IMERSAO - Questoes

IMERSÃO
DIREITO PENAL (PARTE GERAL)

QUESTÕES
1- Assinale a alternativa correta:

a) Claus Roxin, adepto do funcionalismo sistêmico, preconiza que a finalidade do Direito Penal é
assegurar bens jurídicos.
b) Günter Jakobs, adepto do funcionalismo sistêmico, preconiza que a finalidade do Direito Penal é
assegurar bens jurídicos.
c) Claus Roxin, adepto do funcionalismo teleológico, preconiza que a função do Direito Penal é
assegurar a vigência da norma.
d) Günter Jakobs, adepto do funcionalismo radical, preconiza que a função do Direito Penal é
e) Claus Roxin, adepto do funcionalismo moderado, preconiza que a função do Direito Penal é
2- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ:

a) Aplica-se o princípio da insignificância à conduta formalmente tipificada como furto consistente
na subtração, por réu primário e sem antecedentes, de um par de óculos avaliado em R$ 200,00.
b) Não se aplica o princípio da insignificância à conduta de policial civil que, mesmo autorizado a
portar ou possuir arma de fogo, não observa as imposições legais previstas no Estatuto do
Desarmamento, que impõem registro das armas no órgão competente.
c) Não é possível afastar a tipicidade material do porte de substância entorpecente para consumo
próprio com base no princípio da insignificância, ainda que ínfima a quantidade de droga
apreendida.
d) Não se aplica o princípio da insignificância ao porte de munição, ainda que desacompanhada de
arma de fogo.
e) É possível a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho e contrabando.
Facebook: CP IURIS Instagram: @cpiuris

Email: contato@cpiuris.com.br
www.cpiuris.com.br
I- Segundo o STF, são parâmetros para aplicação do princípio da insignificância: (a) a mínima
ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo
grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada.
II- A terceira velocidade do Direito Penal diz respeito ao neopunitivismo.
III- O Direito Penal Quântico não se contenta com a mera relação de causalidade física de causa e
efeito para fins de nexo causal.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) Apenas III está correta.
Gabarito: D
I- Correta. STF (HC 98.152-MG, DJ 5/6/2009).
II- Incorreta. A quarta velocidade do Direito Penal diz respeito ao neopunitivismo e a terceira ao
Direito Penal do Inimigo.
III- Correta. Direito penal quântico: consiste no direito penal que não se contenta com a mera
relação de causalidade (relação física de causa e efeito), mas também com elementos
indeterminados, como o chamado nexo normativo e a chamada tipicidade material.

a) Direito Penal Paralelo se refere ao abuso de poder cometido por agências de criminalização
estatais.
b) O aprisionamento de doentes mentais por médicos é um exemplo de Direito Penal Subterrâneo.
c) A espiritualização do Direito Penal constitui exemplo da terceira via do Direito Penal.
d) O crime do art. 38 da Lei 9.605/98, que pune as condutas de destruir ou danificar floresta
considerada de preservação permanente constitui uma norma penal em branco ao quadrado.
e) A norma penal em branco não pode ser complementada por norma estadual.
5- Assinale a alternativa incorreta:

a) O Direito Penal de Emergência visa atender demandas de criminalização. Com isso, edita normas
repressivas, em regra, sem atenção subsidiário e fragmentário do Direito Penal, assumindo feição
eminentemente punitivista.
b) O Direito Penal Promocional é usado pelo Estado como forma de alcançar seus objetivos políticos.
c) Segundo o Direito de Intervenção, as infrações a bens jurídicos difusos e as de perigo abstrato
deveriam ser reprimidas por por meio de um sistema jurídico de garantias materiais e processuais
mais flexíveis, sem risco da privação de liberdade do infrator. Esse direito está situado entre o direito
penal e o direito administrativo.
d) Conforme o Direito Penal como Proteção de contextos da vida em sociedade, a seara penal deve
dar especial enfoque as infrações aos bens jurídicos individuais, já que são estas mais sujeitam a
ricos os contextos de vida.
e) A "privatização" do direito penal é a expressão empregada a fim de realçar o atual e crescente
enfoque dado à vítima no âmbito criminal.

I- A espiritualização do direito penal diz respeito a criminalização de bens jurídicos transindividuais.
II- Garantismo hiperbólico monocular é expressão utilizada por parte da doutrina para criticar o
excesso de garantias penais e processuais penais conferidas ao réu, sem que igual proteção seja
dada à vítima e aos bens jurídicos tutelados pelas normas penais.
III- O ecocídio foi reconhecido pelo Tribunal Penal Internacional como crime contra a humanidade.

a) Na norma penal em branco imprópria o seu complemento normativo não emana de lei em
sentido estrito (mas de uma portaria, por exemplo).
b) Na norma penal em branco heterogênea, o seu complemento normativo emana de lei em sentido
estrito.
c) A norma penal em branco heterogênea pode ser homovitelina ou heterovitelina.
d) O crime de tráfico é exemplo de norma penal em branco em sentido estrito.
e) O crime de bigamia é exemplo de norma penal em branco homogênea homovitelina.

a) O STF reconhece o racismo como um mandado de criminalização expresso.
b) A interpretação suis generis exofórica verifica-se quando o significado da norma interpretada não
está no ordenamento normativo.
c) Constitui um exemplo de analogia abarcar o emprego de armas brancas no crime de roubo
majorado pelo “emprego de arma”, do art. 157, §2, CP.
d) No delito de bagatela imprópria estão presentes o desvalor da conduta e do resultado, havendo
conduta típica (formal e materialmente), antijurídica e culpável, a aplicação da pena, contudo,
diante das circunstâncias do caso concreto, revela-se desnecessária.
e) O crime de genocídio é uma norma penal em branco ao revés.
Gabarito: C
a) Correta. “A Constituição de 1988 contém um significativo elenco de normas que, em princípio,
não outorgam direitos, mas que, antes, determinam a criminalização de condutas (CF, .1rt. 5°, XLI,
XLII, XLIII, XLIV; art. 7°, X art. 227, § 4°). Em todas essas normas é possível identificar um mandado
de criminalização expresso, tendo em vista os bens e valores envolvidos." (STF- Segunda Turma- HC
104410- Rei. Min. Gilmar Mendes- DJe 27/03/2012).
b) Correta. Como no caso palavra "tipo" no art. 20 do CP, que tem seu significado extraído da
doutrina (e não da lei).
c) Incorreta. Constitui um exemplo de interpretação extensiva abarcar o emprego de armas brancas
no crime de roubo majorado pelo “emprego de arma”, do art. 157, §2, CP.
d) Correta. Há uma irrelevância penal do fato nesses casos.
e) Correta. Isso porque seu preceito secundário (a pena) precisa ser complementado por outra
norma.

