tempo. ( . .• ) •
Muitos desses pY'ofessos cT'istãos
,,, ·1: tem-se, falam e agem como o mundo, e a única coi
11<1 pe 'la qual podem ser conhecidos é a sua profissão.
NnboT'a pY'ofessem estar' aguardando a CT'isto, sua con
111nwção não está no Céu, mas nas coisas mundanas~
(/)
- 79 -
1. GC - 599-601.
2. GC - 604.
3. TM - 112.
4. I TSM - 60.
5. II TSM - 65.
6. II TSM - 67.
7. GC - 614.
8. AA - 555.
9. III TSM - 443.
CAP!TUID VIII

REFORMAS E REFORMISTAS

Que a IASD não seja o que deveria ser, não é di-


fícil de se comprovar. Quem quer que conviva com al-
guns adventistas logo se convencerá disso. O testemu-
nho dado por muitos de nós é uma negação de nossa fé.
Graças a Deus que nem todos são assim,mas tememos que
os fiéis sejam uma esmagadora minoria.
Se assim não fo
ra, a IASD deixaria de ser a Igreja Verdadeira e jã
estaria no céu, pois as previsões proféticas,tanto da
BÍblia - Ap.3:14-22 e outras - como do Espírito de
Profecia - fazem sérias acusações contra esse povo
altamente privilegiado pelos céus.
Nos capítulos ante-
riores já arranhamos de leve a purulenta ferida espi-
ritual desse povo - que é o meu povo! - mas agora
queremos nos demorar um pouquinho mais com o único ob
jetivo de despertar as consciências amortecidas e iri=
traduzir o pensamento ao assunto do capítulo em cur-
so. Vejamos em rápidas pinceladas, e em ordem crono ló
~1ca, o que foi dito de nós. -
1852 - Ao olhar ultimamente ao redor em busca dos
humildes seguidores do manso e terno Je-
vus, minha mente tem sido muito exercitada. Muitos
que professam estar aguardando a iminente volta de
Cristo estão se conformando com este mundo e buscan
do mais fervoroso aplauso dos que os cercam do que
r1 aprovação de Deus. São frios e formais, como as
i (JY'ejas nominais das quais estão separados apenas
f >OUCO tempo. ( . .. ) .
Muitos desses professos cristãos
"'·::tem-se, falam e agem como o mundo, e a única coi_
no pela qual podem ser conhecidos é a sua profissão.
Nnbora professem estar aguardando a Cristo, sua con
/11 n:ação não está no Céu, mas nas coisas mundanas~
(/)
- 79 -
185 6 ~ Foi-me então dil'igida a atenção para os
anos de l843 e l844. Havia naquela oca-
s~ao um espírito de consagração que h.oje não há. O
que acontece com o povo peculiar de Deus? Vi a con-
formidade com o mundo, a indisposição de sofrer por
causa da verdade. Vi grande falta de submissão à
vontade de Deus. (2)
1857 ( ... ). O espirita mundano, o egoismo e a
cobiça têm estado a corroer a espiritua-
lidade e a vida do povo de Deus. (3)
1860 O professo povo de Deus é egoista e in-
teressado em si próprio. Amam as coisas
deste mundo e têm comunhão com as obras das trevas.
Têm prazer na injustiça. Não têm amor para com Deus
nem têm amor para com os seus semelhantes. São idó-
latras e são piores, muito piores,aos olh.os de Deus,
do que os pagãos, adoradores de imagens esculpidas,
que não têm conhecimento de um caminh.o melh.or. ( ... ).
O orgulh.o, o arror aos prazeres, e o pecado têm sido
acariciados, e Cristo se retirou. Seu Espirita foi
apagado na igreja. ( 4)
1862 ( •.. ). Está aumentando a distância entre
Cristo e Seu povo, e diminuindo entre
eles e o mundo. Os sinais distintivos entre o pro~
fesso povo de Cristo e o mundo quase que desaparece
rarn. Como Israel de outrora, seguem as abominaç;Ões
das nações que os cercam. (5)
1873 - ( ... ). O povo de Deus é representado na
mensagem aos laodiceanos como em uma po-
sição de degurança carnal.( ... ). Que maior ilusão
pode sobrevir ao espirita humano que a confiança de
se acharem justos, quando estão totalmente errados!
A mensagem da Testemunha Verdadeira encontra o povo
de Deus em triste engano, todavia sinceros em seu
engano. ( ... ). Faltam-lhes quase todos os requisi-
tos necessários ao aperfeiçoamento do caráter cris-
tão. Não têm um conhecimento prático da verdade bí-
blica, que leva à humildade de vida e à conformida-
de de seu querer com a vontade de Cristo. Não estão
- 80 -
vivendo em obediêneia a todas as reivindicações de
Deus. (6)
1881 - A obediêneia à moda está penetrando nos-
sas igrejas adventistas do sétimo dia, e
fazendo mais que qualquer outro poder para separar
nosso povo de Deus. Foi-me mostrado que as regras
de nossa igreja são muito deficientes. (?)
1891 - O poder das trevas já colocou seu molde
e inscrição sobre a obra que devia per-
manecer pura, não corrompida pelas astutas ciladas
do diabo. (8)
1893 É uma solene declaração que faço à igre-
ja, de que nem um entre vinte dos nomes
que se acham registrados nos livros da igreja, está
preparado para finalizar sua história terrestre, e
achar-se-ia tão verdadeiramente sem Deus e sem espe
rança no mundo, como um pecador comum. Pr>ofesscin
servir a Deus, mas estão servindo mais fervorosamen
te a Mamam. Esta obra feita pela metade é um cons~
f;ante negar a Cristo, de preferêneia a confessá-Lo.
(9)
1900 - ( ... ). Os professos seguidores de Cristo
não são mais um povo separado e peculiar.
t1 linha de demarcação é irrrpercept{ve l. O povo está-
11e subordinando ao mundo, às suas práticas, costu-
mes e egoísmos. A igreja passou para o mundo, trans
rwedindo a lei, quando o mundo deveria passar parã
,, igreja na obediênCia da mesma. Diariamente a igre
.ia se está convertendo ao rnundo. (10) -
1904 - ( ... ).Mas muitos dos que receberam a
luz espeeial acham-se tão conformados com
, ' mundo que mal podem ser distinguidos dos mundanos.
Nrr~> se destacam como povo peculiar de Deus, eleito
,. 1rr•eeioso. É dif{cil discernir entre o que serve a
/1, ·w; e o que não O serve. (11)
Naturalmente, muito
11111i1-1 coisa poderia ser copiada. É só procurar. Que es
l 1• i 11 escrito, não podemos ignorar! Entretanto, sabemos,
111111 l~ agradável ao errado que seus erros sejam expos-

- 81 -
tos ao público. Entre o agradáve 1 e o necessário, po-
de haver uma grande distância e por vezes precisamos
preferir o necessário ao agradável. As mensagens de
reprovação visam sempre o bem, nunca o maL Ao que pa-
rece, depois de 1905, as mensagens de reprovação fo-
ram diminuindo em frequência e intensidade, até desa-
parecerem por completo. E por quê? Será que a condi-
ção da Igreja melhorou? Deixaremos a resposta aos es-
píritos mais lúcidos e partiremos em demanda de ·tnn ou
tro pensamento - o Espírito de Profecia prevê tnna Re
forma na Igreja?

Prevista uma Reforma


Em um estado
tão deplorável, não seria possível que a Igreja conti-
nuasse assim indefinidamente. Alguma coisa deveria ser
feita para que ela voltasse ao estado primitivo ou qui
çá melhor. Una reforma era a condição SINE QUA NON pa-=
ra que ela continuasse a ser Igreja Verdadeira.
A menos
que se arrependa e converta a igreja que agora está
a levedar-se com sua apostasia, comerá do fruto de
seus próprios atos, até que se a"borreça a si mesma.
Quando resistir ao mal e escolher o bem, quando bus-
car a Deus com toda a humildade e alcançar sua alta
vocação em Cristo, permanecendo na plataforma da ver
dade eterna, e pela fé lançar mão dos dons que para
ela se acham preparados, então será curada.Aparecerá
então na simplicidade e pureza que Deus lhe deu, se-
parada de embaraços terrenos, mostrando que a verd.a-
de com efeito a libertou. Então seus membros serão
na verdade os escolhidos de Deus, os Seus represen-
tantes. (12)
O texto é profundo e merece uma séria re
flexão, a fim de não ser mal interpretado. Porém não o
faremos aqui para não nos desviarmos do assunto. Veja-
100s mais alguns textos que nos falam da necessidade
de uma reforma entre nós.
É chegado o momento para que
se efetv2 uma reforma completa( .•. ).
- 82 -
'l'em que ter luga:r> um rnavivamento e reforma, sob
o ministério do Espírito Santo. Reavivamento e rn-
forma são duas coisas diferentes. Reavivamento sig-
nifica renovação da vida espiritual, uma vivifica-
ção das faculdades do espírito e do coração, um res-
surgimento da morte espiritual. Reforma significa
reorganização, mudança de idéias e teorias, hábitos
e práticas. A r>e forma não produzirá os bons frutos
da justiça a menos que esteja ligada a um reaviva-
mento do Espírito. Reavivamento e reforma devem
fazer a obra que lhes é designada, e para fazerem
essa obra têm de se unir.
Não reclamam as Escritu-
r>as uma obra mais pura e santa do que a que temos
visto até agora? ... Deus requer daqueles que estão
p:r>ontos a se deixarem reger pelo Espírito Santo, que
dêem início a uma obra de inteira reforma. (13)
Ne-
ce s si t amos de uma reforma completa em todas as nos-
nas igrejas. O convertedor poder de Deus deve pene-
t:r>a:r> na igreja. Buscai ao Senhor com todo o fervor,
abandonai vossos pecados, e esperai em Jerusalém a-
té que sejais revestidos do Poder do Alto. Permití
que Deus vos separe para a obra. Purificai vossas
a"lrnas pela OBEDTtNCIA à verdade. A fé sem obras é
morta. Não adieis o dia do preparo. Não dormiteis
no estado de falta de prepa:r>o, não tendo óleo nem
em vossos vasos nem em vossas lâmpadas. Que ninguém
,feixe sua segurança para a eternidade depender do
acaso. ·Perguntai~vos sinceramente: Estou eu entre
oH salvos, ou entre os que não estão salvos? Subsis
/. i r•ei ou não subsistirei? Somente aquele que é lim
/)(> de mãos e puro de coração subsistirá naquele dia-:
(11)
Que o Espírito de Profecia preveja uma reforma
1•111.rc os Adventistas do Sétimo Dia parece não padecer
d1.1v i.da. O ponto de interrogação se pendura nas se-
p,11i ntcs arestas: O que seria essa reforma e o que a
mui ivaria?

- 83 -
A prodigalidade de Ellen G. White neste assunto não
permite que ninguém fique em dúvida a menos que o des~
je ardentemente. Não entraremos nesta minúcia aqui,
porque ela se confunde com a Sacudidura e dela já tra-
tamos longamente. O que ficou dito sobre a Sacudidura
seria também dito sobre a Reforma, pois ambos os ter-
DDS encerram em sua conotação o mesmo aspecto da ques-
tão. Reformado ou Sacudido quer dizer a mesma coisa.

Os 11 Reformistas 11 pretendem
ser essa Reforma
É aqui que as coi-
sas se complicam - e elas não acontecem por acaso!
Há t.Dna trama muito bem urdida em tudo isso! Saber-se
que há t.Dna Reforma profetizada e que ela está no futu-
ro, tudo bem! Mas se houver alguém pretendendo ser o
cumprimento da predição profética, então as coisas mu
dam de figura! Pois há a possibilidade de os preten-
dentes serem ou verdadeiros ou falsos. E o nosso rela-
cionamento com eles depende muito da verdadeira posi-
ção deles. Em outras palavras: se a pretenção deles
for correta, devemos aceitá-la, mas se for incorreta,
rejeitá-la.
SÓ pretender não basta! (15) Quando se pre-
tende ser algt.Dna coisa há necessidade de se provar es-
sa pretenção, mormente quando se leva em conta que o
Espírito de Profecia também prevê o surgimento de fal-
sas reformas.
Deus tem um povo em qu.e todo o Céu se
acha interessado, e eles são o único objeto da Terra,
precioso ao coração de Deus. Que todos os qu.e lerem
estas palavras lhes dêm toda a consideração; pois em
nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma
Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de
nós, tendo a preocupação de proclamar uma men~agem
qu.e declare qu.e o povo de Deus pertence ao numero
dos de Babilônia, e qu.e pretenda qu.e o alto clamor
é um chamado para sair dela, podereis saber que esse
tal não é portador da mensagem da verdade. Não o re-
cebais, não lhe desejeis bom eXito; pois Deus nao
- 84 -
falou por e Ze, nem lhe confiou uma mensagem mas ele
correu antes de ser enviado. A mensagem contida no
folheto intitulado O ALTO CLAMOR, é um engano. Seme
lhantes mensagens hão de apresentar-se e delas serã
declarado serem enviadas de Deus, mas tal declara-
ção será falsa; pois não estão cheias de luz, mas
de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o
povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em
acusar o povo de Deus, e estas mensagens serão proo-
e Zamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu po-
oo: "Levanta-te, resplandece, por que já vem a tua
luz e a gloria do Senhor vai nascendo sobre ti. Por
rrue eis que as trevas cobriram a Terra e a escuri'-::
dão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo e
a Sua glória se verá sobre ti."
Ver-se-á que estes
crue proclamam mensagens falsas não terão um alto
nenso de honra e integridade. Enganarão o povo e po
r•ão de mistura com o erro os TESTEMUNHOS da irmã
White, servindo-se de seu nome para dar influência
r·r sua obra. Escolhem dos TESTEMUNHOS certos trechos
crue acham que podem ser torcidos de modo a apoiar
:rua atitude e põe-nos numa moldura de falsidade, pa
r•a que o seu erro tenha peso e seja aceito pelo po-::
"º· Dão falsa interpretação e ap Zicam mal o que
/Jeus deu à igreja para advertir, aconselhar, repro-
tlar•, confortar e animar os que constituirão o povo
r•emanescente de Deus. (16)
- -.
Este nao e o unico texto
do Espírito de Profecia·, mas cremos que seja o mais
1· l 11ro e o suficiente para provar que estão pr.evistas
l111Has reformas. É claro que os "Reformistas" não
ITPl'm que isto se aplique a eles. Há porém uma verda-
ol1• muito clara - a incredulidade dos homens não mo-
o! 1 l"i ca a realidade da vida e nem o plano divino.
Se os
"lh· lormistas" fossem realmente a Reforma Verdadeira,
il1•vl'riam, então, preencher as condições especificadas
1111 lkve lação. E o fazem? É isso que veremos mais tar-
•h• I Antes, porém, para elucidarmos melhor a questão,
- 85 -
vejamos as suas premissas e as analisemos uma por uma.
Pedimos ao leitor que preste atenção às fontes cita-
das. Nem sempre elas estarão explícitas. Às vezes es-
tarão apenas implícitas.

Premissas Refo:rmistas e Suas


Refutações
lfl - A profecia prevê uma decadência geral da IASD
e a queda de uma grande parte dela. (1?)
Refutando - A premissa está correta. Até aí nada de
mais. O problema surge quando se tenta
localizar a queda. Aliás, para nós, a maior parte da-
qui lo que os "Reformistas" dizem da IASD é verdade, só
é mal aplicado. E isso desfaz a posição deles.
2 CJ - Essa previsão se cumpriu e a queda ocorreu
entre l9l4 e l9l8. (7,8)
Refutando - A previsão não se cumpriu; está se cum-
prindo - o que é muito diferente! E pi-
or! A separação não foi a guerra. Aqui está o ponto
chave da divergência teológica entre a IASD e a IASD-
MR. Quem quer que entenda bem este ponto, terá enten-
dido completamente a "verdade presente". Em razão dis
to, precisamos ir com calma e firmeza.
Em primeiro lu-
gar, a IASD-MR nao tem, para provar essa afirmação -
a premissa n9 2 - nenhum texto do Espírito de Profe-
cia e muito menos da Bíblia. Para tanto, eles fazem
tm rodeio entre a Guerra da Secessão dos EE.UU. e a
Segunda Grande Guerra. A Sra. White condena aquela e
eles deduzem que condenaria também esta - o que nao
é errado! Acusando a IASD de ter participado da guer-
ra, pensam ter provado que a Igreja apostatou e foi
rejeitada. (19)
No devaneio de suas acusações eles co-
metem um de seus grandes erros teológicos - identi-
ficar a "tempestade" (20) como sendo a guerra (21)
quando em realidade é o Decreto Dominical. (22)
E se
- 86 -
a IASD foi rejeitada por sua participação na guerra, un
de está a Igreja verdadeira? Para responder a estã
pergunta eles cometem o segundo grande erro teológico.
Vê-lo-emos na refutação à 3éil premissa.

3!1 - A Igreja traiu o legado de Deus e foi substi-


tu{da pela IASD--MR. (23)

Refutando - Se a IASD foi rejeitada e substituída pe-


la IASD-MR, então esta deveria ser lDil po-
vo puro e santo. Mas não o é. E para contornar essa
aberração eles cometem, como já dissemos, o segundo
grande erro teológico que (segundo eles), se desdobra

a) AD começar a Sacudidura a Igreja é dividida em


dois partidos que serão separados pela guerra.
(24)
b) Os fiéis não são totalmente purificados. (25)
c) A Sacudidura prossegue para os fiéis e acaba de
purificá-los. (26)
d) A IASD seria sacudida duas vezes. (27)
Esses pontos serão esclarecidos nos itens seguin-
tes quando tentarmos refutar as outras premissas. Cer-
tamente nem seria preciso, pois eles são tão aberran-
tes que se refutam sozinhos.

4!1 - A substituição da IASD pela IASD-MR foi fru-


to da Sacudidura. (28)

l<efutando - O fruto da Sacudidura, como J a vimos no


Capítulo V, é fantasticamente diferente
daqui lo que conhecemos como IASD-MR. Não dá para se i-
ludir! Aliás, essa é \.Dlla das causas porque os "Refor-
111i Ht as" não conseguem perturbar muito os adventistas.
l•:ll's ensinam \.Dlla teoria Reforma - e apresentam \.Dlla
n·alidade bem diferente - Deforma.
Recordemos o assun-
111 do Capítulo III deste opúsculo. Ali formulamos a
111·rgunta - Para Que Uma Sacudidura? Respondendo-a,
11111Htramos que é para purificar DEFINITIVAMENIE o povo
87
de Deus. E a IASD-MR é pura? Que o digam os fatos! No
fim deste Capítulo o diremos também.

5~ - A SacudidUl'a começou em 1888 e continua até


agora. (29)

Refutando - Que a Sacudidura tenha começado em 1888,


não o duvidamos. Talvez pudéssemos dizer
que não foi em 1888, mas em 1886. A diferença não alte
ra a premissa.
O grande problema dos "Reformistas" nes-
te passo é o mesmo de muitos adventistas - não vêem
que a Sacudidura começou naquela época mas foi sustada.
Isso já tratamos no Capítulo IV. Será que os "Reformis
tas" não vêem realmente isso? Lendo-se os libelos de=
les - AOONSELHO-TE, p. 40 e PREPARAÇÃO PARA A. VITÕRIA FI
NAL, p.49, quase chegamos a duvidar de nossa própria
afirmação (?). Ora falam em sacudidura contínua, ora
falam em sacudidura suspensa. Contradição é natural em
quem nao tem a verdade.

6~ - Quando a Sacudidura começou, dividiu a Igreja


em dois partidos (30) e a guerra de 1914-1918
os separou. ( 31)

Refutando - Quase acertou. Faltou pouco. SÓ que esse


pouco e como a abertura dos ângulos - come
ça pequena e termina grande. A verdadeira Verdade é a
seguinte:
a) A Sacudidura começou em 1886, mas foi sustada
porque o testemunho da Testemunha Verdadeira não
foi atendido. (32)
b) A Sacudidura seria reimplantada mais tarde para
realizar a sua obra. (33)
c) Então se formariam os dois partidos. (34)
d) A Tempestade - o Decreto Dominical - os sepa-
rará. (35) Essa separação será definitiva, não
podendo haver intercâmbio entre eles, (36) pois
a Sacudidura será o juízo dos vivos. (37)

- 88 -
N - A separação ocoY'Y'ida em 1914-1918 foi par-
cial. Os fiéis não ficaram totalmente purifi
cados. No futuro ocorrerá outra separa<,rlo que
será definitiva. (38)

l~· l 11tando -Para solucionar o problema das impurezas


- e impurezas feias! - no meio deles,
1111 "Reformistas" ensinam, mas não esclarecem e tão
1••lll'o provam, una sacudidura da Sacudidura. Disso se
d1·preende que a Sacudidura ocorrida em 1914-1918 foi
i1111wrfeita. (E como o foi! O Diabo nunca faz nada pe.!_
ll'ilo!)
Aparentemente o Espírito de Profecia ensina es-
1111 dupla separaçao ou dupla Sacudidura. Um estudo pro
l 11ndo do assunto nos deixa, por vezes, confuso e per::-
1 ur bado. O problema desaparece, porém, ciuando definir
1111H a diferença entre Sacudidura começada em 1886, sus
pt~nsa, e recomeçada no futuro. Reveja o Capítulo IV
dt•Hte livro.

Bt;I - A Sacudidura prossegue para os fiéis por mui


tos anos e acaba por purificá-los. (39)

l<a• futando - Aqui está o terceiro grande erro teológi


co dos "Reformistas." Eles tiram os fiéis
11i 11da impuros do meio da Igreja, colocam-nos em sepa-
rndo para bombardear a IASD, enquanto isso eles vão
111• purificando. O Espírito de Profecia ensina "QUASEii
i 11Ho. SÓ que há o "quase"!
A Sacudidura é tm processo-
11ii11 muito rápido durante o qual os sinceros melhoram
,. oH hipócritas pióram. t durante esse período que se
lo rn11nn os dois partidos, mas eles ainda estão juntos
d1•11t ro da Igreja. (40) Se os "Refo·rmistas" deixassem
''""''ª dois partidos dentro da Igreja e ensinassem o
•1111· ensinam, então estariàm com a Verdade.Entretanto,
i11H11 não se harmonizaria com a história deles, e eles
t-11' veriam a descoberto, como extemporâneos e espúrios.

:J<! - A IASD sofrerá duas Sacudiduras. ( 41)


- 89 -
Refutando - t
o mesmo problema dos fiéis impuros. Ele
decorre da pressa em tirar o partido dos
fiéis de dentro da Igreja. Essa pressa é motivada pe-
los acontecimentos relativos à guerra, os quais dão
una certa aparência de realidade verdadeira ao MR. Mas
é só aparente! Colocando-se as coisas nos seus devi-
dos lugares, a verdadeira Verdade aparece e o erro
também. No exame da premissa seguinte, veremos t.m po~
co melhor o problema.

10~ - O Movimento de Reforma e o Anjo de ApocaZ{p_


se 18 são duas etapas diferentes. (42)

Refutando Saindo prematuramente de dentro da Igre-


ja, os "Reformistas" se constituem em lDD
remanescente impuro - A REFORMA. Então precisam de
outro movimento para purificar a Reforma - "o 49 An-
jo". Ensinar tuna aberração dessas é desconhecer com-
pletamente o assunto. Ou pior! É torcer demasiadamen-
pe os Testemunhos.
Aqui há tuna verdadeira confusão no
ensino "reformista". Confessamos que não conseguimos
seguir a trilha do mesmo. A Trilha SERIA esta, para
eles - conforme já vimos e provamos com as fontes, ao
apresentarmos as nossas "premissas reformistas."
a) A Sacudidura começou em 1888 e se prolongou até
1914-1918, formando dois partidos dentro da
Igreja. (Nesse caso a Sacudidura teria termina
do naquela data e o MR estaria puro e pronto
para o Céu, pois era o resultado dela.)
b) Una Tempestade ou Crise - a Guerra - os sepa
rou definitivamente - continuam ensinando e-=:
les. (Já fizemos notar que aqui há t.m erro eras
so. O Espírito de Profecia ensina claramente
que a Tempestade é a união das igrejas com o
seu Decreto Dominical.)
e) A maioria da Igreja, rejeitada, continua apos-
tatando mas ainda abriga em seu seio t.m bom
número de sinceros. (Isto é t.ma contradição! O
que for rejeitadp pela Sacudidura já estará
- 90' -
111 conhecermos algtDilas regrinhas desse difícil juízo.
o fanático:
a) Exige dos outros o que ele mesmo não faz. (Mt.
23:3).
b) :e exigente com os outros e indulgente consigo
mesmo. (Mt. 23: 4).
c) Fala muito e pratica pouco. (Tg.1:22).
d) Sua prática se restringe mais às coisas exter_!.
ores do que às interiores, porque aparecem mais.
(Mt. 23: 5). .
e) Exige reconhecimento pelos menores bons atos
praticados e quando isso não acontece, fica re
clamando a vida toda.
f) :e incoerente. (Mt.23:24).
g) Etc., etc., etc.
As mesmas regras serao aplica-
il11H ao fervoroso, mas no sentido inverso.
Em mui tos avi
Pamentos oaoPridos durante o último meio século, tem
1•11tado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas
i nfluincias que se manisfestarão em movimentos mais
1•;r.lensos no futuro. Há um excitamento emotivo, mistu-
r•a do verdadeiro aom o falso, muito apropriado pC11'a
f r•ansviar. Contudo, ninguém nescessita de ser enga-
1111do. A luz da Palavra de Deus não é dif'CciZ deter-
111 i n<lr' a natureza destes movimentos. Onde quer que os
homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagra
,/,,, desviando-se das verdades cZCII'as que servem pC11'a
1•n1Par a al.ma e que exigem a renúncia de si mesmo e
" do mundo, podemos estar certos de que ali não é ou
f '•r•uada a bênção de Deus, E, pe Za regra que o prÕ-
1•1• i, 1 Cristo deu - "por seus frutos os conhece-reis'~
IMf. 7: Z6) - é evidente que esses movimentos não
11o1. • nhr>a do Espírito de Deus. (2)
Da aparente confu-
111111 1•11tre fanático e fervoroso, nasce lDil outro proble
11111 11111i s angustiante e mais difícil - quem tem o Es-
1'11 i l 11 Santo e quem tem o Espírito do Maligno. C.Orre-
11•1111111 11 perigo de aceitar este Último como se fosse
·-1111• lc•, ou rejeitar o Espírito de Deus como se fosse
- 71 -
vejamos as suas premissas e as analisemos tma por tm&
Pedimos ao leitor que preste atenção às fontes cita-
das. Nem sempre elas estarão explícitas. Às vezes es-
tarão apenas implícitas.

Premissas Refo:rmistas e Suas


Refutações
lfl - A profecia prevê uma decadência geral da IASD
e a queda de uma grande parte dela. (1?)
Refutando - A premissa está correta. Até aí nada de
mais. O problema surge quando se tenta
localizar a queda. Aliás, para nós, a maior parte da-
quilo que os "Reformistas" dizem da IASD é verdade, só
é mal aplicado. E isso desfaz a posição deles.
2 fl - Essa previsão se cumpriu e a queda ocorreu
entre l9l4 e l9l8. (lB)
Refutando - A previsão não se ctmpriu; está se cum-
prindo - o que é muito diferente! E pi-
or! A separação não foi a guerra. Aqui está o ponto
chave da divergência teológica entre a IASD e a IASD-
MR. Quem quer que entenda bem este ponto, terá enten-
dido completamente a "verdade presente". Em razão dis
to, precisamos ir com calma e firmeza.
Em primeiro lu-
gar, a IASD-MR não tem, para provar essa afirmação -
a premissa n9 2 - nenhum texto do Espírito de Profe-
cia e muito menos da Bíblia. Para tanto, eles fazem
un rodeio entre a Guerra.da Secessão dos EE.UU. e a
Segunda Grande Guerra. A Sra. White condena aquela e
eles deduzem que condenaria também esta - o que nao
é errado! Acusando a IASD de ter participado da guer-
ra, pensam ter provado que a Igreja apostatou e foi
rejeitada. (19)
No devaneio de suas acusações eles co-
metem tm de seus grandes erros teológicos - identi-
ficar a "tempestade" (20) como sendo a guerra (21)
quando em realidade é o Decreto Dominical. (22)
E se
- 86 -
4. Pelos péssimos frutos de suas açoes.
Para compr~
11;11 a afirmação acima, contaremos aos leitores a His-
' "1 ia de Amândio. Afinal, todos nós gostamos de his-
' 111 ias, sejam elas boas ou más •
.Amândio era o Diretor
ol11 <:rupo do MR em Caçador - SC, por volta de 1965. Nós
" c·onhecemos. Ele se havia casado com lDD.a viúva. Ela
,., .i mãe de duas mocinhas novas e ele era irmão de,dois
11M11;11s jovens. Os irmãos dele casaram-se com as suas
1•111 i·adas. Assim ele veio a ser sogro de seus irmãos
,. 1·11nhado de suas filhas; avô de seus sobrinhos e tio
,,,. Hl'US netos.
As coisas eram bastante complicadas. Mas
1111 mniores comp licaçÕes ainda estavam no futuro, quan-
.
il• • nos o conhecemos.
Un dia sua esposa veio a falecer
" para infelicidade deles e vergonha de seus irmãos
ol 1 • 1 C. , deixou quatro vaquinhas como herança a suas fi
lliorn, esposo e genros.
Os herdeiros eram, em realidade,
1 l l ' l i ' as herdades, quatro. E como nenhlDil deles era "O
llcnll'm que Calculava", encontraram dificuldade em di-
V j d j r quatro vacas para três herdeiros.

