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144 MIL
SELADOS
1 1
Pedidos para:
Brizolar Jardim
Caixa Postal, 1919
Rio de Janeiro - RJ
20.000
CONTEÚDO
Introdução 001
I: Quatro Palavras Chaves 020
II: O que ê a Sacudidura?. 028
III: Para Que Uma Sacudidura? 047
IV: Quando se daria a Sacudidura?. 050
V: Quais os Resultados da Sacudidura? • 059
VI: Um Problema Insuspeito 070
VII: Como Preparar-se para a Sacudidura?. 074
VIII: Reformas e Reformistas 079
IX: Quem f O Anjo de Apoc. 18? • 105
X: 144 Mil - Um Tema Bem Adventista 112
XI: As Teorias dos Pioneiros. 116
XII: Acontecimentos Chaves • . 125
XIII: 144 Mil X Grande Multidão •• 131
XIV: 144 .000 - Um Número Rêal ou Simbólico? 137
XV: Um Problema que Demanda solução. 142
XVI: E.G.White e os 144.000 • . • . . . • 148
XVII: A Questão Mais Importante. 151
XVIII: Resenha Escatológica . 157
Epílogo. • . • . . • • 192
Bibliografia • 195
AB R EV 1 AT UR AS
1. AA - Atos dos Apóstolos de E.G.White.
2. Ac.- Aconselho-te de Alfonsas Balbachas.
3. BC - SDA Bible Connnentary, vols. 1 a 10.
4. C - Carta da Prof~ Virgínia Steinweg, em
poder do autor.
5. CdaV - A Ciência da Vida de H.G.Wells e ou-
tros, vols. 1 a 10.
6. CnoS/S - Cristo em Seu Santuário de E.G.White.
7. CQQMS - 144.000 Selados de Louis Were.
8. DCLP - Dicionário Contemporâneo da Língua
Portuguesa de Caldas Aulete.
9. DF - Dicionário da Filosofia de Didier Ju-
lia.
10. EdeJ - Estudo dos Livros de Jeremias e Lamen
tacões ••. de Antonio Neves de Mesquita.
11. Ev.- Evangelismo de E.G.White.
12. FO - Fé & Obras de E.G.White.
13. G - Grego (Apostila) de Pedro Apolinário.
14. GC - Grande Conflito, O de E.G.White.
15. GfXX - Os Grandes Teólogos do Século XX de
Battista Mondin.
16. HdelM - Historia del Mundo de J .Pijuan.
17. HU - História Universal de Cesare Cantu.
18. LBR - Light Bearers to Remnant de E. W.
Schwartz.
19. MA - O Ministério Adventista.
20. MDC - O Maior Discurso d~ Cristo d~ E. G.
White.
21. MDODP - A Mão de Deus na Sua Obra e na
Direção de Seu Povo (O livro do
Pecado) de D. Nicolici.
22. MIA - Mission de la Iglesia Adventis-
ta de Werner Vyhmeister.
23. ME - Mensagens Escolhidas de E.G.Whita
24. MIR - ELLEN G. WHITE Mensageira da Igre
ja Remanescente de Arthur White.-
25. MM83 - Meditações Matinais-1983 de E. G.
White.
26. Ô - ômega de Lewis R. Walton.
27. OA - A Obra do Assinalamento, sem au-
tor (folheto da "Reforma").
28. OE - Obreiros Evang~licos de E.G.W ite.
29. OPE - Os Adventistas do 79 Dia - ''.'l. -
menta de Reforma; Origem e . ;·1me1
ras Experiências, sem autor (fo~
lheto da "Reforma").
30. PC - O Papa e o Concílio de Rui Barbo-
sa.
31. PDA - Las Profecias de Daniel y Apoca-
lipsis de Uriah Smith.
32. PE - Primeiros Escritos de E.G.White.
33. PJ - Parábolas de Jesus de E.G.White.
34. PPCF - Preparação para a Crise Final de
Fernando Chaij .
35. PPVF - Preparação para a Vitória Final
de Alfons Balbach.
36. PR - Profetas e Reis de E.G.White.
37. R&H - Review and Herald da IASD.
38. Rv.s/Rs.- Reavivamento e seus Resultados de
E.G.White.
39. SC - Serviço Cristão de E.e.White.
40. T - Testimonies for the Church de
E.G.White, vols. 1 a 9.
41. TdaM - Teologia da Missão de José Com
blin.
42. THPD - Testemunhos Históricos das Pro
fecias de Daniel de A.S.Mello.
43. TM - Testemunhos para Ministros de
E.G.Whíte.
44. TSM - Testemunhos Seletos Mundial de
E.G.White.
45. TV - O Tempo de nossa Visitação de
Alfons Balbach.
46. VE - Vida e Ensinos de E.G.White.
47. Vj.- Revista VEJA.
48. VPA - A Verdade sobre as Profecias do
Apocalipse de A.S.Mello.
PRÓLOGO
xxxxxxxxxxx
Brizolar
INTRODUÇÃO
A Missão da Igreja
A Mensagem da Igreja
- 6 -
aue de outY'O modo, continuariam adormecidos. (]3}
A
mensagem da Igreja tem l.Ulla origem celeste. Uma natu-
reza dinâmica e agressiva e por isso mesmo ela é ur-
gente. Deveria ser dada no mais curto período de tem-
po possível, para o maior número de pessoas. Esses re
quisitos só serão Cl.Ullpridos dentro de l.Ulla compreensãO
clara da vontade divina. "Não temos tempo a Perder -
nem lUU momento sequer". (14) Cada d,ia que pasoa é lUU
dia a menos para a proclamação do evangelho. E não so
mente isso. A cada dia milhares descem à tl.Ullba fria
levando na alma o gelo da incredulidade e da ignorân-
cia.
O Senhor clama através de Sua Mensageira:
Oh! Como
me parece ouvir a voz dia e noite: "Avançai; acres-
centai novo território, penetrai em novos campos ,~0m
a tenda, e dai ao mundo a derradeira mensagem de ad
vertência. Não há tempo pa'Pa perder. Dei:rai Me• ,,e-:::
marial em cada lugar aonde fordes. Meu Espirita irá
diante de vós, e a glória do Senhor será vossa re-
taguarda. (75)
Nessa grandiosa obra devem estar emp~
nhados, como lUU só homem, "pastores, professores e e-
vangelistas". (16) E não somente esses, leigos t 31Dbém:
homens, mulheres e crianças. A urgência da obra exige
o maior número possível de obreiros. Mas ..• triste mas!
Está o povo de Deus engajado, como deveria estar, nessa
obra? É de se temer que a resposta seja negativa. Se
assim é, por quê? A resposta não pode ser dada em l.Ulla
única palavra e não tem apenas lUU único motivo. Os mo
tivas são vários. Alguns deles serão aventados aqui.
Dois, na verdade.
~ próprio da natureza hl.Ullana a acamo
dação. O próprio Criador colocou na constituição do
homem lUU poder maravilhoso de adaptação. E isso por
vezes é bom. Não fosse essa faculdade e ele - o homem
- não sobreviveria a variações climáticas ou a emo-
ções dramáticas. Mas nem sempre a adaptabilidade segue
o bom caminho. À medida que a mensagem vai se tornan-
- 7 -
do conhecida vai também perdendo o seu impacto sobre o
espírito humano e sua força diminui de intensidade.
Mesmo os portadores da mensagem são afetados por esse
estado de coisas e o resultado inevitável é o fonna-
lism~. Ele é um câncer de difícil cura. "( ... ). Quan-
do um povo está inteiramente satisfeito com suas pró-
prias consecuçÕes, pouco mais se pode esperar dele.
( ••• )." (17)
Quando um ideal surge, surge de uma gran-
de descoberta. O impacto de tal descoberta motiva gran
demente o seu idealizado~, e este motiva outros, for::
mando assim um movimento vigoroso que avança triunfan
te pelo tempo e pelo espaço. Mas à medida que os pio::
neiros vão tombando, o ânimo de seus discípulos vai
arrefecendo e em vez de transmitirem ânimo, transmi-
tem desânimo. Eis a razão porque Deus renova contínua
mente a Sua Igreja. Esta é também, a razão porque o
Senhor não deu nome a ela quando disse: "fundarei a
Minha Igreja." (Mt.16:18).
O fonnalismo gera um outro
grande impeci lho à propagação da mensagem - o munda-
nismo. Entende-se por esse tenno a tendência que o
ser humano tem em copiar os usos e costumes do ambi-
ente onde vive, quer sejam eles bons, quer sejam maus.
Una das características da mensagem evangélica é a
condenação das práticas atentatórias à moral e aos
bons costumes. (Tg.4:4 e I Jo.2:15-17). Quando porém
os mensageiros estão participando desses costumes, e-
les perdem a capacidade de avaliação e por isso não
os consideram como tais. Pior que isso! Eles se sen-
tem inibidos em condenar aquilo que eles mesmo prati-
cam.
SÓ um apego genuíno a Deus e à Sua Palavra, liga-
do a um conhecimento profundo da mesma poderá livrar
o mensageiro das malhas traiçoeiras do mundanismo.
Oposição à Mensagem
- 8 -
da l'lll sua devida forma e conteúdo, gera, invariavel-
mt•nl c, algum tipo de oposição. Essa oposição estará
di n?Lamente relacionada com a maneira de se dar a men
Hagem. Pode-se fazê-la mais ou menos agressiva. A fal
l 11 de tato e mesmo a clareza tornam-na mais agressiv"ã.
<iuando o mensageiro, cônscio de seu dever, entrega a
mt•nsagem ao povo, este, em sua maioria a rejeita e se
n.•vo lt a. São poucos os errados que reconhecem seus
t•rros.
A pergunta que surge é: Por quê a Igreja não es
Lá sendo perseguida atualmente? A resposta é Óbvia e
lll'lll precisaria ser dada. Mas é bom que fique documen-
Lada.
( ... ). Por que é, pois, que a perseguição, _ em
urande parte parece adormentada? A única razao e
11ue a igreja se conformou com a norma do mundo, e
portanto não suscita oposição. A religião que em
nosso tempo prevalece não é do caráter puro e sa~
to que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e
Deus após to los. É únicamente por causa do esp{rito
le transigência com o pecado, por serem as grandes
veroades da Palavra de Deus tão indiferentemente con
sideradas, por haver tão pouca piedade vital na I~
greja, que o cristianismo é aparentemente tão popu-
lar no mundo. Haja wn reavivamento da fé e poder da
primitiva igreja, e o esp{Pito de opressão reviver~
reacendendo-se os fogos da perseguição. (l8)
Em leis
sociais, os iguais se atraem. Quando os membros da
Igreja estão agindo em conformidade com o mundo, eles
atraem a simpatia dos mundanos e estes sentem-se bem,
junto daqueles. A voz de reprovação, por parte da I-
greja, silencia também. Quando porém, a Igreja vive a
elevada nonna moral, decretada pelos Ceus para os pe-
cadores, ainda que não falasse uma só palavra, o que
seria impossível, os seus atos seriam uma constante
reprovação. Sem santificação, não há reprovação~ e quaE_
do há, o efeito é neutrazilado pelo. mau testemunho.
En-
tretanto, não é esta a vontade de Deus. Seu povo tem
- 9 -
que, não só viver a verdade, mas proclamá-la também.
A luz celeste tem que brilhar através da Igreja. Caso
tal nã~ aconteça, Deus não poderá abençoar Seu povo,em
hora este pense que está sendo abençoado por não ter
perseguição.
Quando o povo de Deus está à vontade, sa-
tisfeito com a luz que já possui, podemos estar cer-
tos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que
eles marchem sempre avante, recebendo a avultada e
sempre crescente Zuz que para eles brilha. A atitude
atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzi-
do uma canfia"1.ça em si mesmos que os tem levado a não
sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior
Zuz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direi
ta e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós;
e todavia como um povo, estamos dormindo. Deus dese-
ja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo
para a ação. (Z9)
O testo supra-citado, da Inspiração,
não só mostra o perigo que a Igreja corre por seu esta
do de lassidão, como expressa o desejo de Deus em des=-
pertar o Seu povo. Para que isso aconteça, t.ma mensa-
gem especial deve ser ouvida nos arraiais adventistas.
F.sta mensagem tem que condenar os pecados existentes
entre os Filhos de Deus. Porém isto não poderá ser fei
to pacificamente. Têm-se dois caminhos a seguir: -
1. Continuar como está. Nenht.ma voz de advertência
deve ser ouvida e se o for, que seja rouquenha, indi-
reta e dissimulada. Deve-se continuar clamando "Paz e
Segurança", como - segundo o Espírito de Profecia (es
te autor não se atreveria a dizer t.ma coisa dessas!)=
muitos ministros e "gente grande" estão fazendo.
A im-
piedade está alcançando um nível nunca dantes atin-
gido, contudo, muitos ministros do evangelho estão
clamando: "Paz e segurança". Mas os fiéis mensagei-
ros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra.
Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar des-
temida e vitoriosamente, jamais cessando de lutar a-
té que cada alma a seu alcance tenha recebido a men-
sagem da verdade para este tempo. (20)
- 1o -
2. Erguer a voz de advertência, aconteça o que
acontecer. Para isso é preciso uma porção de "coisi-
nhas". Entre outras, ser prudente e não provocar, des
necessariamente, a oposição interna. É preciso tambéiil,
mnhecer bem o terreno em que se movimenta, por.que
qualquer movimento em falso será mais danoso do que a
omissão. Há mais! Os porta-vozes da advertência · têm
que ter uma vida digna de sua alta vocação. Para ad-
vertir os pecadores contum.azes é preciso finneza : de
caráter e santidade, quanto mais aos professos segui-
dores de Cristo!
O Último requisito supra numerado e,
talvez, o mais difícil de ser conseguido (embora nao
seja impossível!). Àqueles que tiverem uma vida con-·
sagrada ao Senhor, não lhes faltará ânimo e nem muni-·
çÕes. A Inspiração está recheada de balas de grande
calibre e alto poder explosivo. Senão, vejamos apenas
esta:
( ... ). Muitos fazem wna elevada profissão de vie
dade, e todavia são destituídos de domínio propY'iO.
O apetite e a paixão têm as rédeas; o eu, a preemi-
nência. Muitos são aPbitráY'ios, ditatoriais, despó-
ticos, jactanciosos, orgulhosos e destituídos ~e
consagração. Todavia alguns são ministros, a lidar
com sagradas verdades. (21)
Um texto como este, se mal
empregado gera uma confusão medonha! Acirra os ânimos,
desperta o Ódio e divide a Igreja. Entretanto, usado
com prudência, amor e tato, poderá despertar consciên
cias há muito amortecidas. É bem verdade que' como re
pedidas vezes já foi externado, por mais cuidado e a-::.
T!Dr que se manifeste na apresentação da mensagem, sem
pre haverá aqueles que se sentirão lesados e injusti-:::.
çados, erguendo-se em defesa de seus "direitos ameaça
dos". Mas isso não deveria ser motivo para fazer os
fiéis recuarem. "( .•• ). A história da verdade tem si-
do o relato da luta entre o direito e o erro. A pro-
clamação do evangelho sempre tem sido levada avante
neste mundo em face de oposição, perigos, perdas e so
frimentos." (22)
- 11 -
Se se perguntasse: Por quê a mensagem gera oposi-
ção, José Comblin, teólogo católico, daria a seguinte
resposta:
( ... ). Os cristãos não serão perseguidos pe-
lo fato de celebrarem ritos e sim pelo fato de en-
frentarem uma situação estabelecida que se sente
chamada à conversão e que se defende. (2 3)
Seja lá o
que for, a oposição à mensagem é tmla realidade. Assim
foi no passado, assim é no presente e assim será no
futuro. A Bíblia e o Espírito de Profecia repetidas
vezes se referem a ela.
A história do passado é lDil es-
pelho no qual se vê o futuro. Se se quiser ter tmla i-
déia de como será a crise vindoura, deve-se revolver
as páginas da história. Ali se verão atrocidades que
foram cometidas em nome de Deus e de Seu Cristo. En-
tretanto, não se precisa temer o futuro. Apesar das
sombrias perspectivas, há gloriosas esperanças. O Se-
nhor não desamparará os Seus fiéis. (24)
O maior peri-
go da Igreja não está do lado de fora de suas portas,
mas dentro destas. (25) Levantar a voz em reprovaçao
.DS erros da Igreja Católica, do Espiritismo ou de ou
tra seita qualquer, não é muito difícil para qualquer
adventista, mas fazer o mesmo com seus innãos de fé,
UDnnente em se tratanto de Pastores, Administradores,
ou "Alguém das Organizações Superiores", é algo que
foge à compreensão dos mortais! O só se referir já é
perigoso! Mas é preciso que venham as divergências. A
ausência delas não prova que Deus esteja abençoando o
Seu povo e nem que eles estejam progredindo no conhe-
cimento das Escrituras. (26) Qualquer advertência da-
da gera divergência.
A apostasia é tml processo lento e
gradual. Pouco a pouco se vai afastanto do reto cami-
nho e mesmo estando longe do rumo certo não se perce-
be o desvio. Um apóstata influencia os outros a segui
rem o seu caminho e se ele for um líder, sua influên-:
eia será muito maior.
- 12 -
Se W1I falso l{der percebe isto, (citação do MS
145, 1905, de E.G.White) se compreende que as imper
feições na vida de seus seguidores os liga mais for
temente a ele e suas teorias, haverá W11a poderosa
motivação para que ele delineie uma teologia que
deixe as pessoas confortáveis em seus erros. (2?).
Qualquer mensagem dada, direta ou indiretamente, a
tais indivíduos, será tmla afronta à sua majestade pes
soal e será reprimida da melhor fonna possível, segun
do os parâmetros deles próprios. Isto cria tDll dilema
para o mensageiro. Por amor à paz e à concórdia, ele
deseja ficar silente, falando a linguagem dos mudos.
Avoz da consciência, porém, o impele para a frente,
e para cima, sempre avante. A mensagem tem que ser da
da. Mas isto traz oposição! Que fazer?
( ..• ). Quando
os tepp{veis resulta.dos de suas más açÕes forem ma-
nifestos, eles procurarão, se possível, tornar res-
ponsáveis por suas dificuldades quem fielmente os
tem advertido, exatamente como os judeus acusaram a
Jeremias de ser o responsável por suas desventuras.
Mas tão certamente como foram as palavras de Jeová
vindicadas no passado por meio de seu profeta, assim
serao suas mensagens estabelecidas hoje. (28)
Quem
não quiser ter problemas com os homens, que nao lhes
denuncie os pecados. Mas enquanto a terra os aprova,
os Céus os condenam. É tmla questão de escolha - ou se
escolhe a aprovação da terra, ou a dos Céus. Antonio
Neves de Mesquita dá um conselho irânico que este au-
tor não deseja seja seguido por seus leitores.
Urias
(Jr.26:20~24) pagou o preço da ousadia em falar con
tra o peca.do do povo. Ninguém mexa com os peca.dos
dos homens. Deixem-nos viver assim, porque é dessa
forma que e Zes gostam. (29)
Ainda que não se deva
provocar desnecessariamente a oposição, não se deve-
ria omitir ao dever por medo à repressão. Nada deve-
ria se interpor entre a alma sincera que deseja arden
- 13 -
temente fazer a vontade de Deus e a mensagem enviada
do céu a ela. Fm.bora os homens que ocupam cargos de
mando na obra de Deus estejam constantemente sob a
tentação de abusarem de sua autoridade (30), compete
a cada indivíduo escolher a quem servir. (Js.24: 14 e 15).
E é aqui que se avalia a grande utilidade de um bom
conhecimento da vontade revelada do Senhor.
Enfrentando a Oposição
Necessid.ade de Preparo
- 19 -
CAPÍTULO I
- 21 -
Biblioteca Universitária-UNASP
daremos por outro ângulo e por isso deve ser ventila-
do agora.
Em vez de selo, deveríamos pensar em carim~.
Essa palavra é mais adequada e tornaria mais comprée!!_
sivel o assunto. A figura vem dos tempos antigos,quaE_
do os reis e monarcas _IJ~.~~ um carimbo para dar for-
ça is_ reda~Ões de suas leis. Estas só eram válidas
com o carimbo (como hoje!).~ leis poderiam ser re-
digidas por qualquer pessoa, mas se tivessem o carim-
bo, passavam a ser autêntic~
O que acabamos de dizer
poderá ser facilmente comprovado com uma leitura aten
ta do livro de Ester. Em duas ocasiões distintas o
costume foi praticado a) no decreto de Hamã para
exterminar os judeus (3:12), b) no decreto de Morde-
cai, autorizando os judeus a se defenderem (8: 7-9).
ÂD.bos os decretos foram feitos por terceiros e sela-
dos com o anel do rei, sob sua permissão.
Esses carim-
bos, a princípio, eram feitos em tipos na ponta de um
cilindro de prata ou de ouro. Continham três elemen-
tos básicos - o nome do mandatário, o cargo que ele
ocupava e o território de seu domínio. Ex. - "Assue-
ro, Rei da Média e Pérsia". Muitas vezes eles eram
roubados e leis eram expedidas sem sequer o rei ficar
sabendo. Quando descobria, já era tarde. O carimbo
estava afixado. Pressupunha-se que uma vez posto o ca
rimbo, jamais poderia ser tirado. Assim, para evitar
roubos, o carimbo passou a ser usado no anel do rei.
Dessa realidade foi tirado o simbolismo do Apoca-
lipse. Ali temos um simbolismo que por sua vez vai re
presentar uma realidade diferente daquela primeira. A
pergunta é: a que realidade se refere o simbolismo do
Apocalipse? Esta pergunta não se responde com uma pa-
lavra apenas e nem tão pouco com uma frase! É neces-
sário um comentário.
\o grande selo divino se encont·ra
no quarto mandamentJ=-de Sua Santa Lei. Somente ali se
encontram os elementos básicos da realidade antiga de
onde o simbolismo foi tomado. "Porque em seis dias
- 22 -
FEZ . (Criador - cargo) o SENHOR (Nome) os ctus E A
TERRA (Domínios) .•. ". (Ex.20:11). A prova que temos
não se reduz apenas a essa P1~~agem bíblica. Há outra
muito mais clara e direta - J~_ambém lhes dei os meus
sábados, para servirem de SINAL entre mim e eles, para
que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica;J
(Ez • 2 O: 12 ) •
Destarte, poderíamos dizer que o selo é o
sábado e as cartas ou leis somos nós, Seus filhos.Mas
há detalhe para o qual desejamos chamar a atenção dos
leitores - selo e selamento são duas coisas diferen-
tes. Selo é tun símbolo; selamento é tun ato. Pode-se
ter a carta e o selo sem que aquela esteja, necessari.!,
mente selada. Esse pensamento será mais desenvolvido
quando tratarmos dos 144 mil selados.
3. Chuva Serôdia - Outra ilustre desconhecida, até
mesmo de muitos dos mais privilegiados cérebros.
r..om a
degradação do ser htunano, a natureza se corrompeu e
as condições climáticas se alteraram. Entretanto, nao
era assim no passado. Quando o Senhor introduziu o
Seu povo na Palestina, Sua bênção estava com eles e
com tudo o que lhes dizia respeito. Por isso havia re
gularidade nas chuvas. Quando se semeavam os cereais-:-
abundantes chuvas regavam a terra para germinar a se-
mente e dar messe abundante - era a chuva temporã. Se
guia-se tun período de estiagem e intenso frio em que
os cereais enraizavam e perfilhavam, não se elevando
muito acima do solo. Na época propícia, a flor apare-
cia e novas chuvas faziam aparecer "os grãos cheios
na espiga". (Mr.4:28) - era a Chuva Serôdia.
Este fe-
nômeno da natureza é tun simbolismo vivido e adequado
à sementeira do evangelho. Quando a semente santa foi
lançada à terra pelo Grande Semeador, os Céus a aben-
çoaram com a chuva temporã no dia do Pentecoste. Ago-
ra que a seara da terra está para amadurecer a Última
e grande colheita, haverá a Chuva Serôdia. Ambos os
simbolismos retratam a atuação do Espírito Santo no
seio da Igreja de Deus. O Senhor prometeu através de
- 23 -
Seu profeta, seis séculos antes de acontecer: "Alegrai-
vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor vo~
so Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva;
fará descer como outrora, a chuva temporã e a serôdia'.'
(Jl.2:23).
Mais tarde um outro profeta aconselhou: "Pe-
di ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia .•• " (Zc.
10:1). Modernamente o Senhor acrescentou mais um deta-
lhe através de Sua Mensageira:
A chuva serôdia, amadur>e
cendo a seara da TerTa, representa a gpaça espiritú~
ai que preparará a igpeja para a vinda do Filho do
homem. Mas a menos que a chuva temporã haja caído,
não haverá vida; a ramagem verde não brotará. Se a
chuva temporã não fizer o seu trabalho, a serôdia não
desenvolverá a semente até a perfeição. (2)
Este im-
pressionante e importantíssimo acontecimento não pode-
ria ficar resfrito às poucas linhas já traçadas até a-
qui. Merecia um livro inteiro! Lamentavelmente lhe de-
dicaremos menos do um capítulo - mas dedicaremos ! ! !
Analisaremos apenas dois ângulos da questão - Condi-
çÕes para o recebimento e Resultados da Chuva Serôdia.
Por vezes nós pecamos pensando que todas as bênçãos
do Senhor são incondicionais. Mas não o são. Para cada
bênção divina há uma ou mais condições a serem preen-
chidas. O ideal seria que descobríssemos todas elas a
fim de nos relacionarmos melhor com Deus, enquadrando-
ros, pelo Seu poder, nessas normas benditas. Não cre-
mos que tenhamos catalogado todas as condições para o
recebimento da Chuva Serôdia, mas o que se segue será
una pequena lista que pode, muito bem, ajudar a muitos.
1) União com Cristo e Sua obra.
Quando pusermos nos
so coração em un~ao com Cristo, e nossa vida em har-:::
monia com Sua obra, o Espírito que caiu sobre os dis
cipulos no dia de Pentecoste há de ser> derramado so-:::
bre nós. ( 3)
2) Trabalho Missionário.
Afastem os cristãos de si
24 -
1, •das as dissensões, e entr•eguem-se a Deus para a
, 1/Jm da salvação dos perdidos. Peçam com fé a prom~
Uda bênção e ela virá.
O Espirita Santo será derra-
111ado sobre todos quantos pedem o pão da vida para
dar• aos outros. ( 4 J
3) Pureza.
Nenhum de nós jamais receberá o selo de
Ueus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula
::equer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter,
purificar de toda a contaminação o templo da alma.
Pintão a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a
Lemporã sobre os disdpulos no dia de Pentecoste.
( .5)
4) Consagração completa da maioria.
Quando tiver-
mos consagração completa, de todo o coração, ao ser
oiço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante
um derramamento, sem medida de Seu Espirita; mas
isto não acontecerá enquanto a maior parte dos mem-
bros da Igreja não forem cooperadores de Deus. (6)
5) Pedir.
O Espirita aguarda nosso pedido e recep-
ção. (? J
Como se vê, as exigências não são demasiada-
mente rígidas e nem impossíveis de serem preenchidas.
~ claro que por menores que sejam, só as consieguiremos
com o auxílio do Senhor. E os resultados não se farão
esperar! E que resultados! Vejamos mais dois testemu-
nhos do Espírito de Profecia.