I- A interpretação analógica é uma regra de integração do ordenamento jurídico.
II- O STF de maneira pacífica aplica o princípio da insignificância ao crime de apropriação indébita
previdência cujo prejuízo seja inferior a vinte mil reais.
III- O STF possui precedente aplicando o princípio da insignificância a crime praticados por prefeitos.
10- (2015/CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto)

Conforme a jurisprudência do STF, o princípio da insignificância
a) não se aplica ao crime de contrabando.
b) não se aplica ao tráfico internacional de armas de fogo, exceto em casos que se restrinjam a
cápsulas de munição.
c) deve ser adotado em casos de crime de tráfico de drogas.
d) é aplicável ainda que o agente seja reincidente ou tenha cometido o mesmo gênero de delito
reiteradas vezes.
e) é aplicável ao crime de roubo.

a) Convencido da atipicidade dos fatos, o delegado arquivará o inquérito.
b) Não é cabível interposição de recurso em qualquer hipótese de arquivamento de inquérito policial.
c) Se o delegado de polícia que preside o inquérito policial for amigo íntimo do acusado, a vítima poderá
opor a sua suspeição.
d) Verificando que o investigado possui doença mental, o delegado deverá instaurar incidente de
insanidade mental.
e)A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo
nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.

a) Cabe a interposição de recurso em sentido estrito da decisão de arquivamento do inquérito policial
que apure crimes contra a economia popular.
b) O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
c) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade
policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade
ou a ordem pública.
e) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas
e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

I- Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito não caberá recurso.
II- O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
III- Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos
do inquérito.
a) Todas estão corretas.
e) Apenas II está correta.
a) Faz coisa julgada material o arquivamento de inquérito policial, em razão de ausência de condição da
ação.
b) Segundo o STF, o arquivamento do inquérito policial, em razão de presença manifesta de causa
excludente da ilicitude faz coisa julgada material.
c) É possível desarquivar o inquérito policial arquivado por atipicidade da conduta.
d) O arquivamento do inquérito policial em razão de existência manifesta de causa extintiva de
punibilidade, exceto certidão de óbito falsa, faz coisa julgada material, segundo o STF.
e) Segundo o STJ, o arquivamento do inquérito policial, em razão de presença manifesta de causa
excludente da ilicitude não faz coisa julgada material.
15- Quanto aos prazos de conclusão do inquérito policial, assinale a alternativa incorreta:
a) Segundo o CPP, o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
b) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver
preso, e de 90 dias, quando solto.
c) Nos crimes contra a economia popular, o inquérito policial, deverá terminar em 15 dias.
d) Segundo o Código de Processo Penal Militar, o inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o
indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar
o inquérito, estes prorrogáveis por mais 20 dias.
e) O prazo de conclusão do inquérito dos crimes de competência da justiça federal é de 15 dias
prorrogáveis por mais 15, se o réu estiver preso.

I- Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, independentemente de autorização
judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
II- O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência ao
delegado, no curso do inquérito policial, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
III- Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
17- João e Maria, com liame subjetivo, roubaram um supermercado. João foi preso em flagrante e
Maria fugiu. Instaurado um só inquérito policial para apurar a conduta de ambos, o delegado de
polícia indiciou os dois por crime de roubo. Ao receber os autos de inquérito, o promotor denunciou
apenas João, silenciando-se acerca de Maria. Diante desses fatos, assinale a alternativa correta:
a) Houve o arquivamento implícito, admitido pelo STF, em relação à Maria.
b) Houve o que a doutrina denomina de arquivamento indireto.
c) Apenas diante de provas novas Maria poderá ser denunciada.
d) A atuação do promotor de Justiça ensejou o arquivamento implícito objetivo do inquérito policial.
e) Maria poderá ser denunciada até a data em que se verificar a prescrição de sua conduta.

a) Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do promotor de Justiça, não pode
a ação penal ser iniciada sem novas provas.
b) A vítima pode impetrar mandado de segurança para impedir o arquivamento de inquérito policial.
c) É inviável anulação do processo penal por eventuais nulidades no inquérito.
d) Notícias anônimas de crime, desde que verificada a sua credibilidade por apurações preliminares,
podem servir de base válida à investigação e à persecução criminal.
e) Apenas após autorização formal do STF pode ser instaurado inquérito policial para investigar
autoridade com foro por prerrogativa nessa corte.

I- O magistrado pode requisitar o indiciamento em investigação criminal.
II- Após a propositura da ação penal, o investigado não pode mais ser indiciado.
III- É necessária autorização do STF para que seja realizado indiciamento de autoridade com foro por
prerrogativa nessa corte.
20- (2015/MPE-SP/Promotor de Justiça)

Assinale a alternativa correta:
a) O Tribunal está obrigado a acolher a manifestação de arquivamento de investigação criminal
formulada pelo Procurador-geral de Justiça, na hipótese de competência originária.
b) Na solução do conflito de atribuições entre órgãos do Ministério Público, tendo por objeto o foro
competente para a propositura de virtual ação penal, o Procurador-geral de Justiça deverá designar
outro Promotor de Justiça para atuar no feito e, dessa forma, preservar a independência funcional do
vencido.
c) A promoção de arquivamento do inquérito, apresentada no prazo legal, não impede a propositura da
ação penal privada subsidiária à pública (CPP, artigo 29).
d) A possibilidade de se produzirem novas provas autoriza o desarquivamento do inquérito policial pelo
Ministério Público.
e) O arquivamento do inquérito, pautado na atipicidade do fato, não impede o seu desarquivamento,
desde que sejam produzidas novas provas.

a) Aplica-se o princípio da extraterritorialidade condicionada às contravenções penais praticadas
fora do território nacional.
b) As contravenções penais podem ser tanto de ação penal pública incondicionada, quanto
condicionada à representação.
c) As contravenções penais apenas podem ser punidas com penas de multa e/ou detenção.
d) No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena da
contravenção penal pode deixar de ser aplicada.
e) O trabalho do preso é sempre obrigatório seja para aquele condenado por crime, seja para aquele
condenado por contravenção penal.

a) Não é punível a tentativa de contravenção.
b) A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento
especial ou seção especial de prisão comum, apenas em regime aberto.
c) A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos.
d) Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano
nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento
condicional.
e) Não se admite a imposição de prisão temporária ou preventiva àqueles que praticarem
contravenções.

I- Será reincidente o réu condenado, com trânsito em julgado, por contravenção penal fora do Brasil
e que em menos de 5 anos do cumprimento da pena for novamente condenado por contravenção
penal no Brasil.
II- É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome,
segundo o STJ.
III- O roubo com emprego de arma de fogo pode ser classificado como delito ultracomplexo.

a) Sujeito passivo formal é o titular do interesse protegido pela norma penal.
b) Admite-se o morto como sujeito passivo de crimes.
c) O crime impossível também é conhecido como crime falho.
d) O CP adotou quanto ao dolo a teoria da vontade e da representação.
e) A teoria finalista adota o dolo natural.

a) No crime de atentado a lei estabelece igual sanção para o crime que ocorrer na forma tentada e
na forma consumada.
b) Crimes de plástico são aqueles comportamentos que sempre foram, são, e, provavelmente, serão
no futuro infrações penais, violando bens jurídicos indispensáveis à convivência harmônica em
sociedade.
c) O crime mutilado de dois atos é aquele em que há previsão de um resultado, dispensável para
sua consumação, que depende de novo comportamento do agente e está em sua esfera de decisão.
d) O furto pode ser um exemplo de crime de colarinho azul.
e) Crime de médio potencial ofensivo é aquele em que a pena máxima é superior a 2 anos e a pena
mínima é igual ou inferior a 1 ano, admitindo a suspensão condicional do processo.

I- Segundo a teoria finalista, conduta é comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido
a um fim.
II- A teoria finalista recebe a crítica de não explicar o crime culposo de forma adequada.
III- A vis compulsiva exclui a conduta.