Pior que isso!


11111111 não comiam carne de animal, começaram a comer a
e 111 m• uns dos outros. Se agarraram, se morderam, se
111111'1111car am •••
Certo sábado, pela manhã, após havermos
11111t'l11Ído as atividades normais na igreja e despedido
1111 irmãos presentes, marchamos rua a fora em demanda
•1 1111ssa casa. Mal havíamos saído fora dos muros da I-
p,11· j a e deparamos com o "irmão" Amândio. Sujo, cara
l1•i11, cabisbaixo, filho ao colo ••. Estranhamos a figu
111 mas não nos detivemos. Nossa amizade não era das
1111• lhores (também, não era para menos!!) e apenas o
• 11111primentamos e fomos andando •••
Não muito distante, à
111111111 retaguarda, vinha o irmão Sady, vizinho e Ínti-
11M• nmi go do Amândio. As coisas se esclareceram •••

- 99 -
- Bom dia irmão .Amândio, diz o Sady alegremente.
- Boom diia - responde o Amândio, de cara fecha
da e cabeça baixa. -
- Que é isso, irmão, interroga o Sady, desconce!.
tado pelas circunstâncias.
- Aqueles cachorros, sem vergonha, me fizeram de
palhaço! Esperei-os até agora no escritório da .Advo-
gada e não apareceram!
Calma, irmão, calma!
Calma nada. Eles merecem •••
Mas irmão Amândio, hoje é sábado e o senhor nes
se estado, tratando de negócios, tão irado!
- Ah! Nem me lembrava! Eles estão me deixando
meio maluco. O Senhor me livrou de pecar .•.
A conversa
rontinuou. O irmão nô-la contou toda. Mas os detalhes
já nos fugiram e mesmo não nos interessam agora. Des-
necessário se faz dizer que o .Amândio foi destituído
da direção do grupo e que este fechou "para balanço".
E o resultado do balanço foi a prova, entre outras,
de que a IASD-MR não é o resultado da verdadeira Sa-
cudidura. E tem mais!
Há outra história triste. Mais
triste que as histórias do povo adventista. Porque,
que haja histórias feias entre os não-sacudidos (ou
rejeitados pela Sacudidura, como querem eles), tudo
bem! Não é o melhor, mas é compreensível. Mas que hn
ja histórias iguais ou piores que as nossas entre ON
"reformados", é inadmissível! Se fossem realmente oH
reformados, isso seria impossível. Vejamos a outra
história.
Em 11.01. 67 o irmão Almir .Azevedo comprou dL•
Alfonsas Balbachas, por um elevado preço, um livro eH
crito por um dos líderes do MR - D. Nicolici, "respo7i
sável pela Conferência Geral". Esse livro é mais gual:
dado por eles do que os segredos de guerra da URSS-.-
Ele tem o pomposo título - DIE HAND GITTTES IN SEINEM
WERK UND IN DER FUHRUNG SEINES VOLKES - que traduzi-
do quer dizer - A MÃO DE DEUS SOBRE SUA OBRA E Sli:tl
POVO. mas é mais conhecido pelo título - O LIVRO Dll
- 100 -
l'Jo:CADO. Dele extrairemos, sem comentários, alguns pa-
r (1grafos que darão, aos sinceros, uma visão do que se
p1111sou (e ainda se passa) nos arraiais reformistas.
É
11 • ·r>dade que entre nós tínhamos iY'J7lãos que não eram
,•,1mo pareciam. Muitos deles se portavam como trai-
,/,1r-es. Tinhamas entre nós muitos que se portavam co
,,,,, Balaão e agiam como Judas. Os nomes destes sáõ
/1,1,ie dos que fazem as mesmas coisas (sic). Também
/(1Jcmos entre nós os que se revelaram como Tobias,
, 01111 lequi tas e amoni tas, os quais se opunham à refor
11111 de Neemias. Além disso tinhamas elementos revo:::
l 1wionários que experimentavam reunir e transviar o
,,, 1:::;0 povo por meio de elogios. Quanto tempo, di-
11/i, •iro e oportunidade perdíamos e ainda a paz e a
1111(([0 do povo de Deus! (Que tentação de dar uma co-
1111•ntadinha!). p. 5
Fin todas as uniões e campos come-
1.'• ll'<rm (0.Welp e Maas) com sua habilidade e procura-
"•tlll lrazer desunião e engano. p. 22
O Senhor pemzi-
1i11 isto porque na verdade não seguíamos a luz.p. 26
Nymnym Wegen, 20 de fevereiro de 1940.
c,iueridos irmãos no Senhor •
.·:,(/.mos 121 por saudação.
/',a•ticipo-vos novamente que os nove mil marcos os
·/ll ti:: faz anos vos dei como hipoteca de vosso
1 lar
111innionário não devem ser pagos a nenhuma outra pes
,,, '" i:enão a mim, visto que diante de Deus e diante
. /,, i ur•eja e diante do juízo, levo esta responsábi-
1i. lu.Je. De mil novecentos e trinta e seis a mil no-
,,,·,·· ·ntos e trinta e sete a Conferência Geral está
/,·;1ji·1:ta, os iY'J7lãos não têm mais nenhuma autoridade
. · 111111 fizeram mais nenhum crente por meio da Confe-
11 ·11. •io Geral. O irmão Maas (Presidente da CG) caiu
· lo1 ,,, ·r•dade e da justiça e não tem nenhum direito
./,· 1•.w:ber este dinheiro. Ele tornou-se um mentira-
"" " 1 ·nganador ... Eu vos peço agora, queridos irmãos,
I "• · 11r[o deem mais apoio ao iY'171ão Maas. Todos vós
,,, J.1111 (sic) encomendados ao Senhor.
- 101 -
dauaaeoes fraternais.
Vosso irmão no Senhor e ancião da reforma de
mil novecentos e quatorze.
Assinado O. WeZp "Holanda". p. 27
Quando soubemos da queda do irmão Maas sugeri na
reunião da comissão, por o irmão MuUer, por enquan
to, como presidente. Eles concordaram em que ele
fosse presidente até a próxima reunião da comissão.
Também os americanos final.mente concordaram. Pensa-
mos agora que as dificuldades tinham desaparecido e
que estes irmãos trariam tudo em ordem.· A despeito
de tudo porém eles não abandonaram seus pontos de
vista. Isto foi revelado mais tarde quando eles se
mistUParam na união da Austrália ProcUPei fazer com
que não se mistUPassem nos afazeres da união da Aus
tráZia e que não tivessem nenhuma cor~spondênciã
com os membros dali e que também não lhes enviassem
nenhuma ZiteratUPa. Eles tinham alguns pontos de
vista falsos que permanecem até hoje.
1. Na reforma da saúde e concernente ao vestuário.
Eles falsificavam os testemunhos para desculpa!'
as saias cUPtas. ·
2. O ensino do assinalamento. Escreveram que eu nao
mais escrevesse sobre esse assunto, porque na
América havia outra visão sobre isto. Eles não
crêem que os mortos terão parte no assinalamento.
3. Eles experimentaram mudar os fundamentos de nos-
sa fé; também com respeito ao Apoc. dezoito, di-
zem que essa mensagem é para o futuro.
4. Eles recebiam novos membros e afirmavam que at<'
hoje mesmo depois de ·dez anos, ainda comiam ca~
ne. Não falamos de outras coisas nas quais nao
seguiam a Zuz. Eu e:x:perimentei avisá-los de qul!
eles não tinham dvreito de mudar os fundamento11
da Conferência Geral. Essa questão pertence ,;
Conferência Geral.
5. Final.mente eles tem a idéia de que os divorcia-
dos inocentes podem casar novamente. p.2?
Ele (wr
tal de "irmã.o WiUum") trou:x:e seu pessoal. consi .
. 102 -
!1º para nos matar e tirar de nossa posição cen-
rr>a l. Somente a poUcia nos pode livrar à meia
noite deste perigo. Para o irmão Welp, Dorsche-
leY', contudo, era bom irmão, mesmo para o irmão
Muller. p. 2 9
O irmão Muller (Presidente da Confe-
r•cincia Geral) tem um ódio produndo contra todos
o:: que se levantam contra os seus métodos de ad-
11d nistração. ( ... ). Ele nunca fez uma declaração.
negundo a Biblia. ( ..• ). Por meio de minha pró-
1n•ia experiência afirmo e posso provar por vá-
r•fos documentos e relatórios, que o irmão Muller
/,em uma l{ngua suja e bem o sabe. p. 34
Os irmãos
/Jorsche ler e We lp tinham espalhado um informe fal
::o sobre mim nos Estados Unidos. Seu ódio contra
nós é sem fim. Isto se deduz em toda a sua cor-
r•cspondência. p. 26
O irmão Kissener ... durante a
uuerra abandonou sua mulher e se uniu a uma jo-
ocm. p. 44 (69)
Basta! Basta! Recém estamos na pá-
~i na 44 e o livro tem 77 páginas. Se continuarmos
11t•st a marcha, copiaremos um livro inteiro. Pensamos,
111 entanto, que o que já foi transcrito é o sufi-
1·i ente para mostrar que os "Reformistas" não podem
ru•r a verdadeira reforma. Alegarão alguns que Nico
lici é um renegado e portanto, não serve de prova-:-
::l' ele for um renegado, deve haver outros... E a
VI' rdadeira reforma NÃO PODE ter nem sequer um, pois
,; o resultado da Sacudidura, a Última a ser feita
11:1 terra.
Antes de deixarmos de lado essa divergên-
1·i a teológica, analisemos uma pergunta que poderá
interessar a muita gente - Quem é o Anjo de Ap. 18?

1. PE - 107-108 4. 2 T - 440-445.
'l.. VE - 157. 5. se - 38.
·1. I TSM - 40. I TSM - 327-329.
- 103 -
7. I TSM - 329. 39. PPVF:... 17.
8. TM- 277. 40. II TSM - 64-65.
9. se - 41. 41. PPVF - 52.
10. PJ 315-316. Ac.- 40.
11. III TSM - 251. 42. PPVF - 25.
12. III TSM - 254. Ac.- 40-41.
13. se - 41-42. 43. OA - 1-32.
14. TM- 443. 44. PE - 58.
15. MDe - 124. 45. OA - 2.
16. 'IM- 41-42. 46. II TSM - 70-71.
17. Ac.- 1-100. 47. TM- 42.
18. Ac.- 45. II TSM - 357.
19. Ac.- 27-30. 48. II TSM - 363.
20. Ge - 614. 49. MIR - 191.
21. Ac.- 44-45. 50. PPVF - 17.
22. Ge - 610-611. 51. Ac.- 40.
23. PPVF - 6-9. 52. Ac.- 74.
24. Ac.- 45. 53. PPVF - 52,50,51.
25. PPVF - 42. 54. OA - 1.
26. PPVF - 17. 55. OA - 5.
27. PPVF - 52. 56. Ac.- 74.
Ac.- 40. 57. PPVF - 30.
28. PPVF - 14. 58. PPVF - 42.
Ac.- 40. 59. OPE - 15.
29. PPVF - 17. 60. II ME - 380.
30. PPVF - 26-27. 61. III TSM - 254-255.
31. Ac.- 45. 62. TV - 5.
32. I T - 185-186. 63. PPVF - 14.
33. II TSM - 321-322. 64. Ac.- 5 7.
34. 5 T - 82-83. 65. GC - 614.
35. III TSM - 254. 66. III TSM - 333.
36. III TSM - 33. 67. Ac.- 45.
37. PJ - 123. 68. 7 Be - 976.
TM- 234. 69 MDODP - 5ss.
38. Ac.- 74.
PPVF - 42.

- 104 -
CAPÍTULO IX

QUEM É O ANJO DE APOCALÍPSE 18?

r:: bem provável que este título seja mais estranho


,.,,. nossos leitores do que o grego a maioria dos bra-
,, 1 lt· i ros. Não nos surpreenderemos se o mesmo causar
111111 1·Prta estranheza a muitos deles. E não é para me-
.. ,,,, o assunto é pouco comentado, pouco estudado e,
"1':111•ntemente, não causa muita preocupaçao em nosso
1111· 111.
Mesroo nós, não tínhamos a intensão de abordá-lo
·•111i. Entretanto, não foi possível fugir dele. Ele
111ir1 pL' rseguiu como um chacal persegue sua presa. Acom
1'1111liou-nos por meses, martirizando nossa consciência
•rn l 11L a quase desigual - abordá-lo-emos ou não? Fi-
1111 l111l·nte triunfou o desejo e o interesse de aventá-lo
1• 1111..
Já dissemos algures, que é difícil se isa lar cer
11111 assuntos da Bíblia - aliás, de todos os ramos do
•1111lll'cimento humano. O conhecimento é como uma gigan-
l 1•111·11 engrenagem - seus dentes e cremalheiras estão
t 1111 intimamente ligados que é impossível isolar um so
111•111 comprometer o funcionamento da mesma.

Quando ten-
l 11111118 isolar um assunto bíblico por causa das contro-
w rn ias do mesmo ou por causa de sua complexidade, aca
1111111118 isolando outro e outro mais até isolarmos a sr=·
lol i 11 toda. Eis o segredo do silêncio sepulcral que
li11iK:1 sobre a teologia cristã em grande número de de-
mm i nações modernas .
AD tratar-se da Sacudidura, é im-
1111111 Í vc levitar a abordagem do assunto: O Anjo de Ap.
1111 l•:mbora a Bíblia não use a expressão - Alto Cla-
11•11 - o Espírito de Profecia o faz com muita frequên
d 11 1• e la é pinçada dali. -
Há outra denominação para o
r111111111Lo - Chuva Serôdia. Esta sim, encontrâmo-la nas
1•:111..-iluras. E dela já nos ocupamos no início desta o-
li111. Ali o fizemos de maneira distinta como faremos
- 10.D -
7. I TSM - 329. 39. PPVF:... 17.
8. TM - 277. 40. II TSM - 64-65.
9. se - 41. 41. PPVF - 52.
10. PJ 315-316. Ac.- 40.
11. III TSM - 251. 42. PPVF - 25.
12. III TSM - 254. Ac.- 40-41.
13. se - 41-42. 43. OA - 1-32.
14. TM - 443. 44. PE - 58.
15. MDe - 124. 45. OA - 2.
16. 'lM- 41-42. 46. II TSM - 70-71.
17. Ac.- 1-100. 47. TM - 42.
18. Ac.- 45. II TSM - 357.
19. Ac.- 27-30. 48. II TSM - 363.
20. Ge - 614. 49. MIR - 191.
21. Ac.- 44-45. 50. PPVF - 17.
22. Ge - 610-611. 51. Ac.- 40.
23. PPVF - 6-9. 52. Ac.- 74.
24. Ac.- 45. 53. PPVF - 52,50,51.
25. PPVF - 42. 54. OA - 1.
26. PPVF - 17. 55. OA - 5.
27. PPVF - 52. 56. Ac.- 74.
Ac.- 40. 57. PPVF - 30.
28. PPVF - 14. 58. PPVF - 42.
Ac.- 40. 59. OPE - 15.
29. PPVF - 17. 60. II ME - 380.
30. PPVF - 26-27. 61. III TSM - 254-255.
31. Ac.- 45. 62. TV - 5.
32. I T - 185-186. 63. PPVF - 14.
33. II TSM - 321-322. 64. Ac.- 5 7.
34. 5 T - 82-83. 65. Ge - 614.
35. III TSM - 254. 66. III TSM - 333.
36. III TSM - 33. 67. Ac.- 45.
37. PJ - 123. 68. 7 Be - 976.
TM - 234. 69 MDODP - 5ss.
38. Ac.- 74.
PPVF - 42.

- 104 -
CAPÍTUID IX

QUEM É O ANJO DE APOCALÍPSE 18?

r.: bem provável que este título seja mais estranho


'''" 1111Hsos leitores do que o grego a maioria dos bra-
••I 11· i n>s. Não nos surpreenderemos se o mesmo causar
111111 1·Prta estranheza a muitos deles. E não é para me-
11111 ! o assunto é pouco comentado, pouco estudado e,
•1111111·nt emente, não causa muita preocupaçao em nosso
Ili. 1 ti •

Mcsioo nós, não tínhamos a intensão de abordá-lo


••111i. Entretanto, não foi possível fugir dele. Ele
11111 pl'rseguiu como un chacal persegue sua presa. Acom

1'1111lu111-nos por meses, martirizando nossa consciência


,,.. ! 11L a quase desigual - abordá-lo-emos ou não? Fi-
1111 lmt•nte triunfou o desejo e o interesse de aventá... 10
·-1111 •
· .I á dissemos algures, que é difícil se isolar cer
'""assuntos da Bíblia - aliás, de todos os ramos do
11111!u•cimento humano. O conhecimento ê como una gigan-
11·111·11 engrenagem. - seus dentes e cremalheiras estão
11111 intimamente ligados que é impossível isolar un so
111•111 comprometer o funcionamento da mesma.
Quando ten-
11u1111s isolar un assunto bíblico por causa das contro-
V•; rH ias do mesmo ou por causa de sua complexidade, aca
l11111111s isolando outro e outro mais até isolarmos a BÍ-:-
ld i 11 toda. Eis o segredo do silêncio sepulcral que
!tni ><a sobre a teologia cristã em grande número de de-
mm i nações modernas.
AD tratar-se da Sacudidura, é im-
1~•11H i:vel evitar a abordagem. do assunto: O Anjo de Ap.
!Ili l~bora a Bíblia não use a expressão - Alto Cla-
1111 r - o Espírito de Profecia o faz com muita frequên
1·111 e ela é pinçada dali. -
Há outra denominação para o
11111111nto Chuva Serôdia. Esta sim, encontrâmo-la nas
l•:111·rituras. E dela já nos ocupamos no início desta o-
hru. Ali o fizemos de maneira distinta como faremos
- 10.5 -
aqui. Aqui iremos polemizar um pouco o assunto a ver
se ele fica mais claro aos espíritos menos esclareci-
dos. Valerá a pena o esforço!
Quanto podemos entender,
há tres correntes filosóficas sobre o tema - O Anjo
de Apocalipse 18:
1. Un movimento separatista.
2. O Espírito Santo que desce a terra para reali-
zar uma obra especial.
3. O mesmo terceiro anjo de Apocalípse 14.
A primeira é defendida pelo Movimento de Reforma.
A segunda por uma parcela de adventistas - leigos e
profissionais. E a terceira, por outra parcela de ir-
mãos nossos. É bom manter na lembrança que essas par-
celas são bastante reduzidas em virtude do aparente
desinteresse pelo assunto.
As tres teorias são aparen-
temente contraditórias, mas em realidade não o são.Se
examinarmos a fundo a questão, veremos que, feitas al
gumas modificações, elas se completam tunas às outras-:-
E isto torna o problema mais delicado e confuso. Quan
do ouvinnos tuna corrente, parecer-nos-á que ela estã
correta, mas ao ouvirmos a outra, a mesma impressão
IDS é causada. Vejamos isoladamente uma por uma.

Um Movimento Separatista
Já dissemos acima que esta teoria é defendida pe-
lo Movimento de Reforma. Eles o denominam de "o quarto
anjo".
A teoria em si não é de todo errada e a denomi-
nação não é completamente errônea. O problema reside
na conotação que se dá à denominação e à cronologia
que se aplica a esse movimento. O leitor deve ter nota
do que esta é uma tecla rebatida (batida muitas vezes)
IDS capítulos anteriores.
Vejamos um teixto da literatu-
ra "Reformista" para comprovar o que dissemos nos pa-
rágrafos acima.
,Ao tornar o quarto anjo a apresentar a
- 106 -
111.·nnagem da "Justica de Cristo", que "é a própria
1111·rwagem do terceiro anjo" (COR:64) e que desdobra
, • 1•onse lho da Testemunha Verdadeira a Laodicéia, a
1111rloria rejeita o conselho e somente a minoria o a-
, ., · /ta. (1 )
O texto é claro, embora não seja totalmeE_
l1· l'ompleto para provar todo o pensamento anteriormen
11· l'Xpresso. Os capítulos precedentes já o fizeram. -
Que
11 Movimento simbolizado pelo Anjo de Apocalípse 18vai

1·1111sar uma separação, é coisa muito clara nos escri-


l 1111 do Espírito de Profecia. A questão é: Que tipo de
111•paração é essa, e quando ela se dará?
Será uma sepa-
1111,;iio definitiva, irreversível, que se dará perto do
1 im do tempo da graça, como resultado da Sacudidura.
Tudo isso já foi falado e provado nos capítulos ante-
1 1 ores.

O Espirito Santo
Para muitos adventistas, o Anjo de Apoc.18 é apenas
111111 denominação simbólica do Espírito Santo que sera
d1· 1-rmnado sobre a Igreja na Chuva Serôdia.
Outra teoria
•111•· não pode ser conscienciosamente contestada. Há uma
1111 i nidade de textos do Espírito de Profecia e da BÍ-
lol i 11 que, se não provam cabalmente esse ponto de vista,
111• l11 menos dão muita força a ele. Isso poderá parecer
111111 usão, mas não é. Vê-lo-emos em breve! Antes, porém,
v1• i 11111os alguns textos que parecem provar que o Anjo de
i\11111-. 18 seja o Espírito Santo.
g com o mais intenso a-
'''·/,' que espero o tempo em que os acontecimentos do
.li,, de Pentecostes se repetirão com ainda maior po-
, /, · 1· rio que naquela ocasião. Diz João: "Vi descer do
,•,·11 11utro anjo, que tinha grande autoridade, e a ter
,.,, n,• iluminou com a sua giória". Então, como no tem
/ '• • , /o Pentecostes, o povo ouvirá a verdade a eles fa
/,,,/,1, cada um em sua própria Ungua. (2) -
Não tenho ne
- 107 -
nhum tempo especifico de que falar, no qual tenha
lugar o. der'Y'amamento do Espírito Santo quando o
poderoso anjo descer do Céu, e se unir com o tercei
ro anjo na conclusão da obra para este mundo; minha
mensagem é que nossa única segurança é estarmos pro!!:_
tos para o refrigério celeste, tendo nossas lâmpa-
das preparadas e ardendo. (3)
Muitos outros textos
poderiam ser transcritos, todos eles dando a impres-
são de que este Anjo seja o Espírito Santo. Os dois
acima, cremos nós, já chegam! Na conclusão deste capí
tulo tentaremos harmonizar essa aparente discrepância
de conceitos.

O Mesmo Terceiro Anjo


A terceira teoria sobre o Anjo de Apoc. 18, diz
que ele nada mais é do que o mesmo anjo de Apoc.14 -
o terceiro - em tnna época especial, com tnna mensagem
especial, revestido de especial poder. O texto da "Re
forma" citado anteriormente deixa nítida essa idéia-:-
Os textos do Espírito de Profecia supra-citados tam-
bém. Mas há outros ainda mais claros. Antes de citá-
los, vejamos duas semelhanças e duas diferenças entre
os dois anjos.
O Anjo de Apoc. 18 é semelhante ao Anjo
de Apoc.14 em:
a) Tem a mesma denominação - ANJO.
b) Tem a mesma mensagem so que mais ampliada.
Ele é diferente em:
a) Não recebe classificação - 39 ou 49.
b) Do de Apoc. 14 não se diz possuir muito poder,
mas este tem tnn poder ilimitado.
Na verdade, es
sas "diferenças" são apenas acréscimos de informações
sobre a obra do Anjo. Isto se deve ao fato de as épo-
cas de atuação serem d'iferentes. O Anjo de Apoc. 18 é
o mesmo Anjo de 14 só atuando em épocas diferentes.São
duas fases do mesmo Movimento.
A mensagem de Apoc. 14:
6-12 foi dada a partir de 1831, pelo Movimento Adven
108 -
1 1111 a. Mais especificamente, os vs. 9-12 sao a mensa-
1·.1·111 proclamada logo após a identificação de o Sábado
1·111110 selo de Deus e o Domingo como sinal da Besta, e
1111'.o após as Igrejas Protestantes terem rejeitado a
l'r imPira Mensagem Angélica. Com o declÍnio espiritual
d11 1grej a Adventista do Sétimo Dia, continuadora do
M•v imento Adventista, esta mensagem entrou em reces-
11;111; com a rejeição da mensagem divina, as igrejas a-
l"':il atadas do Protestantismo decaíram ainda mais - es
1 n i· a razão desse vigoroso retorno do Mensageiro ce"=
l1·nl L'. Vejamos se os textos abaixe conseguem apoiar o
•1111· acabamos de dizer!
O anjo qu.e se une na proclama-
"•1io da mensagem do te'l'ceiro anjo, deve iluminar a
'/', · r•ra toda com a sua glória. Prediz-se qom isto uma
, 1/1r•a de extensão mundial e de extrao'l'dinâ'l'io poder.
'' movimento adventista de 1940 a 1844 foi uma mani-
J'. ·n tação glo'l'iosa do poder de Deus, a mensagem ao
11r•[mei'l'o anjo foi levada a todos os postos missio-
11.ir•ios do mundo, e nalguns países houve o maio'l' in-
1, · msse Y'e Zigioso qu.e se tem testemunhado em qual-
• 1111· r> nação desde a Reforma do século dezesseis; mas
/::/,o deve ser supeY'ado pelo pode'l'oso movimento sob
,, última adve'l'tência DO TERCEIRO ANJO.
Quando se en-
•'• 'rTar a mensagem do te'l'ceiro anjo, a misericórdia
11<10 mais pleiteará em favor dos culpados habitantes
,/,1 terra. O POVO DE DEUS TERA CUMPRIDO A SUA OBRA.
/i',•1!cbeu a "chWJa serôdia~', o "ref'l'igério pela pre-
,.,~nça do Senhor", e acha-se prepaY'ado para a ho'l'a
/•t~Jbante qu.e diante dele está. (4}(Versais supridas).
/t'oi-me indicado o tempo em qu.e a mensagem do ter-
•'•·/ Y'O anjo estava a finalizar-se. O pode'l' de Deus
li1mt'.a Y'epousado sob'l'e Seu povo; tinham cumpY'ido a
""'' ob'l'a, e encont'l'avam-se prepaY'ados paY'a a hora
, /, · 11riova qu.e diante deles estava. Tinham recebido a
, ·/111f)a serodia, ou o refY'igério pela presença do Se-
11/J, 1ri, e se reanimara o vivido testemunho. A última
1w<1nde adve'l'tência tinha soado por toda paY'te e ha-
1•/ <1 instigado e enraivecido os habitantes da terra
quu não quiseram receber a mensagem. (5)
109 -
( ... ). Perguntei o que ha:via operado esta grande
mudança. Um anjo respondeu - "Foi a chuva serôdia
o refrigério pela presença do Senhor, O ALTO CLAMOR
DO TERCEIRO ANJO". (6) (Versais supridas).
Se o lei-
tor foi atento, notou que os textos do Espírito de
Profecia supra-citados parecem se contradizer. Por ve
zes dizem que SE UNE ao terceiro anjo e por vezes d{:-
zem que É O TERCEIRO ANJO. Não é, porém, contradição!
Aliás, E.G.White usa em seus escritos outro elemento
não aludido até aqui, como sendo o Anjo de Apoc. 18 -
PS CASAS EDITORAS.
e em grande parte por meio de nos-
sas casas editoras que se há de efetuar a obra da-
quele outro anjo que desce do Céu com grande poder
e, com sua glória, ilwnina a Terra. (7)
E daí, quem
é o Anjo de Apoc. 18? Não é debalde que a resposta a
esta pergunta seja complicada e gere um pouco de con-
fusão. Isso é normal em todos os ramos do conhecimen-
to humano!

