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ATIVIDADE DE DIREITO PENAL 1

Observações importantes:

a) Estes exercícios foram elaborados com base nas unidades 01 a 04 de


DPN1;
b) Esta atividade deve ser respondida apenas como exercício às unidades
referidas (01 a 04), pois a confecção foi elaborada de modo
“panorâmico”, não se podendo concluir que alcança todo o conteúdo
necessário à disciplina e a prova.
c) Após responder as questões, sugere-se conferir a resposta junto à
apostila de DPN1, pois equívocos podem ter ocorridos na confecção.
d) Estes exercícios, pelas razões dos itens anteriores, não poderão ser
utilizados como fundamento a recurso de prova.

1) Assinale a alternativa CORRETA:

a) Princípio do in dubio pro reo: Uma vez sancionado pela norma penal, em
decorrência de uma infração penal cometida, não pode o condenado ser
novamente punido pelo mesmo fato.

b) Vedação do bis in idem: Na falta de elementos comprobatórios da prática de


infração penal, busca-se a solução mais benéfica ao réu, neste caso, a sua
absolvição.

c) Princípio da especialidade: Aplica-se a lei geral em detrimento da lei


específica no Direito Penal, independente do tipo de infração penal cometida.

d) Princípio da legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal.

2) Sobre o conceito de Direito Penal, de acordo com o material


disponibilizado à instrução, marque a opção correta:

a) O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função


de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à
coletividade social, e descrevê-los como infrações penais, sem a necessidade
de cominar, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer
todas as regras complementares e gerais necessárias à sua correta e justa
aplicação;

b) O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função


de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à
coletividade social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em
consequência, as respectivas sanções, sem, com isso, necessidade de
estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias à sua
correta e justa aplicação;

c) O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função


de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à
coletividade social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em
consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras
complementares e gerais necessárias à sua correta e justa aplicação;

d) O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função


de selecionar os comportamentos humanos e animais mais graves e
perniciosos à coletividade social, e descrevê-los como infrações penais,
cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de
estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias à sua
correta e justa aplicação

3) A lei penal no tempo tem como objetivo demarcar o momento exato em


que a norma penal terá sua incidência legal ao caso concreto. Portanto,
acerca da aplicação da lei penal no tempo, assinale a alternativa
INCORRETA:

(a) De acordo com a aplicação da lei penal no tempo, na condenação definitiva


de uma infração penal em que o sujeito esteja cumprindo pena, mesmo que
haja mudança na legislação penal deixando de estabelecer pena privativa de
liberdade para aquela conduta cometida, o condenado deve permanecer preso,
conforme o
previsto na sentença condenatória.

(b) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.

(c) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitado em
julgado.

(d) Como regra geral a lei penal não pode retroagir, exceto para beneficiar o
réu.

4) Quanto as funções do direito penal no estado democrático de direito,


está incorreta a alternativa:
a) seleciona os bens jurídicos a serem protegidos. Exemplos: vida, liberdade e
patrimônio (proteção dos bens jurídicos);

b) limites e mecanismos de atuação. Exemplo: regras sobre prisão; Art. 5º, LXII
“a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada (garantias);

c) A CRFB/88, em seu artigo 1º, estabelece o Brasil como um Estado


Democrático de Direito, garantindo, dessa forma a todos os cidadãos, respeito
a dignidade da pessoa humana, igualdade, liberdade, dentre outros princípios
fundamentais;

d) seleciona os bens jurídicos, sem dar-lhes a devida proreção. Exemplos: vida,


liberdade e patrimônio; (proteção dos bens jurídicos)

5) Marque a alternativa correta:

a) Direito Penal Objetivo – Conjunto de normas penais em vigor no país que


definem as infrações penais (apenas os Crimes, excluindo-se as contravenções
penais) e suas respectivas penas ou medidas de segurança.

b) Direito Penal Subjetivo – É o poder de punir do Estado e surge tanto antes


como após o cometimento da infração penal.

c) Direito Penal Comum – Tem como base o próprio Código Penal Comum e
as Leis Penais extravagantes, como, por exemplo: Lei Antidrogas nº.
11.343/2006; Estatuto do Desarmamento Lei nº. 10.826/2003, aplicando-se a
todos indistintamente.

d) Direito Penal Especial – Aplica-se tanto a determinada classe como a


todos em geral, podendo citar o Código Penal Militar, Decreto-lei nº. 1.001/69,
a qual remete os jugados para uma justiça especializada.

6) Sobre o Direito Penal e os outros ramos do direito, marque a opção


correta:

a) Não há relação do Direito Penal com outros ramos do Direito por não haver
conexão com as situações do cotidiano.

b) Em apenas uma ação desmedida, o sujeito pode cometer um ilícito penal,


transgredir normas administrativas, além de responder civilmente pelo dano
causado.
c) Em um acidente de trânsito não há possibilidade de ocorrer diversas
ilegalidades, pois este tipo de infração atinge apenas a restrição de liberdade,
sem qualquer influência administrativa de trânsito (multas, etc..) ou
responsabilidade civil.

d) Em um acidente de trânsito, pode-se verificar diversas ilegalidades, desde


infração administrativa de trânsito (art. 165 CTB – Embriaguez ao volante),
como prática de crimes (art. 302 e 306 do CTB – homicídio e embriaguez ao
volante), contudo não haverá responsabilidade civil (art. 927 do CC) pois o
direito penal não guarda relação com o direito civil.

7) Sobre as fontes do Direito Penal, marque a alternativa incorreta:

a) Fontes Formais – É a forma pela qual o Direito Penal se exterioriza, podendo


ser normas incriminadora ou não incriminadoras;

b) subdivide-se em: Mediata – Costumes (conjunto de normas não escrita, em


que as pessoas cumprem pelo hábito natural de seus comportamentos), não se
incluindo neste caso os Princípios Gerais do Direito (Premissas que servem de
bases para a criação e aplicação do Direito).

c) Imediata – É a própria lei, classificando-se como incriminadora (descrevem


as infrações penais e cominam as respectivas penais),
permissiva (a lei autoriza a prática da conduta típica, sem considera-la ilícita,
como, por exemplo, o agente que age em legítima defesa)

d) podem ainda ser explicativa (Apenas esclarece o conteúdo da norma penal,


fazendo a delimitação da sua aplicação. A parte geral do Código Penal com um
todo é formada por fonte imediata explicativa).

8) Sobre norma penal em branco, está incorreta a opção:

a) Nas normas penais em branco o preceito primário é incompleto, mas o


secundário é determinado. A norma penal primária possui a descrição da
conduta incompleta e, portanto, necessita do complemento de outra norma
legal para que haja efetivação na sua aplicação regulamentar.

b) No Art. 33 da Lei 11.343/06, o conceito de drogas é definido por Portaria da


ANVISA. Pode-se falar, com isso, que é uma norma penal em branco
heterogênea (quando o complemento vem de outra fonte formal, como, por
exemplo, ato normativo infralegal proveniente de portaria ou decreto).

c) Nos Arts. 235 a 237 do CP, os conceitos referentes aos impedimentos


matrimoniais estão no art. 1521 do CC. Pode-se falar, com isso, que é uma
norma penal em branco homogênea (quando o complemento vem da mesma
fonte formal, nesse caso, a lei).

d) Nas normas penais em branco – heterogenia ou homogenia - o preceito


secundário é incompleto, mas o secundário é determinado. A norma penal
primária possui a descrição da conduta incompleta e, portanto, necessita do
complemento de outra norma legal para que haja efetivação na sua aplicação
regulamentar.

9) Sobre norma penal em branco, está incorreta a opção:

a) Norma Penal em Branco: depende de complemento normativo;

b) Norma Penal em Branco Própria ou em Sentido Estrito: o complemento


normativo não emana do legislador (ex: lei de drogas – quem diz o que é droga
é o Executivo). Também chamada de Heterogênea;

c) Norma Penal em Branco Imprópria ou em Sentido Amplo: o complemento


normativo emana do legislador (ex: crimes funcionais – conceito de “funcionário
público” do art. 327 do CP). Também chamada de Homogênea;

d) Norma penal em branco ao revés – o complemento normativo diz respeito à


sanção penal, ou seja, ao preceito primário da lei (ex. genocídio - Lei nº.
2.889/1956)

10) Relacione a 2ª Coluna de acordo com a 1ª:

(1) Abolitio Criminis

(2) Novatio Legis Incriminadora

(3) Novatio Legis in Pejus

(4) Novatio Legis in Mellius

( ) Modificação do tipo, beneficiando o infrator. Assim como no abolitio criminis,


aplica-se imediatamente ao infrator, devendo ter melhorada a sua situação a
frente do crime praticado.

( ) Nova lei que revoga norma anterior incriminadora. Desse modo, a lei
posterior extingui a conduta anteriormente considerada como crime, passando
a ser, logo, atípica. Caso haja inquéritos ou processos em andamento, todos
devem ser extintos e arquivados.

( ) Modificação do tipo penal, agravando a situação da conduta. Não será


aplicada aos casos ocorridos antes de sua vigência.

( ) Criação de condutas criminosas. A lei penal passa a considerar criminosa


uma conduta antes irrelevante em suas esfera.
11 Sobre o tempo e o lugar do crime estabelecidos nos artigos 4º e 6º,
respectivamente, do Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa
INCORRETA:

(a) Acerca do tempo do crime, considera-se praticado o crime no momento da


ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

(b) Acerca do lugar do crime, considera-se praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu
ou deveria
produzir-se o resultado.

(c) O Código Penal Brasileiro adotou a teoria da ubiquidade para determinar o


tempo
do crime e a teoria da atividade para determinar o lugar crime.

(d) Atividade, resultado e ubiquidade são teorias utilizadas para determinar


tanto o
tempo, quanto o lugar do crime, conforme a legislação penal vigente.