I- Quase-crime é sinônimo de tentativa perfeita ou acabada.
II- Há previsão legal de crime culposo de mera conduta.
III- O princípio da confiança pode excluir a culpa.

a) Segundo a teoria causalista, conduta é um movimento corporal voluntário que produz uma
modificação no mundo exterior perceptível pelos sentidos.
b) A teoria finalista é a primeira a acrescentar a exigibilidade de conduta diversa na culpabilidade.
c) Segundo a teoria neokantista, o dolo teria como elemento a consciência atual da ilicitude.
d) Segundo a teoria causalista, a causalidade é composta pelo dolo ou culpa.
e) Uma crítica recebida pela teoria causalista é não explicar os crimes omissivos de maneira
adequada.
29- (2015/FCC/TJ-SC/Juiz Substituto)

O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do erro de tipo evitável nas
descriminantes putativas ou do excesso nas causas de justificação amolda-se ao conceito de
a) culpa imprópria.
b) dolo eventual.
c) culpa inconsciente.
d) culpa consciente.
e) dolo direto.

a) Segundo o funcionalismo moderado, o crime é composto também de três substratos, quais seja,
fato típico, antijuricidade e responsabilidade.
b) Para a teoria funcionalista de Günther Jakobs, o dolo e a culpa integram o fato típico.
c) Segundo o funcionalismo sistêmico, o elemento do crime “responsabilidade” é composto pela
imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa e necessidade
de pena.
d) O sonambulismo pode excluir a conduta.
e) Os movimentos reflexos excluem a conduta.

a) O erro sobre a ilicitude do fato exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto
em lei.
b) No erro de proibição, o agente possui errada compreensão de situação fática.
c) Em caso de aberratio ictus, o agente, por erro de execução, lesa bem jurídico diverso do
pretendido.
d) Quando por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido,
o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado
pretendido, aplica-se a regra do concurso formal.
e) O erro de tipo, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.

a) É possível a aplicação da agravante genérica do art. 61, II, "c", do CP (ter o agente cometido o
crime à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido) nos crimes preterdolosos.
b) Em caso de aberratio criminis, o agente responderá pelo resultado diverso do pretendido, a título
de culpa, ainda que o resultado desejado seja mais gravoso.
c) No erro de proibição, o agente tem plena consciência da situação fática.
d) O erro de tipo essencial inevitável exclui o dolo e a culpa.
e) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram,
neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime.
I- Parte da doutrina diferencia o erro quanto ao nexo causal do dolo geral, segundo essa corrente,
haverá dolo geral, quando mediante um só ato o agente provocar o resultado visado, porém de
maneira diversa da pretendida.
II- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
III- Nos crimes omissivos o nexo causal é apenas normativo.

a) Trata-se de erro de proibição a situação em que um caçador atira em uma pessoa fantasiada,
acreditando ser um urso.
b) Nos crimes omissivos impróprios o agente possui um dever genérico de agir para evitar o
resultado.
c) Pratica o crime de homicídio aquele que assiste a um cego precipitar-se de um abismo, podendo
impedi-lo.
d) Aquele que vê o filho afogando e não o salva por desconhecer o seu dever de agir incide em erro
de proibição.
e) Haverá erro de proibição invertido na situação em que Arya desejando matar Cersei atira em sua
direção, mas depois averígua-se que não era Cersei, mas um boneco de cera.

a) O erro de subsunção não exclui dolo ou culpa.
b) João desejando que Jacira morra lhe dá uma viagem para uma cidade de alto índice de
criminalidade. Lá Jacira é vítima de latrocínio e falece. Conforme a teoria da imputação objetiva o
resultado morte não pode ser imputado a João.
c) Marcos vai a padaria e conta ao padeiro que quer comprar um pão a fim de recheá-lo de veneno
e dar para Adamastor. Ainda assim, o padeiro vende o pão a Marcos. Nesse contexto, segundo a
teoria da imputação objetiva, o resultado morte de Adamastor poderá ser imputado ao padeiro que
incrementou um risco proibido.
d) Segundo a teoria da imputação objetiva, a identificação da criação do risco proibido se dá por
meio da prognose póstuma objetiva.
e) Segundo a teoria ratio cognoscendi, adotada pelo CP, a existência de um fato típico gera a
presunção relativa de ilicitude.
I- O erro sobre elementos constitutivos do tipo penal, essencial ou acidental, em todas as suas
formas, exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
II- A tipicidade conglobante é uma teoria que visa corrigir da tipicidade legal, já que exclui do âmbito
típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas, mas que não são alcançadas
pela proibição da norma.
III- Segundo a teoria da ratio essendi a tipicidade e a ilicitude formam um bloco único, inseparável.
37- (2015/FCC/DPE-MA/Defensor Público) Se o agente oferece propina a um empregado de uma

sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse
exclusivamente particular, incide em
a) erro sobre a pessoa.
b) descriminante putativa.
c) erro de tipo.
d) erro sobre a ilicitude do fato inevitável.
e) erro sobre a ilicitude do fato evitável.

a) Sansa, com desejo de matar, atira em Dani, que é socorrida por terceiro e levada ao hospital em
uma ambulância, que no caminho capota e pega fogo. Dani morre em decorrência das queimaduras.
Nesse contexto, Sansa responderá por homicídio consumado.
b) Robert, com desejo de matar, desfere uma facada em Eddard que, no entanto, morre em
decorrência do veneno que ingerira minutos antes. Nesse contexto, Robert não responderá por
crime algum.
c) Robert, com desejo de matar, desfere uma facada em Eddard que, no entanto, morre em
decorrência do veneno que ingerira minutos antes. Nesse contexto, Robert não responderá
homicídio consumado.
d) Cersei, sabendo que Jon é hemofílico, desferi-lhe facada, que por si só não seria capaz de causar
sua morte, contudo, somada a hemofilia enseja a morte de Jon. Assim, Cersei responderá por
homicídio consumado.
e) Sansa, com desejo de matar, atira em Dani, que é socorrida por terceiro e levada ao hospital em
uma ambulância, que no caminho capota e pega fogo. Dani morre em decorrência das queimaduras.
Nesse contexto, Sansa responderá por homicídio tentado.
I- Segundo a teoria da ratio essendi, não havendo ilicitude não há fato típico.
II- Segundo a teoria dos elementos negativos do tipo, presentes causas excludentes da ilicitude, não
haverá fato típico.
III- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado, não se podendo imputar os fatos anteriores a quem os praticou.
40- (2016/VUNESP/TJM-SP/Juiz de Direito Substituto) A respeito da omissão própria e da omissão

imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que
a) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da omissão
imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa criminalizando a omissão, estar-
se-ia diante de uma omissão imprópria.
b) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever de impedir o
resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
c) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um comportamento
anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando-se de
uma construção dogmática.
d) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma atenuada ao crime
praticado por ação.
e) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever
de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.

a) Estado de necessidade agressivo ocorre quando a lesão se dá contra o próprio causador do perigo.
b) A doutrina chama de estado de necessidade justificante, o caso de o bem jurídico sacrificado tiver
um valor superior ao bem jurídico protegido.
c) Não desconfigura o estado de necessidade a ocorrência de erro de execução.
d) Não se admite o estado de necessidade real contra o estado de necessidade real.
e) Não é necessário que o agente conheça a situação de fato justificante para ser configurado o
estado de perigo.

a) Para haver estado de necessidade, o comportamento lesivo deve ser absolutamente inevitável
para salvar o direito próprio ou de terceiro diante da concreta situação de perigo.
b) O CP adotou a teoria unitária quanto ao estado de necessidade.
c) Para que se reconheça a existência de furto famélico, é necessário que: o fato seja praticado para
mitigar a fome; seja o único e derradeiro recurso do agente; haja a subtração de coisa capaz de
diretamente contornar a emergência; a insuficiência dos recursos adquiridos pelo agente com o
trabalho ou a impossibilidade de trabalhar.
d) Não se exige na legítima defesa e no estado de necessidade o “commodus discessus”.
e) Não haverá excludente de ilicitude para aquele que efetuar “pretexto de legítima defesa”.