Conclusão

Quando a Sacudidura completar a sua obra e o povo


de Deus estiver purificado~ Ele derramará de Seu Es-
pírito em profusão sobre seus filhos fiéis, e estes
darão a Última mensagem de advertência ao mundo. Essa
mensagem é a mesma que havia sido dada no início do
lt>vimento Adventista mas não cumpriu totalmente a sua
missão - já por apostas ia do povo (8) já pelas cir-
cunstâncias do mundo. Mais por aquela do que por es-
tas!
O povo e o Espírito Santo estarão tão intimamente
unidos que um é tido pelo outro. Daí a aparente con-
tradição dos textos já mencionados. Por isso dizíamos
que não é errado dizer-se que o Anjo de Apoc. 18 seja
o próprio Espírito Santo, pois Ele estará no comando
direto do Movimento.
Durante o alto clamor, a igreja,
- 110 -
o1,i 11clada pelas providenciais interposições de seu exaZ
1 , ,,/, ' Senhor, difundirá o conhecimento da s a Zvação tão
o1l111 ruianteme nte, que a luz será comunicada a toda C1,-
, /, 1. le e vi la. A terra será cheia do conhecimento da
11.1/oação. O poder renovador do Espírito de Deus have-
''" /;ão abundantemente coroado de êxito os intensamen-
1, · ativos instrumentos, que a luz da verdade presen-
/, • 1:r>radiará por toda parte. - R & H 13.10.1904. (9)
Que a Sacudidura cause divisão e separação, já vi-
111111 sobejamente nos capítulos anteriores. Os infiéis se
11111 separados dos fiéis e só estes receberão o Espírito
:;11111 o. Daí não ser errado dizer-se que o Anjo de Apoc. 18
111• j 11 Lml movimento separatista. O perigo ocorre quando
111111amos falsos movimentos separatistas como verdadeiros.
e: li 1. D AD O !
Deixemos de lado essa divergência teoló-
1'.i l'a e partamos em busca de outro tema assaz fascinante
,. i 11timamente relacionado com este - Os 144.000 sela-
""".
1. Ac.- 41.
6 BC 1.035.
1. I ME - 192.
'•. GC - 616 e 619.
1, PE 279.
11, VE - 176.
I. 1 II TSM - 142.
li, Ev.- 694 a 697.
'1, Ev.- 694.
CAPÍTULO X

144 MIL - UM TEMA BEM ADVENTISTA

Cento e quarenta e quatro mil é uma mensagem bem


adventista e por isso precisa ser bem compreendida por
todos nós. É nesse campo que se têm ferido renhidas ba
talhas entre nosso povo e os "Reformistas". Aliás, para
nós outros, eis aqui um ponto vulnerável daquela seita
dissidente e se nós estivermos aparelhados, golpeare-
mos mortalmente a pretenção deles e ganharemos facil-
mente a vitória para a verdade. Eis, a nosso ver, a
grande necessidade de conhecermos bem este assunto. E,
juntamente com este, outro, que nos ficou atrás A
Sacudidura - formam o binômio salvacionista da sagra-
da pretenção adventista.
Aparentemente há em nosso meio
uma preguiça espiritual e mental para se estudar esse
assunto e alguns consideram até "pecado" tentar fazê-lo.
E por não haver uma definição oficial há muitas inter-
pretações, especialmente em certos detalhes, algumas
tão estapafúrdias quanto a sua origem.
No passado o te-
ma era amplamente estudado, debatido e pregado - ates
ta-nos isso, a literatura denominacional do Século XIX
e início do XX. No presente ele está semi-esquecido ~
quase anatematizado. Quase não se ouve falar dos púl-
pitos; pouco se aborda nas escassas discussões teoló-
gicas; quase não se lê nas publicações. Se assim for,
por quê? Por causa das controvérsias que o tema apre-
senta.
Nem sempre se consegue discutir um assunto con-
trovertido sem se entrar em altercação. E isso é ruim!
Se há de se estar brigando por pontos de vista pesso-
ais, melhor é ficar calado. Mas esta solução traz em-
butida dentro de si um perigo insuspeitável - esse si
lêncio pode prolongar-se indefinidamente até atingir
os confins da ignorância.
Para solucionar esse problema,
tomamos a liberdade de apresentar um princípio filosó-
- 112 -
1 11·11 que nos parece altamente salutar. Ele pode ser
1·11111H'Íado· assim: discutir sem altercar e expor sem im-
1'"' · E é. precisamente o que· precisamos fazer. E isso
1 1•11! aremos fazer nos capítulos seguintes.
A cont rovér-
,, i .i não atinge a essência do assunto, mas somente a sua
i"' ri feria. Detalhes. Detalhes nem sempre desprezíveis
,. 1111111 seria se eles desaparecessem. Quanto podemos en-
1 1·11dt•r, há três pontos pacíficos e três controvertidos.
Como ponto pacífico diremos que quase todo o ASD
. 111H·orda que os 144.000 sejam:
1. Um grupo especial que fruirá honras especiais
no reino de Deus. O texto bíblico (Ap.7:1-17 é
14:1-5) bem como o Espírito de Profecia (IME,66
e VE,58) não deixam dúvidas sobre isso.
2. Os selados com o selo de Deus. Esta é a grande
e irr.efutável característica desse grupo.
J. Os fiéis dos Últimos dias. Essa expressão "úl-
timos dias" é um pouco elástica e pode gerar al
guma controvérsia. Ela é responsável pela ques=
tão n9 1 abaixo enumerada.
Corno pontos controver
1 idos, citaremos:
1. Os 144.000 serão somente os vivos ou incluirão
também os mortos? Há quem creia na primeira hi-
pótese e há quem creia na segunda. Esta Última
era muito defendida por boa parte dos pioneiros.
2. 144.000 é um número real ou simbólico? fambém
aqui as opiniões se dividem embora a tendência
moderna incline-se para a Última hipótese. Boa
parte dos pioneiros inclinava-se para o realis-
mo do número.
'3. Os 144.000 serão todos os fiéis dos Últimos di-
as ou serão somente as primícias desses fiéis?
Essa Última hipótese não é muito defendida, mas
há defensores dela.
Certamente há outras diferen
'· .ii1, mas essas já nos dão uma idéia de que nem tudo
'"ª" rosas no jardim de nosso tema. Entretanto, os es-
1' i 1alu1s não diminuem a beleza das rosas!
Uma pergunta se
- 113 -
impõe neste momento: Qual a razao dessas controvérsi-
as? Podemos invocar quatro razões para isso.
a) U:n tema profético. - A profecia é a part:e mais
difícil de ser entendida na Bíblia - ora pelo emara-
nhado de símbolos, ora por ser algo que ainda esteja
no futuro. etc. O tema em pauta não foge a essa regra.
Errando-se na aplicação de um único símbolo, já se
desvia do nmo certo.
b) Ibutrina estabelecida antes do cumprimento. -
Intimamente ligada com a razão anterior esta esta.
Quando surgiu o Movimento Adventista, por volta de
1844, o cumprimento de Apocalipse sete estava total-
mente no futuro. Isto dificultava imensamente a com-
preensão do assunto e facilitava interpretações errô-
neas.
c) Líderes com pontos de vista diferentes.(l)
Este item também está intimamente relacionado com os
.dois anteriores. Sendo um tema profético, cujo cumpri-
mento estava para o futuro, não é de se estranhar que
os líderes apresentassem pontos de vista diferentes.
E se eles não se harmonizavam, como haveria harmonia
entre os crentes?
d) O Espírito de Profecia não esclarece completa-
mente o assunto. - F.mbora Ellen G. White tenha rece-
bido alguma luz sobre os 144.000, ela não entrou nos
pormenores do tema. Como ela é a fonte auxiliar infa-
lível na interpretação da Bíblia, e tendo silenciado
sobre alguns pormenores do assunto, não é de se admi-
Tar que houvesse e ainda haja controvérsia neste te-
ma. Seu conselho é:
Não é Sua (de Deus) vontade que e-
les se metam em discussões acerca de questões que
não os ajudam espiritua?Jnente, tais como: Que pes-
soas vão constituir os cento e quarenta e quatro
mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão
de sem dúvida, saber em breve. (2)
Note-se que ela
não diz que não é para se estudar o assunto, mas não
li
se me t er em dºis cus soes
- l i ou a 1ter caçoes.
- Por longos
anos temos ouvido a citação imprecisa deste texto co-
mo pretexto para não se estudar o tema. Ela mesma tra
- 114 -
111 frequentemente do assunto. - PE 15,16,19,37; IME
hh; II ME 263; VE 58,59; GC 653,654; 7 BC 978;etc.Sua
primeira visão o incluía. (3)
Nos Últimos anos o tema
l 1·m despertado um interesse maior e já se debate o mes
11111 com mais desenvoltura. Tanto é assim que a LiçãO
d11 Escola Sabatina - III Trimestre de 1978, à p. 151,
1 ruuxe esta expressiva nota extraída de uma publica-
1.'iío adventista:
Precisamos pregar sobre o assunto dos
144.000. O tema tem de receber lugar de muito des-
t,aque em nosso pensamento e em nossas palestras. É
necessário que penetremos o campo da controvirsia
r/ue tem levado muitos a quando muito fazer ocasio-
nal menção deste grupo. (1) Podemos ficar dgntro do
,fom{nio do que tem sido revelado e pregado sobre a
11ualidade do caráter que possuirá cada participante
./os 144. 000. Podemos referir os passos da prepara-
~·ão desse caráter apto para a trasladação. (2) Mu-i-
f,o tem sido revelado sobre a experiência dos 144. 000
l'ouco antes do segundo advento, durante as sete úl-
1. 1:mas pragas e o tempo de angústia de Jacó. É-nos
.Uto como nos prepararmos para esse terrrpo. E deve-
mos pregar sobre isto. (3) O Apocalipse tornou cla-
r•o que a crença religiosa dos 144. 000 será isenta
de ensinamentos errôneos. "Precisamos instruir nosso
11uvo sobre como testar suas doutrinas e estabelecer-
i:r? sobre o firme fundamento. ( 4) Outro ponto claro
,. que Satanás, pessoalmente, por meio da besta, en-
,,,, lvera-se numa especial controvérsia com os 144. 000,
, · estes sairam vitoriosos. "Precisamos levar nosso
/'''ºº a um tipo de experiência que resistirá a todas
.rn investidas do maligno. (5) É dado um pequeno vis
l umbr>e da especial recompensa que receberão. - T. H.
.l1•mison, em OUR FIRM FOUNDATION, vol. 2, p. 407.

1. I ME - 175.
J, I ME - 174.
1. VE - 57-61.

- 115 -
CAPÍTULO XI

AS TEORIAS DOS PIONEIROS

Não se pode falar em teoria ou doutrina dos Pio-


neiros sobre os 144.000, no singular. Nunca houve har
mania total em todos os detalhes, neste assunto, en-
tre os teólogos adventistas - ( por quê não dizer, en
tre todos os teólogos de todas as épocas?). -
Acusar a
Igreja Adventista do Sétimo Dia de ter abandonado o
ensino dos Pioneiros sobre o tema, é dizer uma inver-
dade, levantar uma calúnia e usar de má fé. No entan-
to a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de
Reforma o faz. Aqui está o texto comprobatório:
A ra-
zão que apresentamos para publicar este opúscuZo 1)
que a Igreja Adventista não mantém, hoje, sobre o
assunto do assinalamento, o mesmo ponto de vista a-
dotado pelos pioneiros do movimento e pe Zo Es,p{ri to
de Profecia. (1)
O texto supra contém duas inverda-
,des: a) que abandonamos a teoria dos pioneiros; b) que
não seguimos E.G.White ao ensinarmos o assunto.
A pri-
meira afirmação pressupoe que havia harmonia entre e-
les. Não havia. O próprio opúsculo nos prova isso!
Es-
sa "nova luz 11 encontrou um número de adeptos mesmo
entre alguns dos irmãos dirigente& O irmão Daniells
era um dos que não estavam de acordo com os ensinos
dos pioneiros sobre este assunto. (2)
Não somente
Daniells cria de modo diferente, Butler também, con-
forme veremos logo à frente. Tanto é isso verdade que
a própria Sra. White teve de intervir para acalmar os
ânimos. (3)
~ bom que se deixe claro que não havia de-
sarmonia quanto à doutrina, mas detalhes da doutrina.
Isso vimos no capítulo anterior.
- 116 -
Quanto à segunda acusação - que não seguimos o
l•:spírito de Profecia ao ensinarmos o assunto - bas-
1 a cotej ar duas publicações - uma nossa e outra de
ll•s (IASD-MR) - e logo se verá quem é que segue trT
1has erradas. O tratado deles sobre o tema - A OBRA·
110 ASSINALAMENfO - um opúsculo de 32 páginas, ape-
11 ar de fazer algumas citações de E. G. White, está, em
l'Palidade, baseado em Uriah Smith e J. N.lDughborough
- os dois que defendiam a teoria que eles defendem
lioj e. Ao passo que, apesar de não desprezarmos o pen
11amento dos pioneiros, nós aceitamos como regrade fe
11 Revelação - Velho Testamento; Novo Testamento e
1·:11pírito de Profecia.

Teorias dos Pioneiros


Certamente
l11111veram muitas e variadas diferenças em muitos deta
1111·:; do assunto entre aqueles que montaram a estru-
t 11ra doutrinária da IASD. Isso é muito natural! Se
11 I p,11ém se escandalizar com isso, se escandalizará
• "111-1 i go mesmo.

Entre outras teorias, nós catalogamos


t 11;1; que influenciaram na formação teológica adven-
t i 111 a por sua origem e por sua penetração em nosso
11ll'i11. Elas ainda são vistas hoje em dia entre nos.
1. Serão salvas somente 144.000 almas como resul
t 11d11 <la pregação da terceira mensagem angélica, des=-
ol·· 1844 até a volta de Cristo, incluindo os que mor-
11•111111, naturalmente.
/. Os 144.000 serão um grupo especial, seleciona
ol11 d1•11tre os justos vivos por ocasião da segunda vin
ol11 d1• Cristo. -
1. Os 144.000 serão todos e somente os justos vi
"""• isto é, os que não passaram pela morte. (4) -
Re-
i 1111·1•d;unos um pouco, como um exército que faz uma re
t i 1 mi a cst ratégica, e analisemos um pouco mais cada
1111111 1h•las.
1. Serão salvas somente 144.000 almas como resul
- 117 -
tado da terceira mensagem angélica, desde 1844 até a
volta de Cristo, incluindo os que morreram, natural-
mente. SÓ 144.000 adventistas serão salvos. Esta in-
terpretação tem o mérito de ter jorrado dos mananci-
ais da pena fértil do grande pioneiro Uriah Smith.
(5) Esta é também a tese defendida pela Igreja Adven
tista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma. -
Por que
pensava assim aquele grande homem de Deus e qual o
problema que sua tese apresenta? A primeira pergunta
tem como resposta as circunstâncias dos dias em que
viveu Smith. A Igreja era pequena e pobre, sem mui-
tas possibilidades de espandir~se rapidamente e ha-
via emergido de uma crise que quase a levara à falên
eia - a grande decepção de 1844. E tem mais! Apesar
da decepção, os adventistas esperavam que Jesus vies
se ainda naqueles dias. A mensagem seria rapidamente
pregada; o juízo logo seria terminado e o Senhor Re-
gressaria para levar os Seus escolhidos. O tempo era
curto, a população do planeta muito menor do que ag~
ra - 144.000 era, portanto, um grande número. No
próprio argumento smitheano:
( ... )olhando-se a con-
dição do mundo e notando-se o rápido decl{nio re-
ligioso destes dias, a estranheza é esta: onde se-
rão jamais achados 144.000 prontos para o Senhor
quando Ele aparecer? (6)
Além disso, havia outro
aspecto da questão - a escassez de material sobre o
selamento. Grande parte das visões da Sra. White,ain
da não haviam sido dadas; as informações bíblicas
sobre o assunto eram poucas e os teólogos se valiam
mais de seus conhecimentos e deduções. Não é, porta_!!
to, de admirar-se que pensassem assim!
Vamos à segun-
da parte da pergunta do parágrafo anterior - qual o
problema que a tese apresenta? A tese apresenta dois
problemas insolúveis: a) A época do selamento. b)
Textos do Espírito de Profecia que falam de uma gran
de messe como resultado do Alto Clamor. Esses dois
- 118 -
aspectos serao debatidos em breve mas é bom adiantar-
mos que o selamento ainda está no futuro, e a grande
colheita também. Portanto~ os 144.000 não podem ser
contados a partir de 1844.
2. Os 144.000 serão um grupo especial, seleciona-
do dentre os justos vivos por ocasião da segunda vin-
da de Cristo. Eles representariam, assim, a grande
messe de salvos vivos dos Últimos dias - seriam as
primicias. Esta tese foi exposta pelo Pastor A. G.-
llaniells, Presidente da Associação Geral no período
que vai de 1901 a 1922.
Apresenta esta tese algum pro-
h ll'ma? Sim. Pelo menos dois. a) Como, quando, por quê
1• por quem serão eles selecionados? NÓs (quem escreve)

11:-10 sabemos. (Burro, hein?) Não nos assoma à mente


111·nhum texto inspirado que nos dê a mínima idéia que
~' i rva como resposta a essas inquietantes · , perguntas.-
1111:1 lquer tentativa de resposta para elas poderá por
1·111 risco a justiça divina, dando a impressão de que
ll1•11s usa 11 dois pesos eduasmedidas 11 • Vejamos o pro-
l1l1•111a seguinte. b) Un estudo profundo da escatologia
1111:; mostrará que nos Últimos dias haverá somente duas
,. 1asses de pessoas - os selados com o selo de Deus
,. os assinadados1 com o sinal da Besta. (7)

lllll\S CLASSES DE PESSOAS VIVAS NOS ÜLTIMOS DIAS

SELADOS

Selo de Deus Sinal da besta


o o o o o o o o o o o o o
' ' ' ' '
li li li li li ' ' ' ' ' ' ' '
li li li li li li li li

o o o o o ,
o o o o o1 o o o ,,,
' ' ' ' '
li li li li li li ' ' '
li li li li li li li

1111anto podemos entender, nao haverá nenhum remi-


,i,, v 1 vo quando Cristo voltar que não tenha o se lo de
llo•llll.

- 119 -
No desfecho desta controvérsia, toda a cristanda-
de estará divivida em duas grandes classes- os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus, e
os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu
sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu
poder a fim de obrigar "a todos, pequenos e grandes,
ricos e pobres, livres e servos", a receberem "o si-
rial da besta" (Ap.13:16), o povo de Deus, no entanto,
não o receberá. O profeta de Patmos contempla "os que
saíram vitoriosos da besta e da sua imagem, e do seu
sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao
mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam
o cântico de Moisés, ... e o cântico do Cordeiro. (Ap.
15:2 e 3). (?)
A Sacudidura produzirá dois resultados
irreversíveis: a) Muitos adventistas apostatarão e re
ceberão o sinal da Besta; b) Muitos não-advemtistas
ouvirão o Alto Clamor, se converterão e receberão o se
lo de Deus. Ora, todos os que recebem o selo de Deus
são chamados de 144.000.

A confusão aumenta devido a outro ângulo da ques-


tão que nos parece ser mais um erro de nossas inter-
pretações - a Grande Multidão. Medra em solo adven-
-tista a tese que ensina ser a Grande Multidão os jus-
tos mortos de todas as épocas e que ressucitarão na
volta de Cristo. Mas, perguntamos: onde, em Apoc. 7, se

- 120 -
1•111·1111! ra base para tal teoria? Lendo-se os comentari!.
1 1111 i nnãos, nota-se \.Dlla confusão quando apresentam en
p,l11h111l11mente os três temas - 144.000, Cântico Novo e
1:1 11111ll• Multidão. Tentemos provar o que acabamos de di:_
, ., 1 :

fk11<1 oez terminado o se lamento, João contempla uma


i,,,.,,111.ável multidão que, extasiada, adora a Deus
,,,,,, · :.·uu trono. Esta vasta multidão está constitu-í-
./., / 11,/ u.bi tave Zme nte pe Zos salvos de toda nação, tri-
l 1 • • • llngua que foram RESSUSCITADOS ao vir Cristo
,.,.,,, negunda vez, o que demonstra que o selamento é
, , 11 / I !'.ma obra realizada em favor do povo de Deus an
t, ·11 , la troas Zadação. ( . .. ) . Ainda que em verdade, ate
"•'l'fol rxmto todos os cristãos entrarão "por muitas
l 1•/1111/açÕes no reino de Deus" ... isto se aplica em
,.,·1•/iJ 11entido mui especial aos 144.000. (8)
Em lDlla
11,.1111110 de obreiros, passamos a lDll professor de Bili.ia
d1; 1u11 lle nossos colégios a seguinte pergunta: Você
11pli1·11 Apoc.7:13 e 14 aos 144.000 ou à Grande Multi-
d1111'/ A resposta veio escrita no mesmo pedaço de papel
lp1·1101 que não esteja assinada!): "A ambos - o v. 16
l 1w l 11:-i i ve está relacionado com as sete pragas, confor
1111• 1·:.c:.white". -
Lemos algures, \.Dlla monografia do irmão
1:. Mo I ina, onde ele afirma que o cântico novo não se-
1 11 1·11111 ado apenas pelos 144. 000, mas também pela Gran
ol1• M11 l l idão e cita diversos textos da Sra. White. O
1 1. ~irnnuel Souza Ramos, em seu folheto
1 Os 144.000
ti i "·, de relance, a mesma coisa.
Quem sao os 144. 000?
1'1•1 p,1111ta outro comentarista que tenta esclarecer o as
18111\I o. (} nUmero dos assinalados com o selo de Deus e
11111 11ú111em prefixado pela inspiração. Os 144. 000, é
kl// , /1 · oe r, não são os únicos que serão salvos; pois
, ·111 11• '!fU:ida o profeta descreve uma visão em que vê
. ·11/ 1•,1 multidão incontável. ( ... ). Foi uma pergunta
./'• · i l 11 ao profeta: "Estes que estão vestidos de ves-
1 i,/,•n fir>ancos, quem são e donde vieram?" Mas João
''"' • 1•11de responder à pergunda. E por quê não? Por-

- ·121 -
que não se tratava daqueles que haviam ressuscitado
e que compunham a multidão incontável, mas duma ou-
tra multidão que, embora estivesse também diante do
trono, ele havia apenas ouvido e descrito o s"~-u nú-
mero que era 144.000. Esta multidão dos assinalados
e selados, o profeta ainda não havia contemplado.
Ele somente diz que ouvira o seu número, não tendo
visto. Eis a razão porque não pudera responder à
pergunta do ancião. Se a pergunta se referisse à
multidão dos ressuscitados, ele imediatamente sabe-
ria responder, pois isto lhe fora comunicado antes.
Mas o mesmo ancião respondeu à pergunta e o fez de
tal modo que não deixou dúvidas de que sua pergunta
havia aludido de fato aos 144.000 distintos ali tam
bém presentes e em um grupo em separado. (9)
Disse
tudo e não disse nada. Confessamos que não entendemos
nada. Por favor, releia o parágrafo acima que não é
nosso - é uma citação. Até parece uma traducão mal-
feita. Dissemos há poucos parágrafos atrás que há con
fusão quando se tenta esclarecer o assunto - 144.000
e Grande Multidão. NÓs faremos nossa confusão dentro
de poucas páginas à frente(!).
3. Os 144.000 serão os justos vivos por ocasião
da volta de Cristo. Quem a expôs foi o Pastor George
I. But·ler, Presidente da Associação Geral nos perío-
dos de 1871-1874 e 1880-1888. (10) Como se vê, esta
tese foi apresentada antes ·que a do Pastor Daniells.
NÓs a enumeramos por Último a fim de encaixar em nos-
sa sequência, pois segue-se uma importante pergunta •.
Ao
final das contas, quem são os 144.000? Para nós, eles
se distinguem por duas grandes características: a) São
os selados com o selo de Deus; b) Vêem da grande tri
bulação. Esta Última enfrenta uma grande barreira -
quem vem da grande tribulação, de acordo com Apoc. 7:
13 e 14, não são os 144.000 mas a Grande Multidão, a
menos que os dois nomes designem uma Única classe. Is-
so discutiremos daqui a pouco. Volvamos à primeira ca
racterística e a analizemos seguindo o método deduti::-
- 122 -
"", i 111 li é, partindo do conhecido para o desconhecido..
r. pllnto pacífico em nosso meio que o sábado seja
"111•111 dl' Deus, conforme Ez.20:12 e 20.Entretanto, há
11111 111·•1111•110 e importantíssimo detalhe a que poucos se
,i,. 1 11111 1·1111La - a diferença entre selo e selamento. Há
11111.i p111l1mda diferença no significado de ambos. Selo
,, " ::fMBOI.O de alguma coisa. Por exemplo: selo de cor
, ,. ' " ,; li símbolo de que pagamos a taxa correspondente

.,,, I'"' t 1· de nossa carta. Selamento é o ATO DE FIXAR


" ,,,. 111. TL•oricamente depois de o selo ser afixado não
I""''' 11111is ser removido. Além 'disso, podemos ter o se-
'" ,. 11 l'arta, sem que ela esteja selada. SÓ depois de
1•.1111111il11, L'ncostado e prensado é que ela poderá ser con
11iil1•1111l11 selada.
Ora, o sábado é o selo de Deus, não
1•·111 a di1vida! Ele simboliza o caráter, a função e o
1l11111Í 11 i l i do Senhor. Os ASD têm o se lo de Deus, mas nao
•111•·1 di:wr que estejam selados! Simplesmente por ob-
111·1~11rmos o sábado não quer dizer que estejamos sela-
""''. 11 N1'ITI todos os que professam guardar o sábado se-

1 ''" r11· l 11dos. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a


,,.,. ,1;1.i .. 11 outros, que não receberão na testa o selo
"'' lh·1111 11 • (11)
Aparentemente não há controvérsia em
111111t111 nll'io quanto à idéia de que o selamento 'esteja
1111 1111 11ro. NÓs dissemos aparentemente porque não pode
1111111 11•11ponder por todos e há textos da Sra. White que
11111 I t 1u1 Vl'Zes nos desconcertam e confundem. Há uma ra...;
· '"' p111 n isso! Muitas profecias dela foram condicio-
11111" ,. 1111t ros acontecimentos Deus tentou realizá-los
111.111 11 l 1·.n·j a os repeliu. Por exemplo: A volta de Cris
'" l11p,11 11pcis a famosa Conferência de Minneapolis. Se
·• l 11.11• j n l ivesse respondido ao chamado divino, a obra
••·1l1111Íclll concluída e Cristo teria voltado. (12)

.1l1•.111111 1ll'llntecimentos que podem ser enumerados e que
""" l1•v11riio a uma compreensão maior do processo do
'" 1111111·1110. são eles:
1. Agi lação e crise.
' lh·crcto dominical.
1. '1'1•111pestade ou crise.
- 123
1. OA - 1.
2. OA - 5.
3. I ME - 174.
4. R & H- 10.08.97.
5. II PDA - 115-116.
6. R & H- 10.09.97.
7. GC - 451.
8. II PDA - 122.
9. VPA - 182-185
10. R & H - 26.02.89
11. II TSM - 68.
12. I ME - 68.
CAPÍTULO XII

ACONTECIMENTOS CHAVES

Sl•mpre que se desejar conhecer ou compreender al-


p,1111111 coisa, deve-se coligir fatos a respeito dessa
, "i 1111. Se for um fato histórico, deve-se relacionar
11111 rnH fatos históricos ligados a. ela. Nosso tema em
1•.1111 a é 144.000. Estamos relacionando-o com o selamen-
1" e• Pste com outros fatos já enumerados no capít~
l 11 1111L cr ior.
Agitação e Crise.
O Espírito de pr~
l 1·1· ia prevê um grande despertamento religioso, tanto
il11 c·ristianismo verdadeiro como do apostatado. (1) Es
1 ,.,. despertamentos vão aglutinar o povo em torno das
i p,n·.i as e reacender na mente popular o espírito sec-
! 111· i Hla, motivando-os às disputas doutrinárias. Nes-
111111 disputas, "a questão da obrigatoriedade da obser-
v1111C"Ía do domingo" vai ser "amplamente agitada". (2)
l 11111 eausará uma crise religiosa que envolverá o mun-
1111 inteiro.
A grande crise chegará quando as nações se
1111/r•em na anulação da lei de Deus. (3)
Terp{vel é a
0 •1•/:re para a qual caminha o mundo. Os poderes da
1. ·1•1•a, unindo-se para combater os mandamentos de
/1, · 1111, decretarão que todos, ( . .. ) se conformem aos
•'• •11/umes da igreja, pela observância do falso sába-
, /, •. 'l'odos os que se recusarem a conformar-se serão
""nl igados pelas leis civis, e declarar-se-á final-
"" ·11/.1! serem merecedores de morte. Por outro lado, a
/, · ( de Deus - que ordena o dia de descanso do Criador.J
··.d:/'' obediencia, e ameaça com a ira divina todos
, ,,, •1u.e t'l'ansgridem os seus preceitos. Esc:larecido
.11111 /1r1 o assunto, quem quer que pise a lei de Deus
/ '•"''' obedecer a uma ordenança humana, recebe o si-
""' ,/a besta. ( ..• ). Enquanto uma classe aceitando
·' 11/nal de suànissão aos poderes terrest;es, recebe
, ' " ( ruil da besta, a outra, preferindo o sinal de
- 125 -
1. OA - 1.
2. OA - 5.
3. I ME - 174.
4. R & H- 10.08.97.
5. II PDA - 115-116.
6. R & H- 10.09.97.
7. GC - 451.
8. II PDA - 122.
9. VPA - 182-185
10. R & H - 26.02.89
11. II TSM - 68.
12. I ME - 68.
CAPÍTULO XII

ACONTECIMENTOS CHAVES

S(•mpre que se desejar conhecer ou compreender al-


coisa, deve-se coligir fatos a respeito dessa
i•.1111111
, "i 1111. Se for um fato histórico, deve-se relacionar
11111 rns fatos históricos ligados a. ela. Nosso tema em
1•.1111 n é 144.000. Estamos relacionando-o com o selamen-
111 e• 1•ste com outros fatos já enumerados no capít~
111 n11l erior.

Agitação e Crise.
O Espírito de pr~
l1·1·i11 prevê um grande despertamento religioso, tanto
ol11 c-r i st ianismo verdadeiro como do apostatado. (1) Es
1 c•11 dt•spertamentos vão aglutinar o povo em torno das
l 11.rc•j as e reacender na mente popular o espírito sec-
! 111 i sl a, motivando-os às disputas doutrinárias. Nes-
111111 disputas, "a questão da obrigatoriedade da obser-
v.i111·ia do domingo" vai ser "amplamente agitada". (2)
l 11111 1'.ausará uma crise religiosa que envolverá o mun-
1111 i 11Leiro.

