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\\após os dados do advogado, nos autos do processo número tal... Que lhe move: hotel tal, já
qualificado, vem a presença de vossa excenlencia ....
CONTESTAÇÃO
Em face da ação proposta por HOTEL POPULAR, já devidamente qualificados nos autos, com
base nos fundamentos e fatos a expostos a seguir:
Dos fatos – não precisa por dos fatos pois os mesmos serão citados em vários tópicos
seguintes.
Síntese da inicial
Busca o autor o Poder Judiciário pleiteando o recebimento dos valores referentes a utilização
dos serviços hoteleiros por parte do correu Carlinhos JR.
Afirma a exordial que o requerido hospedou-se no hotel por nove oportunidades entre
dezembro 2021 e janeiro 2022 (três vezes em cada mês) a trabalho. Em cada pernoite o
requerido assinava um documento comprovando que havia utilizado os serviços do hotel,
onde constavam tão somente a data e o valor da diária (cento e cinquenta reais). Não
adimplida a tal obrigação, ajuizou o requerente em fevereiro de 2022 ação condenatória
colocando no polo passivo o Requerido e a empresa para quem este presta serviços.
Ora, na própria inicial já se perceber que quem se valeu dos serviços hoteleiros foi o
requerente e não a empresa. Portanto há relação jurídica material (prestação de serviços
hoteleiros) ocorreu somente o corréu Carlinhos e o Hotel Popular.
Além disso, é de se apontar que como consta da exordial o requerido é autônomo não
havendo qualquer liame entre este e a empresa.
Desta maneira, não há dúvidas em que a empresa (parte na relação processual) não é parte na
relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser reconhecida sua ilegitimidade
passiva – com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito em virtude da
carência de ação de acordo com os artigos 485, VI e 337, XI do CPC.
Considerando que já existe litisconsórcio passivo com o Requerido e que este seria a parte
legitima correta, não se faz necessária a indicação da correta parte a figurar no polo passivo
como dispõe o artigo 339 do CPC.
A petição inicial não veio instruída com a procuração outorgando poderes ao patrono do
requerente. Nos termos dos artigos 104 e 287 do CPC, é fundamental que o advogado ao
postular em juízo apresente instrumento de mandato.
Assim percebe-se defeito de representação de acordo com o artigo 337, IX , 76 CPC, 321 CPC,
devido o requerente corrigir tal vício em 15 dias sob pena de extinção do processo sem
resolução de mérito com fundamento nos artigos 485, IV, do CPC.
Do descabimento da multa
\\contar primeiro a história, findando com ‘razão que não lhe assiste”
Visto que não previstas pelas partes contratantes, é certo que houve entre as partes um
contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros, contudo não houve qualquer formalização
de instrumento contratual com a previsão da multa, nem tampouco houve qualquer
informação ao requerido sobre tal existência.
Como bem destaca o artigo 490 do código civil, a cláusula penal deve ser estipulada
conjuntamente com a obrigação ou em ato posterior, tal situação não se configurou no caso
em tela, pois a multa não foi estipulada de forma consensual.
Portanto ante a inexistência de qualquer acerto prévio entre as partes, impossível alegar a
incidência de multa sob pena de ensejar considerável insegurança jurídica e violação ao
princípio da legalidade artigo 5º, II da CF e da boa fé objetiva Artigo 422 do CC.
Assim, conclui-se que a multa pleiteada deve ser afastada com base no artigo 487,I CPC.
Dos pedidos
OAB 0319
OBS 341, 344 – TUDO QUE NÃO FOR CONTESTADO NA CONTESTAÇÃO PRESUME-SE
VERDADEIRO.