I- Admite-se a legítima defesa recíproca.
II- Não se admite a legítima defesa sucessiva.
III- A doutrina chama de estado de necessidade exculpante, o caso de o bem jurídico sacrificado
tiver um valor superior ao bem jurídico protegido, situação em que restará excluída a culpabilidade.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas III está correta.
e) Nenhuma está correta.

a) Não se admite a legítima defesa putativa recíproca.
b) Não se admite legítima defesa real de legítima defesa putativa.
c) Admite-se legítima defesa de estado de necessidade.
d) O dever legal, necessário para configurar a excludente de ilicitude do estrito cumprimento do
dever legal, não pode decorrer de mero regulamento administrativo.
e) O CP adotou o sistema vicariante quanto às sanções penais que podem ser aplicadas ao
condenado.

a) Para os adeptos da teoria da tipicidade conglobante, o exercício regular de direito migra de
excludente de ilicitude para de tipicidade.
b) A teoria da coculpabilidade às avessas imputa ao Estado parcela da responsabilidade social pelos
atos criminosos dos agentes, em razão das desigualdades sociais.
c) De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, o erro sobre os pressupostos fáticos das
causas de justificação deve ser tratado como erro de proibição.
d) O consentimento do ofendido por excluir a tipicidade penal.
e) A prisão em flagrante por qualquer do povo é exemplo da excludente de ilicitude do devido
cumprimento do dever legal.
I- O castigo moderado dos pais aos filhos é exemplo da excludente da ilicitude do estrito
cumprimento de dever legal.
II- É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de
fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de
culpa e o fato é punível como crime culposo.
III- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

a) A potencial consciência da ilicitude do fato é aferida por meio da valoração paralela na esfera do
profano.
b) A maioridade penal é alcançada na exata hora em que a pessoa nasceu no dia de seu aniversário
de 18 anos.
c) Em se tratando de delico permanente, a sua imputabilidade deverá ser aferida no momento do
início da prática delituosa.
d) É isento de pena o agente que, por embriaguez completa culposa era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
e) A vis absoluta exclui a culpabilidade penal.
48- (2015/MPE-SP/Promotor de Justiça) A actio libera in causa se caracteriza:

a) quando o agente, nos limites do livre arbítrio que rege a conduta humana, pratica o crime de
forma livre e consciente.
b) quando o agente, por impossibilidade de conhecer a ilicitude de sua conduta, pratica fato
tipificado como crime.
c) quando o agente, em estado de embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, que
enseja a diminuição de pena, pratica fato definido como crime.
d) quando o agente, em estado de embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força
maior, que enseja isenção de pena, pratica fato definido como crime.
e) quando o agente comete o crime em estado de embriaguez não proveniente de caso fortuito ou
força maior.
I- Quanto à inimputabilidade decorrente de anomalia psíquica, o CP adotou o critério psicológico.
II- Quanto à inimputabilidade decorrente de idade, o CP adotou o critério biopsicológico.
III- Para a teoria finalista, integra a culpabilidade a atual consciência da ilicitude.

a) A atual consciência da ilicitude difere-se da atual consciência. Isso porque, enquanto na
consciência atual da ilicitude, todo e qualquer erro de proibição, evitável ou não, isenta o agente de
pena. Na potencial consciência, somente o erro inevitável exclui a culpabilidade, permitindo-se a
punição (mesmo que diminuída) quando evitável.
b) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
c) O fato de o empregador obrigar seu empregado a portar arma de fogo durante o exercício das
atribuições de vigia não caracteriza coação moral irresistível capaz de excluir a culpabilidade do
crime de "porte ilegal de arma de fogo de uso permitido" atribuído ao empregado que tenha sido
flagrado portando, em via pública, arma de fogo, após o término do expediente laboral, no percurso
entre o trabalho e a sua residência.
d) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
e) O erro sobre a ilicitude do fato pode, conforme o caso, isentar o agente de pena ou levar à
aplicação da pena por crime culposo.

a) O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o oferecimento da denúncia, não
obsta o prosseguimento da ação penal.
b) As escusas absolutórias são causas de extinção da punibilidade.
c) A anistia será imprópria quando atinge apenas certos condenados, exigindo-se condição pessoal
do agente.
d) O condenado por crime, com transito em julgado, que se beneficia de anistia não poderá ser
considerado reincidente, em razão desta condenação.
e) A anistia será especial quando concedida após a condenação.

a) A decadência só ocorre antes da ação penal.
b) A graça atinge os efeitos penais, mas não os extrapenais da condenação.
c) A graça e o indulto podem ser plenos, quando extinguem totalmente a penal, ou parciais, quando
concedem apenas a diminuição da pena ou sua comutação.
d) Segundo o STF, não é possível a concessão de indulto humanitário aos condenados por crimes
hediondos.
e) Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de
representação se não o exerce dentro do prazo de 6 meses, contado do dia em que veio a saber
quem é o autor do crime, na ação penal privada.

I- Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.
II- Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença,
não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
III- A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, em regra, regula-se pelo máximo da
pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se em dezesseis anos, se o máximo da
pena é superior a oito anos e não excede a doze.

a) A prescrição atinge diretamente o direito de ação.
b) A Constituição Federal prevê como imprescritível apenas o crime de racismo.
c) A prescrição da pretensão executória extingue os efeitos penais secundários da condenação.
d) Não se computa para fins de cálculo do prazo da prescrição da pretensão punitiva as causas de
aumento de diminuição de pena.
e) São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso não era na data da sentença
maior de 70 anos, mas completou essa idade antes do julgamento dos embargos de declaração
opostos em face da sentença.
55- Assinale a alternativa incorreta, segundo o CP, STJ e STF:

a) Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos de prescrição da pretensão punitiva
previstos para as privativas de liberdade.
b) Se o condenado que está cumprindo pena restritiva de direitos e abandona o cumprimento, o
prazo da prescrição executória deve ser regulada pelo tempo que resta a ser cumprido, aplicando-
se, por interpretação extensiva, o art. 113 do CP.
c) É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento
em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.
d) O acórdão que reduz pena imposta na condenação possui o condão de interromper a prescrição.
e) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

I- O STF admite a prescrição em perspectiva.
II- A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos, quando a multa for a única cominada ou
aplicada.
III- Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo
em que o condenado está preso por outro motivo.

