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Ao Douto Juízo da _2º___ Vara Cível da Comarca de Ji-Paraná

Conforme já devidamente qualificado nos autos do processo nº 000.345.678-


67.2022.8.12.3423, Carlinhos Jr, brasileiro, divorciado, representante comercial autônomo,
CPF 345.567.123-56 RG 234567 SSP RO, residente e domiciliado Rua das ruas, 135, Parque São
Pedro, Ji-Paraná / RO, telefone 69 992610066 endereço eletrônico borabil@gmail.com.br e
Atacadão Multi ltda, empresa privada, CNPJ 08.333.456/0001-34, IE 0000000123123 com sede
na avenida 6 de Maio, bairro 2 de abril, Ji-Paraná / RO, telefone 69 3421-6767 endereço
eletrônico atacadaomulti@empresa.com.br por intermédio de seu advogado Vitor Thiago
Camargo, casado, OAB 0319 RO, CPF 69950563291 RG 786242 SSP/RO, e-mail
vitorthiagocamargo@gmail.com, telefone (Whatsapp / Telegran (69) 992710099, Rua Rio
Candeias, 396 – Bairro Parque São Pedro, Ji-Paraná – RO, CEP 76.345-000 onde recebe
intimações de estilo, com fundamento no artigo 335 CPC, vem na presença de vossa excelência
oferecer a presente:

\\após os dados do advogado, nos autos do processo número tal... Que lhe move: hotel tal, já
qualificado, vem a presença de vossa excenlencia ....

CONTESTAÇÃO

Em face da ação proposta por HOTEL POPULAR, já devidamente qualificados nos autos, com
base nos fundamentos e fatos a expostos a seguir:

Dos fatos – não precisa por dos fatos pois os mesmos serão citados em vários tópicos
seguintes.

Síntese da inicial

Busca o autor o Poder Judiciário pleiteando o recebimento dos valores referentes a utilização
dos serviços hoteleiros por parte do correu Carlinhos JR.

Afirma a exordial que o requerido hospedou-se no hotel por nove oportunidades entre
dezembro 2021 e janeiro 2022 (três vezes em cada mês) a trabalho. Em cada pernoite o
requerido assinava um documento comprovando que havia utilizado os serviços do hotel,
onde constavam tão somente a data e o valor da diária (cento e cinquenta reais). Não
adimplida a tal obrigação, ajuizou o requerente em fevereiro de 2022 ação condenatória
colocando no polo passivo o Requerido e a empresa para quem este presta serviços.

O requerente pleiteou o valor do débito de R$1350,00 (mil trezentos e cinquenta reais)


acrescido de multa de 10%. Por fim resta salientar que a inicial não trouxe procuração.
PRILIMINARMENTE

DA AUSENCIA DE LEGITIMIDADE PASSIVA

É patente a ilegitimidade passiva ad causam da empresa para figurar no polo passivo da


presente demanda. A melhor definição para legitimidade é a coincidência entre as partes que
figuram a relação processual e aquelas que figuram na relação material, no caso é cristalina a
ausência de correspondência entre as partes deste processo e as partes contratantes.

Ora, na própria inicial já se perceber que quem se valeu dos serviços hoteleiros foi o
requerente e não a empresa. Portanto há relação jurídica material (prestação de serviços
hoteleiros) ocorreu somente o corréu Carlinhos e o Hotel Popular.

Além disso, é de se apontar que como consta da exordial o requerido é autônomo não
havendo qualquer liame entre este e a empresa.

Desta maneira, não há dúvidas em que a empresa (parte na relação processual) não é parte na
relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser reconhecida sua ilegitimidade
passiva – com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito em virtude da
carência de ação de acordo com os artigos 485, VI e 337, XI do CPC.

Considerando que já existe litisconsórcio passivo com o Requerido e que este seria a parte
legitima correta, não se faz necessária a indicação da correta parte a figurar no polo passivo
como dispõe o artigo 339 do CPC.

DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO – FALTA DE PROCURAÇÃO

A petição inicial não veio instruída com a procuração outorgando poderes ao patrono do
requerente. Nos termos dos artigos 104 e 287 do CPC, é fundamental que o advogado ao
postular em juízo apresente instrumento de mandato.

Assim percebe-se defeito de representação de acordo com o artigo 337, IX , 76 CPC, 321 CPC,
devido o requerente corrigir tal vício em 15 dias sob pena de extinção do processo sem
resolução de mérito com fundamento nos artigos 485, IV, do CPC.

MÉRITO (tudo que esta sendo pedido na inicial)

Do descabimento da multa

\\contar primeiro a história, findando com ‘razão que não lhe assiste”

Visto que não previstas pelas partes contratantes, é certo que houve entre as partes um
contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros, contudo não houve qualquer formalização
de instrumento contratual com a previsão da multa, nem tampouco houve qualquer
informação ao requerido sobre tal existência.
Como bem destaca o artigo 490 do código civil, a cláusula penal deve ser estipulada
conjuntamente com a obrigação ou em ato posterior, tal situação não se configurou no caso
em tela, pois a multa não foi estipulada de forma consensual.

Portanto ante a inexistência de qualquer acerto prévio entre as partes, impossível alegar a
incidência de multa sob pena de ensejar considerável insegurança jurídica e violação ao
princípio da legalidade artigo 5º, II da CF e da boa fé objetiva Artigo 422 do CC.

Assim, conclui-se que a multa pleiteada deve ser afastada com base no artigo 487,I CPC.

Dos pedidos

Ante ao exposto, requerem os réus a vossa excelência:

a) Preliminarmente, seja reconhecida a AUSENCIA DE LEGITIMIDE passiva da corréu


Empresa, com a extinção do feito em relação a ela sem resolução de mérito com base
no artigo 485, VI do CPC.
b)
c) Que ou autor traga aos autos procuração outorgando poderes a seu patrono, sob pena
de indeferimento da petição inicial artigo 485, VI do CPC.
.
d) Seja afastada a multa pleiteada 487,I CPC.
e)
f) A condenação do requerente no ônus da sucumbência em 10% do valor da causa no
termos do artigo 85 §§ 2º e 6º do CPC.
g) Provar o alegado por todos os meios de prova previsto em lei, especialmente pelos
documentos ora juntados aos autos.

Termos em que pede deferimento.

Ji-Paraná, 08 de setembro de 2022

Vitor Thiago Camargo

OAB 0319

OBS 341, 344 – TUDO QUE NÃO FOR CONTESTADO NA CONTESTAÇÃO PRESUME-SE
VERDADEIRO.

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