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PODER JUDICIÁRIO
2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ
SENTENÇA
Processo: 1041088-15.2023.8.11.0001.
PROJETO DE SENTENÇA
Vistos etc.
FUNDAMENTO E DECIDO
DA JUSTIÇA GRATUITA
OPINO por reconhecer o tramite processual gratuito, pois o artigo 54 da Lei nº 9.099/95 assegura o
acesso gratuito ao juizado especial, em primeiro grau de jurisdição, ao passo que eventual peculiaridade
sobre condições de arcar com custas e despesas deverá ser formulado em segunda instância, caso haja
prolação de recurso.
DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
Da análise dos processos, verifico que se encontram aptos para julgamento, posto que desnecessária a
produção de outras provas para o convencimento motivado do artigo 371 do CPC.
Aliado a isso, verifico que as partes não formularam nenhum pedido de realização de audiência de
instrução e julgamento ou produção de novas provas.
Outrossim, “(...) a produção probatória se destina ao convencimento do julgador e, sendo assim, pode o
juiz rejeitar a produção de determinadas provas, em virtude da irrelevância para a formação de sua
convicção(...)”(TJ-BA - APL: 05598098420168050001, Relator: Antonio Cunha Cavalcanti, Segunda
Câmara Cível, Data de Publicação: 02/10/2018), razão pela qual passo ao julgamento antecipado do
mérito, conforme o art. 355, I do CPC/15.
No caso, é oportuno esclarecer que a relação travada entre as partes é de natureza consumerista, nos
termos dos artigos 2º e 3º do CDC, devendo ser aplicado ao caso os ditames contidos no Código de
Defesa do Consumidor, inclusive a inversão do ônus da prova em favor da parte Autora, o que OPINO
por deferir nesta oportunidade, consoante preconizado no artigo 6º, VIII do aludido diploma legal.
Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais.
Em apertada síntese, afirma a Autora, que possui dívidas inscritas no Sistema de Informação de Crédito
do Banco Central do Brasil - SISBACEN (SCR), que foram inseridas pela parte Ré.
A Ré apresentou defesa tempestiva, ressaltando que jamais restringiu o nome do Autor e que o cadastro
SISBACEN não se trata de medida restritiva de crédito, mas mero informativo nos registros do BACEN.
Pois bem.
Incumbe à parte Ré provar a veracidade de seus argumentos alegados na qualidade de fornecedora de
serviços, seja em razão da inversão do ônus da prova, seja porque as suas assertivas se constituem em
fatos extintivos de direito, nos termos do art. 373, II do CPC.
Destarte, apesar de a presente ação tratar de relação de consumo – consistente em negativação indevida –
o Autor não está dispensado de cooperar para o deslinde do feito. Outrossim, não podemos confundir a
inversão do ônus da prova, deferida em casos de hipossuficiência do consumidor, com a ausência de
dever pelo Autor de consignar ao menos indícios de suas alegações.
Ao analisar o extrato "Relatório de Informações Detalhadas" do SCR, observo no documento juntado pelo
Autor no ID 125686582 - Pág. 18 que NÃO há informações desabonadoras registradas pela Ré, pois na
coluna e “vencido” e “prejuízo”, consta o número zero, veja-se:
PROJETO DE SENTENÇA
Vistos etc.
FUNDAMENTO E DECIDO
DA JUSTIÇA GRATUITA
OPINO por reconhecer o tramite processual gratuito, pois o artigo 54 da Lei nº 9.099/95 assegura o
acesso gratuito ao juizado especial, em primeiro grau de jurisdição, ao passo que eventual peculiaridade
sobre condições de arcar com custas e despesas deverá ser formulado em segunda instância, caso haja
prolação de recurso.
Da análise dos processos, verifico que se encontram aptos para julgamento, posto que desnecessária a
produção de outras provas para o convencimento motivado do artigo 371 do CPC.
Aliado a isso, verifico que as partes não formularam nenhum pedido de realização de audiência de
instrução e julgamento ou produção de novas provas.
Outrossim, “(...) a produção probatória se destina ao convencimento do julgador e, sendo assim, pode o
juiz rejeitar a produção de determinadas provas, em virtude da irrelevância para a formação de sua
convicção(...)”(TJ-BA - APL: 05598098420168050001, Relator: Antonio Cunha Cavalcanti, Segunda
Câmara Cível, Data de Publicação: 02/10/2018), razão pela qual passo ao julgamento antecipado do
mérito, conforme o art. 355, I do CPC/15.
No caso, é oportuno esclarecer que a relação travada entre as partes é de natureza consumerista, nos
termos dos artigos 2º e 3º do CDC, devendo ser aplicado ao caso os ditames contidos no Código de
Defesa do Consumidor, inclusive a inversão do ônus da prova em favor da parte Autora, o que OPINO
por deferir nesta oportunidade, consoante preconizado no artigo 6º, VIII do aludido diploma legal.
Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais.
Em apertada síntese, afirma a Autora, que possui dívidas inscritas no Sistema de Informação de Crédito
do Banco Central do Brasil - SISBACEN (SCR), que foram inseridas pela parte Ré.
A Ré apresentou defesa tempestiva, ressaltando que jamais restringiu o nome do Autor e que o cadastro
SISBACEN não se trata de medida restritiva de crédito, mas mero informativo nos registros do BACEN.
Pois bem.
Destarte, apesar de a presente ação tratar de relação de consumo – consistente em negativação indevida –
o Autor não está dispensado de cooperar para o deslinde do feito. Outrossim, não podemos confundir a
inversão do ônus da prova, deferida em casos de hipossuficiência do consumidor, com a ausência de
dever pelo Autor de consignar ao menos indícios de suas alegações.
Ao analisar o extrato "Relatório de Informações Detalhadas" do SCR, observo no documento juntado pelo
Autor no ID 125686582 - Pág. 18 que NÃO há informações desabonadoras registradas pela Ré, pois na
coluna e “vencido” e “prejuízo”, consta o número zero, veja-se:
Desta forma, a parte Autora não comprovou os fatos constitutivos de seu direito, ônus que lhe cabia, por
aplicação do artigo 373, I do CPC.
Da análise do processo e dos documentos que o instruem, portanto, entendo que não restou comprovado
nos autos qualquer ato ilícito praticado pela parte ré, inexistindo comprovação do nexo causal entre o
dano alegado pela parte autora e a conduta da demandada.
DISPOSITIVO
Juiz Leigo
SENTENÇA
Vistos, etc.
HOMOLOGO, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, o projeto de sentença elaborado pelo Juiz
Leigo, na forma do artigo 40, da Lei n.º 9.099/95, e art. 8º, parágrafo único, da LC n.º 270/07-MT.
Publique-se eletronicamente.
Intimem-se.
Cumpra-se.
PJEDASZPFZYSM