a) Conforme o STF, deve ser reconhecida a extinção da punibilidade de agente que completa 70
anos após a sentença condenatória, porém, antes do trânsito em julgado.
b) A pronúncia de um dos autores do crime interrompe a prescrição também em relação aos demais
autores.
c) Para fins de interrupção de prazo prescricional, a sentença considera-se publicada na data de sua
publicação no órgão oficial.
d) A sentença que conceder perdão judicial é considerada para efeitos de reincidência.
e) A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, exceto se Tribunal do júri desclassificar o crime.

a) No caso de crimes conexos que sejam objeto do mesmo processo, havendo sentença
condenatória para um dos crimes e acórdão condenatório para o outro delito, tem-se que a
prescrição da pretensão punitiva de ambos é interrompida a cada provimento jurisdicional.
b) Quando a autoridade que receber a denúncia for incompetente em razão de prerrogativa de foro
do réu, o recebimento da peça acusatória será ato absolutamente nulo e, portanto, não
interromperá a prescrição.
c) Para efeito de configuração do marco interruptivo do prazo prescricional a que se refere o art.
117, IV, do CP, considera-se como publicado o "acórdão condenatório recorrível” na data de sua
veiculação no Diário da Justiça.
d) A prescrição da medida de segurança imposta em sentença absolutória imprópria é regulada pela
pena máxima abstratamente prevista para o delito.
e) Ocorrida a prescrição da pretensão punitiva de crime de responsabilidade de prefeito municipal,
não podem ser aplicadas as penas de perda de cargo e de inabilitação para o exercício de cargo ou
função pública previstas no Decreto-lei 201/1967.

I- No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um,
isoladamente.
II- A prescrição da pretensão punitiva aumenta-se de um terço, se o condenado é reincidente.
III- No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é
regulada pelo tempo que resta da pena.

a) Segundo a teoria objetivo-formal, deverá ser punido por tentativa de furto aquele que é preso
logo após pular o mura da casa da vítima com intenção de furtar a residência.
b) Segundo a teoria subjetiva que explica a punição pelo crime tentado, a punição da tentativa deve
ser a mesma do crime consumado.
c) Há casos específicos em que o legislador pune apenas a tentativa, não havendo previsão de crime
na forma consumada.
d) Tentativa cruenta é aquela em que a vítima é efetivamente atingida.
e) Tentativa inidônea é sinônimo de crime impossível.

a) Admite-se autoria mediata nos crimes próprios, desde que o autor imediato reúna as condições
pessoais exigidas pelo tipo.
b) Não se admite coautoria em crimes de mão própria.
c) Segundo a teoria da acessoriedade mínima, para se punir o partícipe é necessário que o autor
pratique fato típico e ilícito.
d) Não é punível a participação negativa.
e) Segundo a teoria da acessoriedade máxima, a punição do partícipe pressupõe a prática de fato
típico, ilícito, por agente culpável, que seja efetivamente punido.
62- São requisitos do concurso de pessoas, EXCETO:

a) Relevância causal das condutas.
b) Unidade de infração penal.
c) Ajuste prévio.
d) Pluralidade de agentes.
e) Liame subjetivo.

I- A autoria por determinação é uma teoria que foi usada pela doutrina para justificar a punição, a
título de autoria, de uma mulher que dá um sonífero a um homem e depois o hipnotiza para que
ele estupre outra mulher, antes do advento da Lei 12.015/09, que unificou os crimes de estupro e
atentado violento ao pudor.
II- Haverá participação em cadeia quando o mesmo agente é instigado, induzido ou auxiliado por
duas ou mais pessoas.
III- No concurso de pessoas, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
d) Apenas II está correta.
64- Michel e Eduardo se colocam de tocaia, um ignorando a ação do outro, para matar Dilma.
Quando ela passa, ambos atiram. Dilma morre, mas não é possível averiguar de onde veio o tiro
que a matou. Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
a) Ambos os atiradores responderam por homicídio consumado.
b) Nenhum dos atiradores responderá por crime algum.
c) Se houvesse liame subjetivo entre os agentes, ambos responderiam por homicídio tentado.
d) Ambos os atiradores responderam por homicídio tentado.
e) Trata-se de crime impossível.

a) De acordo com a teoria dualista do concurso de pessoas, haverá um crime para os autores e
outros para os partícipes.
b) O CP adota excepcionalmente a teoria pluralista do concurso de pessoas.
c) Segundo a teoria objetivo-formal autor é quem realiza a ação nuclear típica e partícipe quem
concorre de qualquer forma para o crime.
d) Admite-se o uso da teoria do domínio do fato para diferenciar autor e partícipe em crimes
culposos.
e) Segundo a teoria subjetiva, não há diferença entre autor e partícipe.

I- Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida
de sua culpabilidade. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um
sexto a um terço.
II- Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime.
III- Segundo o STJ, a atenuante da confissão espontânea não pode ser compensada com a agravante
da reincidência.
67- Paulo é casado com Gleise e Bernardo é seu amante. Ambos os homens, sem conhecimento
da ação do outro, decidem matar Gleise, para tanto adquirem o que acreditam ser veneno de
rato. No dia 09/08/2017, às 18 horas, Paulo coloca o veneno no café de Gleise, sem que ela o note.
Logo em seguida, às 18:30, Gleise, encontra-se às escondidas com seu amante, que também
coloca sorrateiramente o veneno em sua bebida. Gleise morre e a perícia encontra em seu sangue
veneno de rato e talco, ambos ingeridos momentos antes de sua morte. Paulo e Bernardo
confessam o crime. Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
a) Paulo e Bernardo responderam por homicídio consumado.
b) Paulo e Bernardo responderam por homicídio tentado.
c) Paulo e Bernardo não responderam por crime algum.
d) Paulo e Bernardo responderam por lesões corporais.
e) Paulo responderá por feminicídio.

a) A condenação por porte de drogas para consumo próprio (art. 28 da Lei 11.343/2006) transitada
em julgado gera reincidência.
b) A anterior prática de atos infracionais, apesar de não poder ser considerada para fins de
reincidência, pode ser usada como maus antecedentes.
c) A agravante da reincidência não deve ser aplicada se não há na denúncia exatidão da data dos
fatos apta a demonstrar que o delito ocorreu após o trânsito em julgado de condenação anterior.
d) Em regra, decorrido o prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou a extinção da pena e
a infração posterior, a condenação anterior, embora não possa prevalecer para fins de reincidência,
pode ser sopesada a título de maus antecedentes.
e) O fato do agente se aproveitar da situação de vulnerabilidade emocional e psicológica da vítima
para a prática do crime, é motivo idôneo para a valoração negativa de sua culpabilidade ante a maior
reprovabilidade de sua conduta.

