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ESTADO DE MATO GROSSO

PODER JUDICIÁRIO
2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ

SENTENÇA

Processo: 1041088-15.2023.8.11.0001.

REQUERENTE: JOSE ROBERTO NERES OLIVEIRA

REQUERIDO: LEBES FINANCEIRA S.A. - CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

PROJETO DE SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o relatório com fundamento no art. 38 da Lei 9.099/1995.

FUNDAMENTO E DECIDO

DA JUSTIÇA GRATUITA

OPINO por reconhecer o tramite processual gratuito, pois o artigo 54 da Lei nº 9.099/95 assegura o
acesso gratuito ao juizado especial, em primeiro grau de jurisdição, ao passo que eventual peculiaridade
sobre condições de arcar com custas e despesas deverá ser formulado em segunda instância, caso haja
prolação de recurso.
DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO

Da análise dos processos, verifico que se encontram aptos para julgamento, posto que desnecessária a
produção de outras provas para o convencimento motivado do artigo 371 do CPC.

Aliado a isso, verifico que as partes não formularam nenhum pedido de realização de audiência de
instrução e julgamento ou produção de novas provas.

Outrossim, “(...) a produção probatória se destina ao convencimento do julgador e, sendo assim, pode o
juiz rejeitar a produção de determinadas provas, em virtude da irrelevância para a formação de sua
convicção(...)”(TJ-BA - APL: 05598098420168050001, Relator: Antonio Cunha Cavalcanti, Segunda
Câmara Cível, Data de Publicação: 02/10/2018), razão pela qual passo ao julgamento antecipado do
mérito, conforme o art. 355, I do CPC/15.

Oportunizada a conciliação, a mesma restou prejudicada ante a ausência da parte autora.

DA RELAÇÃO DE CONSUMO – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

No caso, é oportuno esclarecer que a relação travada entre as partes é de natureza consumerista, nos
termos dos artigos 2º e 3º do CDC, devendo ser aplicado ao caso os ditames contidos no Código de
Defesa do Consumidor, inclusive a inversão do ônus da prova em favor da parte Autora, o que OPINO
por deferir nesta oportunidade, consoante preconizado no artigo 6º, VIII do aludido diploma legal.

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais.

Em apertada síntese, afirma a Autora, que possui dívidas inscritas no Sistema de Informação de Crédito
do Banco Central do Brasil - SISBACEN (SCR), que foram inseridas pela parte Ré.

A Ré apresentou defesa tempestiva, ressaltando que jamais restringiu o nome do Autor e que o cadastro
SISBACEN não se trata de medida restritiva de crédito, mas mero informativo nos registros do BACEN.

Pois bem.
Incumbe à parte Ré provar a veracidade de seus argumentos alegados na qualidade de fornecedora de
serviços, seja em razão da inversão do ônus da prova, seja porque as suas assertivas se constituem em
fatos extintivos de direito, nos termos do art. 373, II do CPC.

Destarte, apesar de a presente ação tratar de relação de consumo – consistente em negativação indevida –
o Autor não está dispensado de cooperar para o deslinde do feito. Outrossim, não podemos confundir a
inversão do ônus da prova, deferida em casos de hipossuficiência do consumidor, com a ausência de
dever pelo Autor de consignar ao menos indícios de suas alegações.

Ao analisar o extrato "Relatório de Informações Detalhadas" do SCR, observo no documento juntado pelo
Autor no ID 125686582 - Pág. 18 que NÃO há informações desabonadoras registradas pela Ré, pois na
coluna e “vencido” e “prejuízo”, consta o número zero, veja-se:

PROJETO DE SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o relatório com fundamento no art. 38 da Lei 9.099/1995.

FUNDAMENTO E DECIDO

DA JUSTIÇA GRATUITA

OPINO por reconhecer o tramite processual gratuito, pois o artigo 54 da Lei nº 9.099/95 assegura o
acesso gratuito ao juizado especial, em primeiro grau de jurisdição, ao passo que eventual peculiaridade
sobre condições de arcar com custas e despesas deverá ser formulado em segunda instância, caso haja
prolação de recurso.

DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO

Da análise dos processos, verifico que se encontram aptos para julgamento, posto que desnecessária a
produção de outras provas para o convencimento motivado do artigo 371 do CPC.
Aliado a isso, verifico que as partes não formularam nenhum pedido de realização de audiência de
instrução e julgamento ou produção de novas provas.