A grande crise chegará quando as naçÕes se


111iir•em na anulação da Z.ei de Deus. (3)
Terp{vel é a
· •1•/ :re para a qual. caminha o mundo. Os poderes da
1. ·1•1•a, unindo-se para combater os mandamentos de
11,·1111, decretarão que todos, ( ... ) se conformem aos
11 I umes da igreja, pela observância do faZ.so sába-
• •, 1

, /, •. 'l'odos os que se recusarem a conformar-se serão


• ·o1111 i: gados pelas Z.eis civis, e declarar-se-á final.-
"''· /1 /., ~ serem merecedores de morte. Por outro Z.ado, a
/, · / de Deus qw ordena o dia de descanso do Criador.
-
, .... ,. :W obediencia, e ameaça com a ira divina todos '
• ''' •/WJ transgridem os seus preceitos. Esc:larecido
.11111 /m o assunto, qwm qwr que pise a Z.ei de Deus
/''""'obedecer a uma ordenança humana, recebe o si-
"" / , /a besta. ( . .. ) . Enquanto uma c Z.as se aceitando
" 11 / nal de suànissão aos poderes terrest;es, recebe
. · ir/ wzl da besta, a outra, preferindo o sinal. de
- 125 -
obediência à autoridade divina, recebe o selo de
Deus. (4)
Decreto Dominical.
Já se percebeu
pelo texto supra-citado, que haverá t.ml decreto impon
do a observância do domingo e wn outro condenando os
infratores à morte. Esta é t.mla mensagem frequente nos
e:scritos de Ellen G. White. Repetidas vezes ela fala
nesse decreto que violentará a consciência e imporá
o sinal da Besta. Antes disso ninguém terá recebido
o selo da apostasia e como os selamentos serão simul-
tâneos - veja-se a Última parte da citação já refe-
rida acima - o selo de Deus só será afixado também
naquela época. Voltamos a insistir - há t.mla grande
diferença entre selo e se lamento. Selo é o símbolo;
selamento é o ato de fixar esse símbolo. Abaixo da-
remos alguns textos mais, do Espírito de Profecia,que
melhor esclarecerão o assunto.
A guarda do domingo a-
inda não é o sinal da besta, e não o será ATÉ QUE
O DECRETO SAIA, forçando os homens a adorar este
ido lo sabático. VIRÁ o tempo em que este dia SERA
O TESTE, mas esse tempo AINDA NÃO CHEGOU. (grifos
supridos) (5)
O Senhor mostrou-me claramente que a
imagem da besta será formada antes do término do
tempo da graça; pois deverá ser o grande teste do
povo de Deus pelo qual seu destino eterno será de-
cidido. ( ... ).Este é o teste que o povo de Deus
precisa enfrentar antes de serem sela.dos. Todos
quantos provarem sua lealdade ao Senhor pela ob-
servância da Sua lei, e se recusarem a .aceitar o
sábado espú:r>io, alinhar-se-ão sob a bandeira do
Senhor Jeová, e receberão o selo do Deus vivo. Aque
les que renunciarem à verdade de origem celestial
e aceitfíH'em o domingo como sábado, receberão a mar-
ca da besta. (6)
Ninguém recebeu o sinal da bes.ta.
Ainda não chegou o tempo de prova. ( ... ).Mas qua~­
do for expedido o decreto que impõe o sábado espu-
- 126 -
1·i,,, e o a"lto .clamor do terceiro anjo advertir os
lt. '"'' ·rw contra a adoração da besta e de sua imagem,
"' .,.,; f;paçada com clareza a linha divisória entre o
(. il 110 e o verdadeiro. Então os que ainda persisti-
,.,.,,, na transgressão receberão o sinal da besta. (?)
( ... ). E somente depois que esta questão esteja
. 111n /m plenamente exposta perante o povo, e este se-
.í" I1 ·o ado a optar entre os mandamentos de Deus e os
. /, •:r homens, é que, então, aqueles que continuam a
l 1•o111nul"edir hão de receber o "sinal da besta". (8)
Crl'mos, sinceramente, pelo que ficou exposto aci-
"''', q 11e o se lamento, tanto de Deus como da Besta, ain
d ,, 1•11t ã no futuro. O despertamento religioso vai agi::-
''" a questão, o decreto vai impor a observância do
d11111i11w>, e cada pessoa, individualmente, terá que de-
' ld ir que selo aceitará. Isto leva a um ângulo suma-
1111•1111• importante da questão: "a preparação para a cri
,,,. 1 i nal". Una pergunta assoma à nossa mente qual"ice
111•1 ·p," v,igantesco à frente de um pequeno navio: Está a
l p,1 •' j a preparada?
Agora é o tempo de preparar-nos. O se
/, 1 ,/,! Deus jamais será colocado ã testa de um homem
. • 11 111u lher impuros. Jamais será colocado à testa de
11111 h>mem ou mulher cobirjosos ou amantes do mundo. Ja
111o1in ne'l'á colocado ã testa de homens ou mulheres de
1i11:1ua falsa ou coração enganoso. Todos os que re-
, •, ·/,, ·m o se lo devem ser imaculados diante de Deus -
· '""'li da tos para o Céu. Pesquisav as Escrituras por
,,, •:1 111eHmos, para que possais compreender a terrível
.1.•/,·11/rlade do tempo presente. (9)
Nenhum de nós ja-
,,,, 1 i :: r•cceberá o se lo de Deus, enquanto o caráter ti
,,,.,. uma nódoa ou mácula sequer. (10) -
Pouca coisa tem
·• llÍ li 1 ia a dizer sobre o juízo dos vivos e o Espírito
d1· l 11ill•cia ê quase tão silencioso quanto ela,mas dá-
1

"'"' 11 1•ntender que a escolha entre o sinal de Deus e


" d11 B1•sta produz a separação final e eterna entre os
•••1lv1111 l' os perdidos. "Quando sair o decreto e o selo
1111 nplicado, seu caráter permanecerá puro e sem ma-
- 127 -
cu la para toda a eternidade". (11) "O tempo do Juízo
e um pe~Íodo bem solene, em que o Senhor recolhe os
Seus dentre o joio. Os que.têm sido membros da mesma
família são separados. Sobre os justos é colocado um
sinal". (12)
Cremos que estamos agora preparados para
saber quem são os 144.000. Duas características essen
ciais os distinguem, dissipando toda e qualquer dúvi=-
da sobre sua origem e posição - eles são os selados
e vêem da grande tribulação.Já vimos o que é o sela~
mento e quando ocorrerá. Resta-nos pouca coisa agora-
- responder mais três perguntas importantes, aliás,
uma já foi respondida nos textos supra-citados, mas
não comentamos. a) 144.000 é um número real ou simbÓ-
lico? b) O que é a Grande Tribulação? c) 144.000 e
Grande Multidão são duas classes distintas ou são du-
as expressões para designar uma única classe? .Não res
poderemas nesta ordem. Inverteremos um pouquinho a or
dem das perguntas.
A Grande Tribulaçã~
O Espírito de
Profecia usa dois termos para designar a Grande Tribu
lação - Tempestade e Crise. Seus escritos são pródi=-
gos na descrição desse tão perturbador acontecimento
que aguarda a Igreja de Deus.
Estamos em vesperas de
grandes e importantes acontecimentos. As profecias
rapidamente se estão cumprindo. O Senhor está as
portas. Está prestes a inaugurar-se um per{odo da
mais alta importância para todos os viventes. As
controvérsias do passado serão revivescidas, e outras
novas suscitadas. As cenas que deverão desenrolar-
se neste mundo não são nem sequ.er sonhadas. Satanás
está operando por meio de instrumentos humanos. Os
qu.e se errrpenham em conseguir uma emenda à Constitu{
ção, (dos EE. UU. ) para obter uma lei qu.e imponha a
observância do domingo, mac compreendem qual vai
ser o resultado. Uma crise está iminente. (13)
Sem
sombras de dúvidas a Grande Tribulação está no futuro
- 128 -
1• será causada por dois acontecimentos distintos mas
H i.multâReos: 1) A proclamação da mensagem do tercei-
ro anjo em Alto Clamor; 2) A união dos poderes da
1 erra para combater os que guardam os mandamentos de
Deus.
Assim será pPOalamada a mensagem do teraeiPO an-
jo. Ao ahBgar o tempo para que ela seja dada aom o
máximo poder, o Senhor operará por meio de hwni Zdes
,instrwnentos, dirigindo a mente dos que se aonsa-
gram ao Seu serviço. Os obreiros serão antes quali-
fiaados pela unção de Seu Esp{Pito do que pelo pre-
paro das instituições de ensino. Homens de fé e or~
ção serão aonstrangidos a sair oom zelo santo, de-
a larando as palavras que Deus lhBs dá. Os peaados
de Babi Zõnia serão patenteados. Os teY't'{veis resul-
tados da imposição das observânaias da igPeja pela
autoridade aivil, as inaursões do espiritismo, , os
furtivos mas rápidos progPessos do pod.er papal - tu
do será desmasaarado. Por meio destes solenes av[:::
sos o povo será aomovido. Milhares de milhares que
nunaa ouviram palavras aomo essas, esautá-las-ão.
(14)
Se o Selamento está no futuro e a Grande Tribu-
1acão também, isto nos leva a uma conclusão lógica e
insofismável; e se os selados não mais pecarão e, cer
1 amente não morrerão (15) - os 144.000 serão os jus=
Los vivos por ocasião da volta de Cristo. E é justa-
mente isso o que lemos no Manuscrito n9 4., 1883, da
Sra. White:
Não há nisto nada que. não sustentemos ain-
da. RefePênaias a nossas obras publiaadas mostrarão
nossa arença de que os vivos justos reaeberão o se-
lo de Deus antes do fim da gPaça, também que e Zes
fruirão honras espeaiais no reino de Deus.

1.. GC - 466-468. 5. 7 BC - 977.


2. GC - 611. 6. 7 BC - 976.
). 5 T - 464. 7. Ev.- 234-235.
4. GC - 610-611. 8. GC - 450.
- 129 -
9. II TSM - 71.
10. VE - 188.
11. II TSM - 71.
12. TM- 234.
13. II TSM - 352.
14. GC - 612.
15. II TSM - 71.
PE - 283-284.
16. I ME - 66.

- 130 -
CAPÍTULO XIII

144.000 X GRANDE MULTIDÃO

Há poucos momentos atrás, arranhamos de leve este


tema mas agora queremos dissecá-lo. A pergunta for-
mulada no capítulo anterior - 144.000 ' e Grande Mul-
tidão são duas classes distintas ou são duas expres-
sões para designar um.a única classe - parece desti-
tuída de importância mas não o é.A grande maioria dos
teólogos adventistas e mesmo não-adventistas, ensina
que são duas classes distintas e por muitos anos nós
cremos assim e assim ensinamos. Entretanto, havia algo
que nos incomodava. Quando tratávamos com as chamadas
Testemunhas de Jeová, usávamos os vs. 13 e 14 de Apoc.
/ para provar que os 144.000 vêm da Grande Tribulação,
contradizendo assim os ensinos deles• kJ mencionar o
texto, um calafrio percorria nossa medula, de medo de
1•ncontrar alguém entre eles que fosse suficientemente
11i1bio para nos provar que a passagem não se aplica aos
1114.000, mas à Grande Multidão. Felizmente nunca o a-
1'11runos !
NÓs sabíamos disso, mas não atinávamos em como
l111nnonizar esta aparente confusão. A pergunta do An-
··i /10 era: "esses que se vestem de vestiduras brancas
'llll'm são e de onde vieram?" Ap. 7:13. Fln nenhum lugar
.11• Apoc. 7 diz que os 144.000 se vistam de vestiduras
lir11ncas, embora possamos admitir com facilidade que
•• l 1·s TAMBÉM usem as alvas roupas. É - segundo o tex-
111 - a Grande Multidão que estava (no momento da vi-
111io) "em pé diante do trono e diante do C.Ordeiro, ves-
1 idos de vestiduras brancas e com palmas nas mãos". Ap.
I: 11.
Nossas dúvidas se dissiparam quando compulsando o
~a•/\ IH BLE COMMENl'ARY, verificamos que havia três pon-
t 1111 dl· vista sobre o assunto: 1) um.a só classe com
ol111111 denominações; 2) duas classes distintas; 3) duas
• l 1111Hl'H mas englobadas, isto é, a Grande Multidão in-
' lui os 144.000. (1)
- 131 -
9. II TSM - 71.
10. VE - 188.
11. II TSM - 71.
12. TM- 234.
13. II TSM - 352.
14. GC - 612.
15. II TSM - 71.
PE - 283-284.
16. I ME - 66.

- 130 -
CAPÍTULO XIII

144.000 X GRANDE MULTIDÃO

Hã poucos momentos atrãs, arranhamos de leve este


11·11111 mas agora queremos dissecá-lo. A pergunta for-
11111 l ada no capítulo anterior - 144.000 ' e Grande Mul-
1 i díio são duas classes distintas ou são duas expres-
11111•s para designar uma única classe - parece desti-
111 Ída de importância mas não o é .A grande maioria dos
l 1•1i logos adventistas e mesmo não-adventistas, ensina
'1111• são duas classes distintas e por muitos anos nós
1·1 ..mos assim e assim ensinamos. Entretanto, havia algo
'1111· nos incomodava. Quando tratávamos com as chamadas
T1•11t emunhas de Jeová, usávamos os vs. 13 e 14 de Apoc.
I para provar que os 144.000 vêm da Grande Tribulação,
111111- radizendo assim os ensinos deles. hJ mencionar o
11• Kl o, um calafrio percorria nossa medula, de medo de
""''•>ntrar alguém entre eles que fosse suficientemente
1111hio para nos provar que a passagem não se apilica aos
111/1,000, mas à Grande Multidão. Felizmente nunca o a-
1li11111os!
NÓs sabíamos disso, mas não atinãvamos em como
11111 monizar esta aparente confusão. A pergunta do An-
' l 110 era: "esses que se vestem de vestiduras brancas
•1111•111 são e de onde vieram?" Ap. 7:13. Em nenhum lugar
111· Apoc. 7 diz que os 144.000 se vistam de vestiduras
111 1111cus, embora possamos admitir com facilidade que
•• l 1•11 TAMBbi usem as alvas roupas. ~ - segundo o tex-
' 11 a Grande Multidão que estava (no momento da vi-
•11111) "em pé diante do trono e diante do Chrdeiro, ves-
' 1do11 de vestiduras brancas e com palmas nas mãos". Ap.
I : 'I.
~1ssas dúvidas se dissiparam quando compulsando o
'illl\ li 1 BLE COMMENrARY, verificamos que havia três pon-
11111 d1• vista sobre o assunto: 1) uma só classe com
·1111111 d1•nominações; 2) duas classes distintas; 3) duas
• l 1111111•H mas englobadas, isto é, a Grande Multidão in-
' l11i llH 144,000. (1)
- 131 -
1 2
144.000
ou
Grande Multidão
Grande
Multidão

Grande

Multidão
Daí para a frente as
coisas começaram a clare-
ar. Começamos a testar as três teorias a ver qual de-
las preenchia todas as especificações do texto. Quais
são as especificações?
1. CONTEXTO - lugar onde está colocado o texto.
Já fizemos referência a isso há alguns instantes a-
trás. O capítulo sete de Apocalípse é um parêntese
entre o Sexto e o Sétimo Selos. As cenas ali descri-
tas devem se desenrolar nessa ocasião.
2. POR Quf FOI DADO O TEXTO? O capítulo seis fin-
da com uma mensagem de desespero e a Bíblia é uma men
sagem de fé e esperança. Os Ímpios perguntaram: "quem
é que pode suster-se?" E a resposta foi a mensagem do
capítulo sete. Esse capítulo é a resposta divina ao
desafio dos Ímpios.
3. FALTA de evidência de que os versos nove a de-
zessete tratem dos remi'.dos de outras épocas que hajam
ressucitado em algum momento.
4. RELAÇÃO entre o capítulo sete e o catorze, pri-
- 132 -
meira parte. A Grande Multidão do capítulo sete e os
cento e quarenta e quatro mil do capítulo catorze re-
cebem honras especiais no Reino de Deus.
5. A "IGNORÃNCIA" DE JOÃO. Ele não reconheceu os
"que se vestem de vestiduras brancas". E por quê? Se-
rá que João não conhecia os remidos? O problema resi-
dia em um ponto sensível: João não VIU os 144.000, e-
le OUVIU o nÚmero. (Ap. 7: 4) Agora ele VÊ uma Grande
Multidão, muito superior ao nÚmero que ele tinha ou-
vido e fica desconsertado, deixando ao Ancião a ingen
te tarefa de decifrar o enigma. É impressionante que
ele - o Ancião - não deu o nome do grupo, mas as ca
racterísticas, deixando ao estudante bíblico a doce
experiência da pesquisa. A Bíblia é mesmo assim!
Para
nós, 144.000 e Grande Multidão é a mesma coisa. Trata-
se de duas denominações para a mesma classe. Se acei-
L armos este ponto de vista, mesmo que a maioria não o
despo·se, teremos solucionado dois problemas teológi-
1·os e contribuiremos para a solução de um terceiro.
a) O impasse do V .14 - "são estes os que vêm dâ gran-
de tribulação". A pergunta foi: "estes que se vestem
de vestiduras brancas, quem são e de onde'vieram?" Quem
:il' veste de vestiduras brancas é a Grande Multidão e
11iio os 144.000 e quem vem da Grande Tribulação são os
1114 .000 e não a Grande Multidão, a menos que os dois
:11•j am uma só coisa. b) A aparente contradição do Es-
pÍ rito de Profecia. Ellen G. White faz uma verdadeira
1·11nfusão (aparente) quando trata do assunto. Às ve-
z1·s diz que só os 144.000 cantarão o "cântico novo".
( 1) Outras vezes diz que a Grande Multidão também
" I' anta. (2 )
Por quê essa aparente contradição? Por
q 111• apesar de ela não dizer claramente, usa os termos
1111 mesmo sentido. Portanto, não se contradiz e nem
1 ;1z confusão! c) Se (Desculpem-nos o condicional. Não
•' 1 alta de convicção. É porque não gostamos de ser im
l"initivos), se os 144.000 e a Grande Multidão são uma
111Í coisa, temos um argumento a mais para saber se o
111.1111l'ro é real ou simbÕlico. Com esse assunto nos ocup~

- 133 -
remos no capítulo seguinte. Antes porém, demos um mer-
gulho mais profundo neste redemoínho e vejamos se há
alguma luz em suas profundezas.
Uma leitura profunda-
mente superficial dos escritos da Sra. White, nos dei•
xa um tanto confuso. Às vezes ela diz que só os
144.000 cantarão o cântico de Moisés e do C.Ordeiro, e
às vezes ela diz que a Grande Multidão cantará também.
Se aceitarmos a tese de que ambas as denominações de-
signam um grupo só, a confusão estará desfeita. Porém
precisamos de calma e prudência a fim de não aceitar-
mos APENAS para desfazer uma confusão que pode ser i-
maginária e a tese aceita não corresponder à verdade.
Partamos do texto abaixo ...
No mar cristalino diante
do trono, naquele mm• como que-de vidro misturado
com fogo - tão resplendente é ele pela glória de
Deus - está reunida a multidão dos que "sa{ram vi-
toriosos da besta, e de sua imagem e do seu sinal,
e do número de seu nome". Ap. l5: 32. Com o Cordeiro,
sobre o monte Sião, "tendo as harpas de Deus'~ estão
os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos
dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas
águas, e de grande trovão, "wna voz de harpistas,
que tocavam com as suas harpas". E cantavam wn "cân
tico novo" diante do trono - cântico que ninguem
podia aprender senão os cento e quarenta e quatro
mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de li
vramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e
quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de
sua experiência - e nunca ninguém teve experiência
semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro pa-
ra onde quer que vai". "Estes, tendo sido traslada-
dos da Terra, dentre os vivos, são tidos como pri-
micias para Deus e para o Cordeiro". Apoc. 14: 1-5;
l5: 3. "Estes são os que vieram da grande tribula-
ção", Apoc. 7: l4; passaram pelo terrrpo de angústia
tal como nunca houve desde que houve nação; supor-
taram a aflição do tempo de angústia de Jacó; per-
maneceram sem intercessor durante o derramamento fi_
- 134 -
nal dos juízos de Deus. (3)
Há quem veja neste texto
duas classes em dois lugares diferentes. Mas ••• será?
Nesse caso teríamos a "multidão no mar cristalino" e
os "144.000 no monte de Sião". Podem os lugares ser
diferentes, mas os grupos de pessoas não. A ''tnultidão"
saiu vitoriosa "da besta, da sua imagem, do seu sinal
e do número do seu nome", e esses vitoriosos não são
outros que não os 144.000! Nessa época haverá somente
duas classes - os fiéis, selados com o selo de Deus e
os infiéis, selados com o sinal da Besta.
No desfecho
desta controvérsia, toda a cristandade estará divi-
dida em duas grandes classes - os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que ado-
ram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal. (4)
Mar de vidro e monte Sião é a mesma coisa. Lamen-
L aremosmui frequentemente não termos encontrado um
texto mais claro na Bíblia ou no Espírito de Profecia
para provarmos o que acabamos de afirmar, mas cremos
que o que se seguirá, será o suficiente.
João, ( ... ) o-
lhando através do fumo e ru{do da batalha, notou so
hre o monte Sião, unido ao Cordeiro, um grupo que-;
em vez do sinal da besta, "em suas testas tinham es
·~rito o nome ... de Seu Pai". Depois viu o número
dos que "saíram vitoriosos da besta, da sua imagem,
dn seu sinal, e do número do seu nome, que estavam
Junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.
/•.' cantaPam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o
,•ântic'- rlo Cordeiro". (5) Parece-nos não haver ne-
1·1·ssidade de coisa mais clara do que isso! Ant.es po-
, ,·.m, mais uma palavrinha. Não nos apaixonemos por es-
111·s pequenos detalhes que, apesar de importantes, nao
•1.111 OS MAIS importantes. Respeitemos os pontos de vis

1 .1 dos outros e amemos aos nossos irmãos apesar de pe


1p11·nas diferenças de interpretação. Assim teremos unT
d11dt' na diversidade.

- 135 -
1. 7 BC - 784.
2. GC - 653-654.·
TM - 432-433.
3. GC - 653-654.
4. GC - 451.
5. II TSM - 351.
CAPÍTULO XIV

144.000

UM NÚMERO REAL OU SIMOOLICO?

Eis aqui tm1.a pergunta que tem inquietido muita


1,1.'nte. Nós, porém, não damos muita importância à sua
1

n•sposta. Parece-nos indiferente que sua resposta se


ia "sim" ou "não". o que deve nos interessar é: como
1azer parte desse grupo que receberá honras especi-
ais no Reino de Deus. Diríamos mais: o nosso interes
111•, particularmente, é entrar na vida eterna, quer
1azendo parte da "Grande Multidão" (?), quer dos
J/~4.000. Visto que estamos tratando do assunto, não
11l'rá ilógico darmos tm1. mergulho mais fundo nestas á-
p,11as misteriosas, trazendo de lá o nosso parecer •.
Quan-
do entramos para a IASD, a impressão que recebemos é
d1• que seria um número real e mantivemos essa idéia
1111 r muitos anos. Em parte porque pouco ou quase nada
111• dizia a esse respeito, até mesmo na Faculdade de
'1'1•11 logia. Assim, nosso barco vagou à deriva por mui
l llS anos, até que Conceitos mais profundos fossem en
1 rando em nossa mente, através de estudos mais acura
d11:-1 e de textos mais claros da Bíblia e do Espírito
d1· Profecia.
Una pergunta exigia resposta e essa res-
p11sla esclareceu-nos o assunto: Praticamente tudo no
Apocalipse e especialmente o selamente, é simbólico,
I'" r quê esse número não o pode ser? Há, na hermenêu-
1 i 1·11, tuna lei que diz: quando tudo for simbólico, não
p11d1·remos por nada real a menos que haja muita evi-
.i,··1111· ia para isso. A recíproca também é verdadeira.
Não
,. 111i nesta coluna que sustentamos nossa estrutu-
' 11 intelectual para pensarmos ,que 144.000 seja um
111.11111•ro simbólico. Há outras três evidências: a) tex
l 1111 do Espírito de Profecia que falam de grandes
1111•:1::1•s nos Últimos dias; b) se os 144.000 e a Gran-
- 137 -
1. 7 BC - 784.
2. GC - 653-654.·
TM - 432-433.
3. GC - 653-654.
4. GC - 451.
5. II TSM - 351.
CAPÍTULO XIV

144.000

UM NÜMERO REAL OU SIMBÕLICO?

Eis aqui uma pergunta que tem inquiet ido muita


gente. Nós, porém, não damos muita importância à sua
resposta. Parece-nos indiferente que sua resposta se
ja "sim" ou "não". o que deve nos interessar é: como
fazer parte desse grupo que receberá honras especi-
ais no Reino de Deus. Diríamos mais: o nosso interes
se, particularmente, é entrar na vida eterna, quer
fazendo parte da "Grande Multidão" (?), quer dos
144.000. Visto que estamos tratando do assunto, não
será ilógico darmos um mergulho mais fundo nestas á-
guas misteriosas, trazendo de lá o nosso parecer •.
Quan-
do entramos para a IASD, a impressão que recebemos é
de que seria um número real e mantivemos essa idéia
por muitos anos. Em parte porque pouco ou quase nada
se dizia a esse respeito, até mesmo na Faculdade de
Teologia. Assim, nosso barco vagou à deriva por mui
tos anos, até que conceitos mais profundos fossem en
trando em nossa mente, através de estudos mais acura
dos e de textos mais claros da Bíblia e do Espírito
de Profecia.
Uma. pergunta exigia resposta e essa res-
posta esclareceu-nos o assunto: Praticamente tudo no
Apocalipse e especialmente o selamento, é simbólico,
por quê esse número não o pode ser? Há, na hermenêu-
tica, uma lei que diz: quando tudo for simbólico, não
poderemos por nada real a menos que haja muita evi-
dêmcia para isso. A recíproca também é verdadeira.
Não
é só nesta coluna que sustentamos nossa estrutu-
ra intelectual para pensarmos ,que 144.000 seja um
número simbólico. Há outras três evidências: a) tex
tos do Espírito de Profecia que falam de grandes
messes nos Últimos dias; b) se os 144.000 e a Gran-
- 137 -
de Multidão forem a mesma coisa - o que cremos ser o
fato - então o número não poderá ser real mas simbó-
lico; c) a numeralogia. A maneira como ele está es-
crito no grego indica simbolismo, sendo grafado em du
as frações separadas - 144.000 ( pµo XtÀtÓ.oe:cr ) (rO,
mi, delta Ki. liades) - sendo a primeira em algarismos
e a segunda em palavras. Há quem rebata o argumento
dizendo que isso se deve ao fato de a língua grega
não ter o algarismo zero. O que é verdade. Mas não po
demos esquecer de que muitos outros números aparecem
na Bíblia. E como são eles escritos em grego? Simples
mente em palavras. Assim, 144.000 poderia tê-lo sido
também. Mas não o foram! E por quê? Porque o número é
simbólico.
Há três numeras na Bíblia que são símbolos
da perfeição: a) o sete, perfeição do caráter; b) o
dez, perfeição da medida; c? o doze, perfeição do go
verno. Eles aparecem muitíssimas vezes nas Escrituras-:-
0 Dr. BuUinger declara: "O doz.;:, é um número per-
feito, significando ... perfeição governamental. Ele
é encontrado como múltiplo em tudo o que tenha a
ver com lei". (1)
Cento e quarenta e quatro e o
quadrado de doze, e mil é o cubo de dez. O doze
representando a perfeição do governo de Cristo e o dez
a perfeição da medida de Seu governo. Assim, temos
uma curiosaexpressão algébrica - (12)2 • (10)3 !
Não
ignoramos que muitas perguntas podem ser feitas em
oposição ao que foi dito; não ignoramos também que o
Espírito de Profecia diz:
Não é Sua vontade (de Deus)
que entrem em controvérsia sobre questões que não
os auxiliarão espiritualmente, tais como, quem fará
parte dos cento e quarenta e quadro mil. Isto, aque
les que são eleitos de Deus logo saberão sem pergun
tar. (2) -
Não estamos tentando discutir o assunto com
ninguém e nem entrar em controvérsia sobre a questão.
Estamos, isto sim, apresentando uma contribuição, a1n

- 138 -
da que modesta, aos estudiosos da mais palpitante ma-
téria teológica - a escatologia. E não é só! Deseja-
mos incitar a Igreja a um estudo mais profundo da Bí-
blia para tooar consciência de sua responsabilidade e
se aperceber do perigo que corre. Por favor, entenda-
nos sob este ângulo e tudo acabará bem!
Prc;)'Ssigarnos com
a discussão, sem_altercação. Os 144.000 virão somente
de Israel, ou de "todas as nações, tribos, povos e
línguas"? Sendo eles a mesma classe denominada de
Grande Multidão, a pergunta já está respondida. Con-
tudo, arrazoemos um pouco mais.
De acordo com a grande
cadeia profética de Daniel capítulos oito e novo, o
Israel natural ou carnal (I Cor. 10: 18 e Rrn. 9:8),
deixou de ser povo de Deus a partir do ano 34 de nos-
sa era. Israel significa "o vencedor" e todo aquele
que vence o pecado é um filho de Deus, membro da gran
de família celeste e o povo peculiar do Senhor. É nes
te conceito que Paulo se estriba ao afirmar: "PCll-rque
não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é cir-
cuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aque
le que o e interiormente e circuncisão a que é do co---::
ração ... E não pensemos que a palavra de Deus haja f~
lhado, porque nem todos os de Israel são de fato in-
raelitas". (Rrn. 2:28 e 29 e 9': 6).
Então quem são os
verdadeiros israelitas? Muito simples! O mesmo apósto
lo responde: "Sabei, pois, que os da fé é que são fi:-
lhos de Abraão. ( ... ). E, se sois de Cristo, também
soi:. descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a
promessa". (Gl.3:7 e 29).
Os textos pinçados do pensa-
llll'nto paulino, que também é o pensamento divino, nos
most raro claramente que há dois Israéis - o Carnal e
11 l•:spiritual. Se o carnal foi rej~eitado no ano 34, o
Apocalipse não pode estar tratando dele ao falar dos
.111•lados dos Últimos dias. Resta-nos saber agora, por
q111-; 12 mil de cada tribo?
Tudo ali é simbÓlico e essas
- 139 -
tribos traduzem tnll simbolismo especial e tnlla experiên
eia peculiar. Uma leitura .atenta de Apocalipse sete
nos convencerá de que nem todas as tribos de Israel
são ali mencionadas. Dã e Efraim ficaram de fora,en-
quanto que José e Levi foram incluídas. Havia em Isra
el catorze nomes e treze tribos - Rubem, Judá, Gad-:-
Aser, Naftali, Simeão, Issacar, Zebulom, Benjamim,Dã,
Levi, José, Manassés e Efraim. Os três Últimos nomes
representavam apenas tnlla tribo a qual fora dividida,
ficando, assim, em treze o total das tribos, mas como
a de Levi fora escolhida para o sacerdócio, geralmen-
te não era contada entre as demais. Daí essa alter-
nância que continuamente nos deparamos nas Relações
das tribos apresentadas na Bíblia. Sempre ficam de fo
ra da listagem dois nomes e tuna tribo. Mas há outra
razão para Dã e Efraim ficarem de fora na contagem dos
selados - Dã significa "Juízo" e representa aqueles
que vivem criticando os outros, julgando seus erros,
muitas vezes caluniando-os e levando-os à queda. '"'Dã
julgará o seu povo •.• será serpente junto ao caminho,
una víbora junto à vereda, que morde os talões do ca-
valo e faz cair o seu cavaleiro por detrás". (Gn. 49:
16 e 17). Efraim sighifica "Fecundidade Dupla" e re-
presenta aqueles que estão unidos à Igreja e ao mundo
ao' mesmo tempo e isto resultará em ruína eterna para
eles.~ •. ). Unindo-se ao mundo e participando de
seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a
mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a esco-
lher o lado fáci 1, popular". (3) "Efraim está entre-
gue aos Ídolos, deixai-o". Ele "se mistura com os po-
vos". (Os. 4:17 e 7:8)
Tudo é simbÕlico. Cada nome des
ses encerra dentro de si tnll simbolismo inimaginável;
cada filho de Jacó e cada tribo de Israel teve sua ex
periência própria que bem representa a experiencia
dos filhos de Deus nos Últimos dias. Fm tnll rasgo de
imaginação e em tnlla profundidade de raciocínio, pode-
ríamos, usando os nomes na ordem em que aparecem em
Apocalipse sete, montar tnlla frase que bem representa
o plano de Deus para Seus filhos desta hora apocalíp-

- 140 -
tica: LOlNOR (Judá) de UM FILHO (Rubem) e de UM GRUPO
DE FILHOS (Gad) redimidos e DITOSOS (Aser) que LUTAM
(Naftali) em oração para ESQUECIMENTO (Manassés) pró-
prio e do passado, tendo OlNIDO (Simeão) a Palavra de
Deus, ficando LIGADO (Levi) com Deus, como SERVO (Is-
sacar) para HABITAÇÃO (Zabulon) em Espírito, tendo A-
CRESCENTADO (José) júbilo e bênçãos especiais provin-
das do FILHO DA MÃO DIREITA (Benjamim) de Deus.
Cento
e quarenta e quatro mil é lll1l número realou simbólico?