Estas cenas (do Pentecos-
lc) devem repetir-se com maior poder. O derramamento
do Espirita Santo no dia do Pentecoste foi a chuva
f,emporã; porém a chuva serôdia será mais copiosa. (? J
O Espirita é derramado sobre todos quantos atendem
riD suas instigaçÕes e ( . .. J proclamarão a verdade com
fHJtência do poder do Espirita. Multidões rnceberão a
fé e se unirão aos exércitos do Senhor.
Suas ricas
- 25 -
bênçãos repousarão sobre eles com raios luminosos
refletindo a luz do céu. Então uma multidão que não
pertencia à nossa crença, vendo o que Deus é paPa
Seu povo, com eles se unirá para servir o Redentor.
(8)
Ah! se nos _pudéssemos avaliar corretamente o que
isso significa, quão diferente seria a Igreja! Como
nem tudo está perdido, sempre haverá alma sincera que
se beneficiará dess-es textos maravilhosos. Não pode-
ríamos fechar este sub-tópico sem uma nota de adver-
tência vinda da pena inspirada de Ellen G. White.
A
chuva serôdia, amadurecendo a seara da Tefl'a, rbpre
senta a graça espiritual que preparará a igrej~a para
a vinda do Filho do homem. Mas a menos que a chuva
temporã haja caído, não haverá vida; a ramagem ver-
de não brotará. Se a chuva temporã não fizer o seu
tY'abalho, a serôdia não desenvolverá a semente até
a perfeição. (9)
Passemos agora Pª!ª a quarta e Últi
ma palavra chave que nos ajuda a compreender o assun-
to em pauta - A Sacudidura.
4. Tempestade ou Crise. - Essa sim, pensamos nós,
não é desconhecida. O mundo em que vivemos é um mundo
que vive em crise e as tempestades desabam sobre a
terra frequentemente. Talvez muitos ignorem que tipo
de crise será essa ou que tempestade desabará sobre
suas cabeças. Por isso ·precisamos explicá-la resumi-
damente aqui.
A união das igrejas nao é coisa do futu-
ro, mas do presente. A Grande Babilônia Apocalíptica
já ergue seus muros ao redor da hodierna civilização.
Certamente ainda falta muito a construir, mas os edifí-
cios principais já estão em pé. Quando as igrejas esti
verem completamente unidas, elas terão a política na
mão - e elas estão entrando firmes nesse terreno!
Quem tem a política, tem a polícia; quem tem a polí-
cia, manda e não pede favor! Qualquer "atrevido" que
discordar das decisões conciliares será impiedosamen-
te perseguido. Seus bens serão confiscados; seus di-
- 26 -
ri· i tos caçados; seus motivos impugnados; desvirtuados
111•11s melhores esforços; seus nomes repudiados como tun
ma 1. Outras atrocidades serão praticadas. Isto parece
impossível nos dias de hoje, mas não o será em tun fu-
turo bem próximo. Se alguém duvidar, que espere para
Vl' r! t impossível descrever-se com tinta e papel os
n•quintes da maldade desses dias tenebrosos. SÓ o fu-
turo nô-lo dirá!
Feito este preâmbulo, mergulhemos no
aHsunto - A Sacudidura - certos de que teremos mui-
ta Luz da Bíblia e do Espírito de Profecia e muito be
11l'fi:cio espiritual também.
Além das quatro palavras cha
v1•s já analisadas, sucitaremos quatro perguntas chaves
quL', se bem estudadas, nos darão a correta compreensão
~1obre a Sacudidura. Ei-las:
1. O que é a Sacudidura ou o que a motivaria?
2. Para que tuna Sacudidura?
3. Quando se daria a Sacudidura?
4. Quais os resultados da Sacudidura?
Dissequêmo-las, tnna a tuna, para ver o que há em
suas entranhas .••
1. Ac - 45.
2. TM- 506.
'l, se - 252.
11. se - 252.
., . II TSM - 69.
h. se - 253.
1. PJ - 121.
H. R&H -23/7/1985 e
25/2/1902
l). TM- 506.
CAPÍTULO II
O QUE t: A SACUDIDURA?
Hl Causa
O testemunho da Testemunha Verdadeira. -O título
é tomado emprestado do Apocalipse, da apresentação do
Senhor à Última fase da Igreja Cristã - Laodicéia.
Perguntei, diz E.G.White, qual o sentido da sacu-
didura que eu acabava de presenciar e foi-me mostra
do que fora causada pelo positivo testemunho moti-::
vado pelo conselho da Testemunha fiel dos laodicen-
aes. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o co-
ração do que o recebe, levando-o a exaltar a norma
e declarar a positiva verdade. Alguns não suporta-
rão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto
causará uma sacudidura entre os filhos de Deus. ( 1)
Naturalmente, seria oportuno recapitularmos o que
é o testemunho da Testemunha Verdadeira. Isso se faz,
recorrendo à Fonte. Escrevendo à Sua transviada Igre-
ja, o Senhor diz, por intermédio de Seu profeta:
- 28 -
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.
Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és
morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de
oomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e
abastado, e não preciso de cousa algwna, e nem sa-
bes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego
e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado
pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas
para te vestires, a fim de que não seja manifesta a
oergonha da tua nudez, e co lírio para ungires os
teus olhos, a fim de que vejas. (Ap.3:15-18).
O tex-
to da Sra. White citado anteriormente, bem como a pas
sagem bíblica supra, têm um segredinho que pouca gen=
te tem percebido. Tanto um quanto o outro contém dois
elementos distintos - o Testemunho e o Conselho. Na
passagem bíblica eles são bem distintos. O primeiro
está exarado nos versículos quinze a dezessete e o Úl
timo no verso dezoito. O primeiro é amargo e o segu.!!_
do e doce.
Corremos o perigo de nos determos no segun-
do sem nos preocuparmos com o primeiro. Ao que tudo
indica esse tem sido o caso da mensagem que mais fre-
quentemente se houve do púlpito adventista.
O Conselho
da Testemunha Fiel e Verdadeira é a justificação pela
fé - essa mensagem gostosa de ser ouvida: Cristo mor
reu pelos nossos pecados, pagando integralmente o cus
to de nossa salvação. Nesta transação não entram as
obras humanas. Essa é uma verdade incontestável! Mas
a Sacudidura será "causada pelo positivo testemunho",
e não pelo conselho. O testemunho vem do conselho~mas
não é o conselho. Fm outras palavras, a Sacudidura se~
rã causada pela acusação e não pela mensagem da jus=
Lificação pela fé. Esta levará àquela. Se assim não
fora, a Igreja estaria sacudida, pois há muito vem ou
vindo, sem grande efeito, aquela mensagem. Ouçamos
mais um "testemunho".
A MENSAGEM à igreja de Laodicéia
ri uma impressionante ACUSAÇÃO, e é aplicável ao povo
- 29 -
de Deus no tempo presente. ( ... ). O povo de Deus e
representado na mensagem aos laodiceanos como em uma
posição de segurança carnal. Estão a gosto, acredi-
tando-se em exaltada condição de consecuçÕes espi-
rituais. ( ... ). Que maior ilusão pode sobrevir ao
espirita humano que a confiança de se acharem jus-
tos, quando estão totalmente errados! A mensagem da
Testemunha Verdadeira encontra o povo de Deus em
triste engano, todavia sinceros em seu engano. Não
sabem que sua condição é deplorável aos o lhos de
Deus. Ao passo que aqueles a quem se dirige se li-
sonjeiam de achar-se em exaltada condição espiritu-
al, a mensagem da Testemunha Verdadeira derriba-lhes
a segurança com a assus·tadora ACUSAÇÃO de seu ver-
dadeiro estado de cegueira, pobreza e miséria espi-
ritual. O testemunho, tão incisivo e severo, não po
de ser um engano, pois é a Testemunha Verdadeiraqü"e
fala, e Seu Testemunho tem de ser correto. (grifos
acrescentados)
Vi que muitos se estão lisonjeando de
ser bons cristâos, os quais não têm um raio de luz
de Cristo. Não têm por si mesmos uma viva e:x;pePiên-
cia na vida religiosa. ( ... ). Carecemos muito,porém
da humildade, paciência, fé, amor e abnegação, vi-
gilância e espirita de sacrificio b{blicos. Preci-
samos cultivar a santidade da B{blia. O pecado do-
mina entre o povo de Deus. A positiva mensagem de
REPREENSÃO aos laodiceanos não é acatada. Muitos se
apegam a suas dúvidas e a seus pecados acariciados,
enquanto se encontram em tão grande engano que di-
zem e sentem que não necessitam de nada. Pensam que
não é necessário o testemunho do Espirita de Deus
em REPROVAÇÃO, ou que não se refere a eles. Esses
estão na maior necessidade da graça de Deus e de dis
ciscernimento espiritual, para que descubram sua de
ficiência no conhecimento das coisas do espirita-:
Faltam-lhes quase todos os requisitos necessária3ao
aperfeiçoamento do caráter cristão. Não têm um co-
nhecimento prático da verdade b{blica, que leva a
humildade de vida e à conformidade de seu querer
- 30 -
<!om a vontade de Cristo. Não estão vivendo em obe-
diência a todas as reivindicaçÕes de Deus. (Versais
supridas). (2)
Antes da longa citação acima, disse-
11us uma frase que, apesar de ter sido provada pela
111L•sma citação, especialmente com as versais (pala-
vras em maiúsculas), merece um pequeno comentário.
A
r.1·ase é: a Sacudidura será causada pela acusação e não
pela mensagem da justificação pela fé. Se não for bem
l'ntendida ela se tornará um tremendo perigo.
Tal acusa
~ão não deve ser dada com rancor. Não se concebe que
cristão fiel e verdadeiro vá trovejar do púlpito ou
un particular, palavras ríspidas e cortantes contra
seus irmãos na fé - almas por quem Cristo morreu. Es-
tamos usando a palavra ACUSAÇÃO porque o Espírito de
Profecia a usou e a Bíblia, indiretamente, também. (Ap.
1:17). Entendemos que tal aconteceu para que não res-
tasse dúvidas na mente de quem quer que a lesse, tra-
tar-se de uma mensagem séria e urgente. "Os ministros
que pregam a verdade presente não devem negligenciar
a solene mensagem dirigida aos laodiceanos. O teste-
munho da Testemunha Verdadeira não é uma suave mensa-
gem." (3) Como a Igreja está em falta, a simples men
são da falta já é uma grave acusação. Mas ela tem que
ser dada. E o será!
Laodicéia, se entendemos bem "As
Sete Igrejas do Apocalipse", é a Última fase da Igre-
ja Cristã Verdadeira - não há outra. É a Igreja da
atualidade - cheia de defeitos, como descreve a car-
ta, infelizmente. Tem a verdade, mas não vive a verda
de. E por isso precisa ser sacudida para ser purifi=-
cada. O testemunho do conselho da Testemunha Verdadei
ra tem por finalidade despertá-la para a triste reaií
dade em que vive. Destarte "ouro" simboliza fé e amor;
''vestiduras brancas", são os atos de justiça dos san-
Los (Ap.19:8), derivados da justiça de Cristo; e o
"colírio" é aquele discernimento espiritual que nos
habilitará a reconhecer as ciladas de Satanás e evitá-
- 31 -
las, a descobrir o pecado e a aborrecê-lo, a ver a
verdade e obedecer-lhe". (4)
Há entretanto, três co.i-
sas distintas que não deveriam ser confundidas - Povo,
Período e Mensagem de Laodicéia.
Período de Laodicéia
é o espaço de tempo que se estende de 1844 até o fim.
Povo de Laodicéia são os mornos e infiéis que vivem
~sse período. Mensagem a Laodicéia é o que se diz a
esses mornos.
A mensagem laodiceana aplica-se ao povo
de Deus que professa crer na verdade presente. A
maior parte, são professos mornos, tendo o nome mas
faltando-lhes o zelo. Deus deu a conhecer que que-
ria que os homens localizados no grande coração da
obra corrigissem o estado de coisas ali existente, e
se mantivessem como fiéis sentinelas em seu posto
de dever. Deu-lhes luz acerca de todos os pontos,pa
ra instruir, animar e confirmar esses homens segun~
do o caso o exigisse. Apesar de tudo isso, porém, os
que deviam ser fiéis e verdadeiros, fervorosos no
zelo cristão, de temperamento benévolo, conhecendo e
amando sinceramente a Jesus, encontram-se a ajud(JU'
o inimigo em enfraquecer e desanimar aqueles a quem
Deus está usando para edificar a obra. Aplica-se a
esta classe o termo "morno". Professam amar a ver-
dade, todavia, são de fi.cientes no fervor e no devo-
tamento cristãos. Não ousam desistir inteiramente e
correr o risco dos incrédulos, não se acham, no en-
tanto, dispostos a morrer para o próprio eu e se-
guir exatamente os princ{pios de sua fé. (5)
A ame-
aça de vomitar da boca não se aplica aos fiéis, isto
e lógico. Se não, vejamos:
Enquanto ouviam as palavras
de Cristo, o povo podia ver o alvo sal bri lhardo nas
veredas onde fora lançado por haver perdido o seu
sabor, tornando-se por inútil. Isto bem representa-
va as condiçÕes dos fariseus, e o efeito de sua re-
ligião sobre a sociedade. Representa a vida de to-
- 32 -
da alma de quem se apartou o poder da graça de Deus
e que se tornou fria e destituída de Cristo. Seja
qual for a sua profissão de fé, essa pessoa é con-
lliderada pe ws homens e os anjos insípida e desa-
(Jr'adáve l. t A TAIS PESSOAS que Cristo diz: "Oxalá
foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não
"-s frio e nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca".
(Versais supridas). (6)
Deste deplorável período o
Sc~nhortem muito a dizer através de Sua Mensageira.
Tentaremos dar um resumo nos parágrafos seguintes.
Aqui (Ap.3:l5-l?) está representado wn povo que
se orgulha na posse de conhecimento e vantagens es-
pirituais. Não correspond.eram, porém, às imerecidas
bênçãos que Deus tem concedido. Têm estado em rebe-
lião, ingratidão e esquecimento de Deus, e todavia,
Ele os tem tratado como um pai amoroso e perdoador
trata wn filho ingrato e transviado. (?)
Deus está
guiando a saída de um povo. Ele tem wn povo, wna I-
groe.fa na Terra, os quais Ele tornou os depositários
de Sua Lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade
eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e
corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se
aos adventistas do sétimo dia que têm tido grdnde
esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles
que têm feito grande profissão, mas não andado a
par com Seu Líder, que serão vomitados de Sua boca,
a menos que se arrependam. A mensagem que declara
a igreja adventista do sétimo dia Babilônia, e cha-
ma o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhwn
mensageiro celeste, ou nenhum instrumento hwnano
inspirado pelo Espírito de Deus.
Há em alguns dos
membros da igreja orgulho, presunção, obstinada in-
credulidade, e recusa a ceder de suas idéias, embo-
ra se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável
a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não ex-
tinguirá a igreja. Deixai que tanto o joio como o
trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é
que farão a obra de separação. (8)
- 33 -
Com tanta j actância e orgulho, não é de se admi-
-rar que esse povo altamente privilegiado pelos Céus
tenha rejeitado o testemunho da Testemunha Verdadeira
As citações acima já arranharam o orgulho laodiceano,
mas se continuarmos na trilha escrita, logo toparemos
com mais uma verdade incontestável - o testemunho não
foi atendido.
O testemunho da Testemunha fiel não foi
atendido nem pela metade. O solene testemunho do
qual depende o destino da igreja foi subestimado, se
não rejeitado por completo. (9)
A visão é de 20.11.
1857, mas está falando do futuro. Mais tarde,- 1873, a
profetisa iria dizer:
Em minha última visão, vi que
mesmo esta decidida mensagem da Testemunha Verda-
deira não cumpriu o desígnio de Deus. O povo conti-
nua a modorrar em seus pecados. (9)
E por que não foi
atendido? A própria Inspiração nô-lo responde alguns
anos mais tarde - 1896 - na carta 96.
A indisposição
de ceder a opiniões preconcebidas e de aceitar es-
ta verdade, estava à base de grande parte da oposi-
ção manifestada em Mineápolis contra a mensagem do
Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones. Excitan
do aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar
do povo, em grande medida, o poder especial do Es-
pírito Santo que Deus anelava comunicar>-lhes. O ini
migo impediu-os de obter a eficiência que poàericin
ter tido em levar a verdade ao mundo, como os após-
tolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes.
Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a
Terra com a sua glória, e pela ação de nossos pró-
prios irmãos tem sido, em grande medida, conservada
afastada do mundo. (10)
Entretanto, não é do agrado
do Senhor que tal aconteça e por isso Ele já apelava
(1857) para que o testemunho fosse aceito.
Dai ouvidos
- 34 -
, 10 canse lho da Testemun1za Verdadeira. Comprai ouro
/'r•ovado no fogo, para serdes ricos; vestidos bran-
"'in para que possais vestir; e col{rio para que pos
i:riis ver. Fazei algum esforoo. Estes preciosos te=
n.>uros não cairão sobre nós sem esforço de nossa
1•orite. Cumpre-nos comprar - ser zelosos e arrepen-
, f, ! Y'-nos de nosso estado de mornidão. É preciso es-
1rnmos despertas para ver nossos erros, esquadri-
nhar' nossos pecados, e arrependeY'-nos zelosamente.
( 11)
E foi? Segundo os mais rudimentares elementos da
l1Ígica - NÃO. Não consta nos arquivos de nossa me-
1110 na, nenhtnna época em que a Igreja, como tnn todo
1111 parte dela, tenha atendido a esse veemente apelo.
::1· o houvesse feito, haveria na face da terra tnn po-
vo puro e santo, ou, quiçá, a terra já estaria repou
11nndo durante o Milênio. Alguns - IASD-MR - têiii
pretendido essa elevada honra, mas sao apenas pre-
r 1•nsões !
2~ Causa
- 35 -
Ainda que nos sintamos incapazes de responder cor
retamente à pergunta formulada, arriscaremos tnD pai=-
pite, mas "apenas tnD palpite"~ A observação nos tem
indicado que tnDa falsa teoria se forma assim:
a) O espírito de pioneirismo definha lentamente.
Os ânimos arrefecem; as normas se rebaixam; os maus
costtnDes entram sorrateiramente; os conceitos mudam
imperceptivelmente.
b) Alguns olhos "biônicos" vêem o mal e começam a
atacá-lo. Como o mal já se instalou em todas as cama-
das da Igreja, alguns "medalhões" se exasperam ape lan
do para as cúpulas que intervenham em sua defesa. -
c) As cúpulas se sentem expremidas entre a verda-
de cristalina e a realidade geral. Coleiam como os
rastros dos navios, em movimentos uniformemente vari-
ados a fim de agradar a gregos e a troianos, acabando
por deixar o dito pelo não dito, em tnDa verdadeira
reedição do - "nem sim e nem não, muito antes pelo
contrário".
d) Um teólogo perspicaz, de qualquer setor, toma
em suas mãos, a questão, por simplicidade ou por van-
glória, formulando teorias para j ustifica:n as atitu-
des asstnDidas. Essas teorias são aceitas ou rejeita-
das (mais aceitas do que rejeitadas) de acordo com as
circunstâncias reinantes e as influências de seus for-
jadores e defensores.
Nem sempre as coisas se passam
assim tão claramente. A sutileza por vezes "dribla"
até a mente mais privilegiada. Por vezes a teoria já
vem preconcebida de fora, junto com seu defensor,
quando ele se agrega à Igreja.
Volvamos à previsão
profética e vejamos o que está escrito pela Inspira~
çao.
O Espirita de Deus tem iluminado cada página dos
Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais
pouca impressão eles fazem, por serem imperfei-
tamente compreendidos. Ao vir a sacudidura, PELA
INTRODUÇÃO DE FALSAS TEORIAS, esses leitores super-
ficiais não ancorados em parte alguma, são como a
- 36 -
ar>eia movediça. Escorregam par>a qualquer' posição pa
~a agrada!' a tendência de seus sentimentos de ama~
aur>a . ... Daniel e Apocalipse devem se!' estudados,
hem como as outyoas pPofecias do Velho e Novo Testa-
mentos. Haja luz, sim, luz, em vossas habitações.
lbr> isso devemos o!'a!'. O Esp{Y'ito Santo bY'ilhand.o
nob!'e as páginas sagyoadas, abY'iY'-nos-á o entendi-
mento par>a que possamos sabe!' o que é Ve!'dad.e . ...
(l 2)
C.Omo se vê, nem o texto e nem o contexto nos di
:t.<~m quem introduziria as falsas teorias. Uma coisa e
1·l'rta, elas serão (ou já estão sendo) introduzidas. E
l11i lógica em as falsas teorias introduzirem a Sacudi-
dura. Quando alguém quer nos induzir a crer em algo
que não cremos, a tendência é examinarmos a fundo a
questão e não descansarmos até que saibamos onde está
li erro e a verdade. Nem todos agem assim, é certo! Mas
3~ Causa
4f.J. Causa
1. I TSM - 60.
2. I TSM - 327-328.
3. I TSM - 332.
4. II TSM - 75.
I TSM - 477-478.
5. I TSM - 476.
6. MDC - 40.
7. I ME - 357.
8. II ME - 66,69.
9. I TSM - 60,329.
10. I ME - 234-235.
11. I ME - 41.
12. 'lM - 112.
13. VE - 79-82.
14. e no S/S - 14,19.
15. II TSM - 311-313.
16. GC - 466.
17. VEJA - n9 618 de o9 . o7 . 80 ' p g. 25.
18. II ME - 13.
19. I TSM - 64,65.
- 46 -
CAP1TUID III
'\7 ~7
1 Krej a Igreja
~/
Cato li-
~7 ~/
Protestan Adven
1111tes de Israe- cismo tismo - tismo
Abraão l i ta
- 47 -
a seus {doZos; deixai-os", e eles passarão adiante à
sua obra, deixando esses com seus pecaminosos traços
não subjugados, à direção dos anjos maus. Os que re-
sistem a toda prova, e vencem, seja qual for o preço,
atenderam ao conselho da Testemunha Verdadeira, e re
ceberão a chuva serôdia, estando assim aptos para a
transladação ... (19).
1. I TSM - 60.
2. I TSM - 327-328.
3. I TSM - 332.
4. II TSM - 75.
I TSM - 477-478.
5. I TSM - 476.
6. MDC - 40.
7. I ME - 357.
8. II ME - 66,69.
9. I TSM - 60,329.
10. I ME - 234-235.
11. I ME - 41.
12. 1M - 112.
13. VE - 79-82.
14. e no S/S - 14,19.
15. II TSM - 311-313.
16. GC - 466.
17. VEJA - n9 618 de o9 • o7 • 80 , p g. 25.
18. II ME - 13.
19. I TSM - 64,65.
CAP1TUID III
8u
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~
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1 Abraão Cristo 1 Lutero ~, Mj 11 er Sacud.
Caminho da Verdade
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1Krej a Igreja
~/
Cato li-
~/~/
Protestan Adven
1111tes de Israe- cismo tismo - tismo
Abraão li ta
- 47 -
Até este Último estágio as coisas foram mais ou
menos iguais. As reformas efetuadas não foram comple-
tas ou perfeitas. Em outras palavras: - as pessoas se
c.onvertiam mas não se tornavam puras, perfeitas e san
tas. Quem quer que viesse da Igreja Israelita para a
Igreja Cristã, para lá poderia voltar quando bem en-
tendesse ou desejasse; o mesmo acontecendo com as pes
soas nos outros períodos. Porém não é assim com o Úl=
timo e verdadeiro Movimento de Reforma. A época é di-
ferente e as circunstâncias também.
Una vez "sacudido"
e achado infiel, não se pode voltar à "peneira". A
recíproca também é verdadeira, isto é, quem foi "sa
cudido" e achado fiel jamais sairá da "peneira". Ora-;
se a IASD-MR fosse o verdadeiro Movimento de Reforma,
então, seus membros não só seriam puros e perfeitos,
c.omo também não poderiam vir para a IASD, ou vice-
versa.
Sacudidura Tempestade
fiéis
Caminho d a Verdade
l
·~ l
d o l. s partido
lnão)
rejeitados
A pergunta que se impõe é: Para que \.Dlla sacudidura?
Para purificar a Igreja, preparando-a para a Chuva Se-
rôdia e o Selamento.
Não vem distante o ~empo em que to
da alma terá de ser pravada. . . • Par esse terrrpo o ouro
será separado da escória, na igreja. A verdadeira
piedade distinguir-se-á então claramente daquela que
consiste na aparência. (1)
Satanás operará seus mila-
gres para enganar; estabelecerá seu poder como supre-
nv. A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas
- 48 -
não cairá. Ela pennanece, ao passo que os pecadores
de Sião serão lançados fora no joeiramento - a pa-
lha separada do trigo precioso. t esse um transe
terrível, não obstante importa que tenha lugar. Nin
guém senão os que venceram pelo sangue do Cordeiro
e a palavra de seu testemunho será encontrado com
os leais e fiéis, sem mácula nem ruga de pecado, sem
engano em sua boca. Precisamos despojar-nos de nos-
sa própria justiça e :revestir-nos da justiça de Cris
to. (2) -
O peneiramento de. Deus sacode fora multidões,
como folhas secas. ( 3)
Os textos supra não são os ú-
rúcos encontrados no acervo literário de Ellen G.
White. No entanto, juntando-as com os que já foram
citados no decorrer deste trabalho, bastam para o que
estamos tentando provar. E mais ainda: os fiéis sacu-
didos NÃO PODEM ir para os rejeitados (veja-se .Amós
9:9), e os rejeitados NÃO PODEM ir para o lado dos fi
..
eis.
Agora a parte mais dura com relação à pendenga te
ológica IASD X IASD-MR. Se a IASD-MR fosse realmente
o produto da verdadeira Sacudidura, então ela seria
PURA. E é? ( Nem dá para falar! As histórias são mais
tristes do que tun sorriso ·triste! Poderíamos contá-
las às dúzias - era só revirar os arquivos da memó-
ria e quando estes se esgotassem, compulsar "O LIVRO
DO PECADO" - tun libelo escrito por tun alto dignitá-
rio da Reforma contra seus pares. Mas não o faremos
a:iui. Não há necessidade! Os sinceros sabem que a
l.ASD-MR não preenche, nem no mínimo, as característi-
cas do verdadeiro Movimento de Reforma. Isso veremos
melhor quando chegarmos à quarta pergunta chave -
Quais os Resultados da Sacudidura? E tem mais! O vai-
P-vem de membros entre a IASD e a IASD-MR é outra pro
va incontestável que só não é aceita pelos hipócritas
ou pelos sinceros que não conhecem bem o assunto).
- 53 -
se tomasse nenhuma decisão por ser perigoso fazê-lo
enquanto os ânimos estavam agitados. O testemunho da
Testemunha Verdadeira - a justificação pela fé- pri
meiro passo para a sacudidura, foi sustado. As pró="
prias leis dominicais tão ameaçadoras na época, en-
traram em recessão. E uma longa caminhada pelo deser-
to da mornidão foi iniciada e perdura até hoje. O Pas
tor Butler - aparentemente por questões de saúde e a
seu pedido - foi afastado do cargo de Presidente da
Cbnferência Geral, sendo substituído pelo Pastor O.A.
Olsen.
Ellen G. White encetou uma vigorosa campanha j un
to aos líderes, em prol de um estudo das Escrituras-;
fervoroso e sem preconceitos, chegando até a ameaçar
voltar-se diretamente para o povo caso os líderes não
dessem ouvido aos seus apelos. São desta época as mais
belas gemas sobre a justificação pela fé que saíram
de sua pena. Reconheceu que as conclusões de Waggoner
continham verdades gloriosas que tinham sido repetida
mente apresentadas pelo Espírito de Deus diante dela
e que por mais de quarenta anos ela estivera comuni-
cando à Igreja.
