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Processo nº 5020985-92.2010.8.13.0085
CONTESTAÇÃO
Em face da ação proposta por BLINK HOTEL, já qualificado, com base nos fatos
e fundamentos a seguir expostos:
DA SÍNTESE DA INICIAL
PRELIMINARMENTE
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA
É patente a ilegitimidade passiva ad causam da empresa para figurar no
polo passivo da presente demanda. A melhor definição para legitimidade é a
coincidência entre as partes que figuram na relação processual e aquelas que
figuram na relação material; no caso, é cristalina a ausência de correspondência
entre as partes deste processo e as partes contratantes.
Ora, na própria inicial já se percebe que quem se valeu dos serviços
hoteleiros foi Tício e não a empresa. Portanto, há relação jurídica material
(prestação de serviços hoteleiros) somente entre o corréu Tício e o hotel.
Além disso, é de se apontar que, como consta da exordial, Tício é
representante comercial autônomo, não havendo qualquer liame entre este e a
empresa.
Destarte, é indubitável que a empresa (parte na relação processual) não é
parte da relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser
reconhecida sua ilegitimidade passiva – com a consequente extinção do
processo sem resolução de mérito, em virtude da carência de ação (CPC/2015,
arts. 485, VI, e 337, XI).
Considerando que já existe litisconsórcio passivo com Tício, e que este
seria a parte legítima correta, não se faz necessária a indicação da correta parte
a figurar no polo passivo (CPC/2015, art. 339).
DO MÉRITO
Superadas as preliminares, o que se admite apenas para argumentar,
tampouco no mérito prosperará a demanda proposta pelo autor. Outrossim, é
de apontar também que, no caso, há questão prejudicial a ser analisada
(prescrição).
DA CONCLUSÃO
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Daniel Vieira Mendes
OAB/MG nº 600.804.535