12 Acerca da classificação dos crimes, Relacione a 2ª Coluna de acordo


com a 1ª:

(1) Crime Comum;

(2) Crime Próprio;

(3) Crime Material;

(4) Crime Formal;

(5) Crime Permanente;

( ) Qualquer pessoa pode cometer.

( ) Não há necessidade da produção do resultado naturalístico para a


consumação do
crime.

( ) É aquele em que a sua consumação se prolonga no tempo, renovando-se a


cada
momento.

( ) É aquele que somente se consuma com a produção de um resultado


naturalístico.

( ) Somente determinada categoria, grupo ou pessoa pode cometer.


13 Com relação aos crimes dolosos e culposos, assinale (V) para as
assertivas
Verdadeiras e (F) para as assertivas Falsas:

A ( ) Diz-se o crime doloso, quando o agente deu causa ao resultado por


imprudência, negligência ou imperícia.

B ( ) Diz-se o crime culposo, quando o agente quis o resultado ou assumiu o


risco de produzi-lo.

C ( ) Dolo é a vontade e consciência de realizar os elementos constantes do


tipo legal.
Mais amplamente, é a vontade manifestada pela pessoa humana de realizar a
conduta.

D ( ) A Culpa Fundamenta-se na aferição do cuidado objetivo exigível pela


pelas
circunstâncias em que o fato ocorreu, o que indica a tipicidade da conduta do
agente.

E ( ) São modalidades da conduta dolosa: A imprudência, a negligência e a


imperícia.

F ( ) Dolo direto ou determinado é a vontade do agente em praticar a conduta


e produzir o
resultado.

G ( ) Dolo indireto ou indeterminado: Ocorre quando a vontade do agente não


se dirige a
certo e determinado resultado, podendo ser alternativo ou eventual.

H ( ) A imprudência ocorre mediante uma conduta negativa, uma omissão,


quando se fazia
necessário uma ação preventiva.

I ( ) A imprudência se caracteriza com a incapacidade ou falta de


conhecimento no
exercício de arte ou ofício.
J ( ) O Código Penal Brasileiro atualmente vigente não prevê a aplicação da
culpa presumida, portanto, para que alguém incorra num crime culposo, este
deve ficar provado, seja pela imprudência, negligência ou imperícia, não
aceitando presunções ou meras deduções.

14 Acerca das penas, assinale a alternativa INCORRETA:

(a) O objetivo maior da pena é fazer com que o criminoso se arrependa do ato
cometido, mediante castigo intenso no sistema prisional, enquanto durar a sua
condenação.

(b) Pena é a imposição da perda ou diminuição de um bem jurídico, prevista


em lei e
aplicada pelo órgão judiciário, a quem praticou ilícito penal.

(c) A retribuição, prevenção e ressocialização são consideradas como


finalidades das penas.

(d) A reclusão, detenção e prisão simples são formas de penas privativas de


liberdade.

15 Com relação ao concurso de crimes, assinale a alternativa CORRETA:

(a) Ocorre concurso de crimes quando o agente pratica duas ou mais infrações
penais em determinado contexto, podendo ser material, formal ou continuado
(art. 69 a 71 CP).

(b) Concurso formal de crimes: Ocorre quando o agente, mediante mais de


uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, podendo
ser homogêneo ou heterogêneo.

(c) Concurso Material de crimes: Ocorre o crime continuado quando o agente,


mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da
mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhanças, devem os subsequentes ser havidos como continuação
do primeiro.

(d) Crime Continuado: Ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou


omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não.

16 Com relação as ações penais existentes no Código Penal Brasileiro,


assinale a
alternativa INCORRETA:
(a) Ação penal é o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do Direito Penal
Objetivo.

(b) As ações penais podem ser: Ação Penal Pública Incondicionada, Ação
Penal Pública Condicionada, Ação Penal de Iniciativa Privada e Ação Penal
Privada Subsidiária da Pública.

(c) A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declare


privativa do ofendido.

(d) A ação penal pública incondicionada necessita de condição específica


(representação) para a sua propositura pelo Ministério Público.

17 Quanto ao conflito aparente de normas, pode-se afirmar somente o que


está descrito na alternativa:

a) Existem três princípios para resolver o conflito aparente de normas:


Especialidade; Consunção e solidariedade.

b) Consunção: a norma definidora de um crime constitui meio necessário ou


fase normal de preparação ou execução de outro crime.

c)Para o antefato impunível, tem-se a falsificação do cheque para praticar o


estelionato como exemplo. Para o pós-fato impunível, não é exemplo subtrair
um bem e vendê-lo, pois a venda também é crime e será apurado
isoladamente;

d) Para a especialidade, acrescenta-se elemento comum à descrição típica


prevista na norma geral. Ex: art. 121, § 3º do CP e art. 302 do CTB (Lei nº
9.503/97;

e) Para subsidiariedade, uma norma é primária e a outra é secundária, pois


descrevem duas condutas em graus diferentes de violação de um bem jurídico.
Ex: (art. 146 em relação ao 157, ambos do CP) e (art. 307 em relação ao 171,
ambos do CP).

18) Quanto ao conflito aparente de normas, pode-se afirmar somente o


que está descrito na alternativa:

a) Ocorre o conflito real de normas penais somente quando duas ou mais


normas penais incriminadoras acabam descrevendo o mesmo fato. Não existe
conflito aparente, mas sim um conflito real. Todavia, há apenas a aparente
incidência de duas ou mais normas em relação a um fato, uma vez que,
somente uma norma poderá ser aplicada ao caso em concreto.

b) Quando o agente falsifica uma folha de cheque de terceiro, assinando-a


como se fosse titular da conta corrente e, então, entrega o documento
falsificado ao lojista, o qual iludido em razão da fraude empregada, vende a ele
a mercadoria. Nesse caso houve apenas uma conduta criminosas: não há
falsidade documental, se houvesse essa não seria absorvida pelo estelionato
(CP, art. 171), na qual a primeira esgotou todo o seu maléfico, ou seja, toda a
sua potencialidade lesiva. Quer dizer, em outras palavras, que o documento
falso não se prestará a nenhum outro golpe, a não ser aquele já consumado.
Assim, está-se falando de antefato impunível.

c) o indivíduo que furta o relógio da vítima e, já distante, quando consumado a


infração patrimonial, nota que o objeto não possui valor que esperava e,
raivoso, danifica-o. O dano representa, nesse caso, um pós-fato impunível por
não ter o condão de agravar o maléfico já produzido ao patrimônio do sujeito
passivo.

d) À consunção, há um ou mais crimes praticados para o mesmo fim. Ou seja,


há um (ou mais) “crime meio” para chegar ao “crime fim”, o que resultará na
aplicação somente do crime meio conforme prescreve a consunção.

19) Relacione as colunas:

1 - Abolitio Criminis

2 – Novatio Legis Incriminadora

3 – Novatio Legis in Pejus

4 - Novatio Legis in Mellius

( ) Modificação do tipo penal, agravando a


situação da conduta. Não será aplicada aos
casos ocorridos antes de sua vigência.

( ) Criação de condutas criminosas. A lei


penal passa a considerar criminosa uma
conduta antes irrelevante em sua esfera.

( ) Nova lei que revoga norma anterior


incriminadora. Desse modo, a lei
posterior extinguiu a conduta
anteriormente considerada como crime,
passando a ser, logo, atípica. Caso haja
inquéritos ou processos em andamento,
todos devem ser extintos e arquivados.

( ) Modificação do tipo, beneficiando o


infrator. Assim como no abolitio criminis,
aplica-se imediatamente ao infrator,
devendo ter melhorada a sua situação a
frente do crime praticado.
20) sobre a aplicação da lei penal no tempo, marque a alternativa correta:

a) Ultratividade da Lei Ocorre quando embora revogada, não mais manterá sua
eficácia no tempo. Normalmente não se aplica nem mesmo em favor do réu.
Lei mais benéfica que entra para o mundo jurídico não deve retroagir para
beneficiar o réu.

b) A regra é a lei penal retroagir. A exceção é a lei penal também retroagir


quando de alguma forma possa trazer benefício ao infrator.

c) Ultratividade da Lei Ocorre quando embora revogada, ainda mantém sua


eficácia no tempo. Normalmente aplica-se em favor do réu, tratando-se de lei
mais benéfica. Lei mais benéfica que entra para o mundo jurídico deve retroagir
para beneficiar o réu.

d) A regra é a penal não retroagir. Não há exceção para a lei penal retroagir,
mesmo quando de alguma forma possa trazer benefício ao infrator.

21) Marque V ou F:

a) ( ) Lei Penal Excepcional (art. 3º CP) – São aquelas promulgadas em


decorrências de calamidade pública, guerra, revolução etc.

b) ( ) Lei Penal Temporária (art. 3º CP) – São Aquelas que possuem tempo
certo para iniciar e terminar.

c) ( ) Lei temporária: é aquela que tem prefixado no seu texto o tempo de sua
vigência

d) ( ) As leis penais excepcionais e temporárias são consideradas para parte


da doutrina como sendo ultrativas, pois ainda produzem seus efeitos mesmo
depois do término de sua vigência.

e) ( ) Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não ais se
aplicam aos fatos praticados durante sua vigência”. (Código Penal)

F) ( ) Há, no caso dessas leis, aparente contradição com o princípio da


irretroatividade da norma penal mais severa. Todavia, privadas de ultratividade,
perderiam elas sua eficácia intimidadora, porque os seus infratores atuariam na
certeza da impunidade, seja pela não conclusão dos processos durante o
tempo de sua vigência, seja pela aplicação retroativa da norma mais benigna
restabelecida.

