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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO 3a VARA CIVEL

DA COMARCA DE CUIABÁ -MT.


PRIORIDADE PROCESSUAL - IDOSA MAIOR DE 65 ANOS
DISTRIBUIÇÃ O EM APENSO POR PREVENÇÃ O AOS
AUTOS Nº Processo: 1043044-14.2021.8.11.0041
Autor:
Réu: S.A.
, brasileira, aposentada, portadora da Carteira de Identidade nº e do CPF Nº , residente e
domiciliada na , por seus procuradores infra-assinados, com endereço do escritó rio
estampado no rodapé, onde recebem as intimaçõ es de estilo, vem com o devido respeito e
acatamento à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃ O DE INDENIZAÇÃ O POR DANOS MATERIAIS - EMPRÉ STIMOS NÃ O CONTRATADOS -
DANOS MATERIAIS NÃ O ANALISADOS NOS AUTOS 1043044-14.2021.8.11.0041 -
INEXISTENCIA DE COISA JULGADA -
SOMENTE FAZ COISA JULGADA A MATÉ RIA DISCUTIDA E
APRECIADA PELO PODER JUDICIÁ RIO
Em face do - S/A, instituiçã o financeira, dotada de personalidade jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob o n. , com Matriz na CEP: O1310-100, com endereço
eletrô nico < > com fundamentos e termos dos artigos 6º, VI, e VIII, e artigos 14 , 42 e 43, do
Có digo de Defesa do Consumidor, e artigos 186 e 927 do Có digo Civil, a seguir expostos
PRELIMINARMENTE
Da Justiça Gratuita
Seja deferida a concessã o da Assistência Judiciá ria Gratuita , haja vista a parte requerente
nã o possuir condiçõ es de arcar com custas processuais e honorá rios advocatícios, sem
prejuízo da sua manutençã o e da sua família, nos termos da Lei no. 1.060/50 e artigo 98 do
NCPC além da comprovaçã o e juntada e extrato bancá rio que COMPROVA CABALMENTE o
valor da aposentadoria da parte autora no qual resta comprovado que a mesma faz jus a
justiça gratuita.
DOS FATOS
Sem delongas Excelência, o cerne da presente lide reside em que a requerente nã o possui
relaçã o jurídica com a ré, referentes aos empréstimos nã o solicitados, diante disso entrou
com uma açã o nesta VARA CIVEL, no qual tramitou r tramita na fase de execuçã o de
sentença apenas com relaçã o a multa arbitrada e honorá rios, no qual foi julgada
parcialmente procedente, sendo analisado apenas a ó tica dos DANOS MORAIS E A MULTA
arbitrada na liminar, NÃ O SENDO ANALISADO, nem em primeiro e nem em segundo grau
os descontos do salá rio da autora no qual perduram até a presente data, ou seja NÃ O foi
analisado os DANOS MATERIAIS, sofridos pela autora, por isso o manejo desta açã o em prol
dos DANOS MATERIAIS sofridos pela autora.
A parte requerente nunca solicitou tal empréstimos junto a requerida financeira, assim tal
ato trouxe sérios prejuízos materiais, pessoais e financeiros a parte autora que depende de
sua aposentadoria para sobreviver no qual vem sendo descontados tais empréstimos
indevidamente nos seguintes valores:
Foram descontados do salá rio da autora os valores de DESSE VALOR que totaliza o importe
de 1.502,69 : (MIL QUINHENTOS E DOIS REAIS E SESSENTA E NOVE CENTAVOS), no qual
deve ser devolvido a título de DANOS MATERIAIS e em dobro conforme ensina e determina
o artigo 42 do CDC.
Foram também descontados o valor de denominados descontos sobre RMC - que significa
DESCONTOS SOBRE MINIMO DE CARTÃ O DE CRÉ DITO QUE A AUTORA NUNCA SEQUER
RECEBEU OU ULTILIZOU, empréstimos estes discutidos em autos anterior no qual foi
cancelado e concedida a liminar para parar estancar os descontos o que nã o ocorreu, sendo
discutidos e analisados tã o apenas os DANOS MORAIS , nos autos nº ( 1043044-
14.2021.8.11.0041- 3a VARA CIVEL), podendo Vossa Excelência facilmente verificar e
consultar que restará comprovados os fatos aqui narrados pela parte autora.
Por isso a necessidade de se propor a presente demanda a ser analisado nestes autos tã o
somente os DANOS MATERIAIS matéria nã o discutida nos autos nº 1043044-
14.2021.8.11.0041, mencionados, no qual requer seja determinado a devoluçã o de 28
parcelas dos valores , comprovadamente nã o contratados a títulos de DANOS MATERIAIS ,
atual de , no qual devem ser devolvidos também em dobro conforme determina os artigo
42 do CDC.
Por fim temos a somató ria dos descontos comprovados nos autos que dã o conta num total
de sendo em dobro o importe de , NO QUAL DEVE SER CORRIGIDOS DESDE A DATA DE
CADA DESEMBOLSO.
Importante destacar e informar a Vossa Excelência que nos autos 1043044-
14.2021.8.11.0041, QUE TRAMITA nesta 3a Oitava Vara Civel, a parte autora propô s
acumuladamente DANOS MORAIS e DANOS MATERIAS, porém Excelência como pode
facilmente verificar tanto na sentença de piso, quanto no acordã o de segundo grau, apenas
foram analisados a multa deferida e os DANOS MORAIS, no qual foram sabiamente
concedidas em primeiro grau e injustamente afastados a condenaçã o dos DANOS MORAIS,
em segundo grau.
Porém manteve a concessã o da liminar e a multa arbitrara- a multa arbitrada por evento,
ou seja, a cada desconto ocorrido no salá rio da autora que já vem ocorrendo a exatos 28
meses e que o requerido nã o cumpriu a liminar deferida na sua integralidade, conforme se
comprova abaixo pelo extrato bancá rio recente da conta salá rio da autora.
É bom deixar assente Excelência que quaisquer inconsistências das parcelas descontadas
ou nã o descontadas caberá a requerida a inversã o do ô nus, visto que a parte autora é
hipossuficiente tecnicamente, cabendo a requerida juntar aos autos relató rios de descontos
de ambos os descontos discutidos nesta açã o qual seja trazer relató rio dos descontos
efetivados desde a primeira até a ú ltima parcela do valor de (DUZENTOS E QUATORZE
REAIS E SESSENTA E SETE CENTAVOS.
Seja determinada que a requerida junte aos autos também o relató rio de descontos
discutidos nesta açã o, qual seja trazer relató rio dos descontos efetivados desde a primeira
até a ú ltima parcela do valor de R $ 40,77 (QUARENTA REAIS E SETENTA E SETE
CENTAVOS), sobe pena de preclusã o, para que possamos corrigir eventuais cobranças a
maior ou a menor das parcelas descontadas ou nã o do salá rio da parte autora a fim de
evitar prejuízos materiais para ambas as partes.
Sem mais delongas desnecessá ria Excelência a presente açã o é de cunho simples, o que se
discute aqui é tã o somente os DANOS MATERIAIS, sofridos e nã o analisados e nem
discutidos nos autos ( 1043044- 14.2021.8.11.0041- 8a VARA CIVEL), sendo naqueles
autos discutidos apenas os DANOS MORAIS e MULTA POR DESCUMPRIMENTO DA
LIMINAR E HONORÁ RIOS ADVOCATICIOS.
A parte que nã o foi decidida nos autos anterior e que, portanto, caracteriza a existência de
julgamento infra petita -, poderá ser objeto de nova açã o judicial para que a pretensã o que
nã o fora decidida o seja agora decidida conforme 468 do CPC.
Requer seja recebida a presente açã o e dado o devido andamento processual adequado e
no mérito seja condenado o requerido a devolver o importe de total de sendo em dobro o
importe de , NO QUAL DEVE SER CORRIGIDOS DESDE A DATA DE CADA desconto.
Seja condenado o requerido nas custas e honorá rios advocatícios no importe de 20% sobre
o valor corrigido da causa.
DA FUNDAMENTAÇÃ O JURIDICA
DO DANO MATERIAL
O dano material é aquele que afeta diretamente o patrimô nio o ofendido.
Está transcrito no Art. 5º, inciso V da Magna Carta:
V - "é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;" (grifo meu).

