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Vitor Thiago Camargo, casado, OAB 0301 RO, CPF 69950563291 RG 786242 SSP/RO, e-
mail vitorthiagocamargo@gmail.com, telefone (Whatsapp / Telegran (69) 992710099, Rua Rio
Candeias, 396 – Bairro Parque São Pedro, Rio de Janeiro, CEP 76.345-000 onde recebe
intimações de estilo,
II – DAS PRELIMINARES
II a) – DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE
O requerente, alega possuir nua propriedade do imóvel objeto desta ação e portanto
pleteia em face de ação de despejo junto ao requerido, direito ao aluguéis adimplidos. Porém
a relação contratual foi estabelecida entre o requerido e o Usufrutário Vitalício do bem,
Mariano Silva.
Conforme regula o Art 17 CPC, Art. 337,XI CPC e Código Civil, em seu artigo 1.394, O
usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos, e o artigo 1.410,
inciso I, trata do Usufruto Vitalício, que diz que, “o Usufruto extingue-se, cancelando-se o
registro no Cartório de Registro de Imóveis, pela renúncia ou morte do Usufrutuário”,
conforme verifica-se o Usufrutuário, na cópia do Registro do Imóvel anexa às fls 06, faz jus à
posse e percepção dos frutos do bem em tela, ou seja, o usufrutuário possui a posse direta do
bem, já o nu-proprietário (que é o caso do requerente) possui a posse indireta, e a expectativa
de adquirir a posse plena.
Portanto, ainda que o requerente seja nu-proprietário, não possui a posse plena do
bem, não sendo legítimo para ajuizar ação de despejo, em face do exposto, requer seja extinto
o processo sem julgamento de mérido pela ausência de legitimidade do requerente (artigo
485, inciso VI CPC/15).
Se esse não for esse o entendimento, que seja acolhida então a preliminar:
III DO MÉRITO
Aos dias 01/08/2020, o requerido, firmou contrato de locação do imóvel, pelo prazo
de 30 (trinta) meses para fins de moradia, com o Usufrutuário do bem, ficando determinado
que, cumpriria com o adimplemento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) todo 1º dia útil.
Consta que, conforme recibos anexos às fls 04 e 05 nos autos do processo, o
requerido cumpriu rigorosamente com o adimplemento da obrigação, cumprindo com o dever
do locatário, de pagar pontualmente o aluguel pré-estabelecido contratualmente, conforme
define o artigo 23, da Lei nº 8.245/91.
Portanto, requer seja julgado improcedente o pagamento no valor de R$ 12.000,00
(doze mil reais).
DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, requer:
Que seja acolhido em face de preliminar:
a) A ausência de legitimidade com extinção do processo sem julgamento de
mérito (art 485, inciso VI CPC/15),
Se esse não for o entendimento;
b) Seja reconhecida a existência de convenção de Arbitragem art 4º caput Lei
nº 9.307/96) e seja o processo extinto sem julgamento de mérito (Art 485, inciso VII
CPC);
Se esse não for o entendimento:
No mérito:
b) seja reconhecida a ausência de pressuposto para ação de despejo (art 59,
inc I, Lei 8.245/91), sendo extinto o processo sem julgamento de mérito
(art 485, inc IV)
Se esse não for o entendimento:
c) requer seja julgado improcedente o pedido para pagamento no valor de R$
12.000,00 (art 23, da Lei nº 8.245/91) e 487, VII CPC.
Protesta provar o alegado, por todos os meios de pova em direito admitidos, depoimento
pessoal, prova testemunhal, pericial, documental. (artigo 369 e ss CPC/15).
De conformidade com o disposto na parte final do caput do art. 59 da Lei 8.245/1991, as ações de
despejo, em regra, terão o rito comum (o antigo rito ordinário do CPC/73). Se, contudo, houver falta
de pagamento, o procedimento a ser observado será o especial (art. 62 da Lei 8.245/1991).
Lei do Inquilinato: Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo
terão o rito ordinário.
I - o descumprimento do mútuo acordo (art. 9º, inciso I), celebrado por escrito e assinado
pelas partes e por duas testemunhas, no qual tenha sido ajustado o prazo mínimo de seis
meses para desocupação, contado da assinatura do instrumento;
A JURISPRUDÊNCIA ENTENDE NÃO SER CABÍVEL RECONVENÇÃO POR DANOS MORAIS, DEVIDO
A CELERIDADE PROCESSUAL. (PARA NENHUMA DAS PARTES)