22) Com relação ao tempo do crime, marque a assertiva correta:

a) Na Teoria do resultado o delito considera-se praticado no


momento da ação ou omissão.
b) Teoria mista ou da ubiquidade – momento do crime é somente o do
resultado.

c) - Juarez Santos, adolescente de 17 anos, faltando apenas um dia para


completar a maior idade, vem a disparar arma de fogo contra seu desafeto,
deixando-o gravemente ferido. Após uma semana no hospital, a vítima falece
em decorrência exclusiva da ação de Juarez. Nesse caso, Juarez, por ter
completado 18 anos no momento da morte de seu desafeto, será considerado
imputável para os efeitos da aplicação da lei penal, em razão da teoria do
resultado adotada por essa legislação.

d) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que


outro seja o momento do resultado, conforme a Teoria da atividade adota pelo
Código Penal (artigo 4º).

23) Quanto ao lugar do crime, marque assertiva INCORRETAa:

a) Fábio Tranca, desfere um golpe de faca num indivíduo de nacionalidade


Paraguaia, em território Brasileiro. A vítima, mesmo agonizando, consegue
correr pela ponte da amizade que divide o Brasil do Paraguai, vindo a falecer
no momento em que chega ao seu país. Pela teoria da ubiquidade adotada
pelo Código Penal Brasileiro, Fábio Tranca vai responder pelo crime de
homicídio no Brasil, muito embora o resultado tenha ocorrido em outro país,
pois para a teoria em questão, o lugar do crime pode ser tanto no momento da
ação ou da omissão, quanto onde se deu o resultado.

B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,


no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado. Para o Código Penal, Lugar do Crime (art. 6º CP), foi adotada a
teoria da ubiquidade. O lugar do crime pode ser tanto o da conduta realizada,
quanto o do resultado produzido.

C) lugar do crime será o local onde a da conduta foi realizada, não se


considerando a do resultado produzido.

D) Para a aplicação da lei penal no espaço, sabendo que um fato punível,


pode, eventualmente, atingir os interesses de dois ou mais Estados igualmente
soberanos, o estudo da lei penal no espaço visa a descobrir qual é o âmbito
territorial de aplicação da lei penal brasileira, bem como de que forma o Brasil
se relaciona com outros países em matéria penal.

24) Quanto a territorialidade, marque a assertiva correta:

A ) Para a Territorialidade (art. 5º CP) o Brasil adotou o princípio da


territorialidade temperada.
b) Territorialidade temperada, pois a lei brasileira pode ser aplicada com
prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional: Art. 5º -
Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

c) Aplica-se as leis do próprio país em seu território, porém, sem que se possa
aplicar lei estrangeira.

d) - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional


as embarcações, mas não as aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves, excepcionando-se as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar.

25) Ainda sobre a territorialidade, marque V ou F:

a) ( ) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território


nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar.

b) ( ) É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de


aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

c) ( ) Mesmo sendo públicas, as aeronaves e embarcações estrangeiras, não


são considerados parte de nosso (Brasil) território, por extensão, equiparação
ou ficção;

d) ( ) Aeronaves ou embarcações brasileiras públicas ou a serviço do governo


brasileiro não são considerados extensão do território brasileiro onde quer que
se encontrem;

e) ( ) Aeronaves ou embarcação brasileiras mercantes ou privadas só são


consideradas extensão do território brasileiro se em alto-mar ou espaço aéreo
correspondente ao alto-mar, seguem a lei da bandeira que ostentam;

f) ( ) Mesmo com o princípio da reciprocidade (art. 5º, §2º, CP), o mesmo


tratamento não é dado às embarcações ou aeronaves estrangeiras em território
brasileiro.

g) ( ) Um navio brasileiro de cruzeiro (particular), encontrava-se em águas


internacionais (alto mar), quando Ciclano (passageiro) efetuou disparo de arma
de fogo contra Fulano. Neste caso, considerando que o navio estava em alto
mar, não haverá crime a ser apurado uma vez que em alto mar é “terra de
ninguém” e neste caso não há lei a ser aplicada.

H) ( ) O piloto e o copiloto de um avião da força aérea da Argentina, após


pousar em aeroporto brasileiro, entraram em luta corporal dentro do próprio
avião, vindo o piloto a restar ferido (lesão corporal). Neste caso, a lei aplicada
será a brasileira pois a aeronave encontrava-se em solo no território brasileiro e
não no espaço aéreo internacional.

I) ( ) Peter, de nacionalidade norte-americana, desferiu cinco tiros em direção


a John, também norte-americano, matando-o. O crime aconteceu no interior de
uma embarcação estrangeira de propriedade privada em mar territorial do
Brasil. Nessa situação, não se aplica a lei brasileira ao crime praticado por
Peter.

J) ( ) Caso um cidadão alemão, dentro de uma embarcação da Marinha


Mercante Brasileira, ancorada em porte holandês (local onde, em tese, não se
pude o aborto), contribua para que sua esposa, francesa, pratique o
abortamento, o território brasileiro não será considerado local de ocorrência da
conduta, pois o navio estava ancorado em águas estrangeiras.

k) ( ) Caso um cidadão alemão, dentro de uma embarcação da Marinha


Brasileira (Forças Armadas), ancorada em porte holandês (local onde, em tese,
não se pude o aborto), contribua para que sua esposa, francesa, pratique o
abortamento, o território brasileiro não será considerado local de ocorrência da
conduta, pois o navio estava ancorado em águas estrangeiras.

26) Quanto a extraterritorialidade, marque a assertiva INCORRETA:

a) O Brasil adotou o princípio da territorialidade como regra geral e os


seguintes: Princípio da Defesa (art. 7º, I, § 3º, CP) – A lei do país é aplicada em
razão do bem jurídico atingido; Princípio da Justiça Universal (art. 7º, II, a, CP)
– O agente deve ser punido onde se encontra;

b) Conforme o inciso I do Art. 7º do CP, ficam sujeitos à lei brasileira, embora


cometidos no estrangeiro, os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente
da República (Princípio da Defesa ou Real);

b) Conforme o inciso I do Art. 7º do CP, ficam sujeitos à lei brasileira, embora


cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da
União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público (Princípio da Defesa ou Real);
c) Conforme o inciso I do Art. 7º do CP, ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro, os crimes contra a administração de empresas
privadas brasileiras, ou por quem está a seu serviço (Princípio da Defesa ou
Real);

d) Conforme o inciso I do Art. 7º do CP, ficam sujeitos à lei brasileira, embora


cometidos no estrangeiro, os crimes de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil (Princípio da Justiça Penal Universal - o
Brasil se obrigou por tratado);

27) Ainda, com relação a extraterritorialidade, marque a opção correta:

a) Conforme o Inciso II do Artigo 7º do CP - Ficam sujeitos à lei brasileira,


embora cometidos no estrangeiro, os crimes que, mesmo que por tratado ou
convenção, o Brasil se NÃO TENHA SE OBRIGADO a reprimir; (Princípio da
Justiça Penal Universal)

b) Conforme o Inciso II do Artigo 7º do CP - Ficam sujeitos à lei brasileira,


embora cometidos no estrangeiro, os crimes que praticados por brasileiro;
(Princípio da Nacionalidade Ativa)
Ficam sujeitos
c) Conforme o Inciso II do Artigo 7º do CP – Não estão sujeitos à lei brasileira,
embora cometidos no estrangeiro, os crimes que praticados em aeronaves ou
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Princípio da Representação ou
Bandeira)

d) Nos casos do inciso I do Artigo 7º do CP, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. São os casos de
“Extraterritorialidade CONDICIONADA”; não importa se o agente já foi
CONDICIONADA
condenado ou absolvido no estrangeiro);

e) Nos casos do inciso II do Artigo 7º do CP, a aplicação da lei brasileira


depende do concurso das condições elencadas. Faltando um deles a lei penal
não pode “sair” do Brasil. É o caso da “Extraterritorialidade
INCONDICIONADA”.

28) Nos casos da Extraterritorialidade Condicionada (requisitos


cumulativos, ou seja, faltando um deles a lei penal não pode “sair” do
Brasil), pode-se dizer que NÃO É REQUISITO aquele descrito na letra:

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (dupla tipicidade);
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição; (é apenas uma referência, não se está falando de extradição. São
os crimes punido com reclusão com pena que supera 1 ano.);

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a


pena;
Não ter sido
e) Mesmo tendo o agente sido perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Não estar extinta punibilidade
29) De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a:
Ou
a) Embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública, desde que se
encontrem a serviço do governo brasileiro.

b) Embarcações e aeronaves brasileiras de natureza publica, desde que se


encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar;

c) Aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,


onde quer que se encontrem;
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar
d) embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro, onde quer que se encontrem;

e) aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,


desde que estejam a serviço do governo do Brasil e se encontrem no espaço
aéreo brasileiro ou em alto-mar.

30) Quanto a pena cumprida no estrangeiro, está correta a alternativa:

a) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, nem quando diversas, nem nela é computada, quando idênticas.

b) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime e por crimes diferentes, quando diversas, ou nela é computada,
quando idênticas.

c) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

d) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, tampouco quando diversas, sequer será computada, quando
idênticas.

31) Marque a alternativa INCORRETA. Conforme o Art. 9º do CP (Código


Penal), a sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz
na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil
para:
A) Não poderá homologar para obrigar o condenado à reparação do dano,
restituições e a outros efeitos civis, pois nesses casos a reparação, por ser
matéria de Direito Civil, não se confunde com Direito Penal;

B) sujeitá-lo a medida de segurança.

C) A homologação da sentença estrangeira depende, para os efeitos previstos


no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) A homologação da sentença estrangeira depende, para os outros efeitos, da


existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da
Justiça.

32) Em um caso hipotético, para contagem de prazo no Direito Penal, em


que Fulano de Tal teve prisão preventiva decretada por 3 meses, cujo
cumprimento iniciou-se no dia 15 de abril de 2020 às 23h, pode-se afirmar
que Fulano de Tal será posto em liberdade no dia:

a) 15 de junho de 2020 exatamente às 23h, pois, assim, restará cumprindo o


prazo exato da prisão decretada;

b) 15 de junho de 2020 após as 00h, ou seja, logo que se inicia o dia 16 de


junho de 2020, pois deste modo estará cumprido os três meses da prisão
decretada.

c) 14 de junho de 2020, após as 23h, pois foi este o horário em que se deu o
dia inicial da prisão.

d) 14 de junho de 2020, em qualquer horário, pois se exclui o dia do final e


despreza-se as frações de dia na contagem.