1. ~~S­ 75.
2. I ME - 174.
3. GC - 614.
CAPÍTULO XV

UM PROBLEMA QUE DEMANDA SOLUÇÃO

Aparentemente o problema do se lamento está so lu-


cionado e a grande maioria dos teô logos adventistas o
coloca no futuro, logo apôs o "Decreto Dominical" como
l.Ulla consequência da escolha que farão os fiéis servos
de Deus naqueles dias de prova. É interessante frisar
que quando compulsamos algl.Ull livro denominacional que
trata da matéria, especialmente nl.Ull estudo minucioso
sobre o Apocalipse, esse assunto se destaca por sua
clareza e convicção. Entretanto, seguindo-se a trilha
profética, chegamos à Quinta Trombeta e ali esbarra-
mos com l.Ulla flagrante contradição. No capítulo sete o
comentarista pôs o selamente no futuro, mas no capí-
tulo nove, verso quatro, ele agradece a Deus porque
naquele período - 622-1449 - havia religiosos que
tinham "na testa o selo de Deus". G:>ntudo, não dão mai
ores explicações para esta aberrante contradição.Quan
do, porém, se tem a oportunidade de lU1l diálogo franco
- aparece l.Ulla explicação pueril e incongruente - a
dos diversos selamentos. Há, dizem eles, tres fases
ou espécá:es de se lamento: a) o selo da conversão :Ef.
4:30 - b) o selo da convicção da verdade - o sába-
do; Ez.20:12 - c) o selo da fixação do caráter; Ap.
7: 1-8. Biblicamente é plausível essa classificação, e
há l.Ulla grande diferença entre o selamento do Espírito
Santo con:fonne consta na carta aos Efésios e o sela-
mento apocalíptico. Mas entre o texto de Ezeq uie 1 e o
do Apocalipse não nos parece haver nenhl.Ulla diferença.
Novamente nos defrontamos com o problema já apresenta
do no capítulo anterior - a diferença entre selo e
selamento. Selo é lU1l símbolo; selamento é o ato de fi
xar esse símbolo. Selo é carimbo; selamento é carim-
bar.
Volvamos nossa atenção para Ap.9:4. A fim de evi-
tarmos contradição em nossas doutrinas, esta passagem
deve ser mais minuciosamente estudada e devidamente
esclarecida, ainda que para isso seja necessário lU1l

- 142 -
pouco de trabalho e até mesmo danos e perdas.
Aprend.!
mos uma lição histórica! A doutrina que mais celeuma
gerou dentro da primitiva lgrej a Cristã foi a da pes-
soa de Cristo. Rios de tinta e toneladas de pape 1 fo-
ram gastas com ela. Discussões intermináveis foram
travadas ao seu redor. Resultado: é uma das doutri-
nas que tem resistido aos séculos e milénios sem mui-
ta alteração. O cristianismo apostatou de quase tudo,
mas a questão da pessoa de Cristo não oferece muitos
problemas mesmo na atualidade. Valeu a pena o esforço!
Esforcemo-nos também!
Ap. 9:4 já nos colocou em apuros!
Apresentávamos a matéria - Estudos Profundos de Da-
niel e Apocalípse - cuja finalidade era despertar o
interesse de nossos irmãos pelo estudo da Bíblia atra
vês de algo novo e impressionante. Apresentávamos a
matéria em uma de nossas igrejas e ao chegarmos ao ca
pítulo sete do Apocalípse, colocamos todo o nosso en:=-
tusiasmo e sabedoria para convencer nosso povo do pe-
rigo que nos aguarda, da necessidade de um preparo ca
bal para o se lamento que, apesar de estar no futuro-;
se aproxima a passos de gigante e poderá nos apanhar
desapercebidos. Tudo correu normal e maravilhosamente
bem! Os ouvintes eram arrebatados ante a 'eloquência
do assunto e a gravidade da situação. Não mui.tos dias
depois, chegamos à Quinta trombeta - e eis um fantas
ma a nos amedrontar, tentando-nos ao desânimo e suge:=-
rindo o abandono da jornada.
Insolúvel ficou o proble-
ma e como chegasse a hora da reunião seguinte, não ti
vemos outra alternativa a não ser dar um "drible" nos
owintes, explicando a parte histórica e "chutando" o
t.:aso a "escanteio", sem comentários e sem lamenta-
c;Ões. Qualquer "piada" poderia prejudicar o bom an-
damento das reuniões e neutralizar o objetivo das me~
mas.
Passada a "onda", nos volvemos aos comentaristas
disponíveis em nossa humilde biblioteca; consultamos
os alfarrábios existentes em nossos "dez-organizados"

- 143 -
arquivos, mas tudo em vão! C'.onsultamos amigos e cole-
gas e todos, tais corno os comentaristas, se chocavam
ao encontro da contradição futuro-passado ou se vali-
am das diversas fases do selamento.
A solução das di-
versas fases do selamento gera tm1 problema ainda mai-
0r do que o primeiro. Se estudarmos a Quinta Trombeta
veremos que ela trata do surgimento do islamismo. A
Arábia nessa época estava submergida em tm1 caos deses
perador. Surge então Maomé como "uma estrela caída do
céu à terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abis-
mo". (Ap.9:1). Os teólogos são praticamente unam.mes
em afirmar que a expressão "foi-lhe dada a chave", sig
nifica que o povo árabe deu a Maomé e a seus sucesso=
res a "autoridade par::t P-xercer o seu poder ntml caos".
(1) Há, na profecia quatro vezes a expressão "foi-
lhe". Por tmla questão de logica, devemos aplicar todas
à mesma origem, isto é, ao povo árabe. Ele deu "a cha
ve do abismo"; ele deu "poder como o que têm os escor
piões da terra"; ele - o povo árabe, ou quando mui=
to os seus chefes - disseram que "não causassem dano
à ... e tão-somente aos homens que não têm o selo de
Deus sobre suas frontes". Por exclusão, entende-se que
nessa época deveria haver homens selados com o se1o de
Deus e portanto não deveriam ser molestados. Aqui sur
ge a grande pergunta: Que interesse tinha o povo a-
rabe ou seus chefes em não danificar os selados de
Deus? Daquele Deus que eles mesmos combatiam e cujo
selo eles mesmos não aceitavam?
Além disso, esta pas-
sagem aparentemente contradiz toda a doutrina do se-
lamento contida no capítulo sete do Apocalipse. Eis,
portanto, tm1 pro blerna que demanda solução não só por
desafiar nosso raciocínio, como também para evitar· o
descrédito pela contradição. Já ternos nos debatido à
procura da solução e realmente encontramos tmla, muito
embora não tenhamos a pretenção de pensar que ela se-
ja a melhor ou a única.
Quando nos deparamos com o pr~
blema, recorremos ao texto na língua original - o gr~

- 144 -
go - sem, contudo, vislumbrar qualquer solução. Na
verdade, a pista nos foi fornecida involuntariamente
por um comentarista. C.Omentando Ap.13, o Pastor A. S.
Mello, cita a seguinte frase do famoso historiador
italiano, Cesare Cantu: "Decidido então a propagar a
sua fé além das fronteiras da península, o profeta
escreveu aos príncipes limítrofes, selando as cartas
com um selo de prata com a legenda - MAOMET, Apósto-
lo de Deus". (2)
Se, pensamos nós, o original grego ad
mitir a tradução "selo de um deus", está resolvido o
problema. A passagem não se aplicaria aos filhos de
Deus que a essa altura da história já estariam sela-
dos, contrariando a doutrina do se lamento, mas se a-
plicaria aos príncipes e seus súditos que estavam am-
parados pelo documento selado com o selo do pretenso
profeta e de seu deus.
Alguém poderá objetar: nesse ca
so - não receberam na fronte, mas na mão! Não nos esque
çamos que se está lidando com símbolos. Além disso-;
na fronte está a sede da razão e das decisões. Esses
povos tiveram que pensar e decidir se receberiam ou
não a proposta de Maomé.
Embora haja uma diferença de
expressão entre Ap. 7:2 e 9:4, a linguagem grega não
admite a tradução que desejávamos. A primeira passa-
gem reza: - (ocppayioa 8e:ou r;wv100) -($phragida Theu
zontos) selo do Deus vivo; enquanto que a segunda diz:
- ( ocj>payióa <ou 8e:ou) - (Sphragida tu Theu) selo de
Deus. Dizem os entendidos que "o artigo -(Loü) - (tu)
é quase sempre usado com o substantivo - (8e:ou) -
(Theu), significando o Deus que é Deus, não um deus
qualquer. . .. Para ter a tradução "um deus", seria
preciso o artigo ser omitido, o que não é o caso". (3)
"O nome de Deus sem o artigo significa a divindade.
r.om o artigo se refere a Deus como revelado aos ho-
mens: o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, ( ... )". (4)
Sabemos sobejamente que "a omissão do artigo j un-
to de Theos de modo algum significa 'um deus' diferen
Le do Deus verdadeiro" (5) mas admite essa tradução-:-

- 145 -
Isto é confinnado por Atos 12 :22, onde relata a visi-
ta dos tírios e sidônios a Herodes.Quando o rei lhes
dirigiu a palavra, eles exclamaram:"É voz de um deus".
- (8e:oü <t>wvn) - (theu fonê).
Não gostaríamos de parecer
obstinados, mas apenas apresentar nossa modesta con-
tribuição e por isso não nos consideramos "vencidos
pelo artigo" ou pelas regras da gramática grega. Afi
nal de contas, está em jogo uma aparente contradiçãõ
e ela - aparente ou real - deve desaparecer. Neste
contexto, engenhamos uma outra saída para o problema..
Suponhamos que o escritor sacro não tivesse po&to o
complicador artigo e um copista retorico, pensando
ser um erro de outro copista, o supriu! Nesse caso a
existência de um manuscrito sem o artigo seria uma
boa prova de nossa tese. Mas onde encontrar esse ma-
nuscrito?
Na verdade não temos muita necessidade de
encontrá-lo. Afinal de contas, o problema não é tão
grave assim! Até que ele apareça, se é que já desapa
receu algum dia, continuemos ensinando a teoria dos
três selamentos ou "driblando" os ouvintes e curio-
sos ...
As nossas pesquisas se arrastaram por anos, em
perradas pelas circunstâncias e auxiliadas pela in-
competência. Pergunta aqui ... indaga ali .•. bisbi-
lhota acolá ... e o manuscrito apareceu! A informação
nos chegou verbalmente, através de um professor ame-
ricano que visitava a nossa pátria, e vinha com a
sentença de morte assinada pela cúpula intelectual.
"Nos manuscritos Bizantinos não aparece o artigo mas
eles não merecem muita confiança por serem manuscri-
tos mais recentes".
Bom! Será que por serem mais no-
vos ou recentes serão menos confiáveis? A teoria é
que sendo eles cópia de cópia, de cópia, de cópia ...
estão mais sujeitos a deformações e erros involuntá-
rios. Mas a n0ssa indagação é: Quem prova que esses
manuscritos mais recentes não sejam cópias de manus-
critos antiquíssimos e, portanto, mais fiéis do que
- 146 -
os outros mais velhos que eles, mas procedentes de ma
nuscritos não tão antigos quanto seus originais? -
Não
nos parece haver muita sabedoria nesse método de ava-
liar um manuscrito pela sua antiguidade! Pode ser um
bom método, mas não é infalível! Nós podemos ter uma
cópia recente de um original muito an4igo, enquanto
alguém possa ter um.a cópia mais antiga que a nossa,
mas procedente de um original mais recente do que a-
quele que nos serviu de base.
Seja o que for, não mor-
ramos de amores pela solução deste problema, pois,
como já dissemos, ele não é tão grande assim. Solucio
nado ou não' nosso conjunto de doutrinas não corre
perigo e nossa salvação não será afetada. Portanto,
partamos em busca de solução para outro pequeno pro-
blema que, como este merecerá nossa atenção mas nao
nossa paixão.

1. VPA - 220.
2. x·Hu - 309.
J. e-
4. G - 66.
5. RJ - 20.
CAPÍTULO XVI

E. G. WHITE E OS 144.000

Se a teologia não apresentasse nenhum problema -


real ou imaginário - não haveria as muitas religiões
que há no mundo. Mas perguntamos: é só a teologia
que apresenta problemas? A ciência está cheia de con
tradições e reveses. A filosofia também. Isto se de=
ve a um fator primordial - o mundo em que vivemos é
tm. mundo duplo, onde duas forças contrárias se degla-
diam: o Bem e o Mal. Neste contexto, as coisas são
imperfeitas, a linguagem humana é deficiente e todas
as soluções geram problemas. Não é pois de se estra-
nhar que depois de havermos achado uma solução para
o problema, ela traga em seu bojo um outro problema
também. É lógico que se o novo problema for maior do
que o anterior, a solução será inadequada. Cremos não
ser este o caso em foco, mas que a exposição feita so
bre o selamento, pondo-o no futuro, gerou dois peque=
ms problemas, nós não ignoramos. São eles: a) E.G.
White estaria com os 144.000; b) uma senhora morreu
e a irmã White, em carta ao seu esposo, afirma estar
ela selada. Vejamos os textos.
Ele (Enoc) percorria
o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pe
di ao meu anjo assistente que me deixasse ficar all:.
Não podia suportar o pensamento de voltar a este
mundo tenebroso. Disse então o anjo: Deves voltar
e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás
o privilégio de visitar todos os mundos e ver a
obra das mãos de Deus. (1)
Vi que ela (uma irmã que
falecera) estava selada, e à voz de Deus ressurgi-
ria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os
144. 000. Vi que não precisamos chorar sobre ela:
ela repousaria durante o tempo da angú.stia, e tudo
que pudéssemos lamentar seria nossa perda de ficar
privados de sua companhia. Vi que seu falecimento
redundaria em bem. (2)
- 148 -
Eis ai dois textos que têm desconsertado muita
1·.1•111 l' e feito a fé de alguns· periclitar. Não resta dú
11i1L1 de que se trata de dois textos aparentemente con
t 1 .ui i tõrios, mas não nos esqueçamos que E. G. White, co::
11111 profetiza que era, não foge à regra bíblica - apa-
11·11l 1·s contradições.
O que fazemos quando encont·ramos
"•111tt.nid:i,ções" na Bíblia? Geralmente fazemos três coi
·1.in:
a) Achamos que a contradição é aparente e que o
problema está conosco e não com a Bíblia.
h) Procuramos uma explicação para a mesma.
e) Quando não encontramos a explicação desejada,
ficamos com os textos mais claros e relegamos
a um plano secundário os mais obscuros.
Ora, por
11111• não proceder assim também com os escritos da Srã.
Wli i 1 l'? Que os textos supra-citados estão em ap.ar.ente
111111 radição com muitos outros já citados nos capítu-
11111 anteriores, parece-nos muito claro. Aliás, pode-
' i .i11111s capturar mui tos outros textos, em outros as-
•111111 os, que também estão em aparentes contradições.
~t.111 ••• para quê? Cremos sinceramente que a contradi-
'· '" • 1~ apenas aparente.
Se temos tantos outros textos
•1111• l'laramente nos dizem que o selamento só se dará
ol1•111iis do decreto dominical; que os 144.000 serão os
111111 os vivos e q.ue vêm da grande tribulação; etc., etc.,
11111 quê nos pendurarmos nesses dois frágeis galhos
1· do alto de nossas idéias próprias, trombetearmos dú
11 11L1s e contradições?
Há, entretanto, para ambos os tex
1111. lnna coerente explicação, pelo menos no que tange
111111 144.000. Ali nos é dito que tanto Ellen White, co-
11111 n irmã falecida ESTARIAM COM os 144.000. (Estar
• 11111 11 é uma coisa, "fazer parte de" é outra bem dife-
11•111 l'. Os textos dizem que elas estariam com os
11,1,. 000, mas não dizem que elas fariam parte dos
·ººº
111/1 !
- 149 -
Há um incidente relatado na primeira visão da ir-
mã White que corrobora com o que acabamos de dizer.
Ela descreve a viagem para a Nova Jerusalem, as andan
ças pelos verdes prados da Nova Terra. Quando chega=
ram perto do Monte Sião, onde estava o Templo, eles,
inclusive a Sra. White, quiseram entrar. "E quando es
távamos para entrar no santo templo, Jesus levantou a
voz e disse: 'somente os 144.000 entram neste lugar',
e nós exclamamos: 'Aleluia!'" (3) Entraram? O texto
não nô-lo diz. Aparentemente não. E por quê? Porque
não faziam parte dos 144.000!
Se os textos não são ela
ros, não tentemos esclarecer o assunto com eles. É o
caso dos dois em estudo. Eles poderão servir como
auxiliares, jamais como conclusivos.
Pelo que entende-
UDS do assunto, baseados na enchurrada de textos que
foram citados nesta obra e muitos outros que aqui não
puderam entrar, nem Ellen G. White,e nem ninguém, re-
cebeu o selo de Deus ainda. Os 144.000 serão os jus-
tos vivos dos Últimos .dias, os quais não passarão j a-
mais pela experiência da morte. Mas a questão ma1s 1m
portante do assunto ainda não foi tocada, nem de leve.
Disso nos ocuparemos no capítulo seguinte.

1. VE 98.
2. I I ME 263.
3. PE 19.
CAPÍTULO XVII

A QUESTÃO MAIS IMPORTANTE

Longa e exaustivamente temos tratado dos 144.000.


Não cremos ter esgotado o assunto e nem ter espargido
toda a luz, mas fizemos o nosso melhor até aqui a fim
de exponnos aos queridos leitores aqui lo que já con-
seguimos entender sobre este inextricável tema. Cre-
rms que tudo o que apresentamos é muito bom e está
muito certo, além de ser muito curioso. Mas a questão
mais importante ainda não foi tocada e propositadamen
te a deixamos para o fim. É a sobremesa; o pospasto
delicioso e nutritivo que complementará a suculenta
refeição intelectual já servida.
Qual é a questão mais
importante sobre os 144.000? É a parte do tema que
tra~a de seu caráter. Caráter, conforme define o Di-
cionário da Filosofia, é o "conjunto de traços dis-
tintivos que constituem a figura psicológica ou moral
de um.a pessoa ou de um grupo". (1)
O curioso de tudo
isso é que ele - o caráter dos 144.000 - não está
exarado no Apocalipse capítulo sete, mas no capítulo
catorze. Não foi ao responder ao desafio dos Ímpios
que Deus realçou os nobres traços desse grupo especi-
al. Foi ao introduzir o conteúdo da Última mensagem
de advertência aos seres pecadores.
Esses traços pode~
riam ser divididos e sub-divididos em muitos e varia-
dos aspectos. Entretanto, para maior clareza e mais
fidelidade ao texto, dividi-lo-emos apenas em dois -
LEALDADE e PUREZA. Eles encerram dentro de si um.a ga-
ma imensa de virtudes que devem ser vividas e pr ega-
das por esse grupo especial.

Lealdade
O Dicionário define esta palavra como significan-
do: "Qualidade do que é leal; procedimento conforme
com as leis da honra e do dever; fidelidade, pontua-
- 151 -
Há um incidente relatado na primeira visão da ir-
mã White que corrobora com o que acabamos de dizer.
Ela descreve a viagem para a Nova Jerusalem, as andan
ças pelos verdes prados da Nova Terra. Quando chega=
ram perto do Monte Sião, onde estava o Templo, eles,
inclusive a Sra. White, quiseram entrar. "E quando es
távamos para entrar no santo templo, Jesus levantou a
voz e disse: 'somente os 144.000 entram neste lugar',
e nós exclamamos: 'Aleluia!'" (3) Entraram? O texto
não nô-lo diz. Aparentemente não. E por quê? Porque
não faziam parte dos 144.000!
Se os textos não são ela
ros, não tentemos esclarecer o assunto com eles. É o
caso dos dois em estudo. Eles poderão servir como
auxiliares, jamais como conclusivos.
Pelo que entende-
UDS do assunto, baseados na enchurrada de textos que
foram citados nesta obra e muitos outros que aqui não
puderam entrar, nem Ellen G. White,e nem ninguém, re-
cebeu o selo de Deus ainda. Os 144.000 serão os jus-
tos vivos dos Últimos .dias, os quais não passarão j a-
mais pela experiência da morte. Mas a questão mais im
portante do assunto ainda não foi tocada, nem de leve.
Disso nos ocuparemos no capítulo seguinte.

1. VE 98.
2. I I ME 263.
3. PE 19.
CAPÍTULO XVII

A QUESTÃO MAIS IMPORTANTE

Longa e exaustivamente temos tratado dos 144.000.


Não cremos ter esgotado o assunto e nem ter espargido
toda a luz, mas fizemos o nosso melhor até aqui a fim
de exponnos aos queridos leitores aqui lo que já con-
seguimos entender sobre este inextricável tema. Cre-
rms que tudo o que apresentamos é muito bom e está
muito certo, além de ser muito curioso. Mas a questão
mais importante ainda não foi tocada e propositadamen
te a deixamos para o fim. É a sobremesa; o pospasto
delicioso e nutritivo que complementará a suculenta
refeição intelectual já servida.
Qual é a questão mais
importante sobre os 144.000? É a parte do tema que
tra_ta de seu caráter. Caráter, conforme define o Di-
cionário da Filosofia, é o "conjunto de traços dis-
tintivos que constituem a figura psicológica ou moral
de tmJ.a pessoa ou de tmJ. grupo". (1)
O curioso de tudo
isso é que ele - o caráter dos 144.000 - não está
exarado no Apocalipse capítulo sete, mas no capítulo
catorze. Não foi ao responder ao desafio dos Ímpios
que Deus realçou os nobres traços desse grupo especi-
al. Foi ao introduzir o conteúdo da Última mensagem
de advertência aos seres pecadores.
Esses traços pode~
riam ser divididos e sub-divididos em muitos e varia-
dos aspectos. Entretanto, para maior clareza e mais
fidelidade ao texto, dividi-lo-emos apenas em dois -
LEALDADE e PUREZA. Eles encerram dentro de si tmJ.a ga-
ma imensa de virtudes que devem ser vividas e pr e ga-
das por esse grupo especial.

Lealdade
O Dicionário define esta palavra como significan-
do: "Qualidade do que é leal; procedimento conforme
com as leis da honra e do dever; fidelidade, pontua-
- 151 -
lidade, conformidade com os preceitos cavalheirescos:
( ••• )." (-2)
A bem da verdade, é bom que se diga que a
palavra não aparece diretamente no texto. Mas a lei-
tura deste nos convencerá de que ela exprime o pensa-
mento total do mesmo.
Todos os salvos, de todas as épo
cas, terão essa qualidade - este grupo especial, mui
to mais! Fm meio à apostasia generalizada dos Últimos
dias e em meio à corrupção avi ltante da mesma época,
esses bravos heróis de Deus não cederão um milímetro
sequer em seu relacionamento para com o Criador. Serão
Íntegros, leais, fiéis!
Quando os poderes da terra se
arregimentam em torno da desobediência à Lei de Deus,
os 144.000, arriscando tudo, ficam ao lado do direito
e do dever.
A conscienciosa olJediência à PaZavra de
Deus será considerada rebeldia. Cegado por Satanás,
o pai exercerá aspereza e severidade para com o fi-
lho crente; o patrão ou patroa oprimirá o empregado
que observe os mandamentos. A afeição será alienada;
filhos serão deserdados e expulsos do Zar. ( ... ).. Co-
mo os defensores da verdade se recusem a honrar o
descanso dominical, aZguns deles serão lançados na
prisão, exilados, e outros tratados como esoravos.
(3)
Nada, porém, os faz recuar. São firmes como a ro
cha e inabaláveis como as montanhas. Eles estão fir-=
mados na Rocha Eterna. Ouviram, entenderam e creram
plenamente na mensagem evangélica, a ela entregando-
se de corpo e alma. A fabulosa história da cruz não
era para eles uma fábula mas uma realidade triunfari:e.
Compreenderam a malignidade do pecado e aprenderam a
vencer as suas tentações. Apegaram-se ao Salvador co-
IID o náufrago se apega ao salva-vida. Não brincaram
com o pecado nem por um instante sequer. Sua vida foi
una sucessão de vitórias. Deixaram-se conduzir pelo
Grande Capitão até a vitória final.
Nós precisamos se-
- 152 -
gu{-W. Em n.t).--;;;a 'Jida diária, precisamos seguir o
Seu exemp ia, t:-:::;;~~y1 como o rebanho confiant-emente s~
gue o seu pas~~~. ( ... ). Sua vidr cotidiana, preci-
sa ser a nossa ·;1>.,?a diária. E assim como nós pro-
curamos ser cc;.Y~~ ~Ze, e trazer a nossa vontade em
conformidade c0111 a Sua vontade, precisamos reve lá-
W também. (4)
O texto bíblico em apreço -Ap.14:4-
apresenta, para multos leitores da Bíblia, um peque-
m problema teológico que aparece em algumas tradu-
ções, como por exemplo, a Almeida Atualizada. Ali re-
za: "São estes os que não se macularam com mulheres
porque são castos".
Se tomarmos descuidadamente o tex-
to, concluiremos que eles constituem um grupo de pes-
soas que nunca pertenceram a outras igrejas. (Mulher ,
an simbolismo profético, significa igreja. Mulher pu-
ra, Igreja Verdadeira, mulher impura, igreja aposta-
taâa).
"Não se macularam com mulheres" - nunca esti-
veram em ligação com igreja errada? Esse não é o en-
sino bíblico. O ensino bíblico é: "Mas Deus, não ten-
do em conta os tempos de ignorância, anuncia agora a
lodos os homens, e em todo o lugar, que se arrepen-
dam". (At.17:30, Almeida Antiga). Em outras palavras
- o passado, para Deus, é de pouca importância con-
tanto que haja arrependimento. Depois deste, tudo co-
meça como se não houvesse nada anteriormente. Destar-
Lc, nascer na Igreja Verdadeira ou converter-se e a
mesma coisa.
Como solucionar, então, o problema? Sim-
1' 1es ! Ele reside nos tempos verbais - "não se macula
r;un" - dando a impressão de que nunca tiveram rela-:-
(:iio ilícita com igrejas apostatadas. Mas não é o caso!
Vl'rificando-se diversas traduções - uma boa solução
para qualquer problema bíblico! - veremos que o sen-
1 ido muda de uma para outra .. Tomemos o verso na tradu-
1:iio Almeida Antiga: "Estes são os que não ESTÃO coti-
l 1Uninados com mulheres". Isto é, no momento da visão,
1• ( ps não tinham nenhuma ligação com qualquer igreja
- 153 -
apostatada; não defendiam nenhtm.a doutrina erronea; e
não mantinham nenh\.Dila prática contrária à vontade de
Deus.
Se entendêssemos o grego, verificaríamos \.Diia coi
sa interessante! Em portugues, na tradução Almeida A-=
tualizada a frase apresenta dois verbos diferentes e
com sentidos diferentes: "não se macularam" ·e "são
castos". Não se macularam, dá a impressão de que nun-
ca estiveram maculados. São castos, dá a mesma cono-
tação. Mas o grego usa apenas \.Dil verbo - EIMI-o que
dá o mesmo sentido, isto é: Não estão contaminados por
que estão castos ou puros. Não quer dizer que nunca
tenham tido qualquer ligação com igrejas apostatadas,
mas no momento em que estavam sobre o monte de Sião
eles não tinham mais contaminação alg\.Dila.
Ora is.to com
bina com a teologia bíblica da justificação pela ft~
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e jus-
to para nos purificar de toda in.iustiça". (I Jo .1: 9).
Isto nos leva ao segundo traço do caráter dos 144
mi 1 - PUREZA.
P u r e z a
Mais uma vez nos volvemos ao Dicionário com o fim
de ver mais clareza e profundidade nessa palavra tão
nobre.
Pureza - "Qualidade do que é puro, do que nao
tem mistura; ( ..• ).Limpidez, estado do que não está
turvo ou sujo; ( ... ).Qualidade do que é isento de
corrupção; (. .. ). Estado, qualidade ou condição do
que não tem mácula moral;( ... )". (2)
É bem verdade
que o termo também não aparece diretamente no texto.
Mas a característica ali está - palpitante, plangen-
te, irradiante! Menos do que isso Deus não aceitará.
Por vezes nós nos desanimamos e até nos revoltamos
quando ouvimos que os fiéis T:©i que ser puros - com-
pletamente puros. Mas isso é ensino bíblico!
Por nos
mesmos, é lógico, isso e impossível, mas se quisermos,
154 -
o Senhor nos purificará. Tudo o que temos a fazer e
permitir que Ele aja em nós. O texto em lide reza: "e
na sua boca não se achou mentira; não têm mácula". Ap.
14:5.
MilhÕes desejam a salvação. Milhares desejam fa-
zer parte dos 144 mil, mas quão poucos desejam ter o
caráter que Deus exige!
Vi qUE ninguém poderia parti-
cipar do "refrigério" a menos qUE obtivesse a vitó-
ria sobre toda tentação, orguiho e ego{smo, amor ao
mundo, e sobre toda má pafovra e ação. Deve riamos,
portanto,estar nos aproximando mais e mais do Se-
nhor, e achar-nos fervorosamente à procura daqueia
preparação necessária para nos habiiitar a estar de
pé na bataiha do dia do Senhor. Lembrem todos qUE
Deus é santo, e qUE unicamente entes santos poderão
morar em Sua presença. (3)
Para conseguirmos isso,
precisamos "Remir o tempo" (Ef.5:16) e aproveitar to-
da e qualquer oportunidade. A postergação é uma das
mais bem sucedidas estratégias de Satanás. O amanhã
nunca chega!
QUE estais fazendo, irmãos, na grande obra
de preparação? Os qUE se estão unindo com o mundo,
estão-se amoidando ao modeio mundo, e preparando-se
para o sinai da besta. Os qUE desconfiam do EU, que
se humi iham diante de Deus, e pUPificam a aZma pefo
obediência à verdade, estão recebendo o moide divi-
no, preparando-se para receber na fronte o seio de
Deus. Quando sair o decreto, e o seio for apiicado,
seu caráter permanecerá puro e sem mácuia para toda
a eternidade.
Agora é o tempo de preparar-nos. O se-
io de Deus jamais será coiocado à testa de um homem
ou muiher impuros. Jamais será coiocado à testa de
um homem ou muiher cobiçosos ou amantes do mundo.Ja
mais será coiocado à testa de homens ou muiheres de
itngua faisa ou coração enganoso. Todos os qUE re-
cebem o seio devem ser imacuiados diante de Deus -
candidatos para o Céu. Pesquisai as escrituras por
- 155 -
vos mesmos, para que possais compreender a terrível
solenidade do tempo presente. (4)
Mas os fiéis não se
preocupam só consigo mesmos - não são egoístas - pre
ocupam-se também com os outros, com a Igreja e com o
mundo. O mínimo que fazem é orar pelos demais. Dão o
~lhor testemunho possível; admoestam os irmãos e os
estranhos, e quando tudo falha, sabem agir com firme-
za e amor a fim de -que o grupo não sofra as consequên
cias dos pecados de l.Dlla minoria. -
O verdadeiro povo de
Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, e
tomam a peito a salvação de abnas, verão sempre o
pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre
a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os
pecados que faci bnente assaltam o povo de ;;eus. Em
especial na obra final da igreja, no tempo do assi-
nalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão
de permanecer irrepreensíveis diante do trono de
Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo
professo de Deus. (5)
Destarte, se manterão puros a
si mesmos e ao grupo ao qual pertencem. A inquietante
pergunta é: Está isso ocorrente em nosso meio ou em
meio a outro grupo qualquer? Lamentavelmente a respos
ta é um preremptório NÃO. Mas logo acontecerá. O se=
nhor ainda comanda a Sua obra e sempre comandará! O
n>sso problema é lD1l problema individual. Quando cada
un cuidar de si, todos melhorarão. Bem-aventurado a-
quele que cuida de si! ,
Responda vossa abna à pergunta:
Corresponde meu caráter às qualificações essenciais
para que eu possa receber um passaporte para as man
sões que Cristo preparou para os que para e las es-
tão habilitados? (6)

1. DF - sobre o verbete - caráter.


2. DCLP - sobre os verbetes - lealdade e pureza.
3. VE 112· 5. I TSM - 335.
4. II TSM - 71. 6. TM - 446.
156 -
CAPÍTULO XVIII

RESENHA ESCATOLÓGICA

Depois de peram-
bularmos longamente pelos meandros das cadeias profé-
ticas, pareceu-nos bem fazer um apanhado geral dos Úl
timos acontecimentos da história da humanidade. É bem
verdade que muita coisa que consideramos presente já
estará no passado e muita coisa que poremos no futuro
já estará no presente quando este trabalho chegar às
mãos dos leitores. Nem por isso deixará de ser inte-
ressante tentar localizar, em ordem cronológica, em-
lXlra seja estremamente difícil, o que está acontecen-
do e o que ainda vai acontecer.
Dissemos "estremamente
difícil", porque as coisas não se passam tão simpló-
riamente como às vezes pensamos. Un estudo atento dos
textos que falam dos Últimos acontecimentos, especi-
ahnente nos escritos de Ellen G. White, nos deixam
bastante aturdidos quando tentamos pÔ-los em ordem
cronológica. A explicação que encontramos para isso é
que os acontecimentos não serão simultâneos e univer-
sais, ocorrendo primeiro aqui, depois ali, e finahnen
te outro acolá. Não. Eles ocorrem de maneira diferen-=
te nos diferentes lugares. Exemplifiquemos: A América
poderá estar sendo sacudida enquanto a Europa ainda
esteja dormindo "eternamente em berço esplêndido'~quan
cio a Europa estiver sendo sacudida, talvez, a Ãsia
oontinue a dormir, mas a essa altura dos acontecimen-
tos a América já estará recebendo a chuva serôdia. Co-
llD os povos são diferentes, diferentes são também os
oostumes e os conceitos. E isto facilita ou dificulta
a atuação do Senhor nas consciências dos indivíduos.
Tudo deverá se passar como se fosse assim: há um
despertamento religioso e um profundo desejo de par-
tilhar a fé com todos; o partilhar da fé aproxima os
"cristãos" que tentam se unir; a IASD é sacudida, des
pertada, purificada e ungida com o Espírito Santo que
a capacita a dar a Última mensagem de advertência.Es-

- 157 -
vos mesmos, para que possais compreender a terrível
solenidade do tempo presente. (4)
Mas os fiéis não se
preocupam só consigo mesmos - não são egoístas - pre
ocupam-se também com os outros, com a Igreja e com o
mundo. O mínimo que fazem é orar pelos demais. Dão o
~lhor testemunho possível; admoestam os irmãos e os
estranhos, e quando tudo falha, sabem agir com firme-
za e amor a fim de -que o grupo não sofra as consequên
cias dos pecados de tma minoria. -
O verdadeiro povo de
Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, e
tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o
pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre
a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os
pecados que facilmente assaltam o povo de ;;eus. Em
especial na obra final da igreja, no tempo do assi-
nalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão
de permanecer irrepreensíveis diante do trono de
Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo
professo de Deus. (5)
Destarte, se manterão puros a
si mesmos e ao grupo ao qual pertencem. A inquietante
pergunta é: Está isso ocorrente em nosso meio ou em
meio a outro grupo qualquer? Lamentavelmente a respos
ta é um preremptório NÃO. Mas logo acontecerá. O se=
nhor ainda comanda a Sua obra e sempre comandará! O
tnsso problema é tm problema individual. Quando cada
un cuidar de si, todos melhorarão. Bem-aventurado a-
quele que cuida de si! ,
Responda vossa alma à pergunta:
Corresponde meu caráter às qualificações essenciais
para que eu possa receber um passaporte para as man
sões que Cristo preparou para os que para e las es-
tão habilitados? (6)

1. DF - sobre o verbete - caráter.


2. DCLP - sobre os verbetes - lealdade e pureza.
3. VE 112· 5. I TSM - 335.
4. II TSM - 71. 6. TM - 446.
- 156 -
CAPÍTULO XVIII

RESENHA ESCATOLÓGICA

Depois de peram-
bularmos longamente pelos meandros das cadeias profé-
ticas, pareceu-nos bem fazer um apanhado geral dos Úl
timos acontecimentos da história da humanidade. É bem
verdade que muita coisa que consideramos presente já
estará no passado e muita coisa que poremos no futuro
já estará no presente quando este trabalho chegar às
mãos dos leitores. Nem por isso deixará de ser inte-
ressante tentar localizar, em ordem cronológica, em-
lXlra seja estremamente difícil, o que está acontecen-
do e o que ainda vai acontecer.
Dissemos "estremamente
difícil", porque as coisas não se passam tão simpló-
riamente como às vezes pensamos. Un estudo atento dos
textos que falam dos Últimos acontecimentos, especi-
almente nos escritos de Ellen G. White, nos deixam
bastante aturdidos quando tentamos pÔ-los em ordem
cronológica. A explicação que encontramos para isso é
que os acontecimentos não serão simultâneos e univer-
sais, ocorrendo primeiro aqui, depois ali, e finalmen
te outro acolá. Não. Eles ocorrem de maneira diferen-=
te nos diferentes lugares. Exemplifiquemos: A América
poderá estar sendo sacudida enquanto a Europa ainda
esteja dormindo "eternamente em berço esplêndido'~quan
cio a Europa estiver sendo sacudida, talvez, a Ãsia
rontinue a dormir, mas a essa altura dos acontecimen-
tos a América já estará recebendo a chuva serôdia. Co-
llD os povos são diferentes, diferentes são também os
rostumes e os conceitos. E isto facilita ou dificulta
a atuação do Senhor nas consciências dos indivíduos.
Tudo deverá se passar como se fosse assim: há um
despertamento religioso e um profundo desejo de par-
tilhar a fé com todos; o partilhar da fé aproxima os
"cristãos" que tentam se unir; a IASD é sacudida, des
pertada, purificada e ungida com o Espírito Santo que
a capacita a dar a Última mensagem de advertência.Es-

- 157 -
ta mensagem une ainda mais os outros cristãos que, não
podendo r~bater, pela.Bíblia, os argumentos adventis-
tas, enfurecem-se; as igrejas populares, unidas aos
Estados, conseguem destes, leis que obriguem aos ad-
ventistas a se sul:meterem. Estes, no poder do Espírito
Santo opõem uma resistência fora do comtml. Isto enfu-
rece ainda mais os oponentes. Un decreto civil é con-
seguido, a partir dos EE.UU. da América, forçando as
consciências a guardarem o repouso dominical. A luta-
º famigerado Armagedon - se intensifica, motivando
un pequeno "tempo de angústia" para os fiéis. Em de-
terminado momento, que ninguém saberá quando, fechar-
se-á a porta da graça e o destino de cada ser humano
estará decidido para o resto da eternidade. As Sete
Últimas Pragas começam a cair sobre os Ímpios e a "An
gústia de Jacó" se apodera dos fiéis. Un decreto é ex
pedido por parte dos governos terrestres, fixando uiii
dia para o golpe final contra os "odiosos sabatistas".
Pouco antes de aparecer "o sinal do Filho do lbmem",
tem lugar uma ressurreição especial e com a volta de
Cristo a ressurreiçao geral, a morte dos Ímpios, a
prisão de Satanás e o início do milênio.

Embrião do Ecu..~enismo

A IASD sempre
foi e será contra o ectmlenismo. Isto poderá soar aos
ouvidos de mui tos pseudo-cristãos modernos como tml
som estridente e condenável. Pouco importa! O que
ros importa é se isto é certo ou errado. E para tanto,
dediquemos algumas linhas ao exame da questão, antes
de entrar no assunto epigrafado. Três razões são in-
vocadas para justificar o nosso anti-ecumenismo.
1. A Bíblia o condena.
O estudante errante e apres
sado não perceberá isso, pois ela nem sequer menciona
o título "ecumenismo". Entretanto, a decifração cor-
reta de seus símbolos nos levará a crer que assim o
seja. Difuso por toda a Bíblia, especialmente em Da-
niel e Apocalipse, nós encontraremos o embasamento te
- 158 -
o lógico para essa crença, mas é em .Apoc ~ 13 onde ire-
IIPS encontrar o melhor fundamento. Veja QUEM É A BES-
TA DO APOCALIPSE? deste autor.
2. É dialógico.
Parece uma estupidez dizer-se que
o ecumenismo é condenável porque é dialógico. Mas nao
o é. Dialogar é coisa boa e é uma das coqueluches do
roomento. Fala-se muito em diálogo mas se ouve mais
gritaria. Ao se ~ncetar um diálogo, duas coisas deve-
riam ficar claras e muito bem definidas: a) a base do
diálogo; b) as razões do mesmo. Se as bases forem só-
lidas e defensáveis, o diálogo será benéfico. Restará,
então, saber por que diálogar?
As bases do diálogo
ecumênico não são o descobrimento da verdade, nem um
retorno a ela. Quem quer que tenha acompanhado, mesmo
de longe, esse munnúrio surdo das religiões, terá no-
tado que os teólogos dialogam com o fim único de en-
contrar meios para concessões mútuas cada parte
"perde um pouco" até que seja possível uma amálgama
religiosa. É justamente isso o que diz, parece~nos,
embora indiretamente Battista Mondin, teólogo cató li-
co contemporâneo.
Neste século, a teologia ortodoxa
registrou um reflorescimento semelhante ao das teo-
logias iY'rrtãs, a católica e a protestante. Seus Bul-
gakov, Berdiaev, Florovs ky e Loss ky não são menores
do que os nossos Rahner, Congar, Guardini, de Lubac
e Chenu.
Esse é um fato bastante prometedor para o
futuro da Cristandade. Faz brotar a esperança de
que, por meio do diálogo entre os grandes teólogos
e mediante o confronto de suas posições, as Igrejas
Católica, Protestante e Ortodoxa possam reencontrar
a unida.de na fé. (1)
Lendo-se toda a obra de Mondin,
de onde este texto foi pinçado, entende-se facilmente
onde chegarão esses teólogos e que tipo de unidade im
plantarão na cabeça do populacho descuidado e crédul.D.
Já as razões do diálogo são bem mais difíceis de
- 159 -
serem vistas a o lho nú. Detectar os pensamentos Ínti-
IIPS das consciências é tarefa difíci 1 e arriscada p·a-
ra os seres hlmlanos, mas não para o Senhor Criador.
Daí não podermos nos arriscar a olhar para dentro dos
muros de Babilônia com os olhos desprotegidos do bi-
mculo divino. É aí que se destaca o imensurável va-
lor do conhecimento correto da escatologia. Em seus
símbolos e realidades iremos buscar a verdade escon-
dida atrás das máscaras religiosas e dos discursos
bem elaborados de filósofos de renome. Levantando o
véu da hipocrisia e do egoísmo, a Palavra de Deus de-
nuncia os verdadeiros motivos e as verdadeiras razões
do diálogo unionista - "combater os mandamentos de
Deus", (2) impondo o "s.inal da besta". Ap-13:16 e 17.
3. Fins inconfessos.
Nem toda união é boa. Quando
diversos marginais se unem para praticar lUll assalto
temos lmla "união", mas uma união condenável.Aparente-
irente a união .das igrejas é algo maravilhoso que deve
ria merecer nosso apoio total e irrestrito. Entretan-=
to, se entendemos bem o desfecho dessa multinacional
da fé, não poderemos titubear em negar o nosso apoio.
A união das igrejas formará a Grande Babilônia Apoca-
líptica. Cada crença manterá sua linguagem e seus cre
dos, mas trabalharão para lUll fim comlml, já denunciado
m item 2. Como na Torre de Babel, trabalhando juntas,
cada um falava a sua própria língua, de maneira que
ninguém se entendia mais, assim será, ou já está sen-
do, no eclU!lenismo.
Os fins aparentes são bons, são lou
váveis, mas os reais, como sempre, são ocultados, às
vezes dos próprios protagonistas deste drama milenar.
Cbmo "é certo que não dormita e nem dorme o guarda de
Israel". (Sl.121:40), nós, Seus protegidos, podemos
estar confiantes e seguros sob Sua guarda.
Antes mesmo
de o eclU!lenismo nascer os ASDs já sabiam, através da
Bíblia e dos escritos de Ellen G. White, o que iria
acontecer. O embrião eclU!lenista começou a se formar
junto com o movimento missionário do século XIX. Qua!!:.
- 160 -
do Deus estava despertando os Seus fiéis,o Diabo ar-
regimentava os seus.
O período das Missões Modernas,
iniciado com William Carey, em 1792, espalhou pelo
mundo pagão missionários das diversas confissões pro-
testantes que na época ainda compunham a Igreja Ver-
dadeira. Esse exército de soldados da cruz não era um
grupo homogêneo e inteiramente fiel. Havia "de tudo
tm pouco", dependendo da origem e da formação religi~
sa de cada um, entretanto, enfrentavam problemas co-
muns, tais como: a) tradução da Bíblia; b) produção
de literatura cristã; c) relacionamento com os gover
rns; d) defesa do cristianismo ante as grandes reli::
giões orientais; e) preparação de missionários; f)
"furto de ove lhas"; g) etc. (3)
Em 1825 teve lugar em
Ibmbaim, na Índia, o que poderíamos chamar de "a pri-
ireira reunião ecumênica". A partir de então, um mine-
ro cada vez maior de conclaves, reunindo sempre um
maior número de missionários das diversas confissões
religiosas, foi tendo lugar em todos os continentes.
Ehl fins do século XIX eles já haviam chegado a um "en
tendimento cortês" (comity), estabelecendo diversas
regras, nem sempre louváveis, no jogo missionário. Mas
é o ano de 1910 que vai presenciar a primeira confe-
rência mundial, em Edimburg, onde 1.200 delegados re-
presentando 159 sociedades missionárias se reuniram,
sob a presidência de John R. Mott.
Entre outras coisas,
essa primeira conferência assentou as bases para a
formação do "Conselho Nacional Cristão", que funcio-
naria em cada país cristão e adotaria uma postura não-
teológica, reconhecendo as sociedades missi.ionárias
participantes simplesmente_ como "cristãs", to ler ando
as diferenças doutrinárias existentes entre elas. Os
resultados da conferência de Edimburg nao tardaram em
aparecer:
1. Em 1921 foi organizado o Conselho Missionário
Internacional (CMI).
2. Em 1925, Conferência Cristã Mundial Vida e Obra
(Estoco l,rno).
- 161 -
3. &n 192?, Primeira Conferênaia Mundial sobre Fé e
OT'iiGm ( Laus ane) .
4. 193?, Conferênaia sobre a Igreja, a Comunidade e
o Estado (Vida e Obra, Oxford).
5. &n 193?, Segunda Conferênaia Mundial sobre Fé e
Ordem (Edimburg) .
6. &n 1948, Organização do Conselho Mundial das I-
grejas (Amster>dam) fundindo os movimentos "Fé e
Ordem" e "Vida e Obra".
?. &n 1961 o CMI foi incorporado ao CMI (Conselho
Missionário Internaaional - Concílio Mundial de
Igrejas) . ( 3)
Estava, assim, construída a infra-
estrutura da União das Igrejas que, a partir de 1962,
mm o Concílio Vaticano II, deixava de ser embrioná-
rio (o ecumenismo) para ser fetal e hoje já se tornou
un rapazola - um pivete - que ameaça, veladamente,
os fiéis servos de Deus.
Com o advento da teologia li-
beral e consequentemente do "Evangelho Social", o es-
pírito ecumenista se enraizou nas consciências moder-
nas, trazendo um sentido de solidariedade humana,dis-
torcendo o significado do "Evangelho do Reino" ( Mt.
24:14). Daí esse imiscuir-se na política que se obser
va frequentemente hoje em dia e que se avolumará em
futuro próximo.
O conceito de "evangelismo" não é mais
o conceito bíblico e a autoridade máxima não é a Es-
critura, mas a igreja. O poder civil dos Estados foi
taxado de "estrutura pecaminosa" (até que não é muito
errado!), a terceira assembléia geral do Concílio Mun
dias de Igrejas, reunido em Upsala, Suissa, em 1968-;
fez um chamado às igrejas para porem-se ao lado do po
bre, do desvalido, do explorado e da vítima impotente
da opressão e do realismo. Era a luta pela libertação
s~cial do Homem - a famigerada Teologia da Liberta-
çao.
E essência do ecumenismo é: Foi batizado? Crê: es-
tá em Cristo; recebe os sacramentos? Então é Cristã:>,
filho de Deus, membro do Corpo de Cristo, candidato
- 162 -
ao céu. Não importa que vida leve; que acões pratique.
A religião se transforma, como se observa na prá-
tica, em mera formalidade - aparência e palavras.
Po-
deríanos continuar tocando essa sinfonia interminável,
mas o nosso escopo não é este. Antes, porém, daremos
mais alg\.Ulas pinceladas no outro lado da tela -e lado
grego-ortodoxo. Valer-nos-emos do pincel de Battista
K>ndin.
O ecumenismo vinha sendo favorecido pela Igre-
ja OPtodoxa Russa desde a FTimeira Guerra Mundial.
Florovsky, porém, só começou a se interessar por
ele quando se estabeleceu em Paris. Naquela cidade,
Berdiaev fundara um drculo ecumênico abri Zhantado
por nomes ilustres, como Bulgakov, ZenZovsky, Boeg-
ner, Maury, Maritain, Du Bos, Marcel e Gilson.( ... ).
Em 1931, Karl Barth convidou Florovsky para pronun-
ciar uma conferência sobre a Revelação na Universi-
dade de Bonn. Foi um acontecimento memorável na his
tória do ecumenismo. Em 193?, participou da Confe=
rênci~ Ecumênica de Edimburg e causou uma forte im-
pressao.
Svetlov (PaveZ I, teólogo russo, falecido
em 1942) critica particularmente os teólogos orto-
doxos que consideram que as confissões não-ortodoxas
não pertencem à Igreja de Cristo. Contra essa tes~
afirma que "as Igrejas Oriental e Ocidental .não são
dois corpos completamente separados um do outro e
mutuamente estranhos, mas simp Zesmente partes do ú-
nico e verdadeiro Corpo de Cristo: a Igreja Univer-
sal; ambas as comunidades cristãs estão da mesma
forma unidas a Cristo através da sucessão apostóli-
ca, da verdadeira fé e dos sacramentos. Portanto,
am consequência da aparente divisão, a Igreja Uni-
l}ersaZ parece subsistir em dois corpos, eiYlquanto que
de fato é um só. O obstáculo à sua reunião é cons-
ti tu{do pe La idéia errada, pro fundamente radicada
em ambas as partes da cristandade, de que depois da
divisão só uma parte se identifique com o todo, com
a Igreja Universal ... As diferenças entre as duas
- 163 -
Igrejas não são de substância, mas foram aumentadas
peia inimizade e peia poLêmica; frequentemente, são
apenas aparentes. (4)
Como se vê, o ecumenismo cami-
nha - marcha lenta, mas segura - também do lado gre
~-ortodoxo. Assim, os três grandes segmentos do cris
tianismo, se já não estão unidos, pelo menos, estãO
preparados para a união.

A União das Igrejas


. . .- . . s~ um . desper-
tamento reh.gioso a uni ao das igreJ as nao faria sen-
tido. Seria como casar dois mortos, jamais teriam fi-
lhos. O retorno às igrejas tem propiciado um programa
inédito na história do mundo - o ecumenismo - esse
fantasma que se ergue, medonho, aos olhos amortecidos
do Povo de Deus.
A União das Igrejas está profetizada,
em símbolos, no décimo terceiro capítulo do Apocalíp-
se mas o assunto está mais "mastigado" nos escritos
do Espírito de Profecia. Ali se diz:
Os protestantes
dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as
mãos através da voragem para apanhar a mão do espi-
ritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar
mãos ao poder romano; e, sob a infLuência desta tY"Í
pLice união, este pais seguirá as pegadas de Roma-;
aonaul;.cando os direitos da consciência. (5)
E foi
justamente o que aconteceu. Desde 1910 o mundo pro-
testante vem fomentando um movimento de união e abri-
gando em seu seio práticas que pouco diferem do espi-
ritismo. Mas o cúmulo da iniciativa se deu quando
Eugênio Black, alto prelado protestante americano,
em uma reunião importante, em 03.04.59, lançou um
anável convite 11 aos i:iimãos católicos, para uma coo-
peração mais Íntima". Poucos meses depois- 02.07.59
- João XXIII/29 [João XXIII/19 reinou de 1410 a 1415
(6)] movimentou o mundo com a convocação do Concílio
Ecumênico Vaticano II, cuja finalidade precípua seria

- 164 -
a união das igrejas.
De lá para cá, mais de duas dé-
cadas já rolaram sobre a história e mui ta coisa acon-
teceu nos círculos cristãos.
A União das Igrejas não é
coisa do futuro, mas acontecimento do presente. Talvez
nem todos os ponteiros estejam acertados, mas muita
coisa já está em ordem e as forças do Mal já estão ar
regimentadás· para a-Última batalha da terra - o fa::
migerado Armagedon. Para nós, embora não o possamos
provar, porque isso é muito relativo, os três espíri-
tos imundos semelhantes a rãs, já saíram da boca do
Dragão - o Diabo; da boca da Besta - o Catolicismo
Romano; e da boca do Falso profeta - o Espiritismo, e
já percorrem o mundo inteiro, visitando reis, presi-
dentes e muitas autoridades importantes, arregimentan
do suas forças para a batalha decisiva. -
Jürgen Mo ltmann,
teólogo protestante alemão, parece concordar conosco
quanto ao preparo da sociedade para receber o ectnne-
rúsmo.
Segundo ele a história da humanidade e~tá regi!!_
trando urna reviravolta decisiva: aca"bou a epoca dos
nacionalismos e isolamentos e, conseqüentement~ tam
bém as estruturas políticas estatais. Já estamos nos
encaminhando para urna comunidade mundial, com es-
truturas pol{ticas democráticas e supranacionais,de
tipo "colegiado". (7)
A pasta de nosso arquivo que
atende pelo título "União das Igrejas", está prenhe
de uma grande quantidade de documentos jornalísticos
que bem atestam o que estamos nos esforçando em pro-
var. Como este é um sub-tópico, não podemos nos es-
baldir. Entrementes, suscitemos algumas interrogações
antes de escorregar para o outro sub-tópico, deixando,
assim, as mentes irrequietas, dando-lhes o doce sabor
do suspense. O que motivaria a união das igrejas? Que
programa conjunto elas desenvolveriam? Quais os re-
sultados de tudo isso?
Na verdade essas questões já
foram parcialmente respondidas no sub-tópico anterior,
- 165 -
mas há ainda muito mais a se dizer. O motivo da união
das igrejas não é um, mas vários. Entre eles destaca-
se a apostasia. Deixando o reto caminho do Senhor, os
lDmens perdem de vista a verdade e os parâmetros da
uvral. Daí não saberem o que é certo e o que é errado,
acabando por aceitarem o erro como verdade e a verda-
de como erro. É a inversão dos valores tão em moda
ms dias que correm. Se não tivermos um meio de jul-
gar o erro, não teremos autoridade para excluí-lo e
nem para identificá-lo. Tudo é verdade ou tudo é erro,
dependendo do arbítrio de cada um.
Por que a verdade é
tida como erro? Não seria e la tão cara ao ser humano?
Por que exaltar-se o pecado e rebaixar-se a virtude?
Não é ele tão repulsivo aos seres racionais? As Escri
turas nô-lo denunciam: " ..• os homens amaram mais as
trevas do que a luz; porque as suas obras eram más".
(Jo. 3: 19). Mas "ai dos que ao mal chamam bem, que fa-
zem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o a-
margo por doce, e o doce por amargo!" (Is. 5: 20).
O pro-
grama de ação que levaria as igrejas à uniao é muito
bem delineado na Bíblia (Ap.13) e especialmente no
Espírito de Profecia.
Mediante os dois grandes er:.ros -
a imortalidade da alma e a santificação do domingo
- Satanás há de enredar o povo em suas malhas. En-
quanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo,
o último cria laços de simpatia com Roma. Os protes
tantes dos Estados Unidos serão os primeiros a es~
tender as mãos através da·voragem para apanhar a mão
do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo
pa:.ra dar as mãos ao poder romano; e, sob a influên-
cia desta tríplice união, este pais seguirá as pe-
gadas de Roma, conculcando os direitos da consciên-
cia. (8)
Os resultados não se farão esperar. A impo-
sição do "Sinal da Besta" - o Domingo - será o Úl-
timo ato do drama. Sobre isso falaremos em breve. An-
tes, porém, vejamos ...

- 166 -
O Despertamento Adventista
"Os filhos
das trevas são mais prudentes do que os filhos da
Luz", vociferou sem rancor o Grande Mestre da Gali-
léia (Lc.16:8). Daqui não há fugir! Enquanto as for-
ças do Mal se arregimentam e se preparam para a bata-
lha decisiva, as forças do Bem "dormem o sono da ino-
cência, na cama da imundícia". (P_erdoem-ncs o exagero,
mas não nos parece ser muito grande, não!). O inimigo
está consolidando suas posições, ocupando os terrenos
elevados nos altos escalões administrativos das na-
çÕes; investindo maciçamente em suas campanhas promo-
cionais; adestrando devidamente seus soldados; etc.,
etc. E nós, o que estamos fazendo?
Naturalmente não cre
ros que "não estamos fazendo nada"! Mas... (aquele
:~mas ... " _que nos tem perseguido ao longo de noss·a ár-
dua jornada pelos pedregosos caminhos da redação!) Pa-
rece-nos que o que se tem feito é quase nada em com-
paração com o que precisa ser feito. A advertência é:
A obra que a igreja tem deixado de fazer em tem-
po de paz e prosperidade, terá de realizar nwna ter
rível crise, sob as circunstâncias mais desanimado=
ras e difíceis. As advertências que a conformidade
com o mundo tem feito silenciar, ou reter, têm de
ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da
fé. E naquele tempo as pessoas superficiais e con-
servadoras, cuja influência tem retardado o desen-
volvimento da obra, renunciarão à fé, colocando-se
ao lado dos inimigos declarados da mesma, para os
quais de há muito se inclinavam suas simpatias. Es-
ses apóstatas manifestarão então a mais acerba ini-
mizade, fazendo tudo ao seu alcance para oprimir e
fazer mal aos seus antigos irmãos, suscitando con-
tra eles indignação. Essa época se acha exatamente
diante de nós. Os membros da igreja serão provados
~'individualmente. Serão colocados em circunstâncias
nas quais serão forçados a testemunhar perante con-
selhos, e em tribunais de justiça, talvez em sepa-
rado, sozinhos. A experiência que os teria prepara-
- 167 -
do paro essa emer>gência, eles negligenciaram a.lcan
çar>, e suas almas se acham sobr>ecarTegadas de r>emor>
sos pelas opor>tunidades per>didas e pelos p:l'ivile-
gios negligenciados. (9)
Que a Igreja esteja sono len
ta, parece-nos fora de discussão. Mas não há motivos
para o desespero. Há muitas profecias que falam de um
despertamento em n.psso meio e quer nos parecer que ele
jã esteja em curso - graças a Deus! De alguns anos
para esta data, partindo das alti.as cúpulas da Organi-
zação, planos magníficamente montados têm sido dis-
tribuídos aos campos como as sementes na terra, e is-
so algum dia deverá produzir seus frutos. Entre esses
planos, um há que não tem sido devidamente apreciado
pela Igreja em geral, e, quem sabe, os próprios minis
tros não têm dado o sonido certo à trombeta divina. Re
ferímo-nos ao grande e sábio plano da Mordomia Cristã.
Se ele fosse bem compreendido e praticado seria uma
bênção para o Povo de Deus. Mas não é só isso! A teo lo
gia tende à harmonia. Que haja pequenas divergências
an certos detalhes da interpretação profética, não
se pode negar. Basta compuls~r mais de um livro que
trate do mesmo assunto e o problema (pequeno, é bem
verdade) salta aos o lhos. Mas... (felizmente há este
''mas .•. "!) segundo nos parece, essas pequenas arestas
estão sendo lentamente aparadas e o que se ve preva-
lecer é a forma correta.
O despertamento vira, ou me-
lhor, está vindo, embora lentamente como operário pre
guiçoso. Ele vem impulsionado por diversas e podero-=
sas turbinas que o levarão até ao seu destino final.
Quando ele chegar plenamente, a Igreja terá passado
pela experiência da Sacudidura, assunto este que já
mereceu a nossa atenção em capítulos anteriores.
Como
se dará esse despertamento? Certamente ele tem um as-
pecto múltiplo, mas analisemos apenas dois:
a) Suplicar.
( ... ). Um membY'O que tr>abalhe de ma-
neir>a devida levará outr>os membY'Os a unir>-se-lhes
- 168 -
,.,,, aúplicas pela roevelação do Esp{T'ito Santo. (10)
b) Trabalhar.
Estejam despeT'tas as igroejas antes
·1ue seja tal'de demais. Pr>omova cada membro o seu
I r•abalho pessoal, e honroe o nome do Senhoro pelo qual
, : C'hamado. Que a fé fiT'me e a zelos a piedade tomem
, , lugaro da ociosidade e descronça. QlJ'!ndo a fé se
'1/'ossa de Cristo, a verrlade deleitaroá a a7.ma, e a
11r•ática da roeligião não seroá ároida nem enfadonha.
( . .• ) • (11)
A Igreja sacudida e desperta será purifi
1·11da. Esta purificação não acontecerá sem grande sa-:
•T i fÍcio. Quando se fala em "a Igreja", logo se pensa
111 conjunto todo, tal qual existe hoje. Não será as-
11im! Una parcela enorme de seu corpo será arrancada
•' substituída por outra renovada. Segundo o Espírito
dl• Profecia, "nem um entre vinte dos nomes que se a-
cham regl.strados nos livros da igreja, está preparado
para finalizar sua história terrestre •.• " (12). Un em
vinte dá 5%, mas a declaração é indefinida - "nem um
l'ntre vinte" - a matemática não pode ser aplicada.
Serve apenas para dar uma idéia da gravidade do pro-
hlema. Se menos de 5% está preparado, mais de 95% não
o está!
Assim sendo, a "igreja" será purificada, mas
11uem receberá a unção do Espírito Santo serão apenas
os fiéis. Estes fiéis ungidos estarão capacitados pa-
ra enfrentar um mundo hostil e pervertido na mais fe-
mz de todas as batalhas. E.G.White diversas vezes
11Ha a significativa expressão - "terrível é a crise
para a qual caminha o mundo". Esta crise será motiva-
da especialmente pela controvérsia sábado-domingo.
As-
sim seroá prooclamada a mensagem do teroceiroo anjo. Ao
chegaro o tempo paroa que ela seja dada com o máximo
podero, o Senhoro operoaroá poro meio de humildes ins-
trumentos, diroigindo a mente dos que se consagram
ao Seu seroiço. Os obroiros serão antes qualifica-
dos pela unção de Seu Esp{roito do que pelo proeparo
das instituiçÕes de ensino. Homens de fé e oroação
- 169 -
serão constrangidos a sair com zelo santo, decla-
rando às palavras que Deus lhes dá. Os pecados de
Babi lônia serão patenteados. Os terríveis resulta-
dos da imposição das observâncias da igreja pela au
toridade civil, as incursões do espiritismo, os fúr
fivos mas rápidos progressos do poder papal - tudo
será desmascarado. Por meio destes !Solenes avisos
o povo será comovido. Milhares de milhares que nun-
ca ouviram palavras como essas, escutá-las-ão. Com
espanto ouvirão o testemunho de que Babi lônia é a
igreja, ca{da por causa de seus erros e pecados,
por causa de sua rejeição da verdade, enviada do
Céu a ela. (13)
Esta encarniçada disputa tendo de um
lado todo o mundo Ímpio liderado pelo Vaticano e do
outro um punhadinho de fiéis protegido pelos céus, ca-
pacitados pelo Espírito Santo, constitui-se-á na bata
lha do Armagedon e será, também, o cumprimento de Ap-;
18:1-4. Fm linguagem técnica da teologia se chama Al-
to Clamor. É o clamor do Céu aos pecadores; é o Últi-
llD convite divino à raça rebelde. Este convite não
será em vão. F.mbora as aparências possam dizer ao con
trário, os resultados serão maravilhosos e as messes
abundantes.
Apesar das trevas espirituais e o afasta-
mento de Deus prevalecentes nas igrejas que consti-
tuem Babi lônia, a grande massa dos verdadeiros se-
guidores de Cristo encontra-se ainda em sua comu-
nhão. Mui tos deles há que nunca soufuram das verda-
des especiais para este tempo. Não poucos se acham
descontentes com sua atual condição e anelam mais
clara luz. Debalde olham para a imagem de Cristo
nas igrejas a que estão ligados. Afastando-se estas
corporaçÕes mais e mais da verdade, e aliando-se
mais intimamente com o mundo, a diferença entre as
duas classes aumentará, resultando, por fim, em se-
paração. (14)
Estas coisas só enfurecem mais e mais
os Ímpios. As igrejas unidas terão a polÍtica na mão.
Quem tem a política. tem a polícia. E quem tem a po-
- 170 -
1í da, manda e não pede favor. Apesar dos fiéis terem
11 unção do Espírito Santo, os infiéis terão o poder
1k1 Espírito Imundo. Milagres serão realizados de am-
llll; os lados, dificultando aos sinceros entender cla-
rianente a diferença. Satanás estará operando seus "si
11ais e prodígios", e o mundo inteiro se achará envol::-
vi tlo em uma imensa conflagração.
Ao mesmo tempo em que
czpar>ece aos fi lhÕs dos homens como gr>ande medico
11ue pode cUr>ar> todas as enfermidades, tr>ar>á mo lés-
r-1:as e desgr>aças até que cidades populosas se r>edu-
zam à r>u{na e desolação. Mesmo agor>a está ele em
atividade. Nos acidentes e calamidades no mar> e em
ter>r>a, nos gpandes incêndios,nos violentos fur>acões
e tel'T'Íveis sar>aivadas, nas tempestades, inundaçÕes,
ciclones, r>essacas e ter>r>emotos, em toda par>te e
1Job_ mi Uhar>es de foY'!71as, Satanás está exer>cendo o
aeu poder>. Destr>Ói a sear>a que está a amadur>ecer>, e
ceguem-se fome, angústia. Comunica ao ar> infecção
mor>tal, e milhar>es per>ecem pela pestilência. Estas
oisitações devem tor>naY'-se mais e mais fr>equentes
P- desastrosas. ( . .. ) .
Então o gpande enganador> per>su
adir>á os homens de que os que sePVem a Deus estao
motivando esses males. A classe que provocou o des-
contentamento do Cêu atr>ibuir>á todas as suas inquie
taçÕes àqueles cuja obediência aos mandamentos de
Deus é per>pêtua r>epr>ovação aps tr>ansgr>essor>es. l)e-
clar>aY'-se-á que os homens estão ofendendo a Deus pe
la violação do descanso dominical; que este pecado
acal'T'etou calamidades que não cessar>ão antes que a
obser>Vância do domingo seja estr>itamente imposta; e
que os que apr>esentam os requisitos do quar>to man-
damento, destr>uindo assim a r>ever>ência pelo domingo,
são per>turbador>es do povo, impedindo a sua restaUr>a
ção ao favor> divino e à prosper>idade tempor>al. (15)
O Decreto Dominical
O climax de to-
da a grande controvérsia será a imposição do Sinal da
Besta - o Domingo. Tudo já está sendo minuciosamente
- 171 -
preparado, nos conciliábulos infernais, tendo em vis-
ta esse diabÕlico propósito. C.orremos o perigo de pen
sar que o movimento em pro 1 do domingo seja um acoÕ-
tecimento do futuro. Não o é! Nos grandes centros de
decisões do mundo, mormente nos EE.UU. da América, as
idéias fervilham como minhoca em terra gorda. Já no
fim do século passado estava em curso na grande nação
do norte, uma campanha para se obter uma reforma na
Cbnstituição. Esta reforma abriria as portas à into le
rância religiosa.
Por muitos anos o espírito revisio-
nista foi contido, mas agora ressurge com maior vigor.
Mais de 140 projetos já foram apresentados no C.ongres
so, destacando-se entre eles o que ficou conhecido co
co "Projeto de Reforma Becker". Ele não chegava a en-=
trar na questão dominical, mas abria uma brecha por
onde passaria mais tarde esse impostor diabÕlico. An-
tes mesmo dela aparecer, outras tentativas já haviam
sido feitas.
No dia 2 9 de maio de 1961 a Suprema Corte
dos Estados Unidos declarou que as leis dominicais
são constitucionais. De maneira notável, um membro
associado da Suprema Corte dos Estados Unidos fez-
se eco das palavras da serva de Deus ao dissentir
da opinião da Corte sobre leis dominicais: "Neste
caso a Corte parece dizer, sem querer manifestar um
gesto de deferência para com o elevado lugar que te
mos destinado à liberdade religiosa no passado, que
qualquer interesse importante justificará a intru-
são nas práticas religiosas pe Zo menos se essa in-
trusão estiver disfarçada com o manto de algum pro-
pósito público não religioso". (Juiz Brennan, Braun
fieZd v. Brown, ... ) (16)
É de se notar que as leis
dominicais não virão abertamente, contrariando os
principias da liberdade individual. Sorrateiramente
elas se infiltrarão nas consciências e nos códigos hu
manos até criarem corpo suficientemente pesados para
anassarem os espíritos sensíveis e sinceros. Mas a pe
na inspirada nos revela suas intenções: -
"O movimento
- 172 -
,/ominical está agora preparando o caminho na som-
/rm. Seus dirigentes ocultam seu legitimo intento e
muitos dos que a e 7,e aderem ignoram para onde os l!!_
"ªa corrente". (17)
Confirmando a predição proféti-
c·a, em 7 de maio de 1976, em uma das maiores revistas
c•vangélicas americanas, CHRISTIANITY TODAY, com uma
1 i ragem mensal de 130.000 exemplares, aproximadamente,
:wu editor, Mr. Harold Lindssell, através de um arti-
l'P intitulado - O DIA DO SENHOR E OS RECURSOS NATU-
J{AIS - entre outras coisas, disse:
O uso apropriado
do Dia do Senhor, totalmente separado de qualquer
implicação religiosa, pode ser conseguido por livre
escolha, ou pode ser conseguido por lei. É altamen-
te improvável que isso seja conseguido por ação vo-
lun~ária dos cidadãos em geral. Portanto, a única
maneira de alcançar esse objetivo seria através de
urna ordem legislativa dada pelos oficiais devida-
mente eleitos pelo povo. (18)
I.onge de ter sido so-
terrada sob os escombros do consumismo, a lei domini-
cal deve estar fermentando em algum.a pipa diabólica
para logo produzir o seu licor acre, mas bem ao gosto
das massas pecadoras. O movimento em pro 1 da imposi-
ção do domingo deverá ficar cada vez mais intenso à
medida que o tempo for passando. Ele proporcionará
oos fiéis servos de Deus uma áurea oportunidade para
pregar "o ponto da verdade, especialmente controverti
do" - o sábado. Elevando-se o valor do domingo, ele
va-se, automaticamente o valor do assunto - Sábado X
Ibmingo.
Seja como for, o certo é que um dia a lei do-
minical aparecerá, a partir dos EE.UU. e dali espa-
lhar-se-á pelo mundo todo. A profecia reza:
Os digni-
tários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subor-
nar, persuadir ou forçar todas as classes a honrar
o domingo. A falta de autoridade divina será supri-
da por legislação opressiva. A corrupção pol{tica
- 173 -
está destruindo o e.mor ã justiça e a consideração
para com a verdade; e mesmo na livre América do Nor
te, governantes e legisladores, a fim de canse~
guir o favor público, cederão ao pedido popular de
uma lei que imponha a observância do domingo. (19)
Tudo está preparado para que tal aconteça. No
caldo da cultura americana proliferam vírus mortais
às consciencias. "A corrupção política está dest ru-
indo o amor à justiça e a consideração para com a
verdade ••. " Esta profecia está se cumprindo letra
por letra na conjuntura social do país do norte. A
imprensa mundial nos dá conta dessa dura realidade e
alguns jornalistas até parece que conheciam a redação
profética.
A merit{ssima Corte B_uprema Americana, do
alto de seus 190 anos, não e mais a mesma. Seus
oito juízes não são tão imparciais. Seu presidente
não tão sábio - aliás, parece não ser nem um pou-
co. E suas sentenças não são mais aqueles sólidos,
definitivos atestados de verdade e justiça. Ao con
trário, e las refletem "mais decisões pragmáticas
que baseadas em princípios - obscurecendo os fatos,
torcendo a lei, pervertendo a lógica para reconci-
liar o irreconci liáve Z. (20)

Três Estágios

O Decreto Domini-
cal terá três estágios distintos e importantíssimos.
C'Dnvém conhecê-los! Agitação - Legislação - Exe-
cução. Sem que aconteça o primeiro, o segundo sera
impossível. O mesmo se diz dos demais. Os três ainda
estão no futuro.
Para que haja a agitação e necessa-
rio uma circunstância especial. E esta já está em pr~
cesso. As calamidades a que se refere o Espírito de
Profecia, já estão assolando o mundo. Aludimos à ci-
tação do fim do sub-tópico anterior. Está faltando a-
gora que as igrejas usem o arglllnento ali profetizado.

- 174 -
Podemos esperar que em breve o farão. Isso sera o iní
cio da agitação.
O argumento será: Essas calamidades
estão acontecendo por que Deus está irado conosco de-
vido à transgressão do dia santo o domingo. Preci-
samos santificar o domingo a fim de que Deus se apla-
que!
Como o argumento será insuficiente para levar o
povo à ação, o púlpito popular e apóstata começará a
pregar a necessidade da imposição legal. Como as cir-
cunstâncias serão favoráveis, muitos aceitarão o ar-
gumento e a questão se agitará mais e mais ••• Uns con-
tra, outros a favor! Isso favorecerá a pregação da
verdade. Em meio à agitação, a voz dos mensageiros de
Deus se ouvirá clara e sonora - Domingo, não! Sábacb,
sim! Nos púlpitos, nas ruas, nas tribunas das casas
legislativas, nas emissoras de rádio e TV, nos j or-
nais diários, nas revistas semanais e mensais, em to-
das as partes e por todos os meios, o assunto será um
só - Sábado X Domingo!
Esta será a áurea oportunidade
do evangelismo! A princípio sem muito atropelo, mas à
medida que a polêmica se intensifica, os argumentos
se enriquessem, os ânimos se agitam .. Os fiéis, em mi-
roria, e sem influência social, ficam em desv.antagem
física.
Por fim triunfa, aparentemente, o Mal e a lei
é conseguida - primeiro nos EE. UU. e depois no mun-
do inteiro. É o período :la legislação. Será relativa-
mente curto e estará entreverado com o anterior e o
posterior.
Conseguida a lei, começa-se a executá-la. A
principio suavemente enrijecendo com o correr do tem-
po - tempo não muito dilatado!

O Selamento
Já dissecamos o as-
sunto, mas ele entra na dança dos fatos justamente a-
g:ira. Agitada a questão do domingo, obtida a lei do-
minical, começa o selamento. Antes não! Somente então
os seres humanos ~oderão fazer a sua esco~ha entre o
- 175 -
servir a Deus ou servir ao Inimigo de Deus. Isto é
também o. juízo dos vivos. Nesta gigantesca luta toma-
rão parte somente duas classes - fiéis e infiéis. Ne-
la não haverá neutros. Dependendo da escolha que fi-
zerem receberão um ou outro selo, ficando, conseqüen-
temente, salvos ou perdidos.
O Senhor mostrou-me clara
mente que a imagem da besta será formada antes do
término do tempo da graça; pois deverá ser o grande
teste para o povo de Deus pelo qual seu destino e-
terno será decidido.( ... ). Este é o teste que o po-
vo de Deus precisa enfrentar antes de serem selados.
Todos quantos provarem sua lealdade ao Senhor pela
observância da Sua lei, e recusarem aceitar o sába-
do espúrio, alinhar-se-ão sob a bandeira do Senhor
Deus Jeová, e receberão o selo do Deus vivo. Aque-
les que renunciarem à verdade de origem celestial e
aceitarem o domingo como o sábado, receberão a mar-
ca da besta. ( ... ) . (21)
Pequeno Tempo de Angústia
Quem der um
mergulho profundo nas águas gostosas do Espírito de
Profecia, por certo emergirá trazendo na face o amar-
~ aspecto da confusão. Não que seus escritos sejam
tremendamente confusos! Mas neles também há coisas di
fíceis de se entender. E por que são difíceis? Porque
a linguagem humana é deficiente. Essa confusão parece
rã maior quando tratarmos da escatologia - uma das
partes mais difíceis da teologia. Sacudidura, Chuva
Serôdia, Se lamento, Alto Clamor, etc., são aconteci-
mentos difíceis de serem separados. O mesmo acontece
com o Tempo de Angústia.
Por vezes nos parecerá confu-
so este assunto. F.m alguns textos o Tempo de Angústia
aparece como ocorrendo depois do fechamento da porta
da graça, em outros, antes. A confusão desaparecerá
quando se notar que antes do fim da graça já haverá
una grande perseguição, especialmente em alguns luga-
res. Será um pequeno ·tempo de angústia ou angústia
- 176 -
antecipada.
Vi que Deus tinha filhos que não reconhB-
ciam o sábado e não o guardavam. Eles não haviam
rejeitado a luz sobre este ponto. E ao in{cio do
tempo de angústia fomos cheios do Esp{rito Santo
ao sa{rmos para proclamar o sábado mais amplamente.
Isto enfureceu as igrejas e os adventistas nomi-
nais, pois não podiam refutar a verdade do sábado.
E neste tempo os escolhidos de Deus viram todos
claramente que t{nhamos a verdade, e saíram e en-
frentaram a perseguição conosco. Eu vi a espada,
a fome, a pestilência e grande confusão na Ter-
ra. Os 'Ímpios achavam que t{nhamos acarretado
ju{zos sobre eles, e se levantaram e tomaram can-
se lho para desembaraçar a Terra de nós, supondo
que assim o mal seria contido.
( • •• ) • O "in{cio do
tempo de angÜstia" ali mencionado, não se refere
ao tempo em que as pragas começarão a ser derrama-
das, mas a um breve período, pouco antes, en-
quanto Cristo está no santuário. Nesse terrrpo, en-
quanto a obra de salvação está se encerrando, tri-
bulaçÕes virão sobre a Terra, e as nações fi-
carão iradas, embora contidas para não irrrpedir
a obra do terceiro anjo. (22)
Há muita lógica
em tudo o que foi dito nos dois parágrafos acima.
Cbm "o programa de ação conjunta", os "laços de
anizade" entre as igrejas se estreitaram mais e
mais; as desavenças doutrinárias foram totalmente es
quecidas e a "causa comum da humanidade" absorveu a
atenção de todos. C.Om isso, um gigantesco sistema de
forças foi formado, apresentando um poder quase in-
vencível. C.Om o despertamento religioso e as leis
dominicais, o mundo inteiro vê-se envolvido em re-
nhidas disputas teológicas, cuja argumentação mais
forte, lógica e convincente está do lado da mino-
ria. A maioria vendo-se contestada enfurece-se. A ins
piração pinta o seguinte quadro:
Estendendo-se a con-
177 -
trovérsia a novos campos, e sendo a atenção do po-
vo chamada para a lei de Deus caloada a pés, Sata-
nás entrará em ação. O poder que acompanha a mensa-
gem apenas enfurecerá os que a ela se opõem. O cle-
ro empregará esforços quase sobre-hwnanos para ex-
cluir a luz, receoso de que ilwnine seus rebanhos.
Por todos os meios ao seu alcance esforçar-se-á por
evitar todo estudo destes assuntos vitais. A igre-
ja apelará para o braço forte do poder civil, e nes
ta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. ÃÕ
tornar-se o movimento em prol da imposição do do-
mingo mais audaz e decidido, invocar-se-á a lei con-
tra os o~servadores dos mandamentos. Serão ameaça-
dos com muitas e prisão e a alguns se oferecerão po
siçÕes de influência e outras recompensas e . vantá':::::.
gens, como engodo para renunciarem a·sua fé. Mas
sua perseverante resposta será: "Mostrai-nos pela
Palavra de Deus o nosso erro" - a mesma que foi a-
presentada por Lutero sob idênticas circunstâncias.
Os que forem citados perante os tribunais, defende-
rão desassombradamente a verdade, e alguns que os
ouvirem serão levados a decidir-se a guardar todos
os mandamentos de Deus. Assim a luz chegará a milha
1"es que de outra maneira nada saberiam destas verda
des. (23)
O Fechamento da Porta da Graça
Em
meio
a> turbilhão de acontecimentos; no fragor da batalha
do Annagedon, quando a humanidade toda erwolve-se com
un só assunto - religião - nas cortes celestes é ex
pedido um terrível decreto: "continue o injusto fazen
do injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; Õ
justo continue na prática da justiça, e o santo conti
nue a santificar-se". Ap. 22:11.
Está decidida a sorte
de cada ser humano. O Grande Plano de Salvação chegou
a> seu final. O juízo irwestigativo foi concluído e
todos fizeram a sua escolha ou para o bem ou para o
mal. Nada mais poderá ser feito por quem desbaratou o

- 178 -
precioso tempo da graça. Quando as nuvens negras do
desespero·pairarem sobre algumas consciências que não
chegaram ao extremo da corrupção, mas que não se vo 1-
taram de algum pecado acariciado, muitos sentirão al-
guma vontade· de emendar sua vida, mas sera tarde de-
mais.
Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que en-
viarei fome sobre a terra, não de pao, nem sede de
água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão
de mar a mar, e do norte até ao oriente; correrão
por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e
não a acharão. Naquele dia as virgens formosas e os
jovens desmaiarão de sede, os que agora juram pelo
{dolo de Samaria, e dizem: Como é certo ·viver o teu
deus, ó Dã; e: Como é certo viver o culto de Berse-
ba; esse_s mesmos cairão, e não se levantarão jamais.
Am.8:11-14.
Isto, naturalmente será a experiência
de muitos, mas não de todos! A vida sobre a face da
terra continuará normalmente como se nada de anormal
estivesse se passando.
Assim, quando a decisão irrevo-
gável do santuário houver sido pronunciada, e para
sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os ha-
'bitantes da Terra não o saberão. As formas de reli-
gião continuarão a ser mantidas por um povo do qual
finalmente o Espírito de Deus Se tera retirado; e o
zelo satânico com que o príncipe do mal os inspira-
rá para o cumprimento de seus maldosos desígnios, te
rá a semelhança do zelo para com Deus. (24) -
As Sete Oltimas Pragas
Apenas um acon
tecimento poderá denunciar os dias fatídicos em que
se vive - o derramamento das Sete Últimas .Pragas.
Elas começarão a cair justamente depois de encerrado
o fim da misericórdia. Mas como elas não serão univet
l>\ai.s e nem vir ao com uma etiqueta comercial identi=
ficadora, a grande maioria dos seres humanos, quiçá

.
dos próprios fiéis, não se aperceberão. Entretanto,
muitos desses acontecimentos ou castigos enfurecerão -
- 179 -
ainda mais os Ímpios.
Essas pragas serão o castigo di-
vino para os ousados habitantes da terra nos Últimos
dias. Assim corno a Última geração de fiéis será a
mais desternida e ousada na propagação da verdade, ex-
pargindo sua luz em meio às circunstâncias mais pro-
bantes e por isso receberão honras especiais no reino
de Deus, assim também a Última geração de Ímpios será
a mais aviltada e a que maior blasfêmia cometerá con-
tra os céus, e por isso receberão um castigo distinto,
mais de acordo com os seus pecados. Não apenas a mor-
te, mas uma morte mais marcante do que a de todos os
outros pecadores.
Não gostaríamos de nos demorar muito
neste recanto medonho da teologia, mas, como não de-
dicamos nenhum capítulo a ele, daremos rápidas pince-
ladas em seus contornos. E a primeira coisa que gos-
taríamos de dizer é que este assunto nos é demasiada-
mente pesado e até mesmo repulsivo - dificilmente pre
gamos sobre ele. Não que sejamos contra ele ou que
não concordamos com sua presença no seio das Escritu-
ras. Quem somos nÕs para tal! O que podemos ·entender
de tal assunto é que ele faz parte do "estranho ato"
de Deus. O que não nos parece justo é fazer dele o
centro de nossa mensagem, o cavalo de nossos batalhas.
As Sete Últi1J1aS Pragas cobre o período de tempo
que vai desde o fechamento da Porta da Graça até a
Volta de Cristo. Elas não serão Universais - isto é,
caindo sobre todos e em todos -os lugares. Cairão ape-
nas sobre os Ímpios. Algumas caem em determinadas re-
giões e outras sobre outras regiões.