I- A pena-base do réu pode ser aumentada, primeira fase de dosimetria da pena, diante da patente
culpabilidade do réu considerando que ele tinha plena consciência da ilicitude de seu ato.
II- O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não
são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
III- Condenações sem transito em julgado podem ser consideradas como maus antecedentes.
70- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STF:

a) Decorrido o prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou a extinção da pena e a infração
posterior, a condenação anterior não pode ser sopesada a título de maus antecedentes.
b) Os elevados custos da atuação estatal para apuração da conduta criminosa e o enriquecimento
ilícito logrado pelo agente constituem motivação idônea para a valoração negativa do vetor
"consequências do crime" na primeira fase da dosimetria da pena.
c) Revela-se inidônea a invocação de condenações anteriores transitadas em julgado para
considerar a conduta social desfavorável.
d) As circunstâncias agravantes genéricas não se aplicam aos crimes culposos, com exceção da
reincidência.
e) O magistrado não pode aumentar a pena-base do réu, condenado por tráfico de drogas, porque
este declarou, em seu interrogatório, que era usuário frequente de droga.
71- Assinale a alternativa correta, segundo o STJ:

a) Não é possível compensar a atenuante da confissão espontânea com a agravante da promessa de
recompensa.
b) Não se compensa a atenuante da confissão espontânea com a agravante de ter sido o crime praticado
com violência contra a mulher.
c) Caracteriza circunstância relevante anterior ao crime (atenuante inominada) o fato de o condenado
possuir bons antecedentes criminais.
d) Nos casos de prática do crime de introdução de moeda falsa em circulação (art. 289, § 1º, do CP), é
possível a aplicação das agravantes dispostas nas alíneas "e" e "h" do inciso II do art. 61 do CP, incidentes
quando o delito é cometido "contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge" ou "contra criança,
maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida".
e) A confissão qualificada não pode ensejar na a aplicação da atenuante da confissão espontânea.

a) É incompatível com o dolo eventual a qualificadora de motivo fútil.
b) A anterior discussão entre a vítima e o autor do homicídio, por si só, não afasta a qualificadora do
motivo fútil.
c) Não é possível a aplicação da agravante genérica do art. 61, II, "c", do CP (ter o agente cometido o
crime à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou
impossível a defesa do ofendido) nos crimes preterdolosos, como o delito de lesão corporal seguida de
morte.
d) No caso de crime de tortura perpetrado contra criança em que há prevalência de relações domésticas
e de coabitação, não configura bis in idem a aplicação conjunta da causa de aumento de pena prevista
no art. 1º, § 4º, II, da Lei n. 9.455/1997 ("§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: [...] II - se o
crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
(sessenta) ano”) e da agravante genérica estatuída no art. 61, II, f, do Código Penal ("Art. 61 - São
circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: [...] II - ter o
agente cometido o crime: [...] f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas,
de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica").
e) Em princípio, não é incompatível a incidência da agravante do art. 62, I, do CP ("A pena será ainda
agravada em relação ao agente que: I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade
dos demais agentes;") ao autor intelectual do delito (mandante).

I-Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à
atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal.
II- A incidência da circunstância atenuante pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
III- Constitui causa de diminuição de pena ser cometido o crime por motivo de relevante valor social ou
moral.
e) Apenas I está correta.

a) Se as provas colhidas no processo são fartas e, por si só, são suficientes para a condenação do
acusado, o réu não poderá ser beneficiado com a atenuante da confissão espontânea, ainda que
confesse o crime.
b) Constitui circunstância atenuante ter o agente reparado o dano ou restituída a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário.
c) A incidência de majorantes e minorantes não podem elevar a pena para além do patamar máximo,
bem como reduzir para aquém do limite mínimo da pena cominada.
d) No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte geral do CP, pode o juiz
limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente
ou diminua.
e) A remição de pena pelos estudos pode ser dar nos regimes fechado, semiaberto e aberto.

a) O fato de o denunciado por furto qualificado pelo rompimento de obstáculo ter confessado a
subtração do bem, apesar de ter negado o arrombamento, é circunstância suficiente para a incidência
da atenuante da confissão espontânea.
b) Não pode ser beneficiado com a agravante da confissão espontânea o réu que confessa durante a
tramitação do inquérito policial, mas retrata-se em juízo.
c) O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de
majorantes.
d) Diante do reconhecimento de mais de uma qualificadora, somente uma enseja o tipo qualificado,
enquanto as outras devem ser consideradas circunstâncias agravantes, na hipótese de previsão legal,
ou, de forma residual, como circunstância judicial do art. 59 do Código Penal.
e) A simples falta de motivos para o delito não constitui fundamento idôneo para o incremento da pena-
base ante a consideração desfavorável da circunstância judicial, que exige a indicação concreta de
motivação vil para a prática delituosa.
I- Constitui causa de diminuição de pena ser cometido crime sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por
ato injusto da vítima.
II- A pena poderá ser atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime,
embora não prevista expressamente em lei.
III- No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas
circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes
do crime, da personalidade do agente e da reincidência.
77- Assinale a alternativa correta, segundo o STJ e o STF:

a) Há remição da pena na hipótese em que o condenado deixa de trabalhar ou estudar em virtude da
omissão do Estado em fornecer tais atividades.
b) A remição pelo estudo pressupõe a frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional
e do aproveitamento satisfatório.
c) É possível remir a pena do condenado que cumpre jornada de trabalho de quatro horas diárias por
determinação da administração do presídio, muito embora, nos termos da Lei de Execução Penal, a
jornada diária não deva ser inferior a seis nem superior a oito horas.
d) A decisão que reconhece a remição da pena, em virtude de dias trabalhados, constitui direito
adquirido.
e) A falta grave acarreta na perda de um terço dos dias remidos.

a) A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença
condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.
b) Não é possível, em razão de pedido feito por condenado que sequer iniciou o cumprimento da pena,
a reconversão de pena de prestação de serviços à comunidade e de prestação pecuniária (restritivas de
direitos) em pena privativa de liberdade a ser cumprida em regime aberto.
c) O fato de o tráfico de drogas ser praticado com o intuito de introduzir substâncias ilícitas em
estabelecimento prisional não impede, por si só, a substituição da pena privativa de liberdade por
restritivas de direitos, devendo essa circunstância ser ponderada com os requisitos necessários para a
concessão do benefício.
d) É obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional
fechado.
e) No crime de roubo, o emprego de arma de fogo não autoriza, por si só, a imposição do regime inicial
fechado se, primário o réu, a pena-base foi fixada no mínimo legal.

I- Segundo o STF, não cabe a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direito quando
o crime for cometido com violência.
II- É admissível a fixação de pena substitutiva como condição especial ao regime aberto.
III- Reconhecida falta grave, a perda de até 1/3 do tempo remido pode alcançar dias de trabalho
anteriores à infração disciplinar e que ainda não tenham sido declarados pelo juízo da execução no
cômputo da remição.

a) O fato de o estabelecimento penal assegurar acesso a atividades laborais e a educação formal impede
a remição por leitura e resenha de livros.
b) O tempo remido pelo apenado por estudo ou por trabalho deve ser considerado como pena
efetivamente cumprida para fins de obtenção dos benefícios da execução, e não simplesmente como
tempo a ser descontado do total da pena.
c) Se o preso, sem autorização do juízo ou da direção do estabelecimento prisional, trabalhar nos
domingos e feriados, esses dias não deverão ser considerados no cálculo da remição da pena.
d) É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime
fechado, semiaberto ou aberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.
e) A remição da pena pelo estudo só pode ocorrer, se e a atividade estudantil for desenvolvida em dia
não útil.
a) A prática de falta grave interrompe o prazo para a obtenção de livramento condicional.
b) O cometimento de crime durante o período de prova do livramento condicional implica a perda dos
dias remidos.
c) A mudança de endereço sem autorização judicial durante o curso do livramento condicional, em
descumprimento a uma das condições impostas na decisão que concedeu o benefício, configura falta
disciplinar de natureza grave.
d) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena,
ainda que se trate de reincidente em crime doloso.
e) O Código Penal adotou o sistema anglo-americano quanto à suspensão condicional do processo.
82- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ e o CP:

a) Na definição do requisito objetivo para a concessão de livramento condicional, a condição de
reincidente em crime doloso deve incidir sobre a somatória das penas impostas ao condenado, ainda
que a agravante da reincidência não tenha sido reconhecida pelo juízo sentenciante em algumas das
condenações.
b) Para a concessão de livramento condicional, a avaliação da satisfatoriedade do comportamento do
executado não pode ser limitada a um período absoluto e curto de tempo, mas sim em sua inteireza,
por todo o período em que esteve cumprindo sua pena.
c) Não poderá haver revogação da suspensão condicional da pena, em razão do beneficiado ser
condenado posteriormente por contravenção penal.
d) A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por
quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão.
e) O juiz poderá, facultativamente, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das
obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a
pena que não seja privativa de liberdade.