A resistência foi tão grande que a Sra.
White se sentiu repelida pela alta hierarquia da Igre
ja, começando então, um giro pelo leste dos EE. UU., di
retamente com o povo, cumprindo assim sua ameaça fef:·
ta anteriormente. A recepção variou de acordo com a
influência das partes envolvidas na disputa. Entretan
to, o saldo foi positivo.
Desde o alto de seu "forte"
- REVIEW AND 'HERALD - Uriah Smith ainda trombeteava
seus temores de que as mensagens de Waggoner e Jones
levariam os Adventistas do Sétimo Dia diretamente ao
antinomismo - isto é, contrários à lei. Foi preciso
un vigoroso protesto da parte da Sra. White para que
ele parasse a discussão do assunto pelas páginas da
REVIEW.
Nem tudo estava perdido, porém. Apesar da apa-
rente rejeição da mensagem divina, do grande atrazo
na conclusão da obra e da suspensão da sacudidura,
- S4 -
ainda Deus estava dirigindo o Seu povo e uma boa par-
te dos líderes, mesmo advogando o erro, eram sinceros.
Em 1889 uma nova reunião da C.Onferência Geral teve lu
gar em Batle Creek e a própria Sra. White comentou a
diferença: "O espírito que havia na reunião em Minne-
apolis não está aqui". Uma série de Institutos Minis-
teriais foram realizados onde a mensagem da justifi-
cação pela fé foi amplamente explanada. Em 1891 o Dr.
Waggoner apresentou aos membros da C.Onferência Geral,
una série de dezesseis palestras sobre a Epístola de
Paulo aos Romanos, iluminando ainda mais o assunto.
Ao
apagarem-se as luzes da década dos oitenta - 1890 - a
Sra. White andava muito angustiada por causa do Pas-
tor Uriah Smith. Orou intensamente por ele e pediu às
Igrejas que orassem também. E surtiu efeito! O Pastor
&nith, alguns dias depois, a procurou e pediu uma reu
nião com um pequeno grupo de líderes, diante dos quais
confessou que reconhecia ter estado em erro opondo-
se ~ mensagem apresentada em 1888. Ele repetiu esta
confissão em diversas ocasiões, inclusive diante de
una grande assembléia no Tabernáculo de Batle Creek.
Desde então sua influência esteve a serviço da verda-
de, pelo menos, tanto quanto ele podia entender. Mui-
tos outros seguiram o seu magnífico exemplo. C.Ontudo,
a experiência deixou profundas cicatrizes na face da
Igreja que ainda hoje desfiguram sua imagem e desvir-
tuam sua mensagem. Muitos não foram suficientemente
cristãos para se humilharem na presença do Senhor e
de Sua Verdade e continuaram a molestar a Igreja por
Hua influência e por suas ações. (2)
Ê diante do expos
to que nós ousamos dizer que Deus intentou sacudir Suã
1grej a mas não pode.(?!). Parece impossível, mas não o
l;!. Vejamos novamente o texto abaixo, escrito em 1896
- carta 96.
A indisposição de ceder a opiniões preconce
bidas, e de aceitar a verdade, estava à base de gran
de parte da oposição manifestada em Minneapolis co~
lra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggo-
ner e Jane& Excitando aquela oposição, Satanas teve
- 55 -
êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder
especial do Espírito Santo que Deus anelava comuni-
car- lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiên-
cia que poderiam. ter tido em levar a verdade ao mu!!_
do, como os apóstolos a proclamaram. depois do dia
de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve
ilwninar a Terra com sua glória, e pela ação de nos
SOS próprios irmãos tem sido, em grande medida, COn
servada afastada do mundo. (3) -
Não é o único texto
que diz tal coisa. Vejamos mais dois: "Deus pretendia
que Seu povo estivesse muito mais adiante da posição
que ocupam hoje (1889)." (4). "Um momento de suspen-
sao foi-nos graciosamente concedido por Deus." (1905)
(5).
Uma análise detalhada e minuciosa do assunto, nos
mostrará um outro fato assaz importante. Quase todas
as mensagens da Sra. White sobre a Sacudidura em cur-
so, o Alto Clamor iniciando, a Chuva Serôdia caindo,
o Selamento começando, etc., são dessa época (por
volta de 1888).
Eis porque ao lermos certos textos de-
la, percebemos uma aparente contradição - alguns di-
zem que o selamento está no futuro e outros dizem que
ele já começou. O mesmo pensamento é válido para ou-
tros assuntos escatológicos - despertamento, sacudi-
dura, chuva serôdia, alto clamor, etc.
A pergunta sus-
citada no início deste capítulo - quando se daria uma
sacudidura? - ainda não foi respondida e talvez ja-
mais o será da maneira como muitos a querem. Entre-
tanto, podemos formular quatro respostas que nao se
contradizem mas se completam.
1. Deus tem um tempo determinado.
Assim sera pro-
clam.ada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o
TEMPO para que ela seja dada com o máximo poder, o
Senhor operará por meio de hwnildes instrwnentos,di
rigindo a mente dos que se consagram. ao Seu serviçj}.
(6)
- 56 -
Não vem distante o TEMPO em que toda alma terá
de ser provada. . . . Por esse TEMPO o OU1'0 será se-
fJarado da escória, na igreja. ( . .. ) .. Virão tempos em
<{ue a igreja será despertada pelo poder divino, e
fervorosa atividade será o resultado, pois o vivi-
ficante poder do Esp{rito Santo inspirará seus mem-
bros a sa{rem e buscarem almas para Cristo. (?)
( .. .)
Mas, ao ser a questão da obrigatoriedade de cbser-
oâncio do domingo amplamente agitada, vê-se aproxi-
mar o fato há tanto tempo dUl)idado e descT'ido, e a
/;erceira mensagem produzirá um efeito que antes não
ueria poss{vel produzir. (8)
Quando a América, o pa-
{s da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a
fim de dominar as consciências e impelir os homens
a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os
demais pa{ses do mundo hão de ser induzidos a imi-
f,aP-lhe o exemplo. (9)
2. Bem no fim do tempo da graça.
A grande prova fi
nal virá no fim do tempo da graç;?a, quando será ta~
de demais para se suprirem as necessidades da alma.
(lO)
3. Antes de caírem os juízos de Deus.
( ... ). Antes
r/e os ju{zos finais de Deus ca{rem sobre a Terra, ha
t1er>á, entre o povo do Senhor, tal avivamento da prI
111 / /;iva piedade como não fora testemunhado desde os
I 'mpos apostólicos. (11)
4. Quando sair o decreto dominical.
Quando a naç;?ao
t···la qual Deus tem trabalhado de maneira tão mara-
i>i 1hosa, e sobre a qual tem lanç;?ado o escudo da oni
/ '' i/.rincia, abandonar os princ{pios protestantes, e
/ 11·lr1 sua legislaç;?ão derprote(Jão e apoio ao roma-
,,; :rmo no limitar a liberdade religiosa, então ope-
1•or•ri Deus com Seu próprio poder em favor de Seu po-
1111 11ue é fiel. (12)
A substituiç;?ão do falso pe Zo ver
,/,1,/dm (sic) e- o ÚU'[,mo ato do drama. Quando esta
- 57 -
substituição se tornar universal, Deus revelar-se-á.
Quando as leis dos homens forem exaltadas sobre as
leis de Deus, quando os poderes desta terra tenta-
rem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da
semana, sabemos que chegou o TEMPO para Deus operar.
(Versais sup1~idas) (13)
Naturalmente, os textos su-
pra-citados não tratam diretamente da Sacudidura, e
rem dão uma data exata, mas, convenhamos, eles servem
como um farol a nos guiar na trevas do amanhã. .Ade-
mais, como já frisamos, os Últimos acontecimentos es-
tarão tão intimamente relacionados que é impossível
separá-los, pondo-os em ordem cronológica. Nem por
isso precisamos ficar completamente às escuras. Porém,
tma advertência •••
Foi-me mostrado o povo de Deus :es-
perando que ocorresse alguma mudança - que um com-
pulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão de-
cepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; pre
cisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e ela=
mar fePVorosamente a Deus por um genuíno conhecimen
to de si próprios. As cenas que estão passando di=
ante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos
despertar, levando insistentemente a verdade ao co-
ração de todos os que quiserem escutar. A seara da
terra está quase madura. (14)
- 58 -
CAPÍTUI.O V
- 58 -
CAPÍTUI.D V
- 61 -
reforma começar, o esp{rito de oraçao atuará em ca-
da crente e banirá da igreja o espirita de discór-
dia e luta. Os que não têm estado a viver em comu-
nhão cristã, chegCIP-se-ÕíJ uns aos outros em cantata
{ntimo. Um membro que trabalhe de maneira devida le
v•apá outros membros a unir-se-lhe em súp Zicas pe ia
revelação do Esp{rito Santo. Não haverá confusão,
pois todos estarão em harmonia com o Esp{rito. As
barreiras que separam wn crente de outro, serão der
ribadas e os servos de Deus falCIPão as mesmas cal=
sas. O Senhor cooperCIPá com os Seus servos. Todos
orarão com entendimento a prece que Cristo ensinou
aos seus servos: "Venha o Teu reino, seja feita a
Tua vontade, assim na Terra como no Céu". Mt. 6:10.
(6)
6. Poder. - Despertos, reavivados, reformados,
puros e unidos, eles recebem do Céu a aprovação de seu
caráter com a presença ostensiva do Espírito Santo. É
Iógico que as coisas não se passarão assim, tão sim-
plória e demoradamente - acontecendo uma, depois a
outra, sucessivamente. Escatologicamente falando, os
acontecimentos serão simultâneos ou estão entrelaça-
dos, tornando muito difícil, e às vezes impossível,
fazer-se uma separação entre eles. Assim é que, entre
outros, há três aspectos da questão que não podem ser
isolados completamente - sacudidura, chuva serôdia e
selamento. Quando se fala de um, fala-se de outro e
muitas vezes podemos confundi-los. Aparentemente as
coisas se passarão assim: A Igreja será sacudida e pu
rificada, recebendo em consequência a chuva serôdia
que é o poder do Espírito Santo. Estas coisas motivá-
la-ão para um trabalho mais intensivo e eficaz, pro-
vocando a ira do cristianismo apostatado, desabando
una tempestade sobre ela; uma lei é conseguida, a par
tir dos EE.UU. da América, impondo a observância do
domingo. Esta lei obrigará todos os seres humanos a
tomarem uma decisão - ou sábado, ou domingo e as-
sim, estaremos recebendo um ou outro selo - de Deus
ou da Besta.
Ouvi os que estavam revestidos da armadu-
- 62 -
ra falar sobre a verdade com grande poder., Isto
produzia efeito. Muitos tinham sido amarrados; al-
gumas mulheres pelos maridos, e crianças por seus
pais. Os honestos que tinham sido impedidos de ou-
vir a verdade, agora avidamente a ela aderiam.Fora-
se todo o receio de seus parentes, e somente a ver-
dade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome e
sede da verdade; esta lhes era mais querida e pre-
ciosa do que a vida. Perguntei o que havia operado
esta grande mudança. Um anjo respondeu: - "Foi a
chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor,
o alto clamo.!' do terceiro anjo". (?)
Assim será pro-
clamada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o
tempo para que ela seja dada com o máximo poder, o
Senhor operará por meio de humildes instrumentos,di
rigindo a mente dos que se consagram ao Seu serviçÕ.
Os obreiros serão antes qualificados pela unção do
Espírito do que pelo prepaPO das instituições de en
sino. Homens de fé e oração serão constrangidos a
sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus
lhes dá. Os pecadores de Babilônia serão patentea-
dos. Os terríveis resultados da imposição das obser
vâncias da igreja pela autoridade civil, as incu~
sões do espiritismo, os furtivos mas rápidos pro-
gressos do poder papal - tudo será desmascarado.
Por meio destes solenes avisos o povo será comovida
Milhares de milhares que nunca ouviram palavras co-
mo essas, escutá-las-ão. Com espanto ouvirão o tes-
temunho de que Babilônia é a igreja, caída por cau-
sa de seus erros e pecados, por causa de sua rejei-
ção da verdade, enviada do Céu a ela. (8)
7. Trabalho. - Preguiça é pecado (9) e os sacudi-
dos não terão pecado. Una das grandes características
desses fiéis dos Últimos dias será o trabalho - tra-
balho intenso, ordenado, sincero, profícuo e ... (etc.,
l't c. , ) .
( ... ). Fiquei profundamente impressionada com
as cenas que ultimamente passaram perante mim nas
- 63 -
v~soes da noite. Parecia estal'-se operando um gran-
de ri:ovimento - uma obra de reavivamento - em mui-
tos lugares. Nosso povo acorria a seus postos, ate~
dendo ao chamado de Deus.( ... )
Em visões da noite pas
saram diante de mim representações de um grande mo::
vimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos
estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e
outros milagres se operavam. • .. Viam-se centenas e
milhares visitando fam{lias e abrindo perante elas
a Palavra de Deus. Os coração eram convencidos pelo
poder do Esp{rito Santo, e manifestava-se um esp{-
rito de genu{na conversão. Portas se abriam por to-
da parte à proclamação da verdade. O mundo parecia
iluminado pela influência celeste. Grandes bênçãos
eram recebidas pelo fiel povo de Deus. ( . .. ) .
Virão
tempos em que a igreja será despertada pelo poder
divino, e fervorosa atividade será o resultado, pois
o vivificante poder do Esp{rito Santo inspirará
seus membros a sa{rem e buscarem almas para Cristo.
(10)
Muitos outros textos poderiam ser transcritos
comprovando o que estamos querendo dizer. Pensamos,
entretanto, que os supra-citados j ã bastam para dar
tm.a idéia nítida daquilo que ocorrerá em tnn futuro não
muito distante. Então ctnnprir-se-ã o que está escrito
a:n Apoc. 18: 1-4 - o que se chama de Alto Clamor.
8. Oposição, interna e externa. -Eis aqui tnn dos
mais duros e perigosos resultados da sacudidura. Ele
será amargo para os fiéis, bem como desencorajador
também. A oposição externa não há de ser muito probl~
mática e triste, mas a interna o será. Vejamos prime..!_
ro aquela e depois esta.
a) Oposição externa.
Estendendo-se a controvérsia
a novos campos, e sendo a aten~ão do po~o chamad~
para a lei de Deus calcada a pes, Satanas entrara
em ação. O poder que acompanha a mensagem apenas en
- 64 -
furecerá os que a ela se opõem. O clero empregará
esforços quase sobre-humanos para excluir a 'luz,
receoso de que ilumine seus rebanhos. Por todos os
meios ao seu alcance esforçar-se-á por evitar todo
estudo destes assuntos vitai& A igreja apelará para
o braço forte do poder civil, e nesta obra unir-se-
ão romanistas e protestantes. Ao tornar-se o movi-
mento em prol da imposição do domingo mais audaz e
decidido, invocar-se-á a 'lei contra os observadores
dos mandamentos. Serão ameaçados com multas e prisão,
e a alguns se oferecerão posiçÕes de influência e
outras recompensas e vantagens, como engodo para re
nunciarem a sua fé. ( . .. ) . -
Os que honram o sábado bí-
blico serão denunciados como inimigos da lei e da
ordem, como que a derribar as restriçÕes morais da
sociedade, causando anarquia e corrupção, e atrain-
do os juízos de Deus sobre a Terra. Dealara'I'-'.se-á
q~e seus conscienciosas escrúpulos são teimosia,obs
tinação e desdém à autoridade. Serão acusados de
deslealdade para com o governo. Ministros que negam
a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito
o dever de prestar obediência às autoridades civis,
como ordenadas de Deus. Nas assembléias Zegis.7:,ati-
vas e tribunais de justiça, os observadores dos man
damentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á iin
falso colorido às suas palavras; a pior interpreta-
ção será dada aos seus intúitos. (11)
A história do
passado é um espelho para o futuro. Se quisermos ter
una idéia de como será a crise vindoura, deveremos re
volver as páginas da história. Ali veremos as atroei=
dades que foram cometidas em nome de Deus ~ e de Seu
Cristo. Entretanto não precisamos temer o futuro. Ape
sar das sombrias perspectivas, há gloriosas esperança
ças. O Senhor não desamparará os Seus fiéis. (12)
b) Oposição interna.
A oposição externa não será
nnle, mas a interna será muito mais dura! Ruim é ser
incompreendido pelos inimigos, porém muito pior, pe-
- 65 -
los amigos! Como a grande maioria da Igreja, atualmen
te, está apostatada; como o testemunho da Testemunha
V-erdadeira é um.a reprovação aos seus erros (Ap. 3: 15-
17), tudo isso, a exemplo dos de fora, excitará os
ânimos e despertará a ira desses infiéis. "Alguns", in
forma-nos a inspiração, "não suportarão ess.e claro
testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará um.a sacudi-
dura entre os filhos de Deus". (13)
( . •• ) . E por aque-
le tempo a classe de superficiais, conservadores,
cuja influência tem retardado decididamente o pro-
gresso da obra, renunciará à fé e tomará sua posi-
ção com os francos inimigos dela, para os quais 'ha-
via muito tendiam suas simpatias. Esses apóstatas
hão de manifestar então a mais acerba inimizade,fa
zendo tudo quanto estiver ao seu alcance para oprl=
mir e fazer mal a seus antigos irmãos e excitar in-
dignação contra eles. Esse tempo se acha justamente
diante de nós. (14)
( ... ). Homens de talentos e ma-
neiras agradáveis, que se 'haviam já regozijado na
verdade, empregam sua capacidade em enganar e trans
viar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus
antigos irmãos. Quando os observadores do sábado fo
rem levados perante os tribunais para responder por
sua fé, estes apóstatas serão os mais ativos agen-
tes de Satanás para representá-los falsamente e os
acusar e, por meio de falsos boatos e insinuaçÕes,
incitar os governantes contra eles. (15)
Agora é nos
so terrrpo de perigo. Nossa Única segurança está em
Cristo, e levar o Seu jugo. Tempos de tribulação es
tão diante de nós. &n muitos casos, nossos amigos
dos rejeitarão. Sem causa, homens se tornarão nos-
sos inimigos. Os motivos do povo de Deus serão mal
interpretados, não somente pelo mundo, mas por seus
próprios irmãos. Os servos do Senhor serão coloca-
dos em situações difíceis. Será criada uma tempes-
tade num copo de água para justificar a atitude ego
{sta e a injustiça dos homens. (16) -
É quase inacre-
- 66 -
ditável o que se lê no Espírito de Profecia sobre es-
ses dias sombrios que aguardam os fiéis filhos de Deus.
O:>mo ASD, detentores da verdade, temos recebido uma
carga maravilhosa de provas escriturísticas de que e~
ta é a Igreja Verdadeira - e esta é a verdade, quer os
mmens creiam, quer não - cumpridora das profecias
bíblicas, preenchedora das características da Última
fase da Igreja Cristã, etc., etc., formando, assim, um
a:>nceito enraizado e, às vezes, idêias errôneas. Ora,
por vezes pensamos: - Se esta é a Igreja Verdadeira,
seus membros constituem o Povo de Deus e por isso es-
tão TODOS ao abrigo da ira divina, sendo, portanto, im
possível que sofram qualquer castigo ou rejeição. -
Quan-
do se lê ou se ouve que a Igreja fará isto ou aqui lo;
receberá esta ou aquela bênção, nossos pensamentos ro
dopiam em torno de sua totalidade, incluindo TODOS os
seus dirigentes e TODOS os seus membros. Mas não será
assim! .As promessas só serão válidas para os fiéis, co
mo às ameaças só se aplicam aos infiéis. Os ASD pos=
suem a verdade, mas nem todos vivem a verdade. Aliás,
a grande maioria!
Un dos textos mais tristes do Espí-
rito de Profecia está transcrito logo abaixo. Com pa-
lavras duras e lancinantes ele expõe a realidade fu-
tura da Igreja e, sobre tudo, de sua cúpula. Há muitos
outros que nos falam dos horrores iminentes, porém
transcreveremos este e mais dois. Un continua matra-
cando contra os "homens grandes" da Igreja e o outro
investe contra todos os letárgicos e mornos.
Vemos ai
(Ez. 9: 6) que a igreja -
santuário do Senhor - foi
a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os an-
ciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que ha
viam ocupado o lugar de depositários dos interesses
espirituais do povo, haviam traído o seu depósito.
Colocaram-se no ponto de vista de que não precisa-
mos esperar milagres e as assinaladas manifestações
do poder de Deus, como nos dias da antiguidade. Os
tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a
- 67 -
incredulidade, e dizem: O Senfior não fará bem e nem
mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu po-
vo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de hq_
mens que nunca mais erguerão a voz como tro_mbeta Pª:
ra mostrar ao povo de Deus suas transgressoes, e a
casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que
não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa
vingança de um Deus ofendido. Homens, virgens e cri-
anças, todos perecerão juntos. ..
( ... ). Os que, em Sião,
se acham à vontade, clamam: "Paz e segurança!" en-
quanto o Céu declara que está para vir sobre os tran!!_
gressores rápida destruição. (J.?)
Na última, solene
obra, poucos grandes Yiomens se empenharão. São pre-
sumidos, independentes de Deus, e Ele não os pode
usar. (18)
Defensores da obediência e ensinados a es-
sa prática, tanto pela Escritura como pela organização
adventista, nós, liderados e líderes, nos acostumamos
a uma obediência irrestrita a Deus (?) e aos homens.
Esta Última, por vezes se torna servil e perigosa. Ca-
brestamos de cabresto curto, sem nos preocuparmos se o
rumo que estamos seguindo é o certo ou não. Fulano fa-
lou, aceitamos sem titubear. Isto por vezes é bom, mas
por vezes é mau. Se o Fulano está certo, nós estamos
seguros. Mas se ele estiver errado?
Oh! não estamos ad-
vogando rebeldia e muito menos ruins desconfianças! Mas,
pelo pouco que conhecemos da escatologia (e isso os lei
tores já se deram conta até aqui!) sabemos que preci=
samos de uma certa "margem de segurança" em nossa obe-
diência aos nossos líderes. Eles são humanos e falí-
veis e nós não estamos muito seguros, entregues exclu
sivamente à sua guia. O que deveríamos fazer então? Efil
primeiro lugar, conhecer bem a Palavra de Deus, espe-
cialmente a parte que se refere à escatologia. Em se-
gundo lugar, aferir todos as decisões, nossas e dos
IX>ssos líderes, por esse conhecimento. Quão importante
é que esse conhecimento seja bem alicerçado a fim de
- 68 -
nao nos enganarmos a nós mesmos!
CS qu.e se esforçam por
obedecer a todos os mandamentos de Deus defrontarão
oposição e escárnio. Apenas em Deus ser-lhes-á pos-
sível subsistir. A fim de suportarem a prova que
diante deles está, devem compreender a vontade de
Deus como se acha revelada em Sua Palavra; poderão
h:Jnrá-Lo, unicamente tendo uma concepção correta de
Seu caráter, governo e propósitos, e agindo de acor
do com estes. Pessoa alguma, a não ser os qu.e fo~
taleceram o espírito com as verdades da Escritura,
poderá resistir no último grande conflito. A toda
al.ma virá a inquiridora prova. Obedecerei a Deus de
preferência aos homens? A hora decisiva está mesmo
agora às portas. Estão nossos pés firmados na rocha
da imutável Palavra divina? Estamos preparados para
permanecer firmes em defesa dos mandamentos de Deus
e da fé de Jesus? (19)
1. I TSM - 61-62.
2. se - 42.
3. se - 49.
4. II ME - 380.
5. Ge - 614.
6. III TSM - 254-255.
7. VE - 176.
8. Ge - 612.
9. se - 43.
10. se - 42 e 98.
11. Ge - 613 e 596.
12. III TSM - 285.
13. I TSM - 60.
14. II TSM - 164.
15. Ge - 614.
16. MM83 - 171.
17. II TSM - 65,66,75.
18. se - 49.
19. Ge 599-600.
- 69 -
CAPÍTUI.D VII
+
111H - passado, presente e futuro. Na verdade só exis
11•111 duas seções: a) do presente para o passado; b) do
l'll'HL•nte para o futuro. Na seção "a", p
11 1•.raça impera absoluta, sem nenhtuna
i 1111• r ferência das obras. Para obter p f
" p1• rdão dos pecados já cometidos, a b
111111 podemos fazer absolutamente NADA.
N1111 hii dinheiro que os pague e nem·
- 75 -
obras que os redimam. "Sola Gracia". Já na seção "b"
as coisas mudam de figura. A vontade do homem é sobe-
rana e Deus não interfere nela. Além disso, o que o
h>mem pode fazer, Deus não o faz. Mas como o homem é
incapaz de realizar qualquer bem - "sem Mim NADA po-
deis fazer". (João 15 :5) - ele precisa de auxílio di
vino para executar suas obras, o que o impede de se
exaltar. O homem QUER, a Graça atua e as boas obras
aparecem. Nesta ânsia de vencer ele luta ~ luta com
todas as veras de sua alma. Luta com Deus em oração,
luta contra o pecado; luta contra a tentação; luta
contra as tendências herdadas e cultivadas.
Vi que
alguns não participavam dessa obra de súplica ago_-
niante. Pareciam indiferentes e descuidosos. Nao
resistiam à treva que os rodeava, e ela os envolvia
qual densa nuvem. Os anjos de Deus deixaram-nos, e
os vi apressarem-se em auxílio dos que lutavam com
todas as energias para resistir aos anjos maus, pro
curando ajudar-se a si mesmos invocando perseveran=
temente a Deus. (4)
A classe que não se entristece
por seu próprio declínio espiritual, nem chora so-
bre os pecados dos outros, será deixada sem o selo
de Deus. (5)
3. Separar-se do mundo.
Em sua oraçao sacerdotal,
o Senhor orara: "Não peço que os tires do mundo; e,
sim, que os livres do mal". (João 17: 15) Estar no
mundo e não fazer parte do mundo é uma das grandes vir
tudes cristãs. É ser como o lírio que nasce em meio
ao lodo, se nutre de lodo, mas não se contamina com o
lodo.
Aque Zes que se ligam ao mundo por laços de simpq_
tia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certa
mente serão destruídos com os que obram iniquidade-:
(6)
( ..• ). Unindo-se ao mundo e participando de seu
espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mes-
- 76 -
ma Zu,z; e, em vindo a prova, estão prontos a esco-
Zhero o lado fáci Z, popuZaro. (?)
A Sacudidura e o fu-
turo da Igreja estão intimamente ligados. Por isso a
lgreja deveria conhecer muito bem esse assunto. Deus
nos forneceu todos os dados necessários a fim de não
sermos iludidos. SÓ serão iludidos os que negligenci-
arem o estudo da Revelação e por isso não terão des-
culpas.
Não conhecendo o plano divino, corremos o pe-
rigo de nos unirmos com os rebeldes, pensando que es-
tamos do lado da verdade. A advertência é:
Conquanto
devamos amaro as almas poro quem Cristo morreu, não
nos devemos corrrprometero com o mal. Não nos podemos
uniro aos rebeldes e chamaro a isto caridade. Deus
r-equer de Seu povo nesta fase do mundo que pennane-
ça finne pelo diroeito tanto quanto João, em oposi-
cão aos erros que aroru{nam a alma. (8)
Já o Discípu-
lo Amado, dois mil anos atrás, dera esta fulminante
ordem: "Se alguém vem ter convosco e não traz esta
lk>Utrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as bo
as-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas
1az-se cúmplice das suas obras más". (II Jo. 10).