33) À contagem de prazo no Direito Penal, marque a alternativa correta:

A) Contagem de Prazo (art. 10 CP) – No direito material (Direito Penal) o prazo


inicia-se no segundo dia após a data inicial prevista.

B) Fulano de Tal teve prisão preventiva decretada por 2 meses, cujo


cumprimento iniciou-se no dia 10 de março às 15h. Neste caso, Fulano de Tal
será posto em liberdade no dia 09 de março a qualquer hora do dia, do mesmo
ano;

C) Não há diferença de contagem de tempo (prazo) entre o Direito Penal e o


Direito Processual Penal.

D) Para contagem do prazo penal, conforme artigo 11, não poderão ser
desprezadas as frações, tanto em dias, quanto em valores.
34) Segundo a teoria finalista bipartida do delito, marque a opção correta:

A) Embora exista divergência na doutrina, do ponto de vista jurídico, segundo a


teoria finalista, crime é um fato atípico e jurídico, cuja culpabilidade não é um
pressuposto da aplicação da pena.

B) Sujeito Ativo de um delito é a pessoa que comete a infração penal, e o


sujeito Passivo é a pessoa que sofre os efeitos da infração penal.

C) crime é uma Infração penal em que a lei comina pena de prisão simples ou
multa;

D) Contravenção é a infração penal em que a lei comina pena de reclusão ou


detenção;

35) De acordo com o material aplicado nas instruções, embora seja objeto
do delito em sua especificidade, NÃO É considerado bem jurídico
estampado no titulo ou capítulo da norma, a opção da letra:

A) A vida;

B) A liberdade

C) O aborto;

D) O patrimônio;

E) A honra.

36) A partir do conceito analítico surge a concepção bipartida do delito. A


análise do crime inicia pela tipicidade, passando-se em seguida para a
ilicitude, sendo que por fim verifica-se a culpabilidade. Nesse contexto,
pode-se afirmar que crime/delito é:

a) Antijurídico – fato típico - culpabilidade

b) Culpabilidade – fato típico - antijurídico

c) Fato típico – antijurídico – cuja culpabilidade é pressuposto de aplicação da


pena.

d) Fato típico – culpável – antijurídico.

37) O fato típico, por sua vez, está assim dividido:

a) Conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.


b) Conduta, ação ou omissão, nexo causal e legalidade.

c) Nexo causal, resultado e culpabilidade.

d) Nexo causal, culpabilidade e resultado.

38) Relacione:

1 Conduta;

2 Resultado;

3 Nexo causal;

4 Tipicidade;

( ) É a relação existente entre a conduta e o resultado

( ) É o comportamento humano ocorrido por uma ação ou omissão,


representado pelo dolo ou culpa.

( ) É a conduta do agente capaz de modificar o mundo exterior (caso fortuito


ou força maior).

( ) É o enquadramento legal.

39) Sobre os elementos do fato típico, marque a alternativa correta:

A) Conduta, é a ação ou omissão humana ou animal, consciente e voluntária,


dirigida a uma finalidade. Conduta penalmente relevante: Toda ação ou
omissão humana, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, voltada a uma
finalidade, típica ou não, mas que produz ou tenta produzir um resultado
previsto na lei penal como crime.

b) Dolo e culpa, pode ser considerado como a vontade consciente dirigida a


realizar (ou aceitar realizar) a conduta prevista no tipo penal incriminador;

c) Crime Doloso (art. 18, I, CP) está relacionado a


negligência/imprudência/imperícia em cometer a infração penal, querendo o
resultado ou assumindo o risco de produzi-lo; O Código Penal adotou a teoria
da vontade (quando quis) e do assentimento (quando assumiu o risco de
produzi-lo);

d) Dolo Direito ou Determinado, é a vontade de praticar a conduta e produzir o


resultado; Dolo Indireto ou Indeterminado, ocorre quando a vontade do agente
não se dirige a certo e determinado resultado, podendo ser alternativo ou
eventual;

40) Quanto ao dolo, está INCORRETA o que descreve a assertiva:


a) Alternativo – “tanto faz” (ferir OU matar);

b) Eventual: quer realizar uma conduta, mas assume o risco de praticar outra –
“quero ferir, mas aceito matar”

c) Dolo Direito ou Determinado – É a vontade de praticar a conduta e produzir o


resultado;

d) Dolo Indireto ou Indeterminado – Ocorre quando a vontade do agente, a


exemplo do dolo direto, se dirige a certo e determinado resultado, não podendo
ser alternativo ou eventual;

41 Com o finalismo, a teoria do delito encontra um dos mais importantes


marcos de sua evolução. A mais importante contribuição do finalismo foi
retirar os aspectos subjetivos da culpabilidade, dando-lhe caráter
normativo (potencial consciência da ilicitude e inexigibilidade de conduta
diversa). Deste modo:

a) Dolo e culpa saem da culpabilidade e passam para antijuridicidade.

b) Dolo e culpa saem da culpabilidade e passam para a tipicidade.

c) Dolo e culpa não saem, por isso permanecem na culpabilidade

42) Quanto à culpa, marque a assertiva INCORRETA:

A) No Crime Culposo (art. 18, II, CP) o agente não quer e nem assume o risco
de produzir o resultado, porém da causa por uma das modalidades da culpa;

B) Culpa: Fundamenta-se na aferição do cuidado objetivo exigível pela pelas


circunstâncias em que o fato ocorreu, o que indica a tipicidade da conduta do
agente.

C) A conduta culposa será atípica quando o agente deixar de observar os


cuidados necessários nas relações com outrem;

D) Para que haja culpa deve haver previsão expressa em lei;

43) Sobre as modalidades da culpa, relacione:

1 imperícia

2 negligência

3 imprudência
( ) Ocorre em razão do ímpeto exacerbado do agente, excesso de vontade,
deixando de ter a devida cautela.

( ) É uma conduta negativa, uma omissão, quando se fazia necessário uma


ação preventiva;

( ) Incapacidade ou falta de conhecimento técnicos no exercício de arte ou


ofício.

44) Sobre as espécies de culpa, marque a assertiva correta:

a) Culpa Consciente – O agente prevê o resultado, no entanto espera que não


ocorra, supondo poder evita-lo;

b) Culpa Inconsciente – O agente prevê o resultado, que, no entanto, era


objetiva e subjetivamente previsível;

c) Culpa Própria – É aquela em que o agente quer e assume o risco de


produzir o resultado; dando-lhe causa por negligência, imperícia ou
imprudência;

d) Culpa Imprópria – o agente não quer o resultado, não estando sua vontade
viciada por erro que poderia evitar, observando o cuidado necessário. Ocorre
por erro de tipo inescusável ou escusável;

45) Quanto ao crime preterdoloso, está INCORRETA a alternativa:

a) Trata-se de um crime qualificado pelo resultado.

b) Dolo na conduta antecedente e culpa na conduta consequente.

c) Exemplo (art. 129, § 3º CP) – Lesão corporal seguida de morte.

D) Culpa na conduta antecedente e dolo na conduta conseqüente.

46) sobre o resultado, está correta a alternativa:

a) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a


quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o
resultado não teria ocorrido.

b) A superveniência de causa relativamente independente não exclui a


imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam-se a quem os praticou.
c) A omissão não será penalmente relevante mesmo quando o omitente devia
e podia agir para evitar o resultado.

d) O dever de agir não será exigido a quem: tenha por lei obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância; de outra forma, assumiu a responsabilidade de
impedir o resultado; Com seu comportamento anterior, criou o risco da
ocorrência do resultado.

47 Quanto as causas descritas no parágrafo primeiro do artigo 13 do CP,


marque a assertiva INCORRETA:

a) Concausa, é toda causa que concorre paralelamente com outra, contribuindo


para a produção do resultado final;

b) Há a pluralidade de causas concorrendo para o mesmo evento; Podem ser


classificadas em relativamente independente e absolutamente independente.

c) Absolutamente Independente, em regra, a causa que provocou o resultado


ocasionou-se em razão da conduta do agente. Relativamente Independente, é
o fato que por si só já produz o resultado, no entanto não se originou na
conduta do agente.

d) As causas serão preexistentes, se oriundas de fatos ocorridos anteriormente


à conduta do agente - preexistente. Concomitante, oriundas de fatos ocorridos
ao mesmo tempo à conduta do agente. E Supervenientes, provenientes de
fatos ocorridos posteriormente à conduta do agente.

48 Ainda quanto as causas descritas no parágrafo primeiro do artigo 13


do CP, no que diz respeito as CAUSAS ABSOLUTAMENTE
INDEPENDENTE, marque a assertiva INCORRETA:

a) Podem ser preexistente, concomitante e superveniente;

b) Preexistente: quando a causa efetiva é anterior à concorrente; Exemplo: "X"


atirou contra "Y", às 20:00h, mas às 19:00h "Y" já estava envenenado,
chegando a óbito em razão deste evenenamento. Por qual crime "X"
responderá? Tentativa de homicídio.

c) Concomitante: quando a causa efetiva ocorre ao mesmo tempo que a


concorrente; Exemplo: Às 20:00h, "X" está envenenando "Y". Na mesma hora
entra uma quadrilha no local do crime e mata "Y". Por qual crime "X"
responderá? "X" responderá por homicídio na forma tentada e os sujeitos que
integram a quadrilha pelo crime de homicídio consumado.

d) superveniente: quando a causa efetiva é anterior à concorrente. Exemplo: Às


19:00h "X" deu veneno para "Y'. Às 20:00h, caiu um lustre na cabeça de 'Y", o
qual morreu em razão de traumatismo craniano. Neste caso, por ser causa
absolutamente superveniente, "X", que ministrou o veneno, vai responder por
tentativa de homicídio.