I- Revogado o livramento condicional, em razão de condenação por outro crime, não é possível que se
desconte na pena o tempo em que esteve solto o condenado.
II- No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.
III- Constatando-se a ocorrência de diversos crimes sexuais durante longo período de tempo, contra a
mesma vítima, é possível o aumento da pena pela continuidade delitiva no patamar máximo de 2/3,
ainda que sem a quantificação exata do número de eventos criminosos.
84- Assinale a alternativa correta, segundo o STJ e o CP:

a) Pode haver continuidade delitiva entre os crimes do art. 6º da Lei 7.492/1986 (Lei dos Crimes contra
o Sistema Financeiro Nacional) e os crimes do art. 1º da Lei 9.613/1998 (Lei dos Crimes de "Lavagem"
de Dinheiro).
b) Nos crimes dolosos, contra a mesma vítima, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa,
poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas,
ou a mais grave, se diversas, até o triplo.
c) Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em
qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação
ou omissão é dolosa ou culposa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos
d) A reincidência em crime culposo não impede a concessão de suspensão condicional do processo.
e) Há continuidade delitiva entre os crimes de roubo e extorsão, desde que praticados em conjunto.

a) O fato de os delitos haverem sido cometidos em concurso formal não autoriza a extensão dos efeitos
do perdão judicial concedido para um dos crimes, se não restou comprovado, quanto ao outro, a
existência do liame subjetivo entre o infrator e a outra vítima fatal.
b) Em roubo praticado no interior de ônibus, o fato de a conduta ter ocasionado violação de patrimônios
distintos - o da empresa de transporte coletivo e o do cobrador - caracteriza concurso formal.
c) Caracterizado o concurso formal e a continuidade delitiva entre infrações penais, aplica-se somente
o aumento relativo à continuidade, sob pena de bis in idem.
d) O crime de manter sob a guarda munição de uso permitido e de uso proibido caracteriza-se como
crime único, quando houver unicidade de contexto, porque há uma única ação, com lesão de um único
bem jurídico, a segurança coletiva, e não concurso formal.
e) Se reconhecida a continuidade delitiva específica entre estupros praticados contra vítimas diferentes,
deve ser aplicada exclusivamente a regra do art. 71, parágrafo único, do Código Penal (“Nos crimes
dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz,
considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como
os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código”),
mesmo que, em relação a cada uma das vítimas, especificamente, também tenha ocorrido a prática de
crime continuado.

I- Para a caracterização do crime continuado, o STJ vem adotando a teoria mista, a qual exige o
preenchimento dos requisitos objetivos - mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução - e
do subjetivo - unidade de desígnios.
II- É possível reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de roubo (art. 157 do CP) e de latrocínio
(art. 157, § 3º, segunda parte, do CP).
III- O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou
superior a 2 anos, se cumprida mais de um terço da pena e o condenado não for reincidente em crime
doloso e tiver bons antecedentes.
b) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas I está correta.
87- Assinale a alternativa correta, quanto à suspensão condicional do processo:

a) O sursis humanitário é aquele concedido aos maiores de 70 anos condenados a pena não superior a
4 anos.
b) Constitui causa de revogação obrigatória da suspensão condicional da pena, o não comparecimento
injustificado do beneficiário na audiência admonitória.
c) Não é possível a concessão de sursis simultâneo.
d) Não se admite a concessão de sursis a estrangeiro que se encontre em território nacional
temporariamente.
e) Em regra, no primeiro ano do sursis, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou submeter-
se à limitação de fim de semana.

a) A continuidade delitiva, em regra, não pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos praticados
em período superior a 30 dias.
b) A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos ocorridos em comarcas
limítrofes ou próximas.
c) O desígnio autônomo que caracteriza o concurso formal impróprio exige dolo direto.
d) José cometeu dois crimes de roubo no mesmo dia. Em um dos crimes o estabelecimento comercial
foi invadido pelo agente, enquanto no outro José rendeu funcionária da joalheria em sua própria
residência, e, após subtrair diversos bens dela e de sua família, obrigou-a a se deslocar ao seu local de
trabalho para consumar novo crime. Nesse caso, não há que se falar em crime continuado.
e) Não há crime continuado quando configurada habitualidade delitiva ou reiteração criminosa.
89- Assinale a alternativa correta, segundo o STF e o STJ:

I- Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se
computando o acréscimo decorrente da continuação.
II- A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade delitiva ou da permanência.
III- No concurso de crimes, a pena considerada para fins de fixação da competência do Juizado Especial
Criminal será o resultado da soma, no caso de concurso material, ou da exasperação, na hipótese de
concurso formal ou crime continuado, das penas mínimas cominadas aos delitos.

a) Para a caracterização da continuidade delitiva, são considerados crimes da mesma espécie aqueles
previstos no mesmo tipo penal.
b) Segundo o STJ, na continuidade delitiva, o aumento se faz em razão do número de infrações
praticadas e de acordo com a seguinte correlação: 1/6 para duas infrações; 1/5 para três; 1/4 para
quatro; 1/3 para cinco; 1/2 para seis; 2/3 para sete ou mais ilícitos.
c) É possível a concessão de sursis simultâneos.
d) A jurisprudência do STJ é pacífica em não admitir a continuidade delitiva entre os delitos de
apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do CP) e de sonegação de contribuição previdenciária
(art.337-A do CP).
e) O condenado por crime hediondo precisa cumprir dois terços da pena e não ser reincidente específico
para poder ser agraciado com o livramento condicional.

a) A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 5 anos do dia em que for extinta, de qualquer modo,
a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento
condicional, se não sobrevier revogação.
b) A reabilitação não pode ser revogada de ofício.
c) A reabilitação não poderá revogada se o reabilitado for condenado como reincidente em crime
culposo.
d) A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado
o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação.
e) A reabilitação depende de domicílio fixo pelo prazo de dois anos.