Outrossim, “(...) a produção probatória se destina ao convencimento do julgador e, sendo assim, pode o
juiz rejeitar a produção de determinadas provas, em virtude da irrelevância para a formação de sua
convicção(...)”(TJ-BA - APL: 05598098420168050001, Relator: Antonio Cunha Cavalcanti, Segunda
Câmara Cível, Data de Publicação: 02/10/2018), razão pela qual passo ao julgamento antecipado do
mérito, conforme o art. 355, I do CPC/15.

Oportunizada a conciliação, a mesma restou prejudicada ante a ausência da parte autora.

DA RELAÇÃO DE CONSUMO – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

No caso, é oportuno esclarecer que a relação travada entre as partes é de natureza consumerista, nos
termos dos artigos 2º e 3º do CDC, devendo ser aplicado ao caso os ditames contidos no Código de
Defesa do Consumidor, inclusive a inversão do ônus da prova em favor da parte Autora, o que OPINO
por deferir nesta oportunidade, consoante preconizado no artigo 6º, VIII do aludido diploma legal.

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais.

Em apertada síntese, afirma a Autora, que possui dívidas inscritas no Sistema de Informação de Crédito
do Banco Central do Brasil - SISBACEN (SCR), que foram inseridas pela parte Ré.

A Ré apresentou defesa tempestiva, ressaltando que jamais restringiu o nome do Autor e que o cadastro
SISBACEN não se trata de medida restritiva de crédito, mas mero informativo nos registros do BACEN.

Pois bem.

Incumbe à parte Ré provar a veracidade de seus argumentos alegados na qualidade de fornecedora de


serviços, seja em razão da inversão do ônus da prova, seja porque as suas assertivas se constituem em
fatos extintivos de direito, nos termos do art. 373, II do CPC.

Destarte, apesar de a presente ação tratar de relação de consumo – consistente em negativação indevida –
o Autor não está dispensado de cooperar para o deslinde do feito. Outrossim, não podemos confundir a
inversão do ônus da prova, deferida em casos de hipossuficiência do consumidor, com a ausência de
dever pelo Autor de consignar ao menos indícios de suas alegações.

Ao analisar o extrato "Relatório de Informações Detalhadas" do SCR, observo no documento juntado pelo
Autor no ID 125686582 - Pág. 18 que NÃO há informações desabonadoras registradas pela Ré, pois na
coluna e “vencido” e “prejuízo”, consta o número zero, veja-se:

Desta forma, a parte Autora não comprovou os fatos constitutivos de seu direito, ônus que lhe cabia, por
aplicação do artigo 373, I do CPC.

Da análise do processo e dos documentos que o instruem, portanto, entendo que não restou comprovado
nos autos qualquer ato ilícito praticado pela parte ré, inexistindo comprovação do nexo causal entre o
dano alegado pela parte autora e a conduta da demandada.

Assim sendo, a improcedência dos pleitos iniciais é medida que se impõe.

DISPOSITIVO

Por todo o exposto e fundamentado, OPINO por:

1. RECONHECER a relação de consumo entre as partes e deferir a inversão do ônus da prova em


favor da parte autora, nos termos do art. 6º, VIII do CDC.

2. JULGAR IMPROCEDENTES as pretensões deduzidas nas iniciais, declarando extinto os


feitos, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
Sem custas processuais e sem honorários advocatícios, nos termos dos artigos 54 e 55, ambos da Lei nº
9.099/95.

À consideração do Excelentíssimo Juiz de Direito do 2º Juizado para homologação, de acordo com o


artigo 40 da lei 9.099/95.

Homologada, intimem-se as partes, através de seus advogados.

Volmir Debona Junior

Juiz Leigo

SENTENÇA

Vistos, etc.

HOMOLOGO, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, o projeto de sentença elaborado pelo Juiz
Leigo, na forma do artigo 40, da Lei n.º 9.099/95, e art. 8º, parágrafo único, da LC n.º 270/07-MT.

Transitada em julgado, nada sendo requerido, arquive-se.

Publique-se eletronicamente.

Intimem-se.

Cumpra-se.

Marcelo Sebastião Prado de Moraes


Juiz de Direito

Assinado eletronicamente por: MARCELO SEBASTIAO PRADO DE MORAES


https://clickjudapp.tjmt.jus.br/codigo/PJEDASZPFZYSM

PJEDASZPFZYSM

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