49) Marque V ou F para alternativas à seguir quanto as causas


RELATIVAMENTE INDEPENDENTES:

A ( ) Relativamente Independente, são fatos que por si só já produzem o


resultado, no entanto se originou na conduta do agente, podendo ser
preexistente, concomitante ou superveniente.

B ( ) Relativamente Independente: essas concausas não guardam relação


com a conduta do agente e nem com a ocorrência do resultado. Em outras
palavras, as causas se conjugam para produzir o evento final, pois
isoladamente consideradas não seriam capazes de ocasionar o resultado;

C ( ) Preexistente: quando a causa efetiva é posterior à concorrente. Exemplo:


"X" desfere golpes de faca contra um hemofílico. Como ele já era portador
dessa doença, a causa é relativamente independente preexistente. "X"
responderá pelo crime de homicídio consumado. Ressalte-se que, nesse caso,
é imprescindível que ele o agente saiba que a vítima era hemofílica.

D ( ) Concomitante: quando a causa efetiva ocorre ao mesmo tempo que a


concorrente. Exemplo: "x" desfere um tiro contra "Y", este, vendo que a bala
vem em sua direção sofre uma ataque cardíaco. Por qual crime responde "X"?
Por ser uma causa relativamente independente concomitante, responderá por
crime de homicídio consumado.

E ( ) superveniente: quando a causa efetiva é posterior à concorrente. Aqui,


trabalha-se com o art. 13,§1º, do Código Penal.

F ( ) superveniente: "por si só" produz o resultado, a causa efetiva não sai da


linha de desdobramento da causa do risco concorrente (diante de uma causa
efetiva imprevisível). Exemplo: "X" sofre um tiro, daí necessitou ir ao hospital.
Lá o teto cai e em razão desse evento a vítima morre. Quem deu o tiro,
responderá por tentativa.

G ( ) Superveniente: "não por si só" produz o resultado: a causa efetiva está


na linha de desdobramento causal normal do risco concorrente (diante de uma
causa efetiva previsível). Exemplo: "X" sofre um tiro, que se submeteu a uma
cirurgia, oportunidade em que ocorreu um erro médico e em razão desse
evento a vítima morre. Erro médico é "não por si só". Quem deu o tiro responde
pelo crime consumado.

50) Sobre a Relevância Causal da Omissão (art. 13, § 2º CP) § 2º, marque a
opção INCORRETA. A omissão é penalmente relevante quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado.
A) O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado,
Proteção ou vigilância (pais, tutores, policiais, bombeiros e etc.) Ex. O pai que
deixa de alimentar o filho, causando sua morte.

B) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (salva-


vidas) Ex. Salva-vidas que tem obrigação de zelar pela vida dos banhistas.

C) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado


(posição de garante) Ex. (A) por brincadeira joga (B) na piscina que vem a
morrer afogado.

D) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado


(posição de garante) Ex. (A) por brincadeira joga (B) na piscina que vem a
morrer afogado. Neste caso, não se pode imputar a omissão a quem jogou o
outro na piscina.

51) Sobre o nexo causal e a tipicidade, marque a opção verdadeira:

a) É o elo concreto, psicológico e imaterial, porém natural, que se estabelece


entre a conduta do agente e o resultado naturalístico, por meio do qual não é
possível dizer se aquela deu ou não causa a este.

b) O nexo de causalidade só ocorre nos crimes formais, onde deve haver a


ligação entre a conduta do agente e a possibilidade do resultado, para a
configuração do crime.

c) Relação entre o tipo (norma penal estabelecida) e a conduta humana ou


animal. É o enquadramento legal. “É o nome que se dá ao enquadramento da
conduta concretizada pelo agente na norma penal descrita em abstrato. Em
suma, para que haja o crime é necessário que o sujeito realize, no caso
concreto, todos os elementos componentes da descrição típica.

d) É o elo concreto, físico, material e natural que se estabelece entre a conduta


do agente e o resultado naturalístico, por meio do qual é possível dizer se
aquela deu ou não causa a este. O nexo de causalidade só ocorre nos crimes
materiais, onde deve haver a ligação entre a conduta do agente e o resultado,
para a configuração do crime.

52) Quanto a tentativa e consumação de crime, marque V ou F:

A ( ) Consumado, quando, nele, se reúnem todos os elementos de sua


definição legal. A consumação do crime varia de acordo com o seu tipo penal.
(art. 14, I CP).

B ( ) Crime tentado: quando, iniciada a execução, não se consuma por vontade


do agente. Crime Tentado (art. 14, II CP) – O Código Penal adotou a teoria
objetiva da tentativa, na qual somente fica caracterizada com o início dos atos
executórios. Pena da Tentativa (art. 14 § único CP) – É a do crime consumado,
diminuída de 1 a 2/3.

C ( ) Iter Criminis – A infração penal apresenta uma trajetória, composta por 4


etapas: Cogitação – Não tem relevância penal, pois não há punição ao
pensamento. Atos Preparatórios – São os atos realizados após a cogitação.
Atos Executórios - caracteriza-se com o início da execução, reunindo os
elementos do tipo penal. Inicia a violação ao bem jurídico. Consumação –
Quando se encontram caracterizados os elementos integrantes da definição
legal da infração penal.

D ( ) Pena da Tentativa (art. 14 § único CP) – É a do crime tentado, diminuída


de 1 a 2/3.

53 Sobre a desistência voluntária, o arrependimento posterior e o crime


impossível, está INCORRETA a alternativa:

a) Desistência Voluntária (art. 15, 1ª parte CP) – O agente inicia os atos


executórios, podendo prosseguir até a consumação, porém desiste
voluntariamente.

b) Arrependimento Eficaz (art. 15, 2ª parte CP) – O agente pratica todos os


atos de execução, mas antes da consumação, pratica uma nova ação, mesmo
não evitando a produção do resultado.

c) Arrependimento Posterior (art. 16 CP) – Causa obrigatória de diminuição de


pena, tendo como objetivo a reparação do dano.

d) Crime Impossível (art. 17 CP) – Ocorre o crime impossível quando a conduta


do agente jamais poderia levar o crime a consumação, tornando-se o fato
atípico. Súmula 145. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a sua consumação.

54) Pode-se afirmar que um fato antijurídico é:

a) Contrário ao direito. É a relação de contrariedade entre o fato e o


ordenamento jurídico. Assim, para a caracterização do crime, não basta o fato
ser típico, necessitando, portanto, ser contrário a lei.

b) Contrário ao direito. É a relação de contrariedade entre o fato e o


ordenamento jurídico. Assim, para a caracterização do crime, basta que o fato
seja típico, não necessitando, portanto, ser contrário a lei.

c) Antijuridicidade ≠ Ilicitude.
d) Embora exista divergência na doutrina, do ponto de vista jurídico, segundo
a teoria finalista, crime é um fato típico, antijurídico e culpável, não sendo esta
um pressuposto da aplicação da pena.

55) De O art. 23 do CP, quatro são as causas de exclusão de ilicitude,


conforme preconiza a alternativa:

a) Estado de Necessidade, ilegítima Defesa, Estrito Cumprimento de Dever


Legal, Exercício Regular de Direito.

b) a) Estado de flagrante, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento de Dever


Legal, Exercício Regular de Direito.

c) a) Estado de Necessidade, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento de Dever


Legal, Exercício Regular de Direito.

d) a) Estado de flagrante, ilegítima Defesa, Estrito Cumprimento de Dever


Legal, Exercício Regular de Direito.

56) Considere que um boxeador profissional, durante uma luta normal,


desenvolvida dentro dos limites das regras esportivas, cause ferimentos
que resultem na morte do adversário. Nessa situação, o boxeador deverá
responder por homicídio doloso, com atenuação de eventual pena, em
face das circunstâncias do evento morte. A situação fática está:

a) Errada, pois o boxeador agiu em legítima defesa; neste caso o


desenvolvimento da atividade esportiva do boxe. Haverá, portanto, causa de
exclusão da antijuridicidade (ou ilicitude).

b) Correta, pois, nos limites do exercício regular de um direito, o boxeador


poderia repelir a agressão, ferir, mas não matar; neste caso o desenvolvimento
da atividade esportiva do boxe. Portanto, não haverá portanto causa de
exclusão da antijuridicidade (ou ilicitude).

c) Correta, pois o boxeador agiu em legítima defesa, o que será observado


como causa de exclusão da antijuridicidade (ou ilicitude).

d) Errada, pois o boxeador agiu no exercício regular de um direito; neste caso o


desenvolvimento da atividade esportiva do boxe. Haverá, portanto, causa de
exclusão da antijuridicidade (ou ilicitude).

57 Um bombeiro em serviço não pode alegar estado de necessidade para


eximir-se de seu ofício, visto que tem o dever legal de enfrentar o perigo.
Desta afirmação pode-se concluir que:

a) Está incorreta, pois o agente (bombeiro, policial, etc..) mesmo possuindo o


dever legal de enfrentar o perigo, pode se eximir de enfrentá-lo, alegando
estado de necessidade.
b) Está correta, pois o agente (bombeiro, policial, etc..) que possui o dever legal
de enfrentar o perigo não pode se eximir de enfrentá-lo, alegando estado de
necessidade.

c) Está Incorreta, pois o agente (bombeiro, policial, etc..) que possui o dever
legal de enfrentar o perigo, nestas condições, pode alegar legítima defesa para
se eximir de enfrentá-lo.

d) Está correta, em parte, pois o agente (bombeiro, policial, etc..) que possui o
dever legal de enfrentar o perigo não pode se eximir de enfrentá-lo, alegando
estado de necessidade, podendo alegar inimputabilidade.

58) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos


meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem. Esta informação está:

a) Incorreto, pois se trata da descrição exata do estado de necessidade


previsto no artigo 24 do Código Penal; QUE NÃO PROVOCOU POR SUA VONTADE, NEM
PODERIA EVITAR/ PODE SER CONTRA INOCENTE
b) Correto, trata-se da descrição exata da legítima defesa, prevista no artigo 25
do Código Penal;

c) Incorreto, pois se trata da descrição exata do estrito cumprimento do dever


É O CASO DOS PROFISS. DE SEG. PÚBLICA -
legal, previsto no artigo 23 do Código Penal;
CIÊNCIA DO DEVER E VONTADE DE CUMPRIR.
d) Correto, trata-se da descrição exata da legítima defesa, prevista no artigo 25
do Código Penal, a qual pode ser inclusive utilizada para contra agressão de
cão bravo.

59) Exclui a culpabilidade, os seguintes elementos:

Licitude
a) Imputabilidade. Potencial consciência da licitude. Exigibilidade de Conduta
Diversa.
Imputabilidade
b) Putabilidade. Potencial consciência da ilicitude. Exigibilidade de Conduta
Diversa.

c) Imputabilidade. Potencial consciência da ilicitude. Exigibilidade de Conduta


Diversa.

d) Imputabilidade. Potencial consciência da ilicitude. Exigibilidade de Conduta


adequada.
Diversa

60) Não é requisito do estado de necessidade o que dispõe a letra:

a) Perigo atual, podendo ser causado voluntariamente pelo agente, inevitável;


Não pode ser causado voluntariamente.
b) Direito próprio ou de terceiros a ser preservado;

c) Inexigibilidade do sacrifício do bem exposto ao perigo;

d) Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo

61) Sobre as excludentes, considere as seguintes afirmativas, julgue-as, e


assinale a alternativa correta:

1. Atua em legítima quem repele ataque de pessoa inimputável ou de animal


descontrolado;

2. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de


enfrenta o perigo.

3. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato mediante a


existência de perigo atual, involuntário e inevitável;

4. O estrito cumprimento do dever legal pressupõe que o agente atua em


conformidade com as disposições jurídico-normativas e não simplesmente
morais, religiosas o sociais.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras;

b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras;

c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras;

d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras;

e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

62) Sobre a legítima defesa, está INCORRETA a alternativa:

a) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios


necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.

b) Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se


também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele
agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de
crimes.

c) É a repulsa a injusta agressão, atual ou iminente a direito próprio ou de


outrem, utilizando-se moderadamente dos meios necessários.
d) São Requisitos da Legítima Defesa: Agressão injusta, atual ou iminente;
Direito próprio ou de terceiros; Utilização de meios necessários; Utilização
moderada dos meios necessários.

e) Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se no


estrito do cumprimento do dever legal o agente de segurança pública que
repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática
de crimes.

63) Considere (1) para legítima defesa e (2) para estado de necessidade, e
relacione nos itens a seguir:

a ( ) a agressão só pode ser humana;

b ( ) há um conflito entre 2 bens jurídicos exposto a perigo;

c ( ) há uma repulsa a ataque;

d ( ) o bem jurídico é exposto a perigo;

e ( ) o direito sofre uma agressão atual ou iminente;

f ( ) o perigo pode ou não advir da conduta humana;

g ( ) a conduta pode ser dirigida contra terceiro inocente;

h ( ) a conduta é somente contra o agressor;

i ( ) a agressão não precisa ser injusta;

j ( ) somente existe se houver injusta agressão.

64) marque V ou F:

A ( ) Como excludente de antijuridicidade, tem-se o Estrito Cumprimento de


Dever Legal (art. 23, III CP), que é o cumprimento de um dever legal ou ileagl
dentro dos limites impostos pela legislação.

B ( ) No estrito cumprimento do dever legal, o Requisito objetivo é o


cumprimento do dever nos limites estabelecidos pela norma.

C ( ) No estrito cumprimento do dever legal, o Requisito subjetivo é a ciência


do dever e vontade de cumpri-lo, no estrito limite da lei.

D ( ) O Exercício Regular de Direito (art. 23, III CP), Consiste na atuação do


agente dentro e fora dos limites conferidos pelo ordenamento legal. Tem-se
como exemplo: Lesões em atividades esportivas;

65 Com relação à culpabilidade, marque a alternativa INCORRETA:


A) É o juízo de reprovação social, funcionando como pressuposto para a
aplicação da pena;

B) Tem como um dos elementos, a Imputabilidade.

C) Tem como um dos elementos, a Potencial consciência da ilicitude.

D) Tem como um dos elementos, a legítima defesa e não Exigibilidade de


Conduta Diversa.

66 Sobre a imputabilidade penal, esta correta somente a alternativa:

a) É a imputabilidade é a incapacidade de entender o caráter ilícito do fato e de


determinar-se de acordo com esse entendimento;

b) É a possibilidade de atribuir a alguém, ou mesmo um animal, a


responsabilidade por algum fato criminoso.

c) sobre a Inimputabilidade (art. 26 CP) – esta é a incapacidade do agente de


entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

d) sobre a Inimputabilidade (art. 26 CP) – esta é a capacidade do agente de


entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

67) Das alternativas a seguir, marque aquela que não exclui a


imputabilidade:

a) Doença mental (art. 26 caput CP);

b) Desenvolvimento mental incompleto (art. 27 CP);

c) Desenvolvimento mental retardado (art. 26 caput CP);

d) Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28 §


1º CP).

e) Embriagues voluntária.

68) Sobre a potencial consciência da ilicitude, está INCORRETA a


alternativa:
a) É a consciência do agente em saber e conhecer a antijuricidade do fato, ou
seja, que potencialmente saiba que o fato é ilícito e que a conduta que está
praticando é vedada por lei.

b) O Erro de Proibição (art. 21 CP), Ocorre quando o agente supõe permitida


uma conduta proibida;

c) O argentino que porta “lança perfume” no Brasil, sabendo qual produto


portava, mas sem saber que este produto consta como substância
entorpecente, incorre em erro de proibição, pois não sabia que aquele produto
era ilegal nesse país.

d) O caçador que efetua disparo de arma de fogo em suposta capivara (animal


que pode ser caçado) em meio aos arbustos, acaba por atingir e leva a óbito a
homem que, escondido nos arbustos, fazia necessidades fisiológicas. Neste
caso, o caçador incorreu em erro de proibição.

69) Sobre a exigibilidade de conduta diversa, marque V ou F:

A) ( ) Consiste na expectativa particular de um comportamento diferente


daquele que foi adotado pelo agente.

B) ( ) A lei estabelece duas hipóteses de exclusão da exigibilidade de conduta


diversa, coação moral irresistível e obediência hierárquica (art. 22 CP).

C) ( ) Coação moral irresistível, também é conhecida como grave ameaça, pois


a coação física (vis absoluta) exclui a própria ação sendo conduta atípica.

D) ( ) É tudo aquilo que pressiona a vontade do agente, impondo determinado


comportamento a este, de forma que ele possa ter poder de escolha.

E) ( ) A irresistibilidade da coação é mensurada pelo mal ameaçado, devendo


a ameaça ser média, e não grave.

F) ( ) A coação resistível não exclui a culpabilidade, podendo ser considerada


uma atenuante genérica (CP, art. 65, III, c).

G) ( ) A exclusão da culpabilidade se dá em razão da subordinação


hierárquica, pois o subordinado cumpre ordem de superior, desde que a ordem
não seja manifestamente ilegal, podendo ser apenas ilegal.

H) ( ) Para a Subordinação hierárquica no Código Penal Militar, discute-se a


ilegalidade, mesmo quando o militar tem o dever legal de obediência, sendo
que somente se escusa de cumprir a ordem e se ela for manifestamente
criminosa (CPM, art. 38, § 2º).
70) Relacione:

1. Crime Formal

2. Crime Comissivo

3. Crime Permanente

4. Crime Comum

5. Crime Material

6. Crime Próprio

7. Crime de Mera Conduta

8. Crime Omissivo Próprio

9. Crime Continuado

10. Crime Habitual

11. Crime Omissivo Impróprio (Comissivo por Omissão

A ( ) qualquer pessoa pode cometer; ex.: homicídio, furto e etc.

B ( ) somente determinada categoria, grupo ou pessoa pode cometer; ex.:


crimes funcionais, infanticídio;

C ( ) é aquele que somente se consuma com a produção de um resultado


naturalístico (modificação do mundo exterior); a conduta e o resultado são
cronologicamente separados; ex. homicídio;

D ( ) não há necessidade da produção do resultado naturalístico para a


consumação do crime; crime de consumação antecipada; o resultado
consumador ocorre em concomitância com o comportamento do agente; ex.
ameaça; extorsão, concussão;

E ( ) é aquele em que a lei descreve apenas a conduta para a caracterização


da infração penal, sem mencionar qualquer modificação no mundo exterior; ex.:
porte ilegal de arma de fogo;

F ( ) exige uma atuação (ação) positiva do agente; nada mais é do que a


realização de uma conduta proibida pelo tipo penal incriminador; ex.: furtar,
roubar, matar e etc.

G ( ) é o praticado por meio de uma abstenção de comportamento. Ex. art. 135


CP, omissão de socorro .
H ( ) Caracteriza-se quando a omissão ocorre pela inobservância de um dever
jurídico de evitar o resultado. Ex. mãe que deixa de alimentar filho de idade
tenra.

I ( ) é aquele em que a sua consumação se prolonga no tempo, renovando-se


a cada momento; ex.: extorsão mediante sequestro;

J ( ) previsto no art. 71 CP.

K ( ) é caracterizado pela reiteração de atos que corresponde a um estilo de


vida do criminoso; ex. Rufianismo (art. 230 CP) e exercício ilegal da medicina
(art. 282 CP).

71) Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica


dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços”. O texto,
especificamente, refere-se ao crime:

A) Permanente

b) Habitual

c) continuado

d) Material

72) Descoberta violação ilegal do sigilo de comunicações telefônicas


entre políticos de oposição e várias outras pessoas, o oficial da PM,
responsável pela instalação dos grampos, alega ter agido em
cumprimento de ordem do seu superior imediato, chefe do serviço
reservado de informações (PM2) da corporação. Neste caso o oficial que
realizou o grampo, não tinha como saber da ilegalidade da ordem, pois
executa apenas operacionaliza o grampo, ficando a parte legal a cargo de
seu superior. Neste caso:

a) Segundo a exigibilidade de conduta diversa, trata-se então de caso de


obediência hierárquica, respondendo pelo crime tanto quem realizou o grampo
telefônico como o superior da PM2.

b) Segundo a exigibilidade de conduta diversa, trata-se então de caso de


obediência hierárquica, respondendo o superior da PM2 pelo crime.
c) Segundo a exigibilidade de conduta diversa, elemento do fato típico, trata-se
então de caso de obediência hierárquica, respondendo o superior da PM2 pelo
crime.

d) Segundo a exigibilidade de conduta diversa, elemento da antijuridicidade,


trata-se então de caso de obediência hierárquica, respondendo pelo crime
tanto quem realizou o grampo telefônico como o superior da PM2.

73 O dono de um hotel retém, como garantia, a bagagem de hóspede que


alega não ter dinheiro para pagar as diárias, prometendo fazê-lo mais
tarde.

a) O dono do hotel nada mais fez que exercitar direito que lhe garante o art.
1.470 do código civil, utilizando-se do Exercício Regular de Direito

b) O dono do hotel cometeu um crime, uma vez que não poderia se utilizar do
Exercício Regular de Direito.

c) O dono do hotel nada mais fez que exercitar direito de legítima defesa.

d) O dono do hotel não poderia ter retido a bagagem, pois no direito não há
amparo a essa conduta.

74 Tijuquino Carapimba defronta-se com seu inimigo Dedé Gatilho,


conhecido pistoleiro, que o havia por várias vezes “jurado” de morte.
Dedé Gatilho saca rapidamente o revólver que trazia “a cintura, com
evidente propósito de cumprir a ameaça, mas Tijuquinho, cuja destreza
com armas não era menor, antecipa-se e, sacando seu próprio revólver,
prostra o desafeto com um certeiro tiro no peito, matando-o. Neste caso
pode-se dizer que:

a) Não Está configurada a legítima defesa contra agressão iminente. As


circunstâncias apontam para a desproporcionalidade do meio empregado por
Tijuquino e para seu uso inadequado.

b) Está configurada a legítima defesa contra agressão iminente. As


circunstâncias apontam para a rigorosa proporcionalidade do meio empregado
por Tijuquino, entretanto não foi adequado pois poderia ter esperado o desafeto
disparar o primeiro tiro.

c) Não Está configurada a legítima defesa contra agressão pois não era
iminente. Embora as circunstâncias apontam para a rigorosa proporcionalidade
do meio empregado por Tijuquino e para seu uso adequado.
d) (Está configurada a legítima defesa contra agressão iminente. As
circunstâncias apontam para a rigorosa proporcionalidade do meio empregado
por Tijuquino e para seu uso adequado, pois, se esperasse o desafeto disparar
o primeiro tiro, com toda a certeza o morto seria ele.)

75) Durante passeio marítimo em torno da ilha de Santa Catarina, súbita


ventania coloca o barco em grave risco de naufrágio. Distribuídos
apressadamente os coletes salva-vidas, vê-se que são insuficientes para
todos os ocupantes. Um dos passageiros que não recebeu colete, Alonso,
toma à força o distribuído a outro, Gaston, que tinha quase vestido. A
embarcação acaba naufragando. Alonso salva-se com o colete arrebatado
a Gaston, que perece afogado. Desse modo pode-se dizer que Alonso:

a) agiu em legítima defesa, pois sua conduta destinou-se a salvar sua vida, não
havendo outro meio para tal.

b) agiu em estado de necessidade, pois sua conduta destinou-se a repudiar


uma injusta agressão.

c) agiu em estado de necessidade, pois sua conduta destinou-se a salvar sua


vida, não havendo outro meio para tal)

d) agiu em estrito cumprimento do dever legal, pois sua conduta destinou-se a


salvar sua vida, não havendo outro meio para tal.

76) A e B atiram simultaneamente na vítima. Apenas A acerta-a mortalmente,


sendo que o tiro de B a atinge apenas no braço. Deste modo:

a) De acordo com a superveniência causal, nas causas absolutamente


independentes, A e B respondem por homicídio consumado.

b) De acordo com a superveniência causal, nas causas absolutamente


independentes A responde pela tentativa de homicídio e B por por homicídio.

C) De acordo com a superveniência causal, nas causas absolutamente


independentes, A e B respondem por tentativa de homicídio ou lesão corporal,
conforme suas intenções.

d) De acordo com a superveniência causal, nas causas absolutamente


independentes, “A” responde pelo homicídio e “B” por tentativa de homicídio ou
lesão corporal, conforme sua intenção.

77) Marque V ou F:
a) ( ) Ocorre a chamada culpa consciente quando o agente, embora agido
dolo, nos casos de erro vencível, nas descriminantes putativas, responde por
um crime culposo;

b) ( ) o erro de tipo essencial que recai sobre uma elementar do tipo afasta,
sempre, o dolo do agente, restando apenas responsabilidade por crime
culposo, se houver previsão legal.

78) Um caçador, no meio da mata, dispara sua arma de fogo sobre um


objeto escuro, supondo tratar-se de um animal, e atinge um fazendeiro.
Nesta hipótese, restou configurado:

a) erro sobre a pessoa;

b) erro de proibição;

c) erro provocado por terceiro;

d) erro de tipo;

79) Marilda, ao deixar o trabalho sob uma forte chuva, apoderou-se de um


guarda-chuva alheio supondo se próprio, visto que ele guardava todas as
características e semelhanças com o objeto de sua propriedade. O
legítimo proprietário do objeto, dias após, a surpreendeu na posse do
bem e acusou-a de furto. Nessa situação, a conduta de Marilda é atípica
diante da ocorrência:

a) erro de proibição;

b) legítima defesa;

c) erro de tipo;

d) estado de necessidade.

80) Josué, pessoa rústica, foi preso em flagrante delito por ter em sua
residência, em depósito, cinco quilos de cocaína acondicionados em
sacos plásticos de 1kg. Josué recebeu a substância entorpecente de um
primo, que lhe pediu para guardá-la provisoriamente em sua residência,
afirmando tratar-se de farinha de trigo. Nesta situação Josué:

a) Devido ao erro de tipo não cometeu o crime de tráfico de entorpecentes;

b) Cometeu o crime de tráfico de entorpecentes, não sendo acobertado pelo


erro de tipo;

c) Devido ao erro de proibição, não cometeu o crime de tráfico de


entorpecentes;
d) Cometeu o crime de tráfico de entorpecentes, pois não seria lógico guardar
cocaína como se trigo fosse.

81) Sobre o Conceito de Erro, está CORRETA a alternativa:

a) O erro que vicia a vontade, ou seja, que gera uma equivocada percepção da
realidade, pode incidir sobre os elementos estruturais do delito (erro de tipo) ou
sobre a ilicitude da ação (erro de proibição);

b) Ignorância da lei se confunde com a ausência de ilicitude de um fato;

c) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, nem
permite a punição por crime culposo, mesmo com previsão legal.

d) Descriminantes putativas: Não é isento de pena quem, por erro plenamente


justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse,
tornaria a ação legítima. Há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o
fato é punível como crime culposo.

e) Erro determinado por terceiro: Responde pelo crime o terceiro que determina
o erro e o executor em qualquer situação.

f) Erro sobre a pessoa: O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é


praticado não isenta de pena. Consideram-se, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, bem como as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime.

82) Sobre o erro do tipo, marque a alternativa INCORRETA:

A) é o erro que incide “sobre situação de fato ou relação jurídica descritas: a)


como elementares ou circunstâncias de tipo incriminador; b) como elementares
de tipo permissivo; c) como dados acessórios irrelevantes para figura típica.”
(CAPEZ).

B) O erro de tipo pode ser essencial ou acidental. Essencial quando versa


sobre circunstâncias elementares do tipo penal, e acidental quando versa sobre
circunstâncias secundárias (erro sobre o objeto, sobre a pessoa, na execução
e etc.).

C) O erro de tipo essencial pode ser invencível ou vencível. Invencível, que não
poderia ser evitado com a normal diligência exigível do agente nas
circunstâncias em que atuou, assim exclui o dolo e a culpa.

D) O erro de tipo essencial pode ser invencível ou vencível. Vencível, que


poderia ser evitado se tivesse tomado os cuidados a que estava obrigado em
virtude das circunstâncias em que atuou. Neste caso excluí-se o dolo e a culpa.
83) Quanto ao erro de proibição, marque a alternativa correta:

a) O desconhecimento da lei é escusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se


inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.

b) Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência


da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir
essa consciência.

c) No erro de proibição o agente supõe proibida uma conduta permitida;

d) O objeto do erro é sobre a lei e sobre o fato, mas não sobre a ilicitude;

e) O erro sobre a ilicitude do comportamento pode apresentar-se somente sob


duas modalidades: erro de proibição direto e erro mandamental.

84) Relacione

1. Erro de Tipo.

2. Erro de proibição.

( ) O agente percebe a realidade, equivocando-se sobre a regra de conduta; o


agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido; “A” encontra um guarda-chuva
na rua e acredita que não tem obrigação de devolver, porque “achado não é
roubado”;

( ) Há falsa percepção da realidade; o agente não sabe o que faz; “A” sai da
festa com guarda-chuva pensando ser seu, mas logo percebe que errou, pois o
objeto era de um terceiro.

85) Sobre concurso de pessoas, marque V ou F:

A ( ) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

B ( ) Se a participação for de menor importância, da pena será isentado, não


se falando em diminuição.

C ( ) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-


lhe-á aplicada a pena do crime mais grave; essa pena será aumentada até o
dobro, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais gravíssimos.

D ( ) Circunstâncias incomunicáveis: Não se comunicam as circunstâncias e


as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
E ( ) Casos de impunibilidade: O ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime
não chega, pelo menos, a ser tentado.

F ( ) Ocorre quando duas ou mais pessoas cometem infrações penais, não se


podendo caracterizar pela coautoria ou participação;

G ( ) Reunião de vários agentes concorrendo, de forma relevante, para a


realização do mesmo evento, agindo todos com identidade de propósitos;

H ( ) A cooperação só ocorre na execução da infração penal;

86) Não é requisito do concurso de pessoas:

a) Pluralidade de pessoas;

b) Relevância causal das condutas ou Nexo causal;

c) Liame objetivo;

d) Identidade de infração penal.

87) sobre a autoria, marque V ou F

A ( ) Autor é quem concorre de qualquer forma pra o crime e partícipe é quem


realiza a ação nuclear típica; O código penal adotou a Teoria “Objetivo-Formal”;

B ( ) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

C ( ) A Teoria do Domínio do Fato é aceita também pelos Tribunais


Superiores;

D ( ) A Autoria mediata é quando o sujeito, sem realizar diretamente a conduta


do tipo penal, comete o fato típico por ato de outra pessoa, utilizada como seu
instrumento; ex.: inimputabilidade; coação moral irresistível, obediência
hierárquica;

E ( ) a Autoria Colateral ocorre quando duas pessoas querem cometer um


crime e agem em tempos diferentes, sem que uma saiba da intenção da outra;
há vínculo psicológico entre os agentes;

F ( ) Autoria Incerta ocorre quando na autoria colateral, consegue-se apurar


qual dos envolvidos provocou o resultado.

88) sobre coautoria é INCORRETO o que dispõe a assertiva:


a) ocorre quando duas ou mais pessoas, conjuntamente, praticam a conduta
descrita no tipo penal; há ligação subjetiva entre os executores da infração;

b) É imprescindível que cada um atue com consciência de que contribui para a


infração;

c) A função desenvolvida por cada um dos agentes é determinante para a


obtenção do resultado;

d) Ainda que nem todos executem o mesmo ato, a coautoria se caracteriza


pela imprescindibilidade da contribuição de apenas um deles;

89) Quanto a participação, marque a alternativa correta:

a) Ocorre quando o agente comete qualquer conduta descrita no tipo penal, no


entanto, concorre para a infração penal de alguma forma.

b) Quem, de qualquer modo, concorre, ou não, para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

c) Forma de Participação: Moral, realizada mediante induzimento/determinação


(faz nascer a ideia) ou instigação (reforça a ideia). Material, Realizada
diretamente, excluindo-se o auxílio.

d) O Ajuste prévio é necessário, não bastando que haja unidade de desígnios.

e) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição


expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.

90 Sobre as circunstancias incomunicáveis, marque V ou F:

A ( ) Para as Circunstancias incomunicáveis (art. 30 CP) a regra é a


incomunicabilidade das circunstâncias e condições de caráter pessoal;

B ( ) A exceção é a comunicabilidade quando elementar do crime;

C ( ) Elementar do crime é aquela condição sem a qual não se caracteriza o


tipo.

D ( ) Circunstâncias: “são dados principais e essenciais para a existência da


figura típica, que ficam a ela agregados, como função de influenciar na pena”
(CAPEZ, 2011). Podem ser subjetivas (ou de caráter pessoal) e objetivas.

E ( ) circunstâncias subjetivas ou de caráter pessoal sempre se comunicam se


comunicam, mesmo que o coautor ou partícipe tenha conhecimento da mesma,
como é o caso da motivação do delito (ciúmes); reincidência de um dos
agentes;

F( ) circunstâncias objetivas comunicam-se desde que o coautor ou partícipe


tenham conhecimento delas. Referem-se por exemplo, aos meios de execução
do delito; roubo com arma de fogo, caso todos agentes saibam, mas somente
um deles a empregue, todos responderão pela majorante.

G ( ) Elementares: “provêm de elemento, que significa componente básico,


essencial, fundamental, configurando assim todos os dados fundamentais para
a existência da figura típica” (CAPEZ, 2011).

H ( ) As elementares, independente de serem objetivas ou subjetivas, porém,


não se comunicam aos autores e partícipes do delito, desde que tenham
conhecimento delas; é o caso do particular que pratica o delito de peculato
(CP, art. 312) como coautor ou partícipe da conduta do funcionário público

91) Aquele que sem praticar ato executório, concorre , de qualquer modo,
para a realização de um crime, por ele responderá na condição de:

a) coautor;

b) partícipe;

c) autor mediato;

d) co-autor moral;

e) autor.

92) Lucrécio, comerciante, induz seu amigo Barnabé, funcionário público,


a fornecer atestado ideologicamente falso em favor de Balbino. (A
qualidade de funcionário público é elementar no crime de certidão ou
atestado ideologicamente falso (art. 301 do CP), desta forma:

a) Não se comunica tal qualidade a Lucrécio, que responderá pelo crime sem
concurso com Barnabé.

b) comunica-se tal qualidade a Lucrécio, que responderá por outro crime em


concurso com Barnabé.

c) comunica-se tal qualidade a Lucrécio, que responderá pelo crime em


concurso com Barnabé.

d) Não se comunica tal qualidade a Lucrécio, que não responderá pelo crime
em concurso com Barnabé.
93) Simplício, rústico lavrador, acha na rua uma pulseira de relativo valor.
Não encontrando informações sobre o dono entre os circunstantes,
desconhecendo a obrigação legal de fazer entrega do objeto à autoridade
pública (CP, art. 169, II) e segundo noção vigente em seu meio social e
cultural de que “achado não é roubado”, leva a pulseira para casa,
presenteando-a a uma filha. Neste caso, Simplício:

a) Pela sua formação, não poderia evitar o erro sobre a ilicitude, deve ser
isento de pena. De outro modo, se for considerado que Simplício poderia evitar
o erro, aplica-se apenas a redução da pena.

b) Pela sua formação, poderia evitar o erro sobre a ilicitude, não deve ser
isento de pena. De outro modo, se for considerado que Simplício poderia evitar
o erro, aplica-se apenas a redução da pena.

c) Pela sua formação, não poderia evitar o erro sobre a ilicitude, deve ser
isento de pena. De outro modo, se for considerado que Simplício poderia evitar
o erro, também não se aplica pena.

d) Pela sua formação, poderia evitar o erro sobre a ilicitude, deve ser isento de
pena. De outro modo, se for considerado que Simplício poderia evitar o erro,
aplica-se apenas o aumento da pena.

94) Tobias se dirige, à noite, à casa de seu inimigo Quincas, disposto a


eliminá-lo. Percebendo uma pessoa sentada no jardim e tomando-a por
Quincas, sobre ela dispara várias vezes o seu revólver, matando-a. A
vítima, entretanto, não era Quincas, mas um seu irmão, deficiente físico.
Neste caso, Tobias:

a) responderá como se tivesse realizado a conduta contra o irmão de Quincas;

b) responderá como se tivesse realizado a conduta contra Quincas, mas


consideradas apenas as condições de seu irmãoo;

c) responderá como se tivesse realizado a conduta contra o irmão de Quincas


e por isso será isento de pena por não ter matado aquele que era seu objetivo;

d) responderá como se tivesse realizado a conduta contra Quincas;

95) Um pai, supondo pingar colírio prescrito pelo oftalmologista nos


olhos de seu filho de idade tenra, aplica, por engano, substância irritante,
guardada no mesmo armário, que provoca perda permanente da acuidade
visual nos olhos atingidos. O desastrado pai ignorava estar exercendo
conduta tendente a ofender a integridade corporal do filho. Tratando-se
de erro inescusável (resultante de negligência):

a) não responde por nenhum crime.


b) poderia responder por lesão corporal culposa;

c) poderia responder por lesão corporal dolosa;

d) poderia responder por lesão dolosa na modalidade culposa.

GABARITO

1) D
2) C
3) A
4) D
5) C
6) B
7) B
8) D
9) D
10) 4, 1, 3, 2
11) C
12) 1, 4, 5, 3, 2,
13) A: F, B: F, C: V D: V E: F F: V, G: V, H: F, I: F, J: V
14) A
15) A
16) D
17) B
18) C
19) 3, 2, 1, 4
20) C
21) F, F, V, V, F, V
22) D
23) C
24) A
25) A V, B V, C F, D F, E V, F F, G F, H F, I F, J V, K F.
26) C
27) B
28) E
29) D
30) C
31) A
32) D
33) B
34) B
35) C
36) C
37) A
38) 3, 1, 2, 4
39) D
40) D
41) B
42) C
43) 3, 2, 1
44) A
45) D
46) A
47) C
48) D
49) A V, b F, c F, d V, e V , f F , g V
50) D
51) D
52) A V, b F, c V, d F
53) B
54) A
55) C
56) D
57) B
58) B
59) C
60) A
61) B
62) E
63) A 1, B 2, C 1, D 2, E 1, F 2, G 2, H 1, I 2, J 1
64) A F, b V, c V, d F;
65) D
66) C
67) E
68) D
69) A F, b V, c V, d F,e F, f V, g V, h F;
70) A 4, b 6, c 5,d 1, e 7, f 2, g 8, h 11, i 3, j 9, k 10
71) C
72) B
73) A
74) D
75) C
76) D
77) V,V
78) E
79) C
80) C
81) A
82) D
83) B
84) 2, 1
85) A V, b F, c F, d V, e V, f F, g V, h F.
86) C
87) A F, b V, c V, d V, e F, f F,
88) D
89) E
90) A V, b V, c V, d F, e F, f V, g V, h F
91) B
92) C
93) A
94) D
95) B

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