a) A reabilitação não poderá ser revogada, em razão de condenação em pena de multa.
b) Segundo o STJ, a pena de perdimento deve ser restrita ao cargo ocupado ou função pública exercida
no momento do delito, à exceção da hipótese em que o magistrado, motivadamente, entender que o
novo cargo ou função guarda correlação com as atribuições anteriores.
c) Segundo o STJ, em ação penal decorrente da prática de corrupção passiva praticada por membro
vitalício do Ministério Público Estadual, não é possível determinar a perda do cargo com fundamento no
art. 92, I, a, do CP.
d) Tratando-se de ação penal privada, é cabível o perdão judicial mesmo após passado em julgado a
sentença condenatória.
e) No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de
oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
I- Os efeitos penais da condenação genéricos e específicos são automáticos e independem de
fundamentação.
II- O funcionário público não pode perder o cargo em decorrência da prática de um crime de lesões
corporais em face de particular.
III- Caso o funcionário público cometa crime com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública e seja condenado apenas em pena de multa, ele não poderá perder ser cargo ou
função pública.

a) São efeitos da condenação a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé dos instrumentos do crime, ainda que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção constitua fato lícito.
b) Se condenado por crime praticado durante o período de atividade, o servidor público pode ter a sua
aposentadoria cassada com fundamento no art. 92, I, do CP, se a sua aposentadoria houver ocorrido no
curso da ação penal.
c) Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos,
constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se
deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
d) Ainda que ocorrida a prescrição da pretensão punitiva de crime de responsabilidade de prefeito
municipal, podem ser aplicadas as penas de perda de cargo e de inabilitação para o exercício de cargo
ou função pública previstas no Decreto-lei 201/1967.
e) Tratando-se de ação penal pública condicionada à representação, esta poder ser retratada até o
recebimento da denúncia.

a) A ação penal nos crimes de lesão corporal leve cometidos em detrimento da mulher, no âmbito
doméstico e familiar, é pública incondicionada.
b) Procede-se mediante ação penal condicionada à representação no crime de estupro praticado contra
vítima que, por estar desacordada em razão de ter sido anteriormente agredida, era incapaz de oferecer
resistência apenas na ocasião da ocorrência dos atos libidinosos.
c) Constitui efeito não automático da condenação a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela
ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou
curatelado.
d) A perda de cargo público, nos casos em que for aplicada pena privativa de liberdade por tempo
superior a quatro anos, em caso de homicídio, é um efeito automático da sentença condenatória, não
havendo necessidade de declaração motivada do juiz na sentença.
e) A perda do cargo público em decorrência da condenação por crime de tortura independe de
fundamentação pelo magistrado.

I- Constitui efeito automático da condenação pela prática de crime de racismo a perda do cargo ou
função pública.
II- Constitui efeito não automático da condenação por crime previsto Lei de Falências a inabilitação para
o exercício de atividade empresarial.
III- Constitui efeito automático da condenação por crime previsto Lei de Falências a impossibilidade de
gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
97- (2017/FCC/TJ-SC/Juiz Substituto)

Acerca da concessão da reabilitação, considere:
I. Ter domicílio no país pelo prazo de quatro anos.
II. No cômputo do prazo de sursis não ter havido revogação.
III. Ter demonstrado efetiva e constantemente bom comportamento público e privado.
IV. Condenação a pena superior a dois anos, no caso de pena privativa de liberdade.
V. Ter ressarcido o dano causado ou demonstrado a impossibilidade absoluta de fazê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II, III e V.
c) II, III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e IV.
98- (2016/FCC/Prefeitura de Campinas - SP/Procurador)

A perda do cargo ou função pública, como efeito da condenação criminal, ocorrerá quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a
a) quatro anos, nos crimes praticados com abuso de poder, violação de dever para com a Administração
pública ou contra a probidade administrativa.
b) seis meses, nos crimes praticados com violação de dever para com a Administração pública.
c) três anos independentemente da natureza do bem lesado.
d) cinco anos e somente na hipótese de crimes dolosos.
e) um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração
pública ou por tempo superior a quatro anos nos demais casos.

I- Segundo o STJ, a determinação da perda de cargo público fundada na aplicação de pena privativa de
liberdade superior a 4 anos (art. 92, I, b, do CP) pressupõe fundamentação concreta que justifique o
cabimento da medida.
II- Constitui efeito automático da condenação a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como
meio para a prática de crime doloso.
III- O perdão do ofendido, se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros.
100- (2017/MPE-RS/MPE-RS/Promotor de Justiça - Reaplicação)

Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reabilitação pode ser requerida após o decurso de dois anos do dia em que for extinta de qualquer
modo a pena, seja o condenado reincidente ou não.
b) O juízo competente para processar a reabilitação é o juízo das execuções penais.
c) Na hipótese de não haver renúncia da vítima ou novação da dívida, é condição para reabilitação a
prova de haver ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstrar a impossibilidade de fazê-lo.
d) Uma vez negada a reabilitação não há prazo mínimo para renovação do pedido.
e) A revogação de reabilitação pode ser decretada pelo juiz de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público.

IMERSAO - Questoes

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

IMERSAO - Questoes

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

IMERSÃO

DIREITO PENAL (PARTE GERAL)

1- Assinale a alternativa correta:

2- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ:

Facebook: CP IURIS Instagram: @cpiuris

4- Assinale a alternativa correta:

5- Assinale a alternativa incorreta:

6- Assinale a alternativa correta:

7- Assinale a alternativa correta:

8- Assinale a alternativa incorreta:

9- Assinale a alternativa correta:

10- (2015/CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto)

11- Assinale a alternativa correta:

12- Assinale a alternativa incorreta:

13- Assinale a alternativa correta:

16- Assinale a alternativa correta:

18- Assinale a alternativa incorreta:

19- Assinale a alternativa correta:

20- (2015/MPE-SP/Promotor de Justiça)

21- Assinale a alternativa correta:

22- Assinale a alternativa incorreta:

23- Assinale a alternativa correta:

24- Assinale a alternativa correta:

25- Assinale a alternativa correta:

26- Assinale a alternativa correta:

27- Assinale a alternativa correta:

28- Assinale a alternativa incorreta:

29- (2015/FCC/TJ-SC/Juiz Substituto)

30- Assinale a alternativa incorreta:

31- Assinale a alternativa correta:

32- Assinale a alternativa incorreta:

34- Assinale a alternativa correta:

35- Assinale a alternativa incorreta:

37- (2015/FCC/DPE-MA/Defensor Público) Se o agente oferece propina a um empregado de uma

38- Assinale a alternativa correta:

40- (2016/VUNESP/TJM-SP/Juiz de Direito Substituto) A respeito da omissão própria e da omissão

41- Assinale a alternativa correta:

42- Assinale a alternativa incorreta:

43- Assinale a alternativa correta:

44- Assinale a alternativa correta:

45- Assinale a alternativa incorreta:

47- Assinale a alternativa correta:

48- (2015/MPE-SP/Promotor de Justiça) A actio libera in causa se caracteriza:

50- Assinale a alternativa incorreta:

51- Assinale a alternativa correta:

52- Assinale a alternativa incorreta:

53- Assinale a alternativa correta:

54- Assinale a alternativa correta:

55- Assinale a alternativa incorreta, segundo o CP, STJ e STF:

56- Assinale a alternativa correta:

57- Assinale a alternativa correta:

58- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ:

59- Assinale a alternativa correta:

60- Assinale a alternativa incorreta:

61- Assinale a alternativa correta:

62- São requisitos do concurso de pessoas, EXCETO:

63- Assinale a alternativa correta:

65- Assinale a alternativa incorreta:

66- Assinale a alternativa correta:

68- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ:

69- Assinale a alternativa correta:

70- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STF:

71- Assinale a alternativa correta, segundo o STJ: