Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
0056
RECLAMANTE: ORDALIA MARIA LOPES SILVA
RECLAMADOS: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. (citação online)
PROJETO DE SENTENÇA
I. RELATÓRIO
Dispensado nos termos do artigo 38 da Lei 9.099/95.
II. FUNDAMENTAÇÃO
Aplicação do Código de Defesa do Consumidor
Aplica-se, in casu, o contido no Código de Defesa do Consumidor, haja
vista que se trata de relação de consumo. Deve-se considerar que o CDC traz normas de
ordem pública e interesse social (artigo 1º), em atenção ao mandamento constitucional
exposto no artigo 5º, XXXII, CF, direito fundamental do cidadão. Por tal razão, a
incidência da legislação consumerista pode ser analisada de ofício e a qualquer tempo
pelo Magistrado.
Analisando detidamente os autos, conclui-se que as partes qualificam-se
como consumidor e fornecedor, formando uma relação de consumo.
A parte reclamante é destinatária final e usuária do serviço prestado pelo
reclamado, amoldando-se, por certo, ao conceito de consumidor exposto no artigo 2º do
mesmo diploma legal. Sendo assim, reconheço a relação de consumo entre as partes.
Julgamento antecipado
Inicialmente, cabe ressaltar que o presente feito comporta julgamento
antecipado, nos termos do art. 355, I, do Código de Processo Civil de 2015, porquanto
as provas trazidas aos autos são suficientes para o julgamento da lide. Ademais, o
magistrado como destinatário da prova, tem o dever de indeferir as diligências inúteis
ou protelatórias (art. 370, parágrafo único, do CPC), garantindo, assim a razoável
duração do processo (arts. 5°, LXXVIII, da CF e 4° e 6° do CPC).
MÉRITO
Trata-se de AÇÃO ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS.
Em síntese, a parte autora narra que possui um cartão de crédito com o
banco réu, sendo que em determinado momento ficou inadimplente. Narra também que
realizou a negociação da dívida e que pagou todas as parcelas do acordo, entretanto, que
vem sofrendo cobranças e que teve seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito.
A parte ré, por sua vez, alega que através do protocolo sob o n°. 74871749
registrado em 13/07/2018, a Autora acionou o Banco a fim de informar que havia
quitado seu acordo, entretanto, lhe foi explicado que conforme se infere do histórico de
pagamento do acordo n°. 151702699, não houve o adimplemento da última parcela.
Então, no mesmo contato foi firmado um novo acordo sob o n°. 182153493,
a fim de prever a quitação do saldo devedor existente, o qual restou pago pela Autora,
não havendo que se falar em inscrição ou cobrança indevida.
III. DISPOSITIVO
Por todo o exposto e pelo que consta nos autos, com fulcro nos artigos 5º e
6º da Lei 9.099/95, bem como no art. 487, I do CPC, no mérito, JULGO
IMPROCEDENTE os pedidos.
Juiz Leigo