Por
t 1•rmos tão maravilhosas informações, com abundantes
cll'l a lhes, não precisamos temer o futuro. Ellen G. White,
clc•pois de uma vida dedicada inteiramente ao serviço
cio Senhor, aos 88 anos de idade, já à beira da sepul-
111 rn, em 1915, registrou a sua confiança na direção
cl i vi na, nas seguintes palavras:
Ao recapitular a nossa
lti :: /,Ór>ia passada, havendo revisado cada passo de
1•1•.iur•esso até ao nosso nive Z atual, posso dizer: Lou
,,,,,/,, seja Deus! Ao ver o que Deus tem obrado, encho-::
"''· ''" admiração e de confiança na liderança de Cris
/, 1 • Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos
,111•' '!nqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem
11111 rTt!o, e os ensinos que nos ministrou no passado.
(:1) - 77 -
1. GC - 599-601.
2. GC - 604.
3. TM - 112.
4. I TSM - 60.
5. II TSM - 65.
6. II TSM - 67.
7. GC - 614.
8. AA - 555.
9. III TSM - 443.
CAP!TULO VIII
REFORMAS E REFORMISTAS
REFORMAS E REFORMISTAS
- 81 -
tos ao público. Entre o agradáve 1 e o necessário, po-
de haver uma grande distância e por vezes precisamos
preferir o necessário ao agradável. As mensagens de
reprovação visam sempre o bem, nunca o maL Ao que pa-
rece, depois de 1905, as mensagens de reprovação fo-
ram diminuindo em frequência e intensidade, até desa-
parecerem por completo. E por quê? Será que a condi-
ção da Igreja melhorou? Deixaremos a resposta aos es-
píritos mais lúcidos e partiremos em demanda de ·tnn ou
tro pensamento - o Espírito de Profecia prevê tnna Re
forma na Igreja?
- 83 -
A prodigalidade de Ellen G. White neste assunto não
permite que ninguém fique em dúvida a menos que o des~
je ardentemente. Não entraremos nesta minúcia aqui,
porque ela se confunde com a Sacudidura e dela já tra-
tamos longamente. O que ficou dito sobre a Sacudidura
seria também dito sobre a Reforma, pois ambos os ter-
DDS encerram em sua conotação o mesmo aspecto da ques-
tão. Reformado ou Sacudido quer dizer a mesma coisa.
Os 11 Reformistas 11 pretendem
ser essa Reforma
É aqui que as coi-
sas se complicam - e elas não acontecem por acaso!
Há t.Dna trama muito bem urdida em tudo isso! Saber-se
que há t.Dna Reforma profetizada e que ela está no futu-
ro, tudo bem! Mas se houver alguém pretendendo ser o
cumprimento da predição profética, então as coisas mu
dam de figura! Pois há a possibilidade de os preten-
dentes serem ou verdadeiros ou falsos. E o nosso rela-
cionamento com eles depende muito da verdadeira posi-
ção deles. Em outras palavras: se a pretenção deles
for correta, devemos aceitá-la, mas se for incorreta,
rejeitá-la.
SÓ pretender não basta! (15) Quando se pre-
tende ser algt.Dna coisa há necessidade de se provar es-
sa pretenção, mormente quando se leva em conta que o
Espírito de Profecia também prevê o surgimento de fal-
sas reformas.
Deus tem um povo em qu.e todo o Céu se
acha interessado, e eles são o único objeto da Terra,
precioso ao coração de Deus. Que todos os qu.e lerem
estas palavras lhes dêm toda a consideração; pois em
nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma
Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de
nós, tendo a preocupação de proclamar uma men~agem
qu.e declare qu.e o povo de Deus pertence ao numero
dos de Babilônia, e qu.e pretenda qu.e o alto clamor
é um chamado para sair dela, podereis saber que esse
tal não é portador da mensagem da verdade. Não o re-
cebais, não lhe desejeis bom eXito; pois Deus nao
- 84 -
falou por e Ze, nem lhe confiou uma mensagem mas ele
correu antes de ser enviado. A mensagem contida no
folheto intitulado O ALTO CLAMOR, é um engano. Seme
lhantes mensagens hão de apresentar-se e delas serã
declarado serem enviadas de Deus, mas tal declara-
ção será falsa; pois não estão cheias de luz, mas
de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o
povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em
acusar o povo de Deus, e estas mensagens serão proo-
e Zamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu po-
oo: "Levanta-te, resplandece, por que já vem a tua
luz e a gloria do Senhor vai nascendo sobre ti. Por
rrue eis que as trevas cobriram a Terra e a escuri'-::
dão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo e
a Sua glória se verá sobre ti."
Ver-se-á que estes
crue proclamam mensagens falsas não terão um alto
nenso de honra e integridade. Enganarão o povo e po
r•ão de mistura com o erro os TESTEMUNHOS da irmã
White, servindo-se de seu nome para dar influência
r·r sua obra. Escolhem dos TESTEMUNHOS certos trechos
crue acham que podem ser torcidos de modo a apoiar
:rua atitude e põe-nos numa moldura de falsidade, pa
r•a que o seu erro tenha peso e seja aceito pelo po-::
"º· Dão falsa interpretação e ap Zicam mal o que
/Jeus deu à igreja para advertir, aconselhar, repro-
tlar•, confortar e animar os que constituirão o povo
r•emanescente de Deus. (16)
- -.
Este nao e o unico texto
do Espírito de Profecia·, mas cremos que seja o mais
1· l 11ro e o suficiente para provar que estão pr.evistas
l111Has reformas. É claro que os "Reformistas" não
ITPl'm que isto se aplique a eles. Há porém uma verda-
ol1• muito clara - a incredulidade dos homens não mo-
o! 1 l"i ca a realidade da vida e nem o plano divino.
Se os
"lh· lormistas" fossem realmente a Reforma Verdadeira,
il1•vl'riam, então, preencher as condições especificadas
1111 lkve lação. E o fazem? É isso que veremos mais tar-
•h• I Antes, porém, para elucidarmos melhor a questão,
- 85 -
vejamos as suas premissas e as analisemos uma por uma.
Pedimos ao leitor que preste atenção às fontes cita-
das. Nem sempre elas estarão explícitas. Às vezes es-
tarão apenas implícitas.
- 88 -
N - A separação ocoY'Y'ida em 1914-1918 foi par-
cial. Os fiéis não ficaram totalmente purifi
cados. No futuro ocorrerá outra separa<,rlo que
será definitiva. (38)
- 99 -
- Bom dia irmão .Amândio, diz o Sady alegremente.
- Boom diia - responde o Amândio, de cara fecha
da e cabeça baixa. -
- Que é isso, irmão, interroga o Sady, desconce!.
tado pelas circunstâncias.
- Aqueles cachorros, sem vergonha, me fizeram de
palhaço! Esperei-os até agora no escritório da .Advo-
gada e não apareceram!
Calma, irmão, calma!
Calma nada. Eles merecem •••
Mas irmão Amândio, hoje é sábado e o senhor nes
se estado, tratando de negócios, tão irado!
- Ah! Nem me lembrava! Eles estão me deixando
meio maluco. O Senhor me livrou de pecar .•.
A conversa
rontinuou. O irmão nô-la contou toda. Mas os detalhes
já nos fugiram e mesmo não nos interessam agora. Des-
necessário se faz dizer que o .Amândio foi destituído
da direção do grupo e que este fechou "para balanço".
E o resultado do balanço foi a prova, entre outras,
de que a IASD-MR não é o resultado da verdadeira Sa-
cudidura. E tem mais!
Há outra história triste. Mais
triste que as histórias do povo adventista. Porque,
que haja histórias feias entre os não-sacudidos (ou
rejeitados pela Sacudidura, como querem eles), tudo
bem! Não é o melhor, mas é compreensível. Mas que hn
ja histórias iguais ou piores que as nossas entre ON
"reformados", é inadmissível! Se fossem realmente oH
reformados, isso seria impossível. Vejamos a outra
história.
Em 11.01. 67 o irmão Almir .Azevedo comprou dL•
Alfonsas Balbachas, por um elevado preço, um livro eH
crito por um dos líderes do MR - D. Nicolici, "respo7i
sável pela Conferência Geral". Esse livro é mais gual:
dado por eles do que os segredos de guerra da URSS-.-
Ele tem o pomposo título - DIE HAND GITTTES IN SEINEM
WERK UND IN DER FUHRUNG SEINES VOLKES - que traduzi-
do quer dizer - A MÃO DE DEUS SOBRE SUA OBRA E Sli:tl
POVO. mas é mais conhecido pelo título - O LIVRO Dll
- 100 -
l'Jo:CADO. Dele extrairemos, sem comentários, alguns pa-
r (1grafos que darão, aos sinceros, uma visão do que se
p1111sou (e ainda se passa) nos arraiais reformistas.
É
11 • ·r>dade que entre nós tínhamos iY'J7lãos que não eram
,•,1mo pareciam. Muitos deles se portavam como trai-
,/,1r-es. Tinhamas entre nós muitos que se portavam co
,,,,, Balaão e agiam como Judas. Os nomes destes sáõ
/1,1,ie dos que fazem as mesmas coisas (sic). Também
/(1Jcmos entre nós os que se revelaram como Tobias,
, 01111 lequi tas e amoni tas, os quais se opunham à refor
11111 de Neemias. Além disso tinhamas elementos revo:::
l 1wionários que experimentavam reunir e transviar o
,,, 1:::;0 povo por meio de elogios. Quanto tempo, di-
11/i, •iro e oportunidade perdíamos e ainda a paz e a
1111(([0 do povo de Deus! (Que tentação de dar uma co-
1111•ntadinha!). p. 5
Fin todas as uniões e campos come-
1.'• ll'<rm (0.Welp e Maas) com sua habilidade e procura-
"•tlll lrazer desunião e engano. p. 22
O Senhor pemzi-
1i11 isto porque na verdade não seguíamos a luz.p. 26
Nymnym Wegen, 20 de fevereiro de 1940.
c,iueridos irmãos no Senhor •
.·:,(/.mos 121 por saudação.
/',a•ticipo-vos novamente que os nove mil marcos os
·/ll ti:: faz anos vos dei como hipoteca de vosso
1 lar
111innionário não devem ser pagos a nenhuma outra pes
,,, '" i:enão a mim, visto que diante de Deus e diante
. /,, i ur•eja e diante do juízo, levo esta responsábi-
1i. lu.Je. De mil novecentos e trinta e seis a mil no-
,,,·,·· ·ntos e trinta e sete a Conferência Geral está
/,·;1ji·1:ta, os iY'J7lãos não têm mais nenhuma autoridade
. · 111111 fizeram mais nenhum crente por meio da Confe-
11 ·11. •io Geral. O irmão Maas (Presidente da CG) caiu
· lo1 ,,, ·r•dade e da justiça e não tem nenhum direito
./,· 1•.w:ber este dinheiro. Ele tornou-se um mentira-
"" " 1 ·nganador ... Eu vos peço agora, queridos irmãos,
I "• · 11r[o deem mais apoio ao iY'171ão Maas. Todos vós
,,, J.1111 (sic) encomendados ao Senhor.
- 101 -
dauaaeoes fraternais.
Vosso irmão no Senhor e ancião da reforma de
mil novecentos e quatorze.
Assinado O. WeZp "Holanda". p. 27
Quando soubemos da queda do irmão Maas sugeri na
reunião da comissão, por o irmão MuUer, por enquan
to, como presidente. Eles concordaram em que ele
fosse presidente até a próxima reunião da comissão.
Também os americanos final.mente concordaram. Pensa-
mos agora que as dificuldades tinham desaparecido e
que estes irmãos trariam tudo em ordem.· A despeito
de tudo porém eles não abandonaram seus pontos de
vista. Isto foi revelado mais tarde quando eles se
mistUParam na união da Austrália ProcUPei fazer com
que não se mistUPassem nos afazeres da união da Aus
tráZia e que não tivessem nenhuma cor~spondênciã
com os membros dali e que também não lhes enviassem
nenhuma ZiteratUPa. Eles tinham alguns pontos de
vista falsos que permanecem até hoje.
1. Na reforma da saúde e concernente ao vestuário.
Eles falsificavam os testemunhos para desculpa!'
as saias cUPtas. ·
2. O ensino do assinalamento. Escreveram que eu nao
mais escrevesse sobre esse assunto, porque na
América havia outra visão sobre isto. Eles não
crêem que os mortos terão parte no assinalamento.
3. Eles experimentaram mudar os fundamentos de nos-
sa fé; também com respeito ao Apoc. dezoito, di-
zem que essa mensagem é para o futuro.
4. Eles recebiam novos membros e afirmavam que at<'
hoje mesmo depois de ·dez anos, ainda comiam ca~
ne. Não falamos de outras coisas nas quais nao
seguiam a Zuz. Eu e:x:perimentei avisá-los de qul!
eles não tinham dvreito de mudar os fundamento11
da Conferência Geral. Essa questão pertence ,;
Conferência Geral.
5. Final.mente eles tem a idéia de que os divorcia-
dos inocentes podem casar novamente. p.2?
Ele (wr
tal de "irmã.o WiUum") trou:x:e seu pessoal. consi .
. 102 -
!1º para nos matar e tirar de nossa posição cen-
rr>a l. Somente a poUcia nos pode livrar à meia
noite deste perigo. Para o irmão Welp, Dorsche-
leY', contudo, era bom irmão, mesmo para o irmão
Muller. p. 2 9
O irmão Muller (Presidente da Confe-
r•cincia Geral) tem um ódio produndo contra todos
o:: que se levantam contra os seus métodos de ad-
11d nistração. ( ... ). Ele nunca fez uma declaração.
negundo a Biblia. ( ..• ). Por meio de minha pró-
1n•ia experiência afirmo e posso provar por vá-
r•fos documentos e relatórios, que o irmão Muller
/,em uma l{ngua suja e bem o sabe. p. 34
Os irmãos
/Jorsche ler e We lp tinham espalhado um informe fal
::o sobre mim nos Estados Unidos. Seu ódio contra
nós é sem fim. Isto se deduz em toda a sua cor-
r•cspondência. p. 26
O irmão Kissener ... durante a
uuerra abandonou sua mulher e se uniu a uma jo-
ocm. p. 44 (69)
Basta! Basta! Recém estamos na pá-
~i na 44 e o livro tem 77 páginas. Se continuarmos
11t•st a marcha, copiaremos um livro inteiro. Pensamos,
111 entanto, que o que já foi transcrito é o sufi-
1·i ente para mostrar que os "Reformistas" não podem
ru•r a verdadeira reforma. Alegarão alguns que Nico
lici é um renegado e portanto, não serve de prova-:-
::l' ele for um renegado, deve haver outros... E a
VI' rdadeira reforma NÃO PODE ter nem sequer um, pois
,; o resultado da Sacudidura, a Última a ser feita
11:1 terra.
Antes de deixarmos de lado essa divergên-
1·i a teológica, analisemos uma pergunta que poderá
interessar a muita gente - Quem é o Anjo de Ap. 18?
1. PE - 107-108 4. 2 T - 440-445.
'l.. VE - 157. 5. se - 38.
·1. I TSM - 40. I TSM - 327-329.
- 103 -
7. I TSM - 329. 39. PPVF:... 17.
8. TM- 277. 40. II TSM - 64-65.
9. se - 41. 41. PPVF - 52.
10. PJ 315-316. Ac.- 40.
11. III TSM - 251. 42. PPVF - 25.
12. III TSM - 254. Ac.- 40-41.
13. se - 41-42. 43. OA - 1-32.
14. TM- 443. 44. PE - 58.
15. MDe - 124. 45. OA - 2.
16. 'IM- 41-42. 46. II TSM - 70-71.
17. Ac.- 1-100. 47. TM- 42.
18. Ac.- 45. II TSM - 357.
19. Ac.- 27-30. 48. II TSM - 363.
20. Ge - 614. 49. MIR - 191.
21. Ac.- 44-45. 50. PPVF - 17.
22. Ge - 610-611. 51. Ac.- 40.
23. PPVF - 6-9. 52. Ac.- 74.
24. Ac.- 45. 53. PPVF - 52,50,51.
25. PPVF - 42. 54. OA - 1.
26. PPVF - 17. 55. OA - 5.
27. PPVF - 52. 56. Ac.- 74.
Ac.- 40. 57. PPVF - 30.
28. PPVF - 14. 58. PPVF - 42.
Ac.- 40. 59. OPE - 15.
29. PPVF - 17. 60. II ME - 380.
30. PPVF - 26-27. 61. III TSM - 254-255.
31. Ac.- 45. 62. TV - 5.
32. I T - 185-186. 63. PPVF - 14.
33. II TSM - 321-322. 64. Ac.- 5 7.
34. 5 T - 82-83. 65. GC - 614.
35. III TSM - 254. 66. III TSM - 333.
36. III TSM - 33. 67. Ac.- 45.
37. PJ - 123. 68. 7 Be - 976.
TM- 234. 69 MDODP - 5ss.
38. Ac.- 74.
PPVF - 42.
- 104 -
CAPÍTULO IX
Quando ten-
l 11111118 isolar um assunto bíblico por causa das contro-
w rn ias do mesmo ou por causa de sua complexidade, aca
1111111118 isolando outro e outro mais até isolarmos a sr=·
lol i 11 toda. Eis o segredo do silêncio sepulcral que
li11iK:1 sobre a teologia cristã em grande número de de-
mm i nações modernas .
AD tratar-se da Sacudidura, é im-
1111111 Í vc levitar a abordagem do assunto: O Anjo de Ap.
1111 l•:mbora a Bíblia não use a expressão - Alto Cla-
11•11 - o Espírito de Profecia o faz com muita frequên
d 11 1• e la é pinçada dali. -
Há outra denominação para o
r111111111Lo - Chuva Serôdia. Esta sim, encontrâmo-la nas
1•:111..-iluras. E dela já nos ocupamos no início desta o-
li111. Ali o fizemos de maneira distinta como faremos
- 10.D -
7. I TSM - 329. 39. PPVF:... 17.
8. TM - 277. 40. II TSM - 64-65.
9. se - 41. 41. PPVF - 52.
10. PJ 315-316. Ac.- 40.
11. III TSM - 251. 42. PPVF - 25.
12. III TSM - 254. Ac.- 40-41.
13. se - 41-42. 43. OA - 1-32.
14. TM - 443. 44. PE - 58.
15. MDe - 124. 45. OA - 2.
16. 'lM- 41-42. 46. II TSM - 70-71.
17. Ac.- 1-100. 47. TM - 42.
18. Ac.- 45. II TSM - 357.
19. Ac.- 27-30. 48. II TSM - 363.
20. Ge - 614. 49. MIR - 191.
21. Ac.- 44-45. 50. PPVF - 17.
22. Ge - 610-611. 51. Ac.- 40.
23. PPVF - 6-9. 52. Ac.- 74.
24. Ac.- 45. 53. PPVF - 52,50,51.
25. PPVF - 42. 54. OA - 1.
26. PPVF - 17. 55. OA - 5.
27. PPVF - 52. 56. Ac.- 74.
Ac.- 40. 57. PPVF - 30.
28. PPVF - 14. 58. PPVF - 42.
Ac.- 40. 59. OPE - 15.
29. PPVF - 17. 60. II ME - 380.
30. PPVF - 26-27. 61. III TSM - 254-255.
31. Ac.- 45. 62. TV - 5.
32. I T - 185-186. 63. PPVF - 14.
33. II TSM - 321-322. 64. Ac.- 5 7.
34. 5 T - 82-83. 65. Ge - 614.
35. III TSM - 254. 66. III TSM - 333.
36. III TSM - 33. 67. Ac.- 45.
37. PJ - 123. 68. 7 Be - 976.
TM - 234. 69 MDODP - 5ss.
38. Ac.- 74.
PPVF - 42.
- 104 -
CAPÍTUID IX
Um Movimento Separatista
Já dissemos acima que esta teoria é defendida pe-
lo Movimento de Reforma. Eles o denominam de "o quarto
anjo".
A teoria em si não é de todo errada e a denomi-
nação não é completamente errônea. O problema reside
na conotação que se dá à denominação e à cronologia
que se aplica a esse movimento. O leitor deve ter nota
do que esta é uma tecla rebatida (batida muitas vezes)
IDS capítulos anteriores.
Vejamos um teixto da literatu-
ra "Reformista" para comprovar o que dissemos nos pa-
rágrafos acima.
,Ao tornar o quarto anjo a apresentar a
- 106 -
111.·nnagem da "Justica de Cristo", que "é a própria
1111·rwagem do terceiro anjo" (COR:64) e que desdobra
, • 1•onse lho da Testemunha Verdadeira a Laodicéia, a
1111rloria rejeita o conselho e somente a minoria o a-
, ., · /ta. (1 )
O texto é claro, embora não seja totalmeE_
l1· l'ompleto para provar todo o pensamento anteriormen
11· l'Xpresso. Os capítulos precedentes já o fizeram. -
Que
11 Movimento simbolizado pelo Anjo de Apocalípse 18vai
O Espirito Santo
Para muitos adventistas, o Anjo de Apoc.18 é apenas
111111 denominação simbólica do Espírito Santo que sera
d1· 1-rmnado sobre a Igreja na Chuva Serôdia.
Outra teoria
•111•· não pode ser conscienciosamente contestada. Há uma
1111 i nidade de textos do Espírito de Profecia e da BÍ-
lol i 11 que, se não provam cabalmente esse ponto de vista,
111• l11 menos dão muita força a ele. Isso poderá parecer
111111 usão, mas não é. Vê-lo-emos em breve! Antes, porém,
v1• i 11111os alguns textos que parecem provar que o Anjo de
i\11111-. 18 seja o Espírito Santo.
g com o mais intenso a-
'''·/,' que espero o tempo em que os acontecimentos do
.li,, de Pentecostes se repetirão com ainda maior po-
, /, · 1· rio que naquela ocasião. Diz João: "Vi descer do
,•,·11 11utro anjo, que tinha grande autoridade, e a ter
,.,, n,• iluminou com a sua giória". Então, como no tem
/ '• • , /o Pentecostes, o povo ouvirá a verdade a eles fa
/,,,/,1, cada um em sua própria Ungua. (2) -
Não tenho ne
- 107 -
nhum tempo especifico de que falar, no qual tenha
lugar o. der'Y'amamento do Espírito Santo quando o
poderoso anjo descer do Céu, e se unir com o tercei
ro anjo na conclusão da obra para este mundo; minha
mensagem é que nossa única segurança é estarmos pro!!:_
tos para o refrigério celeste, tendo nossas lâmpa-
das preparadas e ardendo. (3)
Muitos outros textos
poderiam ser transcritos, todos eles dando a impres-
são de que este Anjo seja o Espírito Santo. Os dois
acima, cremos nós, já chegam! Na conclusão deste capí
tulo tentaremos harmonizar essa aparente discrepância
de conceitos.
Conclusão
1. I ME - 175.
J, I ME - 174.
1. VE - 57-61.
- 115 -
CAPÍTULO XI
SELADOS
o o o o o ,
o o o o o1 o o o ,,,
' ' ' ' '
li li li li li li ' ' '
li li li li li li li
- 119 -
No desfecho desta controvérsia, toda a cristanda-
de estará divivida em duas grandes classes- os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus, e
os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu
sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu
poder a fim de obrigar "a todos, pequenos e grandes,
ricos e pobres, livres e servos", a receberem "o si-
rial da besta" (Ap.13:16), o povo de Deus, no entanto,
não o receberá. O profeta de Patmos contempla "os que
saíram vitoriosos da besta e da sua imagem, e do seu
sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao
mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam
o cântico de Moisés, ... e o cântico do Cordeiro. (Ap.
15:2 e 3). (?)
A Sacudidura produzirá dois resultados
irreversíveis: a) Muitos adventistas apostatarão e re
ceberão o sinal da Besta; b) Muitos não-advemtistas
ouvirão o Alto Clamor, se converterão e receberão o se
lo de Deus. Ora, todos os que recebem o selo de Deus
são chamados de 144.000.
- 120 -
1•111·1111! ra base para tal teoria? Lendo-se os comentari!.
1 1111 i nnãos, nota-se \.Dlla confusão quando apresentam en
p,l11h111l11mente os três temas - 144.000, Cântico Novo e
1:1 11111ll• Multidão. Tentemos provar o que acabamos de di:_
, ., 1 :
- ·121 -
que não se tratava daqueles que haviam ressuscitado
e que compunham a multidão incontável, mas duma ou-
tra multidão que, embora estivesse também diante do
trono, ele havia apenas ouvido e descrito o s"~-u nú-
mero que era 144.000. Esta multidão dos assinalados
e selados, o profeta ainda não havia contemplado.
Ele somente diz que ouvira o seu número, não tendo
visto. Eis a razão porque não pudera responder à
pergunta do ancião. Se a pergunta se referisse à
multidão dos ressuscitados, ele imediatamente sabe-
ria responder, pois isto lhe fora comunicado antes.
Mas o mesmo ancião respondeu à pergunta e o fez de
tal modo que não deixou dúvidas de que sua pergunta
havia aludido de fato aos 144.000 distintos ali tam
bém presentes e em um grupo em separado. (9)
Disse
tudo e não disse nada. Confessamos que não entendemos
nada. Por favor, releia o parágrafo acima que não é
nosso - é uma citação. Até parece uma traducão mal-
feita. Dissemos há poucos parágrafos atrás que há con
fusão quando se tenta esclarecer o assunto - 144.000
e Grande Multidão. NÓs faremos nossa confusão dentro
de poucas páginas à frente(!).
3. Os 144.000 serão os justos vivos por ocasião
da volta de Cristo. Quem a expôs foi o Pastor George
I. But·ler, Presidente da Associação Geral nos perío-
dos de 1871-1874 e 1880-1888. (10) Como se vê, esta
tese foi apresentada antes ·que a do Pastor Daniells.
NÓs a enumeramos por Último a fim de encaixar em nos-
sa sequência, pois segue-se uma importante pergunta •.
Ao
final das contas, quem são os 144.000? Para nós, eles
se distinguem por duas grandes características: a) São
os selados com o selo de Deus; b) Vêem da grande tri
bulação. Esta Última enfrenta uma grande barreira -
quem vem da grande tribulação, de acordo com Apoc. 7:
13 e 14, não são os 144.000 mas a Grande Multidão, a
menos que os dois nomes designem uma Única classe. Is-
so discutiremos daqui a pouco. Volvamos à primeira ca
racterística e a analizemos seguindo o método deduti::-
- 122 -
"", i 111 li é, partindo do conhecido para o desconhecido..
r. pllnto pacífico em nosso meio que o sábado seja
"111•111 dl' Deus, conforme Ez.20:12 e 20.Entretanto, há
11111 111·•1111•110 e importantíssimo detalhe a que poucos se
,i,. 1 11111 1·1111La - a diferença entre selo e selamento. Há
11111.i p111l1mda diferença no significado de ambos. Selo
,, " ::fMBOI.O de alguma coisa. Por exemplo: selo de cor
, ,. ' " ,; li símbolo de que pagamos a taxa correspondente
ACONTECIMENTOS CHAVES
ACONTECIMENTOS CHAVES
Agitação e Crise.