Excelência a jurisprudência acima nã o deixam dú vida quando a responsabilidade do


requerido no caso em tela.
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM

RECURSO ESPECIAL. COISA


JULGADA. INEXISTÊ NCIA. PEDIDO
FORMULADO E NÃ O APRECIADO. 1.
O artigo 468 do Có digo de Processo
Civil estabelece que a coisa julgada
se restringe aos limites das questõ es
decididas. 2. Assim, a imutabilidade
da autoridade da coisa julgada
existirá se o juiz decidiu a lide nos
limites em que foi proposta pelo autor. Sendo necessário, para que haja coisa julgada, que exista pedido e, sobre
ele, decisão. 3. Por essa razão, a parte que não foi decidida - e que, portanto, caracteriza a existência de
julgamento infra petita -, poderá ser objeto de nova ação judicial para que a pretensão que não fora decidida o
seja agora. 4. Embargos de divergência conhecidos e providos.(STJ - EREsp: PR
2011/, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 16/09/2015, CE - CORTE ESPECIAL, Data de
Publicação: DJe 18/11/2015 REVPRO vol. 254 p. 542)".

Por todo o acima exposto necessá rio REQUER SEJA FEITA A MAIS LIDIMA JUSTIÇA QUE O
CASO REQUER.
DOS PEDIDOS
Por tudo que foi exposto, a requerente, com as fartas provas documentais acostadas aos
autos, vem à presença de Vossa Excelência para requerer sucessivamente:
1. No mérito seja condenado o requerido a devolver o importe de total de sendo em dobro
o importe de , NO QUAL DEVE SER CORRIGIDOS DESDE A DATA DO DESEMBOLSO OU DO
DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO JUNTO AO INSS.
2. Seja condenada o REQUERIDO a pagar os honorá rios advocatícios no importe de 20%
sobre o valor atualizado da causa.
3. Diante da hipossuficiência tanto técnica quanto financeira da parte autora em relaçã o ao
requerido, requer a Vossa Excelência, a aplicaçã o da Inversã o do Ô nus da Prova, em favor
da parte autora, conforme dispõ e o artigo 6º inciso VIII, do Có digo de Defesa do
Consumidor ;
DOCUMENTOS ANEXADOS
01. Procuraçã o
02. declaraçã o de hipossuficiência
4. Seja as notificaçõ es e intimaçõ es destes autos publicadas exclusivamente em nome de , ,
sob pena de nulidade processual.
03. e docs. Pessoais e endereço;
04. comprovante de renda para concessã o da justiça gratuita;
05. Prova dos descontos em folha de pagamento junto ao INSS, pelo requerido.
06. Prova da legitimidade passiva;
07. Extratos bancá rios e do INSS, que comprovam os fatos alegados na inicial
08. Sentença autos anterior que que se discutiu apenas os DANOS MORAIS.
Dar-se à presente causa o valor , para efeitos meramente fiscais.
Nestes Termos,
Pede deferimento. Cuiabá , 12 de setembro de 2023.

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