A Angústia de Jacó
Enquanto as Se-
te Últimas Pragas serão a aflição final dos Ímpios, a
Angústia de Jacó será a dos fiéis. Não que eles ainda
precisem ser castigados ou purificados, mas será uma
consequência natural do tempo em que vivem e uma se-
quela de suas ações. A obra de Cristo, corno Mediad0r
ro Santuário Celeste, foi encerrada; o Espírito Santo
- 180 -
foi retirado da terra: o mundo ficou entregue ao Prín
cipe do Mal, tudo isso concorre para uma situação des
favorável, para uma incerteza, uma angústia. -
Qual o pe
ríodo de tempo dessa angústia, nós não o sabemos. ~
parentemente ele será curto, mas o suficiente para
ser sentido e vivido. Sua motivação é denunciada pelo
próprio título - Angústia ele Jacó, e tem suas raízes
nos escritos do profeta Jeremias (30:7). O contexto
histórico nos conta toda uma gama de ac<':mtecimentos
que encontrarão paralelos na vida dos filhos de Deus
que viverem nos Últimos dias. Jacó não era un "santo",
mas também não era um "pecador". Havia cometido um
grave erro, mas havia se arrependido. Entretanto, ele
não tinha certeza de seu perdão e de sua aceitação
por parte d~ Deus, muito menos por parLe de seu irmão
a quem tinha lesado. Se Deus o houvesse perdoado, te-
ri.a a Sua proteção. E caso contrário? Estaria à mercê
dd Ódio de seu irmão. Isto motivava-lhe uma angústia
mental muito séria.
Assim será com os fiéis dos Últimos
dias. Já cometeram muitos pecados em sua vida e peca-
dos gravíssimos. Confessaram, é bem verdade, mas sua
fé não era suficientemente grande para lhes assegurar
a certeza de que todos os pecados forani perdoados. A
ausência de um Mediador, torna o ar mais carregado e
a insegurança ainda maior. O ataque redobrado do Prín
cipe das Trevas é facilitado por essa circunstância-:-
A grande interrogação será: Estou eu completamente
perdoado?
Naturalmente, a experiência de cada um sera
diferente. Ela variará de acordo com o grau de conhe-
cimento e o exercício da fé.
Os que agora exercem pou-
ca fé, correm maior perigo de cair sob o poder dos
enganos de Satanás, e do decreto que violentará a
consciência. E mesmo resistindo à prova, serão imer
sos em uma agonia e aflição mais profundas no tempo
de angústia, porque nunca adquiriram o hábito de
confiar em Deus. As lições da fé as quais negligen-

- 181 -
ciaram,. serão obrigados a aprender sob a pressao
terrível do desânimo. (25)
Precisamos fazer uma pe-
quena diferença entre - Tempo de Angústia e Angústia
de Jacó. Aquele será um tempo genérico, englobando to
dos os seres vivos dos Últimos dias. Esta Última serã
o que já descrevemos. Um problema específico dos fi-
éis.
O "tempo de angústia como nunca houve" está pres-
tes a manifestar-se sobre nós; e necessitaremos de
uma experiência que agora não possuímos, e que mui-
tos são demasiado indolentes para obter. Dá-se mui-
tas vezes o caso de se supor maior a angústia do
que em realidade o é; não se dá isso, porém, com re
ralção à crise diante de nós. A mais v{vida descri=
ção não pode atingir a grandeza daquela prova. Na-
quele tempo de provações, toda alma deverá por si
mesma estar em pé perante Deus. (26)
Talvez algumas
mentes de curiosidade mais aguçada se façam a si mes-
mas a aparentemente inútil pergunta: Por que um tempo
de angústia? Realmente é urna boa pergunta. Os fiéis
já foram selados. Seu destino eterno já está decidido.
Seu caráter não tem mancha ou nÓdoa sequer. Por que,
então, Deus permite que lhes sobrevenham aflições in-
dizíveis? Terá Ele prazer na agonia de Seus filhos?
Naturalmente a resposta a esta Última indagação
é Óbvia e não oferece maiores problemas, mas a pri-
meira merece um pouquinho de nossa atenção. Podería-
nns dizer que o tempo de angústia tem dois aspectos
diferentes: a) desenvolvimento do caráter; b) refu-
tar uma antiga acusação satânica.
Apesar de os s.antos
já terem alcançado urna experiência que os capacite in
gressar nas Mansões Celestiais, eles ainda precisam
alcançar um grau mais elevado de santificação. A ex-
periência de cada indivíduo é peculiar. Uns terão ca-
caracteres que outros ainda não possuem. Mas todos
precisam chegar "à unidade da fé e do pleno conheci-
mento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, àme

- 182 -
dida da estatura da plenitude de Cristo". (Ef.4:13).
Agora vejamos o outro aspecto da questão. Quando
Lúcifer se rebelou nos céus, entre outras acusações,
ele sustentou que os seres htmlanos não poderiam obe-
decer, por si só, aos reclamas da Lei de Deus. Na que
da de Adão e Eva ele pensou ter provado sua acusação-:-
É necessário, portanto, que o Universo inteiro fique
sabendo que isso não é verdade. O Criador dotou os se
res hlllllanos de capacidade suficiente para entender e
realizar os Seus reclamas. Durante o Tempo de Angús-
tia, ~s fiéis viverão sobre a terra sem o auxílio de
un Mediador.
Deixando Ele (Jesus) o santuário, as tre-
vas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo
terrível os· justos devem viver à vista de um Deus
santo; sem intercessor. Removeu-se a restrição que
estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio com
pleto sobre os que finalmente se encontram impeni-::
tentes. Terminou a longanimidade de Deus: O mundo
rejeitou a Sua misericórdia, desprezou-Lhe o amor,
pisando Sua lei. Os Ímpios passaram os limites de
seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistente
mente resistido, foi, por fim, retirado. Desabriga=
dos da graça divina, não têm proteção contra o ma-
ligno. Satanás mergulhará então os habitantes da
Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os
anjos de Deus de conter os ventos irrrpetuosos das
paixões humanas, ficarão às soltas todos os elemen-
tos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em
ru{na mais terrível do que a que sobreveio a Jeru-
salém na antigüidade.
Assim como Satanás influenciou
Esaú a marchar contra Jacó, instigará os Ímpios a
destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. E
assim como acusou a Jacó, acusará o povo de Deus.
Conta com as multidões do mundo como seus súditos;
mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos de
Deus,está resistindo a sua supremacia. Se ele os
pudesse eliminar da Terra., seu triunfo seria com-
pleto. Ele vê que santos anjos os estão guardando, e
deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sa-
- 183 -
be que seus casos foram decididos no santuário ce-
lestial. Tem um conhecimento preciso dos pecados
que os tentou a cometer, a apresenta esses pecados
diante de Deus sob a mais exagerada luz, re_p~esen­
tando a este povo como sendo precisamente tao mere-
cedor como ele mesmo da exclusão do favor de Deus.
Declara que com justiça o Senhor não pode perdoar--
lhes os pecados, e, no entanto, destruir a ele e
seus anjos. Reclama-os como sua presa, e pede que
sejam entregues em suas mãos para os destruir.
Acusan
do Satanás o povo de Deus por causa de seus pecadoS,
o Senhor lhe peY'l71ite que os prove até o último ponto.
Sua confiança em Deus, sua fé e fiY'l71eza, serão seve
ramente postas à prova. Ao reverem o passado," suas
esperanças desfalecem; pois que em sua vida inteira
pouco bem podem ver. Estão perfeitamente cônscios
de sua fraqueza e ingidnidade. Satanás se esforça
por aterrorizá-los com o pensamente de que seus ca-
sos não dão ma:rigem a esperança, que a mancha de seu
aviltamento jamais será lavada. Espera destrui~lhes
a fé, de tal maneira que cedam às suas tentaçÕes,
desviando-se de sua fidelidade para com Deus. (27)
Conseguirá? Nunca, jamais! Já foram ultrapassados
os limites da eternidade e os santos estão fora do al
cance do Arqui-Enganador.
Com os dois aspectos J a ven-
tilados, poderíamos invocar um terceiro que estava es
capando pela porta dos fundos de nossa memória. Pas:=-
sando pelo Tempo de Angústia, os fiéis da Última ge-
ração terão participado com Cristo, de maneira mais
direta, de Sua agonia no Horto. Isto os ligará mais
Íntimamente, capacitando-os para estarem junto dEle,
como sacerdotes, recebendo, em vista desses fatos,
h:inras especiais no reino de Deus. Não é debalde que
em nenhum outro lugar da Bíblia apareça, em época al-
guma, um outro povo "selado com o selo do Deus vivo"!
E é por esta razão que se crê que este selo seja um
selo especial, diferente do "selo do Espírito" que
todos os fiéis recebem "para o dia da redenção". (Ef.
1:13 e 4:30)
- 184 -
O Decreto de Morte
Marcando o início
da Antústia de Jacó, outro acontecimento entra em ce-
na no palco da terra - o Decreto de Morte. Ele une seu
medonho rugir ao rugir de tantos outros fantasmas que
apavoram os filhos de Deus. Apesar de a Angústia de
Jacó não ser motivada tanto pelas ameaças como pela
incerteza, essas ameaças de castigos engrossam o azor
rague que chibateia o povo do Senhor.
Não tendo podido
vencer os fiéis pelo argumento, tentarão vencê-los pe
la violência. Como o Decreto Dominical não surtiu o
efeito visado, outro decreto é conseguido pelas igre-
jas, oriundo do poder civil. Nesse decreto se especi-
ficam castigos mais severos e determina-se "um .dia"
em que todos os odiosos sabatistas serão desarraiga-
dos da face da terra pela morte. E nesse dia, o Senhor
intervirá em favor de Seus fiéis. Portanto, pouco an-
tes de Jesus aparecer nas nuvens dos céus, poderemos
saber o dia desse acontecimento.
(. . . ) expedir-se-á, por
fim, um decreto contra os que santificam o sábado do
quarto mandamento, denunciando-os como merecedores
do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade
para, depois de certo tempo, matá-los. (28)
Mas nin-
guém será morto! (29) Por que morrer?
Se o sangue das
fiéis testemunhas de Cristo fosse derramado nessa
ocasião, não seria como o sangue dos mártires, qual
semente lançada a fim de produzir uma messe para
Deus. Sua fide Udade não seria testemunho para con-
vencer outros da verdade; pois que o coração endu-
recido rebateu as ondas de misericórdia até não
mais voltarem. Se os justos fossem agora abandona-
dos para caírem como presa de seus inimigos, seria
um triunfo para o príncipe das trevas. ( . .. ). Glori-
oso será o livramento dos que pacientemente espera-
ram pela Sua vinda, e cujos nomes estão escritos no
- 185 -
no livro da Vida. (39)
Uma Ressurreição Especial
Quase no fim
do tempo de Angústia, pouco antes do Senhor Jesus apa
recernas nuvens dos céus, haverá uma ressurreição es
pecial. Nela ressuscitarão os fiéis que morreram de::-
pois de 1844 como também a turba vi 1 que condenou Je-
sus à crucificação. É o verso 2 de Daniel 12 que nos
dá algumas informações sobre essa ressurreição -"Mui-
tos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns
para a vida eterna, e outros para a vergonha e o hor-
ror eterno".
"Muitos", não todos. O Senhor Jesus certa
vez afirmou: "Vem a hora em que TODOS os que se acham
ms túmulos ouvirao a sua voz e sairão; os que tive-
rem feito o bem, para ai ressurreição da vida; e os
que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do
juízo". (Jo .5 :28 e 29). Bem se vê que as passagens
Daniel e João - tratam de duas ocasiões diferentes.
A primeira é uma ressurreição especial e a segunda
tma ressurreição geral.
É a luz deste conceito que en
tendemos Ap. 1:7, Última parte. Ali diz que "até os
que o traspassaram" verão o Senhor voltar. Se eles
roorreram há quase dois mil anos, como poderão vê-LO ?
Já está respondido. Voltemos, entretanto, nossos olha
res para os fiéis e vejamos porque serão felizes res::-
suscitando pouco antes de Cristo voltar.
Pouco antes
de 1844, e mesmo depois, inclusive hoje, milhares de
lnmens e mulheres abandonaram tudo nesta vida para de
dicar-se exclusivamente à Causa de Deus na terra, vi::-
vendo e ensinando a mensagem da volta de Cristo. Mui-
tos deles puseram no acontecimento todas as suas e-
nergias e toda a sua esperança. Morreram, porém, sem
verem-na concretizada. Talvez alguns tenham baixado
à tumba fria levando na alma uma leve sensação de der
rota. Mas o Senhor não se esquecerá de Seus fiéis! E::-
les ressuscitarão em tempo para verem "o Filho do ho-
- 186 -
mem vindo sobre as nuvens do ceu com poder e muita
glória" (Mt .24:30) e dizerem com os demais remidos
dos Ültimos dias - "Eis que este é o nosso Deus, em
quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor,
a quem aguardávamos: na sua salvação exultaremos e
ms alegraremos". (Is.25:9). E não somente isso! Eles
ouvirão "o concerto de paz, estabelecido por Deus com
os que guardaram a Sua Lei". (31) A pergunta é: que
concerto é esse?
Todos os concertos que Deus fez com o
Seu povo foram feitos à base de Lei. Quem não obedece
está sempre em suspense, aguardando uma reação do su-
perior e por isso não pode ter paz. Obediência é paz.
É uma forma· de pagamento. Quem deve, não tem paz. A-
liás, dizem os entendidos que em latim as P.alavras
paz (pax) e pagar (pacare) têin a mesma ·raiz. Que rela
cionamente há entre esse silogismo e o problema em
questão? Vejamos:
Desde séculos imemoriais, o Grande
Apóstata tem procurado subverter a ordem através da
rebelião. Neste Grande C.Onflito o homem foi enredado,
fazendo-se cÚmplice também. Usado por Satanás ele foi
paulatinamente destronando a Deus em seu coração e
transgredindo Seus mandamentos. A ousadia encontrou o
seu clímax na mudança do sábado para o domingo como
dia de repouso. Isto implicou na substituição do si-
nal de Deus pelo sinal da Besta. Coube ao Grande Mo-
vimento Adventista, especialmente a partir de 1844,
restaurar essa verdade gloriosa e reivindicar a Lei
de Deus. Porque Deus os ama, eles querem "pagar" esse
anor com sua obediência. No final dos tempos, os ím-
pios se tornarão mais e mais ousados e reivindicar
algo deles não será fácil, especialmente obediência
estrita ao Senhor. A Ültima geração de fiéis enfren-
tará a mais acirrada oposição e o Senhor os recompen-
sará (pagamento) com uma honra especial - Sua pÜblica
aprovação. Diz a Inspiração:
No tempo da angú.stia fu-

187 -
gimos todos das cidades e vilas, mas fomos persegui
dos pelos impios, os quais entraram nas casas dos
santos com espada. Eles ergueram a espada para ma-
tar-nos, mas esta quebrou-se, e ca{u ao chão tão im
potente como palha. Então clamamos dia e noite por
Livramento, e o clamor subiu até Deus. O Sol apare-
ceu, a Lua permaneceu imóvel, as correntes de água
cessaram de fluir. Nuvens negras e pesadas se acumu
foram e se chocavam umas contra as outras. Mas há=
via um espaço cforo de gwria indescritivei, de on-
de veio a voz de Deus como de muitas águas, a quai
fez estremecer os céus e a Terra. O céu se abria e
se fechava e estava em comoção. As montanhas se agI
tavam como uma cana ao vento e anf·ratuosas rochas
eram Lançadas ao redor. O mar fervia como uma pane-
la e arremessava pedras sobre a TeYTa.E ao anunciar
Deus o dia e a hora da volta de Jesus e declarar o
concerto eterno com Seu povo, Ele proferia uma sen-
tença, e antão fazia uma pausa, enquanto as pala-
vras reboavam através da Terra. O Israel de Deus
permanecia com os olhos fixos no alto, atento -
as
palavras que vinham da boca de Jeová e rolavam atra
vés da Terra como trovoadas. Isto era terrivelmente
solene. E ao fim de cada sentença os santos clama-
vam: "GLÓ.r>ia! Aie Luia!" Seus rostos estavam i Lumi-
nados com a gwria de Deus; e bri Lhavam com a gw-
ria, como a face de Moisés quando desceu do Sinai.
Os impios não podiam o Lhar para êies por causa da
gwria. E quando a interminável bênção foi pronun-
ciada sobre os que haviam honrado a Deus e guardado
o Seu santo sábado, houve um estrondoso clamor de
vitória sobre a besta e a sua imagem. (32)
Enquanto
estas palavras de santa confiança ascendem a Deus~
as nuvens recuam, e se vêem os constelados céus, in
descritivelmente gloriosos em contraste com o firma
menta negro e caYTegado de cada Lado. A gwria da
cidade celestial emana de suas portas entreabertaa.
Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando
duas táboas de pedra dobradas uma sobre a outra•.•••
- 188 -
Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre
trovõres e chamas foi do Sinai proclamada como guia
da vida, revela-se agora aos homens como a regra
do juizo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os precei
tos do decálogo, como que traçados com pena de fogo.
As palavras são tão claras que todos as podem ler.
Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes
as trevas da superstição e heresia, e os dez precei
tos divinos, breves, compreensivos e autorizados, a=
presentam-se à vista de todos os habitantes da Ter
ra. (33)
A Ressurreição Geral
Na ressurreição
~~pecial sairao os fiéis que morreram depois de 1844,
e na ressurreição geral, os fiéis de todos os tempos •
.Aquela ocorrerá pouco antes de Cristo aparecer nas
nuvens dos céus, enquanto que esta terá lugar justa-
mente depois que Ele já apareceu. O concerto de paz
é estabelecido e •..
Surge logo no Oriente uma pequena
nuvem negra., aproximadamente da metade do tamanho da
mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e
que, a distância, parece estar envolta em trevas. O
povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do ho-
mem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxi
ma da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, ate
se tornar grande nuvem branca, mastrando na base u-
ma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada
pelo arco-iris do concerto. Jesus, na nuvem, avança
como poderoso vencedor. (34)
Será realmente o maior
espetáculo da terra! Olhos humanos jamais viram e men
te mortal jamais imaginou! Temos pena da pena, porque
é incapaz de descrever tão gigantesco espetáculo! Mi-
lhares de milhares de seres celestiais acompanham o
Rei dos Reis. Desde Seu trono aéreo, o Senhor Jesus
chama os fiéis que dormem no pÓ da terra.
Por entre as
- 189 -
vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ri-
bombo do trovão, a voz do Fi Lho de Deus chama os
santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos
justos e, Levantando as mãos para o céu, brada: "Des
pertai, despertai, despertai, vós que dorrn{s no pó;
e surgi!" Por todo o comprimento e Largura da Terr0r
os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem vive
rãa. E a Terra inteira ressoará com o passar do e=
xército extremamente grande de toda nação, tribo,
Língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, reves-
tidos de glória imortal, clamando: "Onde está ó mor
te, o teu agui thão? Onde está, ó inferno, a tua vi-::
tória ?" ( . .. ) E os vivos justos e os santos ressus-
citados unem as vozes em prolongada e jubitosa acia
mação de vitória. (35)
Ainda que isso Iosse tnna uto-
pia, por certo seria tnna boa utopia! Mas não o é! Ago
ra é apenas tnna esperança, porém em tnn futuro não muT
to distante será tnna feliz realidade. Esperança me=
lhor do que essa o mundo não tem para nos oferecer.
Aliás, nem menor! Todos os paraísos terrestres que as
vãs filosofias humanas têm oferecido, já ruíram por
terra como os castelinhos de areia nas praias do mar.
Entretando, até agora a Palavra Profética jamais fa-
lhou e por certo não irá falhar jamais!

1. 2 GI'XX - 222.
2. GC - 610.
3. MIA - 18-35.
4. 2 GTXX - 239 e 218.
5. GC - 593.
6. 1 PC - 39.
7. 2 GTXX - 205-206.
8. GC - 592-593.
9. se - 158.
10 III TSM - 234.
11. III TSM - 70.
12. se - 41.

- 190 -
13. GC - 612.
14. GC - 389.
15. GC - 594-595.
16. PPCF - 153.
17. I I TSM - 152.
18. 7 ,8/77 MA - 5.
19. GC - 597.
20. 12 . 12 . 7 9V j. - 44.
21. 7 BC - 976.
22. PE - 34-34 e 85.
23. GC - 613.
24. GC - 621.
25. GC - 62 7.
26. GC - 628.
27. GC - 620 e 624.
28. GC - 621.
29. PE - 283-284.
30. GC - 638-639.
31. GC - 643.
32. PE - 34.
33. GC - 644-645.
34. GC - 646.
35. GC - 649-650.
E P 1 L OGO

Longamente temos descortinado diante dos leitores


o que a Revelação - Bíblia e Espírito de Profecia - têm
previsto para os Últimos dias em relação ao Povo dl'
Deus. Procuramos fazer desfilar diante da imaginaçao
dos leitores uma procissão imensa de acontecimentoH
que terão lugar em um futuro muito próximo - tão prôx~
mo que se confunde com o presente!
Nosso objetivo foi com
partilhar com os outros aquilo que adquirimos de outrém
também. E não somente isso, alertar as consc1encias
adormecidas mas sinceras quanto ao perigo que logo te-
remos de enfrentar. Por vezes, talvez, pareçamos um
pouco extremistas e "sui generis" - mas, esperamos,não
o ter sido em realidade.
Seria de bom alvitre, passar em
revista, aqui, em rápidas pinceladas, o que foi dito
e as conclusões a que chegamos no desenvolvimento do
assunto.
Tratamos de um tema duplo - A Sacudidura e os
144.000 Selados. Na verdade é apenas um sô tema desdo-
brado em dois. Se tivéssemos dado outro título, ambos
entrariam na redação como um sô. Se assim procedemm1
foi para facilitar a compreensão do mesmo e despertar
a curiosidade dos leitores.
Sacudidura - ao nosso ver -
é um acontecimento que já está se processando em nosso
meio e que separará os fieis dos infiéis dentro do po-
vo de Deus, preparando este para o Selamento e o Alto
Clamor, encerrando, assim, o drama do pecado sobre 11
face da terra.
A Sacudidura foi iniciada em 1886 mas n·-
j ei tada em 1888, pelos acontecimentos que culminaram
\ com a Conferência de Mineápolis. Ela deveria voltai
'\Ymais tarde e realizar sua obra.
A Igreja Adventista do
sétimo Dia Movimento de Reforma pretende ser eSHI'

- 192 -
1
11•torno da Sacudidura mas nao apresenta as credenciais
d1• uma reforma genuína. Precisamos crer na Reforma pro
l1•tizada, mas não devemos aceitar a "Reforma" realiza=-
da. As razões são Óbvias e jã foram amplamente discuti:_
"118 •
A Sacudidura fará - ou já está fazendo - a sua obra
,. •Jaí sairá um povo puro e santo que receberá o selo
d1· Deus. Esse grupo ê chamado, em Apoca.lipse, de Cento
,. Quarenta e Quatro Mil. Os 144.000 são os justos vi- \
vos por o cai:: ião da vo ! ta de Cristo. Eles ~ão. passarª-?
I'' · 1a mor Ee -mas passar ao pelo tempo de angus ~ 1 a. Cons t~Y
111 ir-se-ao em um grupo especial que recehera honras es
(IPciais no Reino de Deus. -
_____ Há muita curiosidade a respei-
' º desse gr11po, mas o mais importante ê conhecer-se o
•!1•11 caráter e as condições que farão deles um grupo es
1•1•1'.ial. Não basta satisfazer-se a mera curiosidade, e
pn•ciso se aprender e por em prática as grandes verda-
d1·~: que o Senhor revelou aos Seus filhos que vivem nos
11 I timos dias.
Estames bem conscientes de nossas limita-
•;.,t>s e das tremendas dificuldades que enfrentam os lei
l11res - especialmente os menos favorecidos pelas le=-
1 ias - em compreender um assunto tão profundo e de tal
111.1gnitude. Mas cremos sinceramente que ê possível se
i1 3lem do tacanho conhecimento que muitos possuem e
11111 o qual se satisfazem.
Há uma urgente necessidade de
1111:: posicionarmos firmemente ao lado da verdade a fim
d·· não nos desviarmos nem para a direita e nem para a
1·11q11erda. Os dias são solenes e os perigos que nos cer
• 11111 são inimagináveis. Qualquer movimento em falso po=-
olo·rii por em risco a nossa salvação e a salvação daque-
l 1·1: que nos cercam. Tremendas são as responsabilidades
•1111· repousam sobre os ombros do Povo do Senhor. Mais
111·111l'nda ainda ê a dos Ministros, e, quiçá, maior a1n-
ol11 a dos Administradores da Obra de Deus.
Tudo isso exi~
1•.1· dl• nôs - quem quer que sejamos, Administradores, Mi
11i111ros, Oficiais ou Leigos - ação decidida, segura e

- 193
urgente. De cada um de nõs depende, em grande medida, o
sucesso ou-o fracasso dessa Obra e o rumo dos aconteci-
mentos vindouros.
Deus depende de seres humanos na conse-
cução de Seus. planos e Ele não os força a seguir Sua di
reção. É bem verdade que Ele não fica à mercê dos capri
chos dos homens. Por vezes Deus arma as situações a fim
de que alguns se disponham a segui-Lo. E aqui estã o se
gredo de nosso posicionamento! -
Compreendendo a verdade pre
sente e aceitando inteiramente a mesma, temos melhores
chances de acompanhar os movime11tos divinos e sairmos vi
toriosos na Última batalha da terra - o famigerado Arm~
gedon.
Não poderíamos findar este volume sem deixar ao lei
tor um apelo em forma de pergunta. Uma pergunta que fi..:-
que a martelar a consciência, incomodando, ê bem verda-
de, mas auxiliando tambêm. Caro leitor, depois de uma
leitura como esta, qual ê sua posição diante do exposto
aqui?

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

Cante o inferno, regozije o mau,


uivem chacais de matilha imensa;
ria-se o estulto, desta estulta crença
enquanto é tempo de sorrir assim!
Chore o santo em dorido acento
-que seu gemido o carregue o vento -
enquanto há tempo e não chega o fim!
Oh! mundo ingrato, de ingrata gente,
cupidez ingênua, de ingênua fonte;
egoísmo vi 1 que não tem mais fim •••
Brizolar
Do poemeto Dolores.

- 194
B I B L I OGR A F I A

1. Aulete, Caldas. Dic. Contemporâneo da Língua Por


guesa, 4ª ed. (Editora Delta SA - Rio, 1958)
5 vols.
2. Apolinário, Prof. Pedro. Grego, Apostila, s/e
(Instituto Adventista de Ensino, S.Paulo, a-
bril de 1974).
3. Balbach, Alfons. Preparação para a Vitória Fina~
2ª ed. (Editora Missionária "A Verdade Pre-
sente", S. Paulo, s/d).
4. . O Tempo de Nossa Visitação, 2ª ed.(Idem)
1978~

5. Balbachas, Alfonsas. Aconselho-Te, lª ed. (Edito


ra Missionária "A Verdade Presente", S .Paul~,
s/d).
6. Barbosa, Rui. O Papa e o Concílio, 3ª. ed.(Elos,
Rio, s/d).
7. Chaij, Fernando. Preparação para a Crise Final,
lª ed. (Casa Publicadora Brasileira, S. An-
dré, S.P., 1967).
8. Cantu, Césare. História Universal, s/e. (Edito-
ra das Américas, S. Paulo, 1965). 32 vols.
9. Comblin, José.Teologia da Missão, s/e (Editora
Vozes Ltda. PetrÓpolis, 1980).
10. Farah, Sald, Editor. Revista VEJA, n9 618 (Edi-
tora Abril, 09.07.80).
11. Lessa, Ruben S, Redator. O ministério Adventis-
ta, jul.-ago.77 (Casa Publicadora Brasilei-
ra, S.André)
12. Mello, A.S. A Verdade sobre as Profecias do A-
pocalÍpse, s./e (Gráfica e Editora EDIGRA f'
Ltda., S. Paulo, 1959).

- 195 -

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