O Espírito de pr~
l1·1·i11 prevê um grande despertamento religioso, tanto
ol11 c-r i st ianismo verdadeiro como do apostatado. (1) Es
1 c•11 dt•spertamentos vão aglutinar o povo em torno das
l 11.rc•j as e reacender na mente popular o espírito sec-
! 111 i sl a, motivando-os às disputas doutrinárias. Nes-
111111 disputas, "a questão da obrigatoriedade da obser-
v.i111·ia do domingo" vai ser "amplamente agitada". (2)
l 11111 1'.ausará uma crise religiosa que envolverá o mun-
1111 i 11Leiro.
- 130 -
CAPÍTULO XIII
- 130 -
CAPÍTULO XIII
Grande
Multidão
Daí para a frente as
coisas começaram a clare-
ar. Começamos a testar as três teorias a ver qual de-
las preenchia todas as especificações do texto. Quais
são as especificações?
1. CONTEXTO - lugar onde está colocado o texto.
Já fizemos referência a isso há alguns instantes a-
trás. O capítulo sete de Apocalípse é um parêntese
entre o Sexto e o Sétimo Selos. As cenas ali descri-
tas devem se desenrolar nessa ocasião.
2. POR Quf FOI DADO O TEXTO? O capítulo seis fin-
da com uma mensagem de desespero e a Bíblia é uma men
sagem de fé e esperança. Os Ímpios perguntaram: "quem
é que pode suster-se?" E a resposta foi a mensagem do
capítulo sete. Esse capítulo é a resposta divina ao
desafio dos Ímpios.
3. FALTA de evidência de que os versos nove a de-
zessete tratem dos remi'.dos de outras épocas que hajam
ressucitado em algum momento.
4. RELAÇÃO entre o capítulo sete e o catorze, pri-
- 132 -
meira parte. A Grande Multidão do capítulo sete e os
cento e quarenta e quatro mil do capítulo catorze re-
cebem honras especiais no Reino de Deus.
5. A "IGNORÃNCIA" DE JOÃO. Ele não reconheceu os
"que se vestem de vestiduras brancas". E por quê? Se-
rá que João não conhecia os remidos? O problema resi-
dia em um ponto sensível: João não VIU os 144.000, e-
le OUVIU o nÚmero. (Ap. 7: 4) Agora ele VÊ uma Grande
Multidão, muito superior ao nÚmero que ele tinha ou-
vido e fica desconsertado, deixando ao Ancião a ingen
te tarefa de decifrar o enigma. É impressionante que
ele - o Ancião - não deu o nome do grupo, mas as ca
racterísticas, deixando ao estudante bíblico a doce
experiência da pesquisa. A Bíblia é mesmo assim!
Para
nós, 144.000 e Grande Multidão é a mesma coisa. Trata-
se de duas denominações para a mesma classe. Se acei-
L armos este ponto de vista, mesmo que a maioria não o
despo·se, teremos solucionado dois problemas teológi-
1·os e contribuiremos para a solução de um terceiro.
a) O impasse do V .14 - "são estes os que vêm dâ gran-
de tribulação". A pergunta foi: "estes que se vestem
de vestiduras brancas, quem são e de onde'vieram?" Quem
:il' veste de vestiduras brancas é a Grande Multidão e
11iio os 144.000 e quem vem da Grande Tribulação são os
1114 .000 e não a Grande Multidão, a menos que os dois
:11•j am uma só coisa. b) A aparente contradição do Es-
pÍ rito de Profecia. Ellen G. White faz uma verdadeira
1·11nfusão (aparente) quando trata do assunto. Às ve-
z1·s diz que só os 144.000 cantarão o "cântico novo".
( 1) Outras vezes diz que a Grande Multidão também
" I' anta. (2 )
Por quê essa aparente contradição? Por
q 111• apesar de ela não dizer claramente, usa os termos
1111 mesmo sentido. Portanto, não se contradiz e nem
1 ;1z confusão! c) Se (Desculpem-nos o condicional. Não
•' 1 alta de convicção. É porque não gostamos de ser im
l"initivos), se os 144.000 e a Grande Multidão são uma
111Í coisa, temos um argumento a mais para saber se o
111.1111l'ro é real ou simbÕlico. Com esse assunto nos ocup~
- 133 -
remos no capítulo seguinte. Antes porém, demos um mer-
gulho mais profundo neste redemoínho e vejamos se há
alguma luz em suas profundezas.
Uma leitura profunda-
mente superficial dos escritos da Sra. White, nos dei•
xa um tanto confuso. Às vezes ela diz que só os
144.000 cantarão o cântico de Moisés e do C.Ordeiro, e
às vezes ela diz que a Grande Multidão cantará também.
Se aceitarmos a tese de que ambas as denominações de-
signam um grupo só, a confusão estará desfeita. Porém
precisamos de calma e prudência a fim de não aceitar-
mos APENAS para desfazer uma confusão que pode ser i-
maginária e a tese aceita não corresponder à verdade.
Partamos do texto abaixo ...
No mar cristalino diante
do trono, naquele mm• como que-de vidro misturado
com fogo - tão resplendente é ele pela glória de
Deus - está reunida a multidão dos que "sa{ram vi-
toriosos da besta, e de sua imagem e do seu sinal,
e do número de seu nome". Ap. l5: 32. Com o Cordeiro,
sobre o monte Sião, "tendo as harpas de Deus'~ estão
os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos
dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas
águas, e de grande trovão, "wna voz de harpistas,
que tocavam com as suas harpas". E cantavam wn "cân
tico novo" diante do trono - cântico que ninguem
podia aprender senão os cento e quarenta e quatro
mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de li
vramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e
quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de
sua experiência - e nunca ninguém teve experiência
semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro pa-
ra onde quer que vai". "Estes, tendo sido traslada-
dos da Terra, dentre os vivos, são tidos como pri-
micias para Deus e para o Cordeiro". Apoc. 14: 1-5;
l5: 3. "Estes são os que vieram da grande tribula-
ção", Apoc. 7: l4; passaram pelo terrrpo de angústia
tal como nunca houve desde que houve nação; supor-
taram a aflição do tempo de angústia de Jacó; per-
maneceram sem intercessor durante o derramamento fi_
- 134 -
nal dos juízos de Deus. (3)
Há quem veja neste texto
duas classes em dois lugares diferentes. Mas ••• será?
Nesse caso teríamos a "multidão no mar cristalino" e
os "144.000 no monte de Sião". Podem os lugares ser
diferentes, mas os grupos de pessoas não. A ''tnultidão"
saiu vitoriosa "da besta, da sua imagem, do seu sinal
e do número do seu nome", e esses vitoriosos não são
outros que não os 144.000! Nessa época haverá somente
duas classes - os fiéis, selados com o selo de Deus e
os infiéis, selados com o sinal da Besta.
No desfecho
desta controvérsia, toda a cristandade estará divi-
dida em duas grandes classes - os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que ado-
ram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal. (4)
Mar de vidro e monte Sião é a mesma coisa. Lamen-
L aremosmui frequentemente não termos encontrado um
texto mais claro na Bíblia ou no Espírito de Profecia
para provarmos o que acabamos de afirmar, mas cremos
que o que se seguirá, será o suficiente.
João, ( ... ) o-
lhando através do fumo e ru{do da batalha, notou so
hre o monte Sião, unido ao Cordeiro, um grupo que-;
em vez do sinal da besta, "em suas testas tinham es
·~rito o nome ... de Seu Pai". Depois viu o número
dos que "saíram vitoriosos da besta, da sua imagem,
dn seu sinal, e do número do seu nome, que estavam
Junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.
/•.' cantaPam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o
,•ântic'- rlo Cordeiro". (5) Parece-nos não haver ne-
1·1·ssidade de coisa mais clara do que isso! Ant.es po-
, ,·.m, mais uma palavrinha. Não nos apaixonemos por es-
111·s pequenos detalhes que, apesar de importantes, nao
•1.111 OS MAIS importantes. Respeitemos os pontos de vis
- 135 -
1. 7 BC - 784.
2. GC - 653-654.·
TM - 432-433.
3. GC - 653-654.
4. GC - 451.
5. II TSM - 351.
CAPÍTULO XIV
144.000
144.000
- 138 -
da que modesta, aos estudiosos da mais palpitante ma-
téria teológica - a escatologia. E não é só! Deseja-
mos incitar a Igreja a um estudo mais profundo da Bí-
blia para tooar consciência de sua responsabilidade e
se aperceber do perigo que corre. Por favor, entenda-
nos sob este ângulo e tudo acabará bem!
Prc;)'Ssigarnos com
a discussão, sem_altercação. Os 144.000 virão somente
de Israel, ou de "todas as nações, tribos, povos e
línguas"? Sendo eles a mesma classe denominada de
Grande Multidão, a pergunta já está respondida. Con-
tudo, arrazoemos um pouco mais.
De acordo com a grande
cadeia profética de Daniel capítulos oito e novo, o
Israel natural ou carnal (I Cor. 10: 18 e Rrn. 9:8),
deixou de ser povo de Deus a partir do ano 34 de nos-
sa era. Israel significa "o vencedor" e todo aquele
que vence o pecado é um filho de Deus, membro da gran
de família celeste e o povo peculiar do Senhor. É nes
te conceito que Paulo se estriba ao afirmar: "PCll-rque
não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é cir-
cuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aque
le que o e interiormente e circuncisão a que é do co---::
ração ... E não pensemos que a palavra de Deus haja f~
lhado, porque nem todos os de Israel são de fato in-
raelitas". (Rrn. 2:28 e 29 e 9': 6).
Então quem são os
verdadeiros israelitas? Muito simples! O mesmo apósto
lo responde: "Sabei, pois, que os da fé é que são fi:-
lhos de Abraão. ( ... ). E, se sois de Cristo, também
soi:. descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a
promessa". (Gl.3:7 e 29).
Os textos pinçados do pensa-
llll'nto paulino, que também é o pensamento divino, nos
most raro claramente que há dois Israéis - o Carnal e
11 l•:spiritual. Se o carnal foi rej~eitado no ano 34, o
Apocalipse não pode estar tratando dele ao falar dos
.111•lados dos Últimos dias. Resta-nos saber agora, por
q111-; 12 mil de cada tribo?
Tudo ali é simbÓlico e essas
- 139 -
tribos traduzem tnll simbolismo especial e tnlla experiên
eia peculiar. Uma leitura .atenta de Apocalipse sete
nos convencerá de que nem todas as tribos de Israel
são ali mencionadas. Dã e Efraim ficaram de fora,en-
quanto que José e Levi foram incluídas. Havia em Isra
el catorze nomes e treze tribos - Rubem, Judá, Gad-:-
Aser, Naftali, Simeão, Issacar, Zebulom, Benjamim,Dã,
Levi, José, Manassés e Efraim. Os três Últimos nomes
representavam apenas tnlla tribo a qual fora dividida,
ficando, assim, em treze o total das tribos, mas como
a de Levi fora escolhida para o sacerdócio, geralmen-
te não era contada entre as demais. Daí essa alter-
nância que continuamente nos deparamos nas Relações
das tribos apresentadas na Bíblia. Sempre ficam de fo
ra da listagem dois nomes e tuna tribo. Mas há outra
razão para Dã e Efraim ficarem de fora na contagem dos
selados - Dã significa "Juízo" e representa aqueles
que vivem criticando os outros, julgando seus erros,
muitas vezes caluniando-os e levando-os à queda. '"'Dã
julgará o seu povo •.• será serpente junto ao caminho,
una víbora junto à vereda, que morde os talões do ca-
valo e faz cair o seu cavaleiro por detrás". (Gn. 49:
16 e 17). Efraim sighifica "Fecundidade Dupla" e re-
presenta aqueles que estão unidos à Igreja e ao mundo
ao' mesmo tempo e isto resultará em ruína eterna para
eles.~ •. ). Unindo-se ao mundo e participando de
seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a
mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a esco-
lher o lado fáci 1, popular". (3) "Efraim está entre-
gue aos Ídolos, deixai-o". Ele "se mistura com os po-
vos". (Os. 4:17 e 7:8)
Tudo é simbÕlico. Cada nome des
ses encerra dentro de si tnll simbolismo inimaginável;
cada filho de Jacó e cada tribo de Israel teve sua ex
periência própria que bem representa a experiencia
dos filhos de Deus nos Últimos dias. Fm tnll rasgo de
imaginação e em tnlla profundidade de raciocínio, pode-
ríamos, usando os nomes na ordem em que aparecem em
Apocalipse sete, montar tnlla frase que bem representa
o plano de Deus para Seus filhos desta hora apocalíp-
- 140 -
tica: LOlNOR (Judá) de UM FILHO (Rubem) e de UM GRUPO
DE FILHOS (Gad) redimidos e DITOSOS (Aser) que LUTAM
(Naftali) em oração para ESQUECIMENTO (Manassés) pró-
prio e do passado, tendo OlNIDO (Simeão) a Palavra de
Deus, ficando LIGADO (Levi) com Deus, como SERVO (Is-
sacar) para HABITAÇÃO (Zabulon) em Espírito, tendo A-
CRESCENTADO (José) júbilo e bênçãos especiais provin-
das do FILHO DA MÃO DIREITA (Benjamim) de Deus.
Cento
e quarenta e quatro mil é lll1l número realou simbólico?
1. ~~S 75.
2. I ME - 174.
3. GC - 614.
CAPÍTULO XV
- 142 -
pouco de trabalho e até mesmo danos e perdas.
Aprend.!
mos uma lição histórica! A doutrina que mais celeuma
gerou dentro da primitiva lgrej a Cristã foi a da pes-
soa de Cristo. Rios de tinta e toneladas de pape 1 fo-
ram gastas com ela. Discussões intermináveis foram
travadas ao seu redor. Resultado: é uma das doutri-
nas que tem resistido aos séculos e milénios sem mui-
ta alteração. O cristianismo apostatou de quase tudo,
mas a questão da pessoa de Cristo não oferece muitos
problemas mesmo na atualidade. Valeu a pena o esforço!
Esforcemo-nos também!
Ap. 9:4 já nos colocou em apuros!
Apresentávamos a matéria - Estudos Profundos de Da-
niel e Apocalípse - cuja finalidade era despertar o
interesse de nossos irmãos pelo estudo da Bíblia atra
vês de algo novo e impressionante. Apresentávamos a
matéria em uma de nossas igrejas e ao chegarmos ao ca
pítulo sete do Apocalípse, colocamos todo o nosso en:=-
tusiasmo e sabedoria para convencer nosso povo do pe-
rigo que nos aguarda, da necessidade de um preparo ca
bal para o se lamento que, apesar de estar no futuro-;
se aproxima a passos de gigante e poderá nos apanhar
desapercebidos. Tudo correu normal e maravilhosamente
bem! Os ouvintes eram arrebatados ante a 'eloquência
do assunto e a gravidade da situação. Não mui.tos dias
depois, chegamos à Quinta trombeta - e eis um fantas
ma a nos amedrontar, tentando-nos ao desânimo e suge:=-
rindo o abandono da jornada.
Insolúvel ficou o proble-
ma e como chegasse a hora da reunião seguinte, não ti
vemos outra alternativa a não ser dar um "drible" nos
owintes, explicando a parte histórica e "chutando" o
t.:aso a "escanteio", sem comentários e sem lamenta-
c;Ões. Qualquer "piada" poderia prejudicar o bom an-
damento das reuniões e neutralizar o objetivo das me~
mas.
Passada a "onda", nos volvemos aos comentaristas
disponíveis em nossa humilde biblioteca; consultamos
os alfarrábios existentes em nossos "dez-organizados"
- 143 -
arquivos, mas tudo em vão! C'.onsultamos amigos e cole-
gas e todos, tais corno os comentaristas, se chocavam
ao encontro da contradição futuro-passado ou se vali-
am das diversas fases do selamento.
A solução das di-
versas fases do selamento gera tm1 problema ainda mai-
0r do que o primeiro. Se estudarmos a Quinta Trombeta
veremos que ela trata do surgimento do islamismo. A
Arábia nessa época estava submergida em tm1 caos deses
perador. Surge então Maomé como "uma estrela caída do
céu à terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abis-
mo". (Ap.9:1). Os teólogos são praticamente unam.mes
em afirmar que a expressão "foi-lhe dada a chave", sig
nifica que o povo árabe deu a Maomé e a seus sucesso=
res a "autoridade par::t P-xercer o seu poder ntml caos".
(1) Há, na profecia quatro vezes a expressão "foi-
lhe". Por tmla questão de logica, devemos aplicar todas
à mesma origem, isto é, ao povo árabe. Ele deu "a cha
ve do abismo"; ele deu "poder como o que têm os escor
piões da terra"; ele - o povo árabe, ou quando mui=
to os seus chefes - disseram que "não causassem dano
à ... e tão-somente aos homens que não têm o selo de
Deus sobre suas frontes". Por exclusão, entende-se que
nessa época deveria haver homens selados com o se1o de
Deus e portanto não deveriam ser molestados. Aqui sur
ge a grande pergunta: Que interesse tinha o povo a-
rabe ou seus chefes em não danificar os selados de
Deus? Daquele Deus que eles mesmos combatiam e cujo
selo eles mesmos não aceitavam?
Além disso, esta pas-
sagem aparentemente contradiz toda a doutrina do se-
lamento contida no capítulo sete do Apocalipse. Eis,
portanto, tm1 pro blerna que demanda solução não só por
desafiar nosso raciocínio, como também para evitar· o
descrédito pela contradição. Já ternos nos debatido à
procura da solução e realmente encontramos tmla, muito
embora não tenhamos a pretenção de pensar que ela se-
ja a melhor ou a única.
Quando nos deparamos com o pr~
blema, recorremos ao texto na língua original - o gr~
- 144 -
go - sem, contudo, vislumbrar qualquer solução. Na
verdade, a pista nos foi fornecida involuntariamente
por um comentarista. C.Omentando Ap.13, o Pastor A. S.
Mello, cita a seguinte frase do famoso historiador
italiano, Cesare Cantu: "Decidido então a propagar a
sua fé além das fronteiras da península, o profeta
escreveu aos príncipes limítrofes, selando as cartas
com um selo de prata com a legenda - MAOMET, Apósto-
lo de Deus". (2)
Se, pensamos nós, o original grego ad
mitir a tradução "selo de um deus", está resolvido o
problema. A passagem não se aplicaria aos filhos de
Deus que a essa altura da história já estariam sela-
dos, contrariando a doutrina do se lamento, mas se a-
plicaria aos príncipes e seus súditos que estavam am-
parados pelo documento selado com o selo do pretenso
profeta e de seu deus.
Alguém poderá objetar: nesse ca
so - não receberam na fronte, mas na mão! Não nos esque
çamos que se está lidando com símbolos. Além disso-;
na fronte está a sede da razão e das decisões. Esses
povos tiveram que pensar e decidir se receberiam ou
não a proposta de Maomé.
Embora haja uma diferença de
expressão entre Ap. 7:2 e 9:4, a linguagem grega não
admite a tradução que desejávamos. A primeira passa-
gem reza: - (ocppayioa 8e:ou r;wv100) -($phragida Theu
zontos) selo do Deus vivo; enquanto que a segunda diz:
- ( ocj>payióa <ou 8e:ou) - (Sphragida tu Theu) selo de
Deus. Dizem os entendidos que "o artigo -(Loü) - (tu)
é quase sempre usado com o substantivo - (8e:ou) -
(Theu), significando o Deus que é Deus, não um deus
qualquer. . .. Para ter a tradução "um deus", seria
preciso o artigo ser omitido, o que não é o caso". (3)
"O nome de Deus sem o artigo significa a divindade.
r.om o artigo se refere a Deus como revelado aos ho-
mens: o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, ( ... )". (4)
Sabemos sobejamente que "a omissão do artigo j un-
to de Theos de modo algum significa 'um deus' diferen
Le do Deus verdadeiro" (5) mas admite essa tradução-:-
- 145 -
Isto é confinnado por Atos 12 :22, onde relata a visi-
ta dos tírios e sidônios a Herodes.Quando o rei lhes
dirigiu a palavra, eles exclamaram:"É voz de um deus".
- (8e:oü <t>wvn) - (theu fonê).
Não gostaríamos de parecer
obstinados, mas apenas apresentar nossa modesta con-
tribuição e por isso não nos consideramos "vencidos
pelo artigo" ou pelas regras da gramática grega. Afi
nal de contas, está em jogo uma aparente contradiçãõ
e ela - aparente ou real - deve desaparecer. Neste
contexto, engenhamos uma outra saída para o problema..
Suponhamos que o escritor sacro não tivesse po&to o
complicador artigo e um copista retorico, pensando
ser um erro de outro copista, o supriu! Nesse caso a
existência de um manuscrito sem o artigo seria uma
boa prova de nossa tese. Mas onde encontrar esse ma-
nuscrito?
Na verdade não temos muita necessidade de
encontrá-lo. Afinal de contas, o problema não é tão
grave assim! Até que ele apareça, se é que já desapa
receu algum dia, continuemos ensinando a teoria dos
três selamentos ou "driblando" os ouvintes e curio-
sos ...
As nossas pesquisas se arrastaram por anos, em
perradas pelas circunstâncias e auxiliadas pela in-
competência. Pergunta aqui ... indaga ali .•. bisbi-
lhota acolá ... e o manuscrito apareceu! A informação
nos chegou verbalmente, através de um professor ame-
ricano que visitava a nossa pátria, e vinha com a
sentença de morte assinada pela cúpula intelectual.
"Nos manuscritos Bizantinos não aparece o artigo mas
eles não merecem muita confiança por serem manuscri-
tos mais recentes".
Bom! Será que por serem mais no-
vos ou recentes serão menos confiáveis? A teoria é
que sendo eles cópia de cópia, de cópia, de cópia ...
estão mais sujeitos a deformações e erros involuntá-
rios. Mas a n0ssa indagação é: Quem prova que esses
manuscritos mais recentes não sejam cópias de manus-
critos antiquíssimos e, portanto, mais fiéis do que
- 146 -
os outros mais velhos que eles, mas procedentes de ma
nuscritos não tão antigos quanto seus originais? -
Não
nos parece haver muita sabedoria nesse método de ava-
liar um manuscrito pela sua antiguidade! Pode ser um
bom método, mas não é infalível! Nós podemos ter uma
cópia recente de um original muito an4igo, enquanto
alguém possa ter um.a cópia mais antiga que a nossa,
mas procedente de um original mais recente do que a-
quele que nos serviu de base.
Seja o que for, não mor-
ramos de amores pela solução deste problema, pois,
como já dissemos, ele não é tão grande assim. Solucio
nado ou não' nosso conjunto de doutrinas não corre
perigo e nossa salvação não será afetada. Portanto,
partamos em busca de solução para outro pequeno pro-
blema que, como este merecerá nossa atenção mas nao
nossa paixão.
1. VPA - 220.
2. x·Hu - 309.
J. e-
4. G - 66.
5. RJ - 20.
CAPÍTULO XVI
E. G. WHITE E OS 144.000
1. VE 98.
2. I I ME 263.
3. PE 19.
CAPÍTULO XVII
Lealdade
O Dicionário define esta palavra como significan-
do: "Qualidade do que é leal; procedimento conforme
com as leis da honra e do dever; fidelidade, pontua-
- 151 -
Há um incidente relatado na primeira visão da ir-
mã White que corrobora com o que acabamos de dizer.
Ela descreve a viagem para a Nova Jerusalem, as andan
ças pelos verdes prados da Nova Terra. Quando chega=
ram perto do Monte Sião, onde estava o Templo, eles,
inclusive a Sra. White, quiseram entrar. "E quando es
távamos para entrar no santo templo, Jesus levantou a
voz e disse: 'somente os 144.000 entram neste lugar',
e nós exclamamos: 'Aleluia!'" (3) Entraram? O texto
não nô-lo diz. Aparentemente não. E por quê? Porque
não faziam parte dos 144.000!
Se os textos não são ela
ros, não tentemos esclarecer o assunto com eles. É o
caso dos dois em estudo. Eles poderão servir como
auxiliares, jamais como conclusivos.
Pelo que entende-
UDS do assunto, baseados na enchurrada de textos que
foram citados nesta obra e muitos outros que aqui não
puderam entrar, nem Ellen G. White,e nem ninguém, re-
cebeu o selo de Deus ainda. Os 144.000 serão os jus-
tos vivos dos Últimos .dias, os quais não passarão j a-
mais pela experiência da morte. Mas a questão mais im
portante do assunto ainda não foi tocada, nem de leve.
Disso nos ocuparemos no capítulo seguinte.
1. VE 98.
2. I I ME 263.
3. PE 19.
CAPÍTULO XVII
Lealdade
O Dicionário define esta palavra como significan-
do: "Qualidade do que é leal; procedimento conforme
com as leis da honra e do dever; fidelidade, pontua-
- 151 -
lidade, conformidade com os preceitos cavalheirescos:
( ••• )." (-2)
A bem da verdade, é bom que se diga que a
palavra não aparece diretamente no texto. Mas a lei-
tura deste nos convencerá de que ela exprime o pensa-
mento total do mesmo.
Todos os salvos, de todas as épo
cas, terão essa qualidade - este grupo especial, mui
to mais! Fm meio à apostasia generalizada dos Últimos
dias e em meio à corrupção avi ltante da mesma época,
esses bravos heróis de Deus não cederão um milímetro
sequer em seu relacionamento para com o Criador. Serão
Íntegros, leais, fiéis!
Quando os poderes da terra se
arregimentam em torno da desobediência à Lei de Deus,
os 144.000, arriscando tudo, ficam ao lado do direito
e do dever.
A conscienciosa olJediência à PaZavra de
Deus será considerada rebeldia. Cegado por Satanás,
o pai exercerá aspereza e severidade para com o fi-
lho crente; o patrão ou patroa oprimirá o empregado
que observe os mandamentos. A afeição será alienada;
filhos serão deserdados e expulsos do Zar. ( ... ).. Co-
mo os defensores da verdade se recusem a honrar o
descanso dominical, aZguns deles serão lançados na
prisão, exilados, e outros tratados como esoravos.
(3)
Nada, porém, os faz recuar. São firmes como a ro
cha e inabaláveis como as montanhas. Eles estão fir-=
mados na Rocha Eterna. Ouviram, entenderam e creram
plenamente na mensagem evangélica, a ela entregando-
se de corpo e alma. A fabulosa história da cruz não
era para eles uma fábula mas uma realidade triunfari:e.
Compreenderam a malignidade do pecado e aprenderam a
vencer as suas tentações. Apegaram-se ao Salvador co-
IID o náufrago se apega ao salva-vida. Não brincaram
com o pecado nem por um instante sequer. Sua vida foi
una sucessão de vitórias. Deixaram-se conduzir pelo
Grande Capitão até a vitória final.
Nós precisamos se-
- 152 -
gu{-W. Em n.t).--;;;a 'Jida diária, precisamos seguir o
Seu exemp ia, t:-:::;;~~y1 como o rebanho confiant-emente s~
gue o seu pas~~~. ( ... ). Sua vidr cotidiana, preci-
sa ser a nossa ·;1>.,?a diária. E assim como nós pro-
curamos ser cc;.Y~~ ~Ze, e trazer a nossa vontade em
conformidade c0111 a Sua vontade, precisamos reve lá-
W também. (4)
O texto bíblico em apreço -Ap.14:4-
apresenta, para multos leitores da Bíblia, um peque-
m problema teológico que aparece em algumas tradu-
ções, como por exemplo, a Almeida Atualizada. Ali re-
za: "São estes os que não se macularam com mulheres
porque são castos".
Se tomarmos descuidadamente o tex-
to, concluiremos que eles constituem um grupo de pes-
soas que nunca pertenceram a outras igrejas. (Mulher ,
an simbolismo profético, significa igreja. Mulher pu-
ra, Igreja Verdadeira, mulher impura, igreja aposta-
taâa).
"Não se macularam com mulheres" - nunca esti-
veram em ligação com igreja errada? Esse não é o en-
sino bíblico. O ensino bíblico é: "Mas Deus, não ten-
do em conta os tempos de ignorância, anuncia agora a
lodos os homens, e em todo o lugar, que se arrepen-
dam". (At.17:30, Almeida Antiga). Em outras palavras
- o passado, para Deus, é de pouca importância con-
tanto que haja arrependimento. Depois deste, tudo co-
meça como se não houvesse nada anteriormente. Destar-
Lc, nascer na Igreja Verdadeira ou converter-se e a
mesma coisa.
Como solucionar, então, o problema? Sim-
1' 1es ! Ele reside nos tempos verbais - "não se macula
r;un" - dando a impressão de que nunca tiveram rela-:-
(:iio ilícita com igrejas apostatadas. Mas não é o caso!
Vl'rificando-se diversas traduções - uma boa solução
para qualquer problema bíblico! - veremos que o sen-
1 ido muda de uma para outra .. Tomemos o verso na tradu-
1:iio Almeida Antiga: "Estes são os que não ESTÃO coti-
l 1Uninados com mulheres". Isto é, no momento da visão,
1• ( ps não tinham nenhuma ligação com qualquer igreja
- 153 -
apostatada; não defendiam nenhtm.a doutrina erronea; e
não mantinham nenh\.Dila prática contrária à vontade de
Deus.
Se entendêssemos o grego, verificaríamos \.Diia coi
sa interessante! Em portugues, na tradução Almeida A-=
tualizada a frase apresenta dois verbos diferentes e
com sentidos diferentes: "não se macularam" ·e "são
castos". Não se macularam, dá a impressão de que nun-
ca estiveram maculados. São castos, dá a mesma cono-
tação. Mas o grego usa apenas \.Dil verbo - EIMI-o que
dá o mesmo sentido, isto é: Não estão contaminados por
que estão castos ou puros. Não quer dizer que nunca
tenham tido qualquer ligação com igrejas apostatadas,
mas no momento em que estavam sobre o monte de Sião
eles não tinham mais contaminação alg\.Dila.
Ora is.to com
bina com a teologia bíblica da justificação pela ft~
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e jus-
to para nos purificar de toda in.iustiça". (I Jo .1: 9).
Isto nos leva ao segundo traço do caráter dos 144
mi 1 - PUREZA.
P u r e z a
Mais uma vez nos volvemos ao Dicionário com o fim
de ver mais clareza e profundidade nessa palavra tão
nobre.
Pureza - "Qualidade do que é puro, do que nao
tem mistura; ( ..• ).Limpidez, estado do que não está
turvo ou sujo; ( ... ).Qualidade do que é isento de
corrupção; (. .. ). Estado, qualidade ou condição do
que não tem mácula moral;( ... )". (2)
É bem verdade
que o termo também não aparece diretamente no texto.
Mas a característica ali está - palpitante, plangen-
te, irradiante! Menos do que isso Deus não aceitará.
Por vezes nós nos desanimamos e até nos revoltamos
quando ouvimos que os fiéis T:©i que ser puros - com-
pletamente puros. Mas isso é ensino bíblico!
Por nos
mesmos, é lógico, isso e impossível, mas se quisermos,
154 -
o Senhor nos purificará. Tudo o que temos a fazer e
permitir que Ele aja em nós. O texto em lide reza: "e
na sua boca não se achou mentira; não têm mácula". Ap.
14:5.
MilhÕes desejam a salvação. Milhares desejam fa-
zer parte dos 144 mil, mas quão poucos desejam ter o
caráter que Deus exige!
Vi qUE ninguém poderia parti-
cipar do "refrigério" a menos qUE obtivesse a vitó-
ria sobre toda tentação, orguiho e ego{smo, amor ao
mundo, e sobre toda má pafovra e ação. Deve riamos,
portanto,estar nos aproximando mais e mais do Se-
nhor, e achar-nos fervorosamente à procura daqueia
preparação necessária para nos habiiitar a estar de
pé na bataiha do dia do Senhor. Lembrem todos qUE
Deus é santo, e qUE unicamente entes santos poderão
morar em Sua presença. (3)
Para conseguirmos isso,
precisamos "Remir o tempo" (Ef.5:16) e aproveitar to-
da e qualquer oportunidade. A postergação é uma das
mais bem sucedidas estratégias de Satanás. O amanhã
nunca chega!
QUE estais fazendo, irmãos, na grande obra
de preparação? Os qUE se estão unindo com o mundo,
estão-se amoidando ao modeio mundo, e preparando-se
para o sinai da besta. Os qUE desconfiam do EU, que
se humi iham diante de Deus, e pUPificam a aZma pefo
obediência à verdade, estão recebendo o moide divi-
no, preparando-se para receber na fronte o seio de
Deus. Quando sair o decreto, e o seio for apiicado,
seu caráter permanecerá puro e sem mácuia para toda
a eternidade.
Agora é o tempo de preparar-nos. O se-
io de Deus jamais será coiocado à testa de um homem
ou muiher impuros. Jamais será coiocado à testa de
um homem ou muiher cobiçosos ou amantes do mundo.Ja
mais será coiocado à testa de homens ou muiheres de
itngua faisa ou coração enganoso. Todos os qUE re-
cebem o seio devem ser imacuiados diante de Deus -
candidatos para o Céu. Pesquisai as escrituras por
- 155 -
vos mesmos, para que possais compreender a terrível
solenidade do tempo presente. (4)
Mas os fiéis não se
preocupam só consigo mesmos - não são egoístas - pre
ocupam-se também com os outros, com a Igreja e com o
mundo. O mínimo que fazem é orar pelos demais. Dão o
~lhor testemunho possível; admoestam os irmãos e os
estranhos, e quando tudo falha, sabem agir com firme-
za e amor a fim de -que o grupo não sofra as consequên
cias dos pecados de l.Dlla minoria. -
O verdadeiro povo de
Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, e
tomam a peito a salvação de abnas, verão sempre o
pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre
a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os
pecados que faci bnente assaltam o povo de ;;eus. Em
especial na obra final da igreja, no tempo do assi-
nalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão
de permanecer irrepreensíveis diante do trono de
Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo
professo de Deus. (5)
Destarte, se manterão puros a
si mesmos e ao grupo ao qual pertencem. A inquietante
pergunta é: Está isso ocorrente em nosso meio ou em
meio a outro grupo qualquer? Lamentavelmente a respos
ta é um preremptório NÃO. Mas logo acontecerá. O se=
nhor ainda comanda a Sua obra e sempre comandará! O
n>sso problema é lD1l problema individual. Quando cada
un cuidar de si, todos melhorarão. Bem-aventurado a-
quele que cuida de si! ,
Responda vossa abna à pergunta:
Corresponde meu caráter às qualificações essenciais
para que eu possa receber um passaporte para as man
sões que Cristo preparou para os que para e las es-
tão habilitados? (6)
RESENHA ESCATOLÓGICA
Depois de peram-
bularmos longamente pelos meandros das cadeias profé-
ticas, pareceu-nos bem fazer um apanhado geral dos Úl
timos acontecimentos da história da humanidade. É bem
verdade que muita coisa que consideramos presente já
estará no passado e muita coisa que poremos no futuro
já estará no presente quando este trabalho chegar às
mãos dos leitores. Nem por isso deixará de ser inte-
ressante tentar localizar, em ordem cronológica, em-
lXlra seja estremamente difícil, o que está acontecen-
do e o que ainda vai acontecer.
Dissemos "estremamente
difícil", porque as coisas não se passam tão simpló-
riamente como às vezes pensamos. Un estudo atento dos
textos que falam dos Últimos acontecimentos, especi-
ahnente nos escritos de Ellen G. White, nos deixam
bastante aturdidos quando tentamos pÔ-los em ordem
cronológica. A explicação que encontramos para isso é
que os acontecimentos não serão simultâneos e univer-
sais, ocorrendo primeiro aqui, depois ali, e finahnen
te outro acolá. Não. Eles ocorrem de maneira diferen-=
te nos diferentes lugares. Exemplifiquemos: A América
poderá estar sendo sacudida enquanto a Europa ainda
esteja dormindo "eternamente em berço esplêndido'~quan
cio a Europa estiver sendo sacudida, talvez, a Ãsia
oontinue a dormir, mas a essa altura dos acontecimen-
tos a América já estará recebendo a chuva serôdia. Co-
llD os povos são diferentes, diferentes são também os
oostumes e os conceitos. E isto facilita ou dificulta
a atuação do Senhor nas consciências dos indivíduos.
Tudo deverá se passar como se fosse assim: há um
despertamento religioso e um profundo desejo de par-
tilhar a fé com todos; o partilhar da fé aproxima os
"cristãos" que tentam se unir; a IASD é sacudida, des
pertada, purificada e ungida com o Espírito Santo que
a capacita a dar a Última mensagem de advertência.Es-
- 157 -
vos mesmos, para que possais compreender a terrível
solenidade do tempo presente. (4)
Mas os fiéis não se
preocupam só consigo mesmos - não são egoístas - pre
ocupam-se também com os outros, com a Igreja e com o
mundo. O mínimo que fazem é orar pelos demais. Dão o
~lhor testemunho possível; admoestam os irmãos e os
estranhos, e quando tudo falha, sabem agir com firme-
za e amor a fim de -que o grupo não sofra as consequên
cias dos pecados de tma minoria. -
O verdadeiro povo de
Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, e
tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o
pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre
a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os
pecados que facilmente assaltam o povo de ;;eus. Em
especial na obra final da igreja, no tempo do assi-
nalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão
de permanecer irrepreensíveis diante do trono de
Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo
professo de Deus. (5)
Destarte, se manterão puros a
si mesmos e ao grupo ao qual pertencem. A inquietante
pergunta é: Está isso ocorrente em nosso meio ou em
meio a outro grupo qualquer? Lamentavelmente a respos
ta é um preremptório NÃO. Mas logo acontecerá. O se=
nhor ainda comanda a Sua obra e sempre comandará! O
tnsso problema é tm problema individual. Quando cada
un cuidar de si, todos melhorarão. Bem-aventurado a-
quele que cuida de si! ,
Responda vossa alma à pergunta:
Corresponde meu caráter às qualificações essenciais
para que eu possa receber um passaporte para as man
sões que Cristo preparou para os que para e las es-
tão habilitados? (6)
RESENHA ESCATOLÓGICA
Depois de peram-
bularmos longamente pelos meandros das cadeias profé-
ticas, pareceu-nos bem fazer um apanhado geral dos Úl
timos acontecimentos da história da humanidade. É bem
verdade que muita coisa que consideramos presente já
estará no passado e muita coisa que poremos no futuro
já estará no presente quando este trabalho chegar às
mãos dos leitores. Nem por isso deixará de ser inte-
ressante tentar localizar, em ordem cronológica, em-
lXlra seja estremamente difícil, o que está acontecen-
do e o que ainda vai acontecer.
Dissemos "estremamente
difícil", porque as coisas não se passam tão simpló-
riamente como às vezes pensamos. Un estudo atento dos
textos que falam dos Últimos acontecimentos, especi-
almente nos escritos de Ellen G. White, nos deixam
bastante aturdidos quando tentamos pÔ-los em ordem
cronológica. A explicação que encontramos para isso é
que os acontecimentos não serão simultâneos e univer-
sais, ocorrendo primeiro aqui, depois ali, e finalmen
te outro acolá. Não. Eles ocorrem de maneira diferen-=
te nos diferentes lugares. Exemplifiquemos: A América
poderá estar sendo sacudida enquanto a Europa ainda
esteja dormindo "eternamente em berço esplêndido'~quan
cio a Europa estiver sendo sacudida, talvez, a Ãsia
rontinue a dormir, mas a essa altura dos acontecimen-
tos a América já estará recebendo a chuva serôdia. Co-
llD os povos são diferentes, diferentes são também os
rostumes e os conceitos. E isto facilita ou dificulta
a atuação do Senhor nas consciências dos indivíduos.
Tudo deverá se passar como se fosse assim: há um
despertamento religioso e um profundo desejo de par-
tilhar a fé com todos; o partilhar da fé aproxima os
"cristãos" que tentam se unir; a IASD é sacudida, des
pertada, purificada e ungida com o Espírito Santo que
a capacita a dar a Última mensagem de advertência.Es-
- 157 -
ta mensagem une ainda mais os outros cristãos que, não
podendo r~bater, pela.Bíblia, os argumentos adventis-
tas, enfurecem-se; as igrejas populares, unidas aos
Estados, conseguem destes, leis que obriguem aos ad-
ventistas a se sul:meterem. Estes, no poder do Espírito
Santo opõem uma resistência fora do comtml. Isto enfu-
rece ainda mais os oponentes. Un decreto civil é con-
seguido, a partir dos EE.UU. da América, forçando as
consciências a guardarem o repouso dominical. A luta-
º famigerado Armagedon - se intensifica, motivando
un pequeno "tempo de angústia" para os fiéis. Em de-
terminado momento, que ninguém saberá quando, fechar-
se-á a porta da graça e o destino de cada ser humano
estará decidido para o resto da eternidade. As Sete
Últimas Pragas começam a cair sobre os Ímpios e a "An
gústia de Jacó" se apodera dos fiéis. Un decreto é ex
pedido por parte dos governos terrestres, fixando uiii
dia para o golpe final contra os "odiosos sabatistas".
Pouco antes de aparecer "o sinal do Filho do lbmem",
tem lugar uma ressurreição especial e com a volta de
Cristo a ressurreiçao geral, a morte dos Ímpios, a
prisão de Satanás e o início do milênio.
Embrião do Ecu..~enismo
A IASD sempre
foi e será contra o ectmlenismo. Isto poderá soar aos
ouvidos de mui tos pseudo-cristãos modernos como tml
som estridente e condenável. Pouco importa! O que
ros importa é se isto é certo ou errado. E para tanto,
dediquemos algumas linhas ao exame da questão, antes
de entrar no assunto epigrafado. Três razões são in-
vocadas para justificar o nosso anti-ecumenismo.
1. A Bíblia o condena.
O estudante errante e apres
sado não perceberá isso, pois ela nem sequer menciona
o título "ecumenismo". Entretanto, a decifração cor-
reta de seus símbolos nos levará a crer que assim o
seja. Difuso por toda a Bíblia, especialmente em Da-
niel e Apocalipse, nós encontraremos o embasamento te
- 158 -
o lógico para essa crença, mas é em .Apoc ~ 13 onde ire-
IIPS encontrar o melhor fundamento. Veja QUEM É A BES-
TA DO APOCALIPSE? deste autor.
2. É dialógico.
Parece uma estupidez dizer-se que
o ecumenismo é condenável porque é dialógico. Mas nao
o é. Dialogar é coisa boa e é uma das coqueluches do
roomento. Fala-se muito em diálogo mas se ouve mais
gritaria. Ao se ~ncetar um diálogo, duas coisas deve-
riam ficar claras e muito bem definidas: a) a base do
diálogo; b) as razões do mesmo. Se as bases forem só-
lidas e defensáveis, o diálogo será benéfico. Restará,
então, saber por que diálogar?
As bases do diálogo
ecumênico não são o descobrimento da verdade, nem um
retorno a ela. Quem quer que tenha acompanhado, mesmo
de longe, esse munnúrio surdo das religiões, terá no-
tado que os teólogos dialogam com o fim único de en-
contrar meios para concessões mútuas cada parte
"perde um pouco" até que seja possível uma amálgama
religiosa. É justamente isso o que diz, parece~nos,
embora indiretamente Battista Mondin, teólogo cató li-
co contemporâneo.
Neste século, a teologia ortodoxa
registrou um reflorescimento semelhante ao das teo-
logias iY'rrtãs, a católica e a protestante. Seus Bul-
gakov, Berdiaev, Florovs ky e Loss ky não são menores
do que os nossos Rahner, Congar, Guardini, de Lubac
e Chenu.
Esse é um fato bastante prometedor para o
futuro da Cristandade. Faz brotar a esperança de
que, por meio do diálogo entre os grandes teólogos
e mediante o confronto de suas posições, as Igrejas
Católica, Protestante e Ortodoxa possam reencontrar
a unida.de na fé. (1)
Lendo-se toda a obra de Mondin,
de onde este texto foi pinçado, entende-se facilmente
onde chegarão esses teólogos e que tipo de unidade im
plantarão na cabeça do populacho descuidado e crédul.D.
Já as razões do diálogo são bem mais difíceis de
- 159 -
serem vistas a o lho nú. Detectar os pensamentos Ínti-
IIPS das consciências é tarefa difíci 1 e arriscada p·a-
ra os seres hlmlanos, mas não para o Senhor Criador.
Daí não podermos nos arriscar a olhar para dentro dos
muros de Babilônia com os olhos desprotegidos do bi-
mculo divino. É aí que se destaca o imensurável va-
lor do conhecimento correto da escatologia. Em seus
símbolos e realidades iremos buscar a verdade escon-
dida atrás das máscaras religiosas e dos discursos
bem elaborados de filósofos de renome. Levantando o
véu da hipocrisia e do egoísmo, a Palavra de Deus de-
nuncia os verdadeiros motivos e as verdadeiras razões
do diálogo unionista - "combater os mandamentos de
Deus", (2) impondo o "s.inal da besta". Ap-13:16 e 17.
3. Fins inconfessos.
Nem toda união é boa. Quando
diversos marginais se unem para praticar lUll assalto
temos lmla "união", mas uma união condenável.Aparente-
irente a união .das igrejas é algo maravilhoso que deve
ria merecer nosso apoio total e irrestrito. Entretan-=
to, se entendemos bem o desfecho dessa multinacional
da fé, não poderemos titubear em negar o nosso apoio.
A união das igrejas formará a Grande Babilônia Apoca-
líptica. Cada crença manterá sua linguagem e seus cre
dos, mas trabalharão para lUll fim comlml, já denunciado
m item 2. Como na Torre de Babel, trabalhando juntas,
cada um falava a sua própria língua, de maneira que
ninguém se entendia mais, assim será, ou já está sen-
do, no eclU!lenismo.
Os fins aparentes são bons, são lou
váveis, mas os reais, como sempre, são ocultados, às
vezes dos próprios protagonistas deste drama milenar.
Cbmo "é certo que não dormita e nem dorme o guarda de
Israel". (Sl.121:40), nós, Seus protegidos, podemos
estar confiantes e seguros sob Sua guarda.
Antes mesmo
de o eclU!lenismo nascer os ASDs já sabiam, através da
Bíblia e dos escritos de Ellen G. White, o que iria
acontecer. O embrião eclU!lenista começou a se formar
junto com o movimento missionário do século XIX. Qua!!:.
- 160 -
do Deus estava despertando os Seus fiéis,o Diabo ar-
regimentava os seus.
O período das Missões Modernas,
iniciado com William Carey, em 1792, espalhou pelo
mundo pagão missionários das diversas confissões pro-
testantes que na época ainda compunham a Igreja Ver-
dadeira. Esse exército de soldados da cruz não era um
grupo homogêneo e inteiramente fiel. Havia "de tudo
tm pouco", dependendo da origem e da formação religi~
sa de cada um, entretanto, enfrentavam problemas co-
muns, tais como: a) tradução da Bíblia; b) produção
de literatura cristã; c) relacionamento com os gover
rns; d) defesa do cristianismo ante as grandes reli::
giões orientais; e) preparação de missionários; f)
"furto de ove lhas"; g) etc. (3)
Em 1825 teve lugar em
Ibmbaim, na Índia, o que poderíamos chamar de "a pri-
ireira reunião ecumênica". A partir de então, um mine-
ro cada vez maior de conclaves, reunindo sempre um
maior número de missionários das diversas confissões
religiosas, foi tendo lugar em todos os continentes.
Ehl fins do século XIX eles já haviam chegado a um "en
tendimento cortês" (comity), estabelecendo diversas
regras, nem sempre louváveis, no jogo missionário. Mas
é o ano de 1910 que vai presenciar a primeira confe-
rência mundial, em Edimburg, onde 1.200 delegados re-
presentando 159 sociedades missionárias se reuniram,
sob a presidência de John R. Mott.
Entre outras coisas,
essa primeira conferência assentou as bases para a
formação do "Conselho Nacional Cristão", que funcio-
naria em cada país cristão e adotaria uma postura não-
teológica, reconhecendo as sociedades missi.ionárias
participantes simplesmente_ como "cristãs", to ler ando
as diferenças doutrinárias existentes entre elas. Os
resultados da conferência de Edimburg nao tardaram em
aparecer:
1. Em 1921 foi organizado o Conselho Missionário
Internacional (CMI).
2. Em 1925, Conferência Cristã Mundial Vida e Obra
(Estoco l,rno).
- 161 -
3. &n 192?, Primeira Conferênaia Mundial sobre Fé e
OT'iiGm ( Laus ane) .
4. 193?, Conferênaia sobre a Igreja, a Comunidade e
o Estado (Vida e Obra, Oxford).
5. &n 193?, Segunda Conferênaia Mundial sobre Fé e
Ordem (Edimburg) .
6. &n 1948, Organização do Conselho Mundial das I-
grejas (Amster>dam) fundindo os movimentos "Fé e
Ordem" e "Vida e Obra".
?. &n 1961 o CMI foi incorporado ao CMI (Conselho
Missionário Internaaional - Concílio Mundial de
Igrejas) . ( 3)
Estava, assim, construída a infra-
estrutura da União das Igrejas que, a partir de 1962,
mm o Concílio Vaticano II, deixava de ser embrioná-
rio (o ecumenismo) para ser fetal e hoje já se tornou
un rapazola - um pivete - que ameaça, veladamente,
os fiéis servos de Deus.
Com o advento da teologia li-
beral e consequentemente do "Evangelho Social", o es-
pírito ecumenista se enraizou nas consciências moder-
nas, trazendo um sentido de solidariedade humana,dis-
torcendo o significado do "Evangelho do Reino" ( Mt.
24:14). Daí esse imiscuir-se na política que se obser
va frequentemente hoje em dia e que se avolumará em
futuro próximo.
O conceito de "evangelismo" não é mais
o conceito bíblico e a autoridade máxima não é a Es-
critura, mas a igreja. O poder civil dos Estados foi
taxado de "estrutura pecaminosa" (até que não é muito
errado!), a terceira assembléia geral do Concílio Mun
dias de Igrejas, reunido em Upsala, Suissa, em 1968-;
fez um chamado às igrejas para porem-se ao lado do po
bre, do desvalido, do explorado e da vítima impotente
da opressão e do realismo. Era a luta pela libertação
s~cial do Homem - a famigerada Teologia da Liberta-
çao.
E essência do ecumenismo é: Foi batizado? Crê: es-
tá em Cristo; recebe os sacramentos? Então é Cristã:>,
filho de Deus, membro do Corpo de Cristo, candidato
- 162 -
ao céu. Não importa que vida leve; que acões pratique.
A religião se transforma, como se observa na prá-
tica, em mera formalidade - aparência e palavras.
Po-
deríanos continuar tocando essa sinfonia interminável,
mas o nosso escopo não é este. Antes, porém, daremos
mais alg\.Ulas pinceladas no outro lado da tela -e lado
grego-ortodoxo. Valer-nos-emos do pincel de Battista
K>ndin.
O ecumenismo vinha sendo favorecido pela Igre-
ja OPtodoxa Russa desde a FTimeira Guerra Mundial.
Florovsky, porém, só começou a se interessar por
ele quando se estabeleceu em Paris. Naquela cidade,
Berdiaev fundara um drculo ecumênico abri Zhantado
por nomes ilustres, como Bulgakov, ZenZovsky, Boeg-
ner, Maury, Maritain, Du Bos, Marcel e Gilson.( ... ).
Em 1931, Karl Barth convidou Florovsky para pronun-
ciar uma conferência sobre a Revelação na Universi-
dade de Bonn. Foi um acontecimento memorável na his
tória do ecumenismo. Em 193?, participou da Confe=
rênci~ Ecumênica de Edimburg e causou uma forte im-
pressao.
Svetlov (PaveZ I, teólogo russo, falecido
em 1942) critica particularmente os teólogos orto-
doxos que consideram que as confissões não-ortodoxas
não pertencem à Igreja de Cristo. Contra essa tes~
afirma que "as Igrejas Oriental e Ocidental .não são
dois corpos completamente separados um do outro e
mutuamente estranhos, mas simp Zesmente partes do ú-
nico e verdadeiro Corpo de Cristo: a Igreja Univer-
sal; ambas as comunidades cristãs estão da mesma
forma unidas a Cristo através da sucessão apostóli-
ca, da verdadeira fé e dos sacramentos. Portanto,
am consequência da aparente divisão, a Igreja Uni-
l}ersaZ parece subsistir em dois corpos, eiYlquanto que
de fato é um só. O obstáculo à sua reunião é cons-
ti tu{do pe La idéia errada, pro fundamente radicada
em ambas as partes da cristandade, de que depois da
divisão só uma parte se identifique com o todo, com
a Igreja Universal ... As diferenças entre as duas
- 163 -
Igrejas não são de substância, mas foram aumentadas
peia inimizade e peia poLêmica; frequentemente, são
apenas aparentes. (4)
Como se vê, o ecumenismo cami-
nha - marcha lenta, mas segura - também do lado gre
~-ortodoxo. Assim, os três grandes segmentos do cris
tianismo, se já não estão unidos, pelo menos, estãO
preparados para a união.
- 164 -
a união das igrejas.
De lá para cá, mais de duas dé-
cadas já rolaram sobre a história e mui ta coisa acon-
teceu nos círculos cristãos.
A União das Igrejas não é
coisa do futuro, mas acontecimento do presente. Talvez
nem todos os ponteiros estejam acertados, mas muita
coisa já está em ordem e as forças do Mal já estão ar
regimentadás· para a-Última batalha da terra - o fa::
migerado Armagedon. Para nós, embora não o possamos
provar, porque isso é muito relativo, os três espíri-
tos imundos semelhantes a rãs, já saíram da boca do
Dragão - o Diabo; da boca da Besta - o Catolicismo
Romano; e da boca do Falso profeta - o Espiritismo, e
já percorrem o mundo inteiro, visitando reis, presi-
dentes e muitas autoridades importantes, arregimentan
do suas forças para a batalha decisiva. -
Jürgen Mo ltmann,
teólogo protestante alemão, parece concordar conosco
quanto ao preparo da sociedade para receber o ectnne-
rúsmo.
Segundo ele a história da humanidade e~tá regi!!_
trando urna reviravolta decisiva: aca"bou a epoca dos
nacionalismos e isolamentos e, conseqüentement~ tam
bém as estruturas políticas estatais. Já estamos nos
encaminhando para urna comunidade mundial, com es-
truturas pol{ticas democráticas e supranacionais,de
tipo "colegiado". (7)
A pasta de nosso arquivo que
atende pelo título "União das Igrejas", está prenhe
de uma grande quantidade de documentos jornalísticos
que bem atestam o que estamos nos esforçando em pro-
var. Como este é um sub-tópico, não podemos nos es-
baldir. Entrementes, suscitemos algumas interrogações
antes de escorregar para o outro sub-tópico, deixando,
assim, as mentes irrequietas, dando-lhes o doce sabor
do suspense. O que motivaria a união das igrejas? Que
programa conjunto elas desenvolveriam? Quais os re-
sultados de tudo isso?
Na verdade essas questões já
foram parcialmente respondidas no sub-tópico anterior,
- 165 -
mas há ainda muito mais a se dizer. O motivo da união
das igrejas não é um, mas vários. Entre eles destaca-
se a apostasia. Deixando o reto caminho do Senhor, os
lDmens perdem de vista a verdade e os parâmetros da
uvral. Daí não saberem o que é certo e o que é errado,
acabando por aceitarem o erro como verdade e a verda-
de como erro. É a inversão dos valores tão em moda
ms dias que correm. Se não tivermos um meio de jul-
gar o erro, não teremos autoridade para excluí-lo e
nem para identificá-lo. Tudo é verdade ou tudo é erro,
dependendo do arbítrio de cada um.
Por que a verdade é
tida como erro? Não seria e la tão cara ao ser humano?
Por que exaltar-se o pecado e rebaixar-se a virtude?
Não é ele tão repulsivo aos seres racionais? As Escri
turas nô-lo denunciam: " ..• os homens amaram mais as
trevas do que a luz; porque as suas obras eram más".
(Jo. 3: 19). Mas "ai dos que ao mal chamam bem, que fa-
zem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o a-
margo por doce, e o doce por amargo!" (Is. 5: 20).
O pro-
grama de ação que levaria as igrejas à uniao é muito
bem delineado na Bíblia (Ap.13) e especialmente no
Espírito de Profecia.
Mediante os dois grandes er:.ros -
a imortalidade da alma e a santificação do domingo
- Satanás há de enredar o povo em suas malhas. En-
quanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo,
o último cria laços de simpatia com Roma. Os protes
tantes dos Estados Unidos serão os primeiros a es~
tender as mãos através da·voragem para apanhar a mão
do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo
pa:.ra dar as mãos ao poder romano; e, sob a influên-
cia desta tríplice união, este pais seguirá as pe-
gadas de Roma, conculcando os direitos da consciên-
cia. (8)
Os resultados não se farão esperar. A impo-
sição do "Sinal da Besta" - o Domingo - será o Úl-
timo ato do drama. Sobre isso falaremos em breve. An-
tes, porém, vejamos ...
- 166 -
O Despertamento Adventista
"Os filhos
das trevas são mais prudentes do que os filhos da
Luz", vociferou sem rancor o Grande Mestre da Gali-
léia (Lc.16:8). Daqui não há fugir! Enquanto as for-
ças do Mal se arregimentam e se preparam para a bata-
lha decisiva, as forças do Bem "dormem o sono da ino-
cência, na cama da imundícia". (P_erdoem-ncs o exagero,
mas não nos parece ser muito grande, não!). O inimigo
está consolidando suas posições, ocupando os terrenos
elevados nos altos escalões administrativos das na-
çÕes; investindo maciçamente em suas campanhas promo-
cionais; adestrando devidamente seus soldados; etc.,
etc. E nós, o que estamos fazendo?
Naturalmente não cre
ros que "não estamos fazendo nada"! Mas... (aquele
:~mas ... " _que nos tem perseguido ao longo de noss·a ár-
dua jornada pelos pedregosos caminhos da redação!) Pa-
rece-nos que o que se tem feito é quase nada em com-
paração com o que precisa ser feito. A advertência é:
A obra que a igreja tem deixado de fazer em tem-
po de paz e prosperidade, terá de realizar nwna ter
rível crise, sob as circunstâncias mais desanimado=
ras e difíceis. As advertências que a conformidade
com o mundo tem feito silenciar, ou reter, têm de
ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da
fé. E naquele tempo as pessoas superficiais e con-
servadoras, cuja influência tem retardado o desen-
volvimento da obra, renunciarão à fé, colocando-se
ao lado dos inimigos declarados da mesma, para os
quais de há muito se inclinavam suas simpatias. Es-
ses apóstatas manifestarão então a mais acerba ini-
mizade, fazendo tudo ao seu alcance para oprimir e
fazer mal aos seus antigos irmãos, suscitando con-
tra eles indignação. Essa época se acha exatamente
diante de nós. Os membros da igreja serão provados
~'individualmente. Serão colocados em circunstâncias
nas quais serão forçados a testemunhar perante con-
selhos, e em tribunais de justiça, talvez em sepa-
rado, sozinhos. A experiência que os teria prepara-
- 167 -
do paro essa emer>gência, eles negligenciaram a.lcan
çar>, e suas almas se acham sobr>ecarTegadas de r>emor>
sos pelas opor>tunidades per>didas e pelos p:l'ivile-
gios negligenciados. (9)
Que a Igreja esteja sono len
ta, parece-nos fora de discussão. Mas não há motivos
para o desespero. Há muitas profecias que falam de um
despertamento em n.psso meio e quer nos parecer que ele
jã esteja em curso - graças a Deus! De alguns anos
para esta data, partindo das alti.as cúpulas da Organi-
zação, planos magníficamente montados têm sido dis-
tribuídos aos campos como as sementes na terra, e is-
so algum dia deverá produzir seus frutos. Entre esses
planos, um há que não tem sido devidamente apreciado
pela Igreja em geral, e, quem sabe, os próprios minis
tros não têm dado o sonido certo à trombeta divina. Re
ferímo-nos ao grande e sábio plano da Mordomia Cristã.
Se ele fosse bem compreendido e praticado seria uma
bênção para o Povo de Deus. Mas não é só isso! A teo lo
gia tende à harmonia. Que haja pequenas divergências
an certos detalhes da interpretação profética, não
se pode negar. Basta compuls~r mais de um livro que
trate do mesmo assunto e o problema (pequeno, é bem
verdade) salta aos o lhos. Mas... (felizmente há este
''mas .•. "!) segundo nos parece, essas pequenas arestas
estão sendo lentamente aparadas e o que se ve preva-
lecer é a forma correta.
O despertamento vira, ou me-
lhor, está vindo, embora lentamente como operário pre
guiçoso. Ele vem impulsionado por diversas e podero-=
sas turbinas que o levarão até ao seu destino final.
Quando ele chegar plenamente, a Igreja terá passado
pela experiência da Sacudidura, assunto este que já
mereceu a nossa atenção em capítulos anteriores.
Como
se dará esse despertamento? Certamente ele tem um as-
pecto múltiplo, mas analisemos apenas dois:
a) Suplicar.
( ... ). Um membY'O que tr>abalhe de ma-
neir>a devida levará outr>os membY'Os a unir>-se-lhes
- 168 -
,.,,, aúplicas pela roevelação do Esp{T'ito Santo. (10)
b) Trabalhar.
Estejam despeT'tas as igroejas antes
·1ue seja tal'de demais. Pr>omova cada membro o seu
I r•abalho pessoal, e honroe o nome do Senhoro pelo qual
, : C'hamado. Que a fé fiT'me e a zelos a piedade tomem
, , lugaro da ociosidade e descronça. QlJ'!ndo a fé se
'1/'ossa de Cristo, a verrlade deleitaroá a a7.ma, e a
11r•ática da roeligião não seroá ároida nem enfadonha.
( . .• ) • (11)
A Igreja sacudida e desperta será purifi
1·11da. Esta purificação não acontecerá sem grande sa-:
•T i fÍcio. Quando se fala em "a Igreja", logo se pensa
111 conjunto todo, tal qual existe hoje. Não será as-
11im! Una parcela enorme de seu corpo será arrancada
•' substituída por outra renovada. Segundo o Espírito
dl• Profecia, "nem um entre vinte dos nomes que se a-
cham regl.strados nos livros da igreja, está preparado
para finalizar sua história terrestre •.• " (12). Un em
vinte dá 5%, mas a declaração é indefinida - "nem um
l'ntre vinte" - a matemática não pode ser aplicada.
Serve apenas para dar uma idéia da gravidade do pro-
hlema. Se menos de 5% está preparado, mais de 95% não
o está!
Assim sendo, a "igreja" será purificada, mas
11uem receberá a unção do Espírito Santo serão apenas
os fiéis. Estes fiéis ungidos estarão capacitados pa-
ra enfrentar um mundo hostil e pervertido na mais fe-
mz de todas as batalhas. E.G.White diversas vezes
11Ha a significativa expressão - "terrível é a crise
para a qual caminha o mundo". Esta crise será motiva-
da especialmente pela controvérsia sábado-domingo.
As-
sim seroá prooclamada a mensagem do teroceiroo anjo. Ao
chegaro o tempo paroa que ela seja dada com o máximo
podero, o Senhoro operoaroá poro meio de humildes ins-
trumentos, diroigindo a mente dos que se consagram
ao Seu seroiço. Os obroiros serão antes qualifica-
dos pela unção de Seu Esp{roito do que pelo proeparo
das instituiçÕes de ensino. Homens de fé e oroação
- 169 -
serão constrangidos a sair com zelo santo, decla-
rando às palavras que Deus lhes dá. Os pecados de
Babi lônia serão patenteados. Os terríveis resulta-
dos da imposição das observâncias da igreja pela au
toridade civil, as incursões do espiritismo, os fúr
fivos mas rápidos progressos do poder papal - tudo
será desmascarado. Por meio destes !Solenes avisos
o povo será comovido. Milhares de milhares que nun-
ca ouviram palavras como essas, escutá-las-ão. Com
espanto ouvirão o testemunho de que Babi lônia é a
igreja, ca{da por causa de seus erros e pecados,
por causa de sua rejeição da verdade, enviada do
Céu a ela. (13)
Esta encarniçada disputa tendo de um
lado todo o mundo Ímpio liderado pelo Vaticano e do
outro um punhadinho de fiéis protegido pelos céus, ca-
pacitados pelo Espírito Santo, constitui-se-á na bata
lha do Armagedon e será, também, o cumprimento de Ap-;
18:1-4. Fm linguagem técnica da teologia se chama Al-
to Clamor. É o clamor do Céu aos pecadores; é o Últi-
llD convite divino à raça rebelde. Este convite não
será em vão. F.mbora as aparências possam dizer ao con
trário, os resultados serão maravilhosos e as messes
abundantes.
Apesar das trevas espirituais e o afasta-
mento de Deus prevalecentes nas igrejas que consti-
tuem Babi lônia, a grande massa dos verdadeiros se-
guidores de Cristo encontra-se ainda em sua comu-
nhão. Mui tos deles há que nunca soufuram das verda-
des especiais para este tempo. Não poucos se acham
descontentes com sua atual condição e anelam mais
clara luz. Debalde olham para a imagem de Cristo
nas igrejas a que estão ligados. Afastando-se estas
corporaçÕes mais e mais da verdade, e aliando-se
mais intimamente com o mundo, a diferença entre as
duas classes aumentará, resultando, por fim, em se-
paração. (14)
Estas coisas só enfurecem mais e mais
os Ímpios. As igrejas unidas terão a polÍtica na mão.
Quem tem a política. tem a polícia. E quem tem a po-
- 170 -
1í da, manda e não pede favor. Apesar dos fiéis terem
11 unção do Espírito Santo, os infiéis terão o poder
1k1 Espírito Imundo. Milagres serão realizados de am-
llll; os lados, dificultando aos sinceros entender cla-
rianente a diferença. Satanás estará operando seus "si
11ais e prodígios", e o mundo inteiro se achará envol::-
vi tlo em uma imensa conflagração.
Ao mesmo tempo em que
czpar>ece aos fi lhÕs dos homens como gr>ande medico
11ue pode cUr>ar> todas as enfermidades, tr>ar>á mo lés-
r-1:as e desgr>aças até que cidades populosas se r>edu-
zam à r>u{na e desolação. Mesmo agor>a está ele em
atividade. Nos acidentes e calamidades no mar> e em
ter>r>a, nos gpandes incêndios,nos violentos fur>acões
e tel'T'Íveis sar>aivadas, nas tempestades, inundaçÕes,
ciclones, r>essacas e ter>r>emotos, em toda par>te e
1Job_ mi Uhar>es de foY'!71as, Satanás está exer>cendo o
aeu poder>. Destr>Ói a sear>a que está a amadur>ecer>, e
ceguem-se fome, angústia. Comunica ao ar> infecção
mor>tal, e milhar>es per>ecem pela pestilência. Estas
oisitações devem tor>naY'-se mais e mais fr>equentes
P- desastrosas. ( . .. ) .
Então o gpande enganador> per>su
adir>á os homens de que os que sePVem a Deus estao
motivando esses males. A classe que provocou o des-
contentamento do Cêu atr>ibuir>á todas as suas inquie
taçÕes àqueles cuja obediência aos mandamentos de
Deus é per>pêtua r>epr>ovação aps tr>ansgr>essor>es. l)e-
clar>aY'-se-á que os homens estão ofendendo a Deus pe
la violação do descanso dominical; que este pecado
acal'T'etou calamidades que não cessar>ão antes que a
obser>Vância do domingo seja estr>itamente imposta; e
que os que apr>esentam os requisitos do quar>to man-
damento, destr>uindo assim a r>ever>ência pelo domingo,
são per>turbador>es do povo, impedindo a sua restaUr>a
ção ao favor> divino e à prosper>idade tempor>al. (15)
O Decreto Dominical
O climax de to-
da a grande controvérsia será a imposição do Sinal da
Besta - o Domingo. Tudo já está sendo minuciosamente
- 171 -
preparado, nos conciliábulos infernais, tendo em vis-
ta esse diabÕlico propósito. C.orremos o perigo de pen
sar que o movimento em pro 1 do domingo seja um acoÕ-
tecimento do futuro. Não o é! Nos grandes centros de
decisões do mundo, mormente nos EE.UU. da América, as
idéias fervilham como minhoca em terra gorda. Já no
fim do século passado estava em curso na grande nação
do norte, uma campanha para se obter uma reforma na
Cbnstituição. Esta reforma abriria as portas à into le
rância religiosa.
Por muitos anos o espírito revisio-
nista foi contido, mas agora ressurge com maior vigor.
Mais de 140 projetos já foram apresentados no C.ongres
so, destacando-se entre eles o que ficou conhecido co
co "Projeto de Reforma Becker". Ele não chegava a en-=
trar na questão dominical, mas abria uma brecha por
onde passaria mais tarde esse impostor diabÕlico. An-
tes mesmo dela aparecer, outras tentativas já haviam
sido feitas.
No dia 2 9 de maio de 1961 a Suprema Corte
dos Estados Unidos declarou que as leis dominicais
são constitucionais. De maneira notável, um membro
associado da Suprema Corte dos Estados Unidos fez-
se eco das palavras da serva de Deus ao dissentir
da opinião da Corte sobre leis dominicais: "Neste
caso a Corte parece dizer, sem querer manifestar um
gesto de deferência para com o elevado lugar que te
mos destinado à liberdade religiosa no passado, que
qualquer interesse importante justificará a intru-
são nas práticas religiosas pe Zo menos se essa in-
trusão estiver disfarçada com o manto de algum pro-
pósito público não religioso". (Juiz Brennan, Braun
fieZd v. Brown, ... ) (16)
É de se notar que as leis
dominicais não virão abertamente, contrariando os
principias da liberdade individual. Sorrateiramente
elas se infiltrarão nas consciências e nos códigos hu
manos até criarem corpo suficientemente pesados para
anassarem os espíritos sensíveis e sinceros. Mas a pe
na inspirada nos revela suas intenções: -
"O movimento
- 172 -
,/ominical está agora preparando o caminho na som-
/rm. Seus dirigentes ocultam seu legitimo intento e
muitos dos que a e 7,e aderem ignoram para onde os l!!_
"ªa corrente". (17)
Confirmando a predição proféti-
c·a, em 7 de maio de 1976, em uma das maiores revistas
c•vangélicas americanas, CHRISTIANITY TODAY, com uma
1 i ragem mensal de 130.000 exemplares, aproximadamente,
:wu editor, Mr. Harold Lindssell, através de um arti-
l'P intitulado - O DIA DO SENHOR E OS RECURSOS NATU-
J{AIS - entre outras coisas, disse:
O uso apropriado
do Dia do Senhor, totalmente separado de qualquer
implicação religiosa, pode ser conseguido por livre
escolha, ou pode ser conseguido por lei. É altamen-
te improvável que isso seja conseguido por ação vo-
lun~ária dos cidadãos em geral. Portanto, a única
maneira de alcançar esse objetivo seria através de
urna ordem legislativa dada pelos oficiais devida-
mente eleitos pelo povo. (18)
I.onge de ter sido so-
terrada sob os escombros do consumismo, a lei domini-
cal deve estar fermentando em algum.a pipa diabólica
para logo produzir o seu licor acre, mas bem ao gosto
das massas pecadoras. O movimento em pro 1 da imposi-
ção do domingo deverá ficar cada vez mais intenso à
medida que o tempo for passando. Ele proporcionará
oos fiéis servos de Deus uma áurea oportunidade para
pregar "o ponto da verdade, especialmente controverti
do" - o sábado. Elevando-se o valor do domingo, ele
va-se, automaticamente o valor do assunto - Sábado X
Ibmingo.
Seja como for, o certo é que um dia a lei do-
minical aparecerá, a partir dos EE.UU. e dali espa-
lhar-se-á pelo mundo todo. A profecia reza:
Os digni-
tários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subor-
nar, persuadir ou forçar todas as classes a honrar
o domingo. A falta de autoridade divina será supri-
da por legislação opressiva. A corrupção pol{tica
- 173 -
está destruindo o e.mor ã justiça e a consideração
para com a verdade; e mesmo na livre América do Nor
te, governantes e legisladores, a fim de canse~
guir o favor público, cederão ao pedido popular de
uma lei que imponha a observância do domingo. (19)
Tudo está preparado para que tal aconteça. No
caldo da cultura americana proliferam vírus mortais
às consciencias. "A corrupção política está dest ru-
indo o amor à justiça e a consideração para com a
verdade ••. " Esta profecia está se cumprindo letra
por letra na conjuntura social do país do norte. A
imprensa mundial nos dá conta dessa dura realidade e
alguns jornalistas até parece que conheciam a redação
profética.
A merit{ssima Corte B_uprema Americana, do
alto de seus 190 anos, não e mais a mesma. Seus
oito juízes não são tão imparciais. Seu presidente
não tão sábio - aliás, parece não ser nem um pou-
co. E suas sentenças não são mais aqueles sólidos,
definitivos atestados de verdade e justiça. Ao con
trário, e las refletem "mais decisões pragmáticas
que baseadas em princípios - obscurecendo os fatos,
torcendo a lei, pervertendo a lógica para reconci-
liar o irreconci liáve Z. (20)
Três Estágios
O Decreto Domini-
cal terá três estágios distintos e importantíssimos.
C'Dnvém conhecê-los! Agitação - Legislação - Exe-
cução. Sem que aconteça o primeiro, o segundo sera
impossível. O mesmo se diz dos demais. Os três ainda
estão no futuro.
Para que haja a agitação e necessa-
rio uma circunstância especial. E esta já está em pr~
cesso. As calamidades a que se refere o Espírito de
Profecia, já estão assolando o mundo. Aludimos à ci-
tação do fim do sub-tópico anterior. Está faltando a-
gora que as igrejas usem o arglllnento ali profetizado.
- 174 -
Podemos esperar que em breve o farão. Isso sera o iní
cio da agitação.
O argumento será: Essas calamidades
estão acontecendo por que Deus está irado conosco de-
vido à transgressão do dia santo o domingo. Preci-
samos santificar o domingo a fim de que Deus se apla-
que!
Como o argumento será insuficiente para levar o
povo à ação, o púlpito popular e apóstata começará a
pregar a necessidade da imposição legal. Como as cir-
cunstâncias serão favoráveis, muitos aceitarão o ar-
gumento e a questão se agitará mais e mais ••• Uns con-
tra, outros a favor! Isso favorecerá a pregação da
verdade. Em meio à agitação, a voz dos mensageiros de
Deus se ouvirá clara e sonora - Domingo, não! Sábacb,
sim! Nos púlpitos, nas ruas, nas tribunas das casas
legislativas, nas emissoras de rádio e TV, nos j or-
nais diários, nas revistas semanais e mensais, em to-
das as partes e por todos os meios, o assunto será um
só - Sábado X Domingo!
Esta será a áurea oportunidade
do evangelismo! A princípio sem muito atropelo, mas à
medida que a polêmica se intensifica, os argumentos
se enriquessem, os ânimos se agitam .. Os fiéis, em mi-
roria, e sem influência social, ficam em desv.antagem
física.
Por fim triunfa, aparentemente, o Mal e a lei
é conseguida - primeiro nos EE. UU. e depois no mun-
do inteiro. É o período :la legislação. Será relativa-
mente curto e estará entreverado com o anterior e o
posterior.
Conseguida a lei, começa-se a executá-la. A
principio suavemente enrijecendo com o correr do tem-
po - tempo não muito dilatado!
O Selamento
Já dissecamos o as-
sunto, mas ele entra na dança dos fatos justamente a-
g:ira. Agitada a questão do domingo, obtida a lei do-
minical, começa o selamento. Antes não! Somente então
os seres humanos ~oderão fazer a sua esco~ha entre o
- 175 -
servir a Deus ou servir ao Inimigo de Deus. Isto é
também o. juízo dos vivos. Nesta gigantesca luta toma-
rão parte somente duas classes - fiéis e infiéis. Ne-
la não haverá neutros. Dependendo da escolha que fi-
zerem receberão um ou outro selo, ficando, conseqüen-
temente, salvos ou perdidos.
O Senhor mostrou-me clara
mente que a imagem da besta será formada antes do
término do tempo da graça; pois deverá ser o grande
teste para o povo de Deus pelo qual seu destino e-
terno será decidido.( ... ). Este é o teste que o po-
vo de Deus precisa enfrentar antes de serem selados.
Todos quantos provarem sua lealdade ao Senhor pela
observância da Sua lei, e recusarem aceitar o sába-
do espúrio, alinhar-se-ão sob a bandeira do Senhor
Deus Jeová, e receberão o selo do Deus vivo. Aque-
les que renunciarem à verdade de origem celestial e
aceitarem o domingo como o sábado, receberão a mar-
ca da besta. ( ... ) . (21)
Pequeno Tempo de Angústia
Quem der um
mergulho profundo nas águas gostosas do Espírito de
Profecia, por certo emergirá trazendo na face o amar-
~ aspecto da confusão. Não que seus escritos sejam
tremendamente confusos! Mas neles também há coisas di
fíceis de se entender. E por que são difíceis? Porque
a linguagem humana é deficiente. Essa confusão parece
rã maior quando tratarmos da escatologia - uma das
partes mais difíceis da teologia. Sacudidura, Chuva
Serôdia, Se lamento, Alto Clamor, etc., são aconteci-
mentos difíceis de serem separados. O mesmo acontece
com o Tempo de Angústia.
Por vezes nos parecerá confu-
so este assunto. F.m alguns textos o Tempo de Angústia
aparece como ocorrendo depois do fechamento da porta
da graça, em outros, antes. A confusão desaparecerá
quando se notar que antes do fim da graça já haverá
una grande perseguição, especialmente em alguns luga-
res. Será um pequeno ·tempo de angústia ou angústia
- 176 -
antecipada.
Vi que Deus tinha filhos que não reconhB-
ciam o sábado e não o guardavam. Eles não haviam
rejeitado a luz sobre este ponto. E ao in{cio do
tempo de angústia fomos cheios do Esp{rito Santo
ao sa{rmos para proclamar o sábado mais amplamente.
Isto enfureceu as igrejas e os adventistas nomi-
nais, pois não podiam refutar a verdade do sábado.
E neste tempo os escolhidos de Deus viram todos
claramente que t{nhamos a verdade, e saíram e en-
frentaram a perseguição conosco. Eu vi a espada,
a fome, a pestilência e grande confusão na Ter-
ra. Os 'Ímpios achavam que t{nhamos acarretado
ju{zos sobre eles, e se levantaram e tomaram can-
se lho para desembaraçar a Terra de nós, supondo
que assim o mal seria contido.
( • •• ) • O "in{cio do
tempo de angÜstia" ali mencionado, não se refere
ao tempo em que as pragas começarão a ser derrama-
das, mas a um breve período, pouco antes, en-
quanto Cristo está no santuário. Nesse terrrpo, en-
quanto a obra de salvação está se encerrando, tri-
bulaçÕes virão sobre a Terra, e as nações fi-
carão iradas, embora contidas para não irrrpedir
a obra do terceiro anjo. (22)
Há muita lógica
em tudo o que foi dito nos dois parágrafos acima.
Cbm "o programa de ação conjunta", os "laços de
anizade" entre as igrejas se estreitaram mais e
mais; as desavenças doutrinárias foram totalmente es
quecidas e a "causa comum da humanidade" absorveu a
atenção de todos. C.Om isso, um gigantesco sistema de
forças foi formado, apresentando um poder quase in-
vencível. C.Om o despertamento religioso e as leis
dominicais, o mundo inteiro vê-se envolvido em re-
nhidas disputas teológicas, cuja argumentação mais
forte, lógica e convincente está do lado da mino-
ria. A maioria vendo-se contestada enfurece-se. A ins
piração pinta o seguinte quadro:
Estendendo-se a con-
177 -
trovérsia a novos campos, e sendo a atenção do po-
vo chamada para a lei de Deus caloada a pés, Sata-
nás entrará em ação. O poder que acompanha a mensa-
gem apenas enfurecerá os que a ela se opõem. O cle-
ro empregará esforços quase sobre-hwnanos para ex-
cluir a luz, receoso de que ilwnine seus rebanhos.
Por todos os meios ao seu alcance esforçar-se-á por
evitar todo estudo destes assuntos vitais. A igre-
ja apelará para o braço forte do poder civil, e nes
ta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. ÃÕ
tornar-se o movimento em prol da imposição do do-
mingo mais audaz e decidido, invocar-se-á a lei con-
tra os o~servadores dos mandamentos. Serão ameaça-
dos com muitas e prisão e a alguns se oferecerão po
siçÕes de influência e outras recompensas e . vantá':::::.
gens, como engodo para renunciarem a·sua fé. Mas
sua perseverante resposta será: "Mostrai-nos pela
Palavra de Deus o nosso erro" - a mesma que foi a-
presentada por Lutero sob idênticas circunstâncias.
Os que forem citados perante os tribunais, defende-
rão desassombradamente a verdade, e alguns que os
ouvirem serão levados a decidir-se a guardar todos
os mandamentos de Deus. Assim a luz chegará a milha
1"es que de outra maneira nada saberiam destas verda
des. (23)
O Fechamento da Porta da Graça
Em
meio
a> turbilhão de acontecimentos; no fragor da batalha
do Annagedon, quando a humanidade toda erwolve-se com
un só assunto - religião - nas cortes celestes é ex
pedido um terrível decreto: "continue o injusto fazen
do injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; Õ
justo continue na prática da justiça, e o santo conti
nue a santificar-se". Ap. 22:11.
Está decidida a sorte
de cada ser humano. O Grande Plano de Salvação chegou
a> seu final. O juízo irwestigativo foi concluído e
todos fizeram a sua escolha ou para o bem ou para o
mal. Nada mais poderá ser feito por quem desbaratou o
- 178 -
precioso tempo da graça. Quando as nuvens negras do
desespero·pairarem sobre algumas consciências que não
chegaram ao extremo da corrupção, mas que não se vo 1-
taram de algum pecado acariciado, muitos sentirão al-
guma vontade· de emendar sua vida, mas sera tarde de-
mais.
Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que en-
viarei fome sobre a terra, não de pao, nem sede de
água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão
de mar a mar, e do norte até ao oriente; correrão
por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e
não a acharão. Naquele dia as virgens formosas e os
jovens desmaiarão de sede, os que agora juram pelo
{dolo de Samaria, e dizem: Como é certo ·viver o teu
deus, ó Dã; e: Como é certo viver o culto de Berse-
ba; esse_s mesmos cairão, e não se levantarão jamais.
Am.8:11-14.
Isto, naturalmente será a experiência
de muitos, mas não de todos! A vida sobre a face da
terra continuará normalmente como se nada de anormal
estivesse se passando.
Assim, quando a decisão irrevo-
gável do santuário houver sido pronunciada, e para
sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os ha-
'bitantes da Terra não o saberão. As formas de reli-
gião continuarão a ser mantidas por um povo do qual
finalmente o Espírito de Deus Se tera retirado; e o
zelo satânico com que o príncipe do mal os inspira-
rá para o cumprimento de seus maldosos desígnios, te
rá a semelhança do zelo para com Deus. (24) -
As Sete Oltimas Pragas
Apenas um acon
tecimento poderá denunciar os dias fatídicos em que
se vive - o derramamento das Sete Últimas .Pragas.
Elas começarão a cair justamente depois de encerrado
o fim da misericórdia. Mas como elas não serão univet
l>\ai.s e nem vir ao com uma etiqueta comercial identi=
ficadora, a grande maioria dos seres humanos, quiçá
.
dos próprios fiéis, não se aperceberão. Entretanto,
muitos desses acontecimentos ou castigos enfurecerão -
- 179 -
ainda mais os Ímpios.
Essas pragas serão o castigo di-
vino para os ousados habitantes da terra nos Últimos
dias. Assim corno a Última geração de fiéis será a
mais desternida e ousada na propagação da verdade, ex-
pargindo sua luz em meio às circunstâncias mais pro-
bantes e por isso receberão honras especiais no reino
de Deus, assim também a Última geração de Ímpios será
a mais aviltada e a que maior blasfêmia cometerá con-
tra os céus, e por isso receberão um castigo distinto,
mais de acordo com os seus pecados. Não apenas a mor-
te, mas uma morte mais marcante do que a de todos os
outros pecadores.
Não gostaríamos de nos demorar muito
neste recanto medonho da teologia, mas, como não de-
dicamos nenhum capítulo a ele, daremos rápidas pince-
ladas em seus contornos. E a primeira coisa que gos-
taríamos de dizer é que este assunto nos é demasiada-
mente pesado e até mesmo repulsivo - dificilmente pre
gamos sobre ele. Não que sejamos contra ele ou que
não concordamos com sua presença no seio das Escritu-
ras. Quem somos nÕs para tal! O que podemos ·entender
de tal assunto é que ele faz parte do "estranho ato"
de Deus. O que não nos parece justo é fazer dele o
centro de nossa mensagem, o cavalo de nossos batalhas.
As Sete Últi1J1aS Pragas cobre o período de tempo
que vai desde o fechamento da Porta da Graça até a
Volta de Cristo. Elas não serão Universais - isto é,
caindo sobre todos e em todos -os lugares. Cairão ape-
nas sobre os Ímpios. Algumas caem em determinadas re-
giões e outras sobre outras regiões.
A Angústia de Jacó
Enquanto as Se-
te Últimas Pragas serão a aflição final dos Ímpios, a
Angústia de Jacó será a dos fiéis. Não que eles ainda
precisem ser castigados ou purificados, mas será uma
consequência natural do tempo em que vivem e uma se-
quela de suas ações. A obra de Cristo, corno Mediad0r
ro Santuário Celeste, foi encerrada; o Espírito Santo
- 180 -
foi retirado da terra: o mundo ficou entregue ao Prín
cipe do Mal, tudo isso concorre para uma situação des
favorável, para uma incerteza, uma angústia. -
Qual o pe
ríodo de tempo dessa angústia, nós não o sabemos. ~
parentemente ele será curto, mas o suficiente para
ser sentido e vivido. Sua motivação é denunciada pelo
próprio título - Angústia ele Jacó, e tem suas raízes
nos escritos do profeta Jeremias (30:7). O contexto
histórico nos conta toda uma gama de ac<':mtecimentos
que encontrarão paralelos na vida dos filhos de Deus
que viverem nos Últimos dias. Jacó não era un "santo",
mas também não era um "pecador". Havia cometido um
grave erro, mas havia se arrependido. Entretanto, ele
não tinha certeza de seu perdão e de sua aceitação
por parte d~ Deus, muito menos por parLe de seu irmão
a quem tinha lesado. Se Deus o houvesse perdoado, te-
ri.a a Sua proteção. E caso contrário? Estaria à mercê
dd Ódio de seu irmão. Isto motivava-lhe uma angústia
mental muito séria.
Assim será com os fiéis dos Últimos
dias. Já cometeram muitos pecados em sua vida e peca-
dos gravíssimos. Confessaram, é bem verdade, mas sua
fé não era suficientemente grande para lhes assegurar
a certeza de que todos os pecados forani perdoados. A
ausência de um Mediador, torna o ar mais carregado e
a insegurança ainda maior. O ataque redobrado do Prín
cipe das Trevas é facilitado por essa circunstância-:-
A grande interrogação será: Estou eu completamente
perdoado?
Naturalmente, a experiência de cada um sera
diferente. Ela variará de acordo com o grau de conhe-
cimento e o exercício da fé.
Os que agora exercem pou-
ca fé, correm maior perigo de cair sob o poder dos
enganos de Satanás, e do decreto que violentará a
consciência. E mesmo resistindo à prova, serão imer
sos em uma agonia e aflição mais profundas no tempo
de angústia, porque nunca adquiriram o hábito de
confiar em Deus. As lições da fé as quais negligen-
- 181 -
ciaram,. serão obrigados a aprender sob a pressao
terrível do desânimo. (25)
Precisamos fazer uma pe-
quena diferença entre - Tempo de Angústia e Angústia
de Jacó. Aquele será um tempo genérico, englobando to
dos os seres vivos dos Últimos dias. Esta Última serã
o que já descrevemos. Um problema específico dos fi-
éis.
O "tempo de angústia como nunca houve" está pres-
tes a manifestar-se sobre nós; e necessitaremos de
uma experiência que agora não possuímos, e que mui-
tos são demasiado indolentes para obter. Dá-se mui-
tas vezes o caso de se supor maior a angústia do
que em realidade o é; não se dá isso, porém, com re
ralção à crise diante de nós. A mais v{vida descri=
ção não pode atingir a grandeza daquela prova. Na-
quele tempo de provações, toda alma deverá por si
mesma estar em pé perante Deus. (26)
Talvez algumas
mentes de curiosidade mais aguçada se façam a si mes-
mas a aparentemente inútil pergunta: Por que um tempo
de angústia? Realmente é urna boa pergunta. Os fiéis
já foram selados. Seu destino eterno já está decidido.
Seu caráter não tem mancha ou nÓdoa sequer. Por que,
então, Deus permite que lhes sobrevenham aflições in-
dizíveis? Terá Ele prazer na agonia de Seus filhos?
Naturalmente a resposta a esta Última indagação
é Óbvia e não oferece maiores problemas, mas a pri-
meira merece um pouquinho de nossa atenção. Podería-
nns dizer que o tempo de angústia tem dois aspectos
diferentes: a) desenvolvimento do caráter; b) refu-
tar uma antiga acusação satânica.
Apesar de os s.antos
já terem alcançado urna experiência que os capacite in
gressar nas Mansões Celestiais, eles ainda precisam
alcançar um grau mais elevado de santificação. A ex-
periência de cada indivíduo é peculiar. Uns terão ca-
caracteres que outros ainda não possuem. Mas todos
precisam chegar "à unidade da fé e do pleno conheci-
mento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, àme
- 182 -
dida da estatura da plenitude de Cristo". (Ef.4:13).
Agora vejamos o outro aspecto da questão. Quando
Lúcifer se rebelou nos céus, entre outras acusações,
ele sustentou que os seres htmlanos não poderiam obe-
decer, por si só, aos reclamas da Lei de Deus. Na que
da de Adão e Eva ele pensou ter provado sua acusação-:-
É necessário, portanto, que o Universo inteiro fique
sabendo que isso não é verdade. O Criador dotou os se
res hlllllanos de capacidade suficiente para entender e
realizar os Seus reclamas. Durante o Tempo de Angús-
tia, ~s fiéis viverão sobre a terra sem o auxílio de
un Mediador.
Deixando Ele (Jesus) o santuário, as tre-
vas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo
terrível os· justos devem viver à vista de um Deus
santo; sem intercessor. Removeu-se a restrição que
estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio com
pleto sobre os que finalmente se encontram impeni-::
tentes. Terminou a longanimidade de Deus: O mundo
rejeitou a Sua misericórdia, desprezou-Lhe o amor,
pisando Sua lei. Os Ímpios passaram os limites de
seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistente
mente resistido, foi, por fim, retirado. Desabriga=
dos da graça divina, não têm proteção contra o ma-
ligno. Satanás mergulhará então os habitantes da
Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os
anjos de Deus de conter os ventos irrrpetuosos das
paixões humanas, ficarão às soltas todos os elemen-
tos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em
ru{na mais terrível do que a que sobreveio a Jeru-
salém na antigüidade.
Assim como Satanás influenciou
Esaú a marchar contra Jacó, instigará os Ímpios a
destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. E
assim como acusou a Jacó, acusará o povo de Deus.
Conta com as multidões do mundo como seus súditos;
mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos de
Deus,está resistindo a sua supremacia. Se ele os
pudesse eliminar da Terra., seu triunfo seria com-
pleto. Ele vê que santos anjos os estão guardando, e
deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sa-
- 183 -
be que seus casos foram decididos no santuário ce-
lestial. Tem um conhecimento preciso dos pecados
que os tentou a cometer, a apresenta esses pecados
diante de Deus sob a mais exagerada luz, re_p~esen
tando a este povo como sendo precisamente tao mere-
cedor como ele mesmo da exclusão do favor de Deus.
Declara que com justiça o Senhor não pode perdoar--
lhes os pecados, e, no entanto, destruir a ele e
seus anjos. Reclama-os como sua presa, e pede que
sejam entregues em suas mãos para os destruir.
Acusan
do Satanás o povo de Deus por causa de seus pecadoS,
o Senhor lhe peY'l71ite que os prove até o último ponto.
Sua confiança em Deus, sua fé e fiY'l71eza, serão seve
ramente postas à prova. Ao reverem o passado," suas
esperanças desfalecem; pois que em sua vida inteira
pouco bem podem ver. Estão perfeitamente cônscios
de sua fraqueza e ingidnidade. Satanás se esforça
por aterrorizá-los com o pensamente de que seus ca-
sos não dão ma:rigem a esperança, que a mancha de seu
aviltamento jamais será lavada. Espera destrui~lhes
a fé, de tal maneira que cedam às suas tentaçÕes,
desviando-se de sua fidelidade para com Deus. (27)
Conseguirá? Nunca, jamais! Já foram ultrapassados
os limites da eternidade e os santos estão fora do al
cance do Arqui-Enganador.
Com os dois aspectos J a ven-
tilados, poderíamos invocar um terceiro que estava es
capando pela porta dos fundos de nossa memória. Pas:=-
sando pelo Tempo de Angústia, os fiéis da Última ge-
ração terão participado com Cristo, de maneira mais
direta, de Sua agonia no Horto. Isto os ligará mais
Íntimamente, capacitando-os para estarem junto dEle,
como sacerdotes, recebendo, em vista desses fatos,
h:inras especiais no reino de Deus. Não é debalde que
em nenhum outro lugar da Bíblia apareça, em época al-
guma, um outro povo "selado com o selo do Deus vivo"!
E é por esta razão que se crê que este selo seja um
selo especial, diferente do "selo do Espírito" que
todos os fiéis recebem "para o dia da redenção". (Ef.
1:13 e 4:30)
- 184 -
O Decreto de Morte
Marcando o início
da Antústia de Jacó, outro acontecimento entra em ce-
na no palco da terra - o Decreto de Morte. Ele une seu
medonho rugir ao rugir de tantos outros fantasmas que
apavoram os filhos de Deus. Apesar de a Angústia de
Jacó não ser motivada tanto pelas ameaças como pela
incerteza, essas ameaças de castigos engrossam o azor
rague que chibateia o povo do Senhor.
Não tendo podido
vencer os fiéis pelo argumento, tentarão vencê-los pe
la violência. Como o Decreto Dominical não surtiu o
efeito visado, outro decreto é conseguido pelas igre-
jas, oriundo do poder civil. Nesse decreto se especi-
ficam castigos mais severos e determina-se "um .dia"
em que todos os odiosos sabatistas serão desarraiga-
dos da face da terra pela morte. E nesse dia, o Senhor
intervirá em favor de Seus fiéis. Portanto, pouco an-
tes de Jesus aparecer nas nuvens dos céus, poderemos
saber o dia desse acontecimento.
(. . . ) expedir-se-á, por
fim, um decreto contra os que santificam o sábado do
quarto mandamento, denunciando-os como merecedores
do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade
para, depois de certo tempo, matá-los. (28)
Mas nin-
guém será morto! (29) Por que morrer?
Se o sangue das
fiéis testemunhas de Cristo fosse derramado nessa
ocasião, não seria como o sangue dos mártires, qual
semente lançada a fim de produzir uma messe para
Deus. Sua fide Udade não seria testemunho para con-
vencer outros da verdade; pois que o coração endu-
recido rebateu as ondas de misericórdia até não
mais voltarem. Se os justos fossem agora abandona-
dos para caírem como presa de seus inimigos, seria
um triunfo para o príncipe das trevas. ( . .. ). Glori-
oso será o livramento dos que pacientemente espera-
ram pela Sua vinda, e cujos nomes estão escritos no
- 185 -
no livro da Vida. (39)
Uma Ressurreição Especial
Quase no fim
do tempo de Angústia, pouco antes do Senhor Jesus apa
recernas nuvens dos céus, haverá uma ressurreição es
pecial. Nela ressuscitarão os fiéis que morreram de::-
pois de 1844 como também a turba vi 1 que condenou Je-
sus à crucificação. É o verso 2 de Daniel 12 que nos
dá algumas informações sobre essa ressurreição -"Mui-
tos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns
para a vida eterna, e outros para a vergonha e o hor-
ror eterno".
"Muitos", não todos. O Senhor Jesus certa
vez afirmou: "Vem a hora em que TODOS os que se acham
ms túmulos ouvirao a sua voz e sairão; os que tive-
rem feito o bem, para ai ressurreição da vida; e os
que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do
juízo". (Jo .5 :28 e 29). Bem se vê que as passagens
Daniel e João - tratam de duas ocasiões diferentes.
A primeira é uma ressurreição especial e a segunda
tma ressurreição geral.
É a luz deste conceito que en
tendemos Ap. 1:7, Última parte. Ali diz que "até os
que o traspassaram" verão o Senhor voltar. Se eles
roorreram há quase dois mil anos, como poderão vê-LO ?
Já está respondido. Voltemos, entretanto, nossos olha
res para os fiéis e vejamos porque serão felizes res::-
suscitando pouco antes de Cristo voltar.
Pouco antes
de 1844, e mesmo depois, inclusive hoje, milhares de
lnmens e mulheres abandonaram tudo nesta vida para de
dicar-se exclusivamente à Causa de Deus na terra, vi::-
vendo e ensinando a mensagem da volta de Cristo. Mui-
tos deles puseram no acontecimento todas as suas e-
nergias e toda a sua esperança. Morreram, porém, sem
verem-na concretizada. Talvez alguns tenham baixado
à tumba fria levando na alma uma leve sensação de der
rota. Mas o Senhor não se esquecerá de Seus fiéis! E::-
les ressuscitarão em tempo para verem "o Filho do ho-
- 186 -
mem vindo sobre as nuvens do ceu com poder e muita
glória" (Mt .24:30) e dizerem com os demais remidos
dos Ültimos dias - "Eis que este é o nosso Deus, em
quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor,
a quem aguardávamos: na sua salvação exultaremos e
ms alegraremos". (Is.25:9). E não somente isso! Eles
ouvirão "o concerto de paz, estabelecido por Deus com
os que guardaram a Sua Lei". (31) A pergunta é: que
concerto é esse?
Todos os concertos que Deus fez com o
Seu povo foram feitos à base de Lei. Quem não obedece
está sempre em suspense, aguardando uma reação do su-
perior e por isso não pode ter paz. Obediência é paz.
É uma forma· de pagamento. Quem deve, não tem paz. A-
liás, dizem os entendidos que em latim as P.alavras
paz (pax) e pagar (pacare) têin a mesma ·raiz. Que rela
cionamente há entre esse silogismo e o problema em
questão? Vejamos:
Desde séculos imemoriais, o Grande
Apóstata tem procurado subverter a ordem através da
rebelião. Neste Grande C.Onflito o homem foi enredado,
fazendo-se cÚmplice também. Usado por Satanás ele foi
paulatinamente destronando a Deus em seu coração e
transgredindo Seus mandamentos. A ousadia encontrou o
seu clímax na mudança do sábado para o domingo como
dia de repouso. Isto implicou na substituição do si-
nal de Deus pelo sinal da Besta. Coube ao Grande Mo-
vimento Adventista, especialmente a partir de 1844,
restaurar essa verdade gloriosa e reivindicar a Lei
de Deus. Porque Deus os ama, eles querem "pagar" esse
anor com sua obediência. No final dos tempos, os ím-
pios se tornarão mais e mais ousados e reivindicar
algo deles não será fácil, especialmente obediência
estrita ao Senhor. A Ültima geração de fiéis enfren-
tará a mais acirrada oposição e o Senhor os recompen-
sará (pagamento) com uma honra especial - Sua pÜblica
aprovação. Diz a Inspiração:
No tempo da angú.stia fu-
187 -
gimos todos das cidades e vilas, mas fomos persegui
dos pelos impios, os quais entraram nas casas dos
santos com espada. Eles ergueram a espada para ma-
tar-nos, mas esta quebrou-se, e ca{u ao chão tão im
potente como palha. Então clamamos dia e noite por
Livramento, e o clamor subiu até Deus. O Sol apare-
ceu, a Lua permaneceu imóvel, as correntes de água
cessaram de fluir. Nuvens negras e pesadas se acumu
foram e se chocavam umas contra as outras. Mas há=
via um espaço cforo de gwria indescritivei, de on-
de veio a voz de Deus como de muitas águas, a quai
fez estremecer os céus e a Terra. O céu se abria e
se fechava e estava em comoção. As montanhas se agI
tavam como uma cana ao vento e anf·ratuosas rochas
eram Lançadas ao redor. O mar fervia como uma pane-
la e arremessava pedras sobre a TeYTa.E ao anunciar
Deus o dia e a hora da volta de Jesus e declarar o
concerto eterno com Seu povo, Ele proferia uma sen-
tença, e antão fazia uma pausa, enquanto as pala-
vras reboavam através da Terra. O Israel de Deus
permanecia com os olhos fixos no alto, atento -
as
palavras que vinham da boca de Jeová e rolavam atra
vés da Terra como trovoadas. Isto era terrivelmente
solene. E ao fim de cada sentença os santos clama-
vam: "GLÓ.r>ia! Aie Luia!" Seus rostos estavam i Lumi-
nados com a gwria de Deus; e bri Lhavam com a gw-
ria, como a face de Moisés quando desceu do Sinai.
Os impios não podiam o Lhar para êies por causa da
gwria. E quando a interminável bênção foi pronun-
ciada sobre os que haviam honrado a Deus e guardado
o Seu santo sábado, houve um estrondoso clamor de
vitória sobre a besta e a sua imagem. (32)
Enquanto
estas palavras de santa confiança ascendem a Deus~
as nuvens recuam, e se vêem os constelados céus, in
descritivelmente gloriosos em contraste com o firma
menta negro e caYTegado de cada Lado. A gwria da
cidade celestial emana de suas portas entreabertaa.
Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando
duas táboas de pedra dobradas uma sobre a outra•.•••
- 188 -
Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre
trovõres e chamas foi do Sinai proclamada como guia
da vida, revela-se agora aos homens como a regra
do juizo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os precei
tos do decálogo, como que traçados com pena de fogo.
As palavras são tão claras que todos as podem ler.
Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes
as trevas da superstição e heresia, e os dez precei
tos divinos, breves, compreensivos e autorizados, a=
presentam-se à vista de todos os habitantes da Ter
ra. (33)
A Ressurreição Geral
Na ressurreição
~~pecial sairao os fiéis que morreram depois de 1844,
e na ressurreição geral, os fiéis de todos os tempos •
.Aquela ocorrerá pouco antes de Cristo aparecer nas
nuvens dos céus, enquanto que esta terá lugar justa-
mente depois que Ele já apareceu. O concerto de paz
é estabelecido e •..
Surge logo no Oriente uma pequena
nuvem negra., aproximadamente da metade do tamanho da
mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e
que, a distância, parece estar envolta em trevas. O
povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do ho-
mem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxi
ma da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, ate
se tornar grande nuvem branca, mastrando na base u-
ma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada
pelo arco-iris do concerto. Jesus, na nuvem, avança
como poderoso vencedor. (34)
Será realmente o maior
espetáculo da terra! Olhos humanos jamais viram e men
te mortal jamais imaginou! Temos pena da pena, porque
é incapaz de descrever tão gigantesco espetáculo! Mi-
lhares de milhares de seres celestiais acompanham o
Rei dos Reis. Desde Seu trono aéreo, o Senhor Jesus
chama os fiéis que dormem no pÓ da terra.
Por entre as
- 189 -
vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ri-
bombo do trovão, a voz do Fi Lho de Deus chama os
santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos
justos e, Levantando as mãos para o céu, brada: "Des
pertai, despertai, despertai, vós que dorrn{s no pó;
e surgi!" Por todo o comprimento e Largura da Terr0r
os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem vive
rãa. E a Terra inteira ressoará com o passar do e=
xército extremamente grande de toda nação, tribo,
Língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, reves-
tidos de glória imortal, clamando: "Onde está ó mor
te, o teu agui thão? Onde está, ó inferno, a tua vi-::
tória ?" ( . .. ) E os vivos justos e os santos ressus-
citados unem as vozes em prolongada e jubitosa acia
mação de vitória. (35)
Ainda que isso Iosse tnna uto-
pia, por certo seria tnna boa utopia! Mas não o é! Ago
ra é apenas tnna esperança, porém em tnn futuro não muT
to distante será tnna feliz realidade. Esperança me=
lhor do que essa o mundo não tem para nos oferecer.
Aliás, nem menor! Todos os paraísos terrestres que as
vãs filosofias humanas têm oferecido, já ruíram por
terra como os castelinhos de areia nas praias do mar.
Entretando, até agora a Palavra Profética jamais fa-
lhou e por certo não irá falhar jamais!
1. 2 GI'XX - 222.
2. GC - 610.
3. MIA - 18-35.
4. 2 GTXX - 239 e 218.
5. GC - 593.
6. 1 PC - 39.
7. 2 GTXX - 205-206.
8. GC - 592-593.
9. se - 158.
10 III TSM - 234.
11. III TSM - 70.
12. se - 41.
- 190 -
13. GC - 612.
14. GC - 389.
15. GC - 594-595.
16. PPCF - 153.
17. I I TSM - 152.
18. 7 ,8/77 MA - 5.
19. GC - 597.
20. 12 . 12 . 7 9V j. - 44.
21. 7 BC - 976.
22. PE - 34-34 e 85.
23. GC - 613.
24. GC - 621.
25. GC - 62 7.
26. GC - 628.
27. GC - 620 e 624.
28. GC - 621.
29. PE - 283-284.
30. GC - 638-639.
31. GC - 643.
32. PE - 34.
33. GC - 644-645.
34. GC - 646.
35. GC - 649-650.
E P 1 L OGO
- 192 -
1
11•torno da Sacudidura mas nao apresenta as credenciais
d1• uma reforma genuína. Precisamos crer na Reforma pro
l1•tizada, mas não devemos aceitar a "Reforma" realiza=-
da. As razões são Óbvias e jã foram amplamente discuti:_
"118 •
A Sacudidura fará - ou já está fazendo - a sua obra
,. •Jaí sairá um povo puro e santo que receberá o selo
d1· Deus. Esse grupo ê chamado, em Apoca.lipse, de Cento
,. Quarenta e Quatro Mil. Os 144.000 são os justos vi- \
vos por o cai:: ião da vo ! ta de Cristo. Eles ~ão. passarª-?
I'' · 1a mor Ee -mas passar ao pelo tempo de angus ~ 1 a. Cons t~Y
111 ir-se-ao em um grupo especial que recehera honras es
(IPciais no Reino de Deus. -
_____ Há muita curiosidade a respei-
' º desse gr11po, mas o mais importante ê conhecer-se o
•!1•11 caráter e as condições que farão deles um grupo es
1•1•1'.ial. Não basta satisfazer-se a mera curiosidade, e
pn•ciso se aprender e por em prática as grandes verda-
d1·~: que o Senhor revelou aos Seus filhos que vivem nos
11 I timos dias.
Estames bem conscientes de nossas limita-
•;.,t>s e das tremendas dificuldades que enfrentam os lei
l11res - especialmente os menos favorecidos pelas le=-
1 ias - em compreender um assunto tão profundo e de tal
111.1gnitude. Mas cremos sinceramente que ê possível se
i1 3lem do tacanho conhecimento que muitos possuem e
11111 o qual se satisfazem.
Há uma urgente necessidade de
1111:: posicionarmos firmemente ao lado da verdade a fim
d·· não nos desviarmos nem para a direita e nem para a
1·11q11erda. Os dias são solenes e os perigos que nos cer
• 11111 são inimagináveis. Qualquer movimento em falso po=-
olo·rii por em risco a nossa salvação e a salvação daque-
l 1·1: que nos cercam. Tremendas são as responsabilidades
•1111· repousam sobre os ombros do Povo do Senhor. Mais
111·111l'nda ainda ê a dos Ministros, e, quiçá, maior a1n-
ol11 a dos Administradores da Obra de Deus.
Tudo isso exi~
1•.1· dl• nôs - quem quer que sejamos, Administradores, Mi
11i111ros, Oficiais ou Leigos - ação decidida, segura e
- 193
urgente. De cada um de nõs depende, em grande medida, o
sucesso ou-o fracasso dessa Obra e o rumo dos aconteci-
mentos vindouros.
Deus depende de seres humanos na conse-
cução de Seus. planos e Ele não os força a seguir Sua di
reção. É bem verdade que Ele não fica à mercê dos capri
chos dos homens. Por vezes Deus arma as situações a fim
de que alguns se disponham a segui-Lo. E aqui estã o se
gredo de nosso posicionamento! -
Compreendendo a verdade pre
sente e aceitando inteiramente a mesma, temos melhores
chances de acompanhar os movime11tos divinos e sairmos vi
toriosos na Última batalha da terra - o famigerado Arm~
gedon.
Não poderíamos findar este volume sem deixar ao lei
tor um apelo em forma de pergunta. Uma pergunta que fi..:-
que a martelar a consciência, incomodando, ê bem verda-
de, mas auxiliando tambêm. Caro leitor, depois de uma
leitura como esta, qual ê sua posição diante do exposto
aqui?
o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o
- 194
B I B L I OGR A F I A
- 195 -