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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

COMARCA DE SÃ O PAULO-SP
, brasileira, Viú va, portadora da cédula de identidade RG. , regularmente inscrito no CPF sob
n.º /82, residente e domiciliado (a) na CEP: , Telefone , e-mail: . Vem Perante vossa
excelência, por meio de seu (s) advogado (s) , Brasileira, Solteira, Advogada, devidamente
inscrita na , com sede do escritó rio na CEP: , e-mail: e , Tel.s , e whatsapp ajuizar a presente
AÇÃ O PARA REAFIRMAÇÃ O DA DER (DATA DE ENTRADA DO REQUERIMENTO) E
PAGAMENTO DE
VALORES ATRASADOS.
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, autarquia federal de seguros
sociais, com superintendência nesta capital de Sã o Paulo, que deverá ser citado na pessoa
de seu representante legal, com endereço na CEP: , com os seguintes fundamentos fá ticos e
jurídicos a serem deduzidos a seguir:
PRELIMINARMENTE:
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Antes de adentrar no mérito da presente lide, a autora requer seja deferido a concessã o dos
benefícios da assistência judiciá ria gratuita, com fundamento no artigo 5º, inciso XXXIV da
Constituiçã o Federal do Brasil e, artigo 4º da Lei1.060/50, com as alteraçõ es introduzidas
pela Lei 7.115/83, tendo em vista que nã o possui condiçõ es financeiras de arcas com as
custas processuais, sem que ocasione prejuízo para o seu sustento e de sua família
conforme declaraçã o de pobreza em anexo.
DO MÉ RITO

I - DOS FATOS
A requerente efetuou pedido administrativo de PENSÃ O POR MORTE em 19/08/2020
sobre o protocolo e como resposta obteve o INDEFERIMENTO com alegaçã o de nã o ter
comprovado UNIÃ O ESTÁ VEL do Casal.
Conforme podemos observar no PA - Processo Administrativo anexo, a requerente juntou
documentos suficientes que comprovam a existência da UNIÃ O ESTÁ VEL e a
DEPENDÊ NCIA ECONÔ MICA existente entre ela com seu companheiro Sr. .
Em resumo para melhor compreensã o de Vossa Excelência foram juntados na presente
açã o os documentos abaixo listados:
· Folha de rosto da CTPS do Instituidor,
· Certidã o Judicial - Foro Regional de Santo Amaro. Processo 1005216-21.2020.8.26 .0002
da existência da uniã o
está vel,
· RG da requerente, CNH do Instituidor do benefício,
· Comprovante de endereço da requerente;
· Contrato Social da empresa onde requerente e instituidor residiam em mesmo endereço e
eram só cios desde
04/02/2010.
Posteriormente, a requerente realizou novo pedido de PENSÃ O POR MORTE em
24/11/2021 o qual foi corretamente deferido sobre NB com RMI de com data de início de
pagamento em 24/11/2021 data da segunda DER (data de entrada do requerimento)
O Pedido em questã o é que a requerente em seu primeiro pedido já satisfazia com os
documentos apresentados o requisito da configuraçã o da uniã o está vel e dependência
econô mica. Assim, requer que os pagamentos da pensã o por morte sejam realizados desde
a primeira DER - 19/08/2020 e nã o da DER-24/11/2021.

II - DO DIREITO:
O INSS ao negar o direito da pensã o por morte na primeira DER, agiu com afronta a lei,
contrariando provas robustas nos autos do processo administrativo que merecia
deferimento em seu primeiro pedido.
A pensã o por morte é uma prestaçã o do Regime Geral de Previdência Social, previsto nos
artigos 74 a 79 da Lei n.º 8.213/91 e artigos 105 a 115 do RPS (Decreto 3.048/99),
concedida aos dependentes do segurado (homem ou mulher), este também conhecido
como instituidor do benefício, pois será o responsá vel por estabelecer a pensã o por morte
aos seus dependentes.
Conforme dispõ e o § 3º, artigo 22 do Decreto 3.048/99: "
Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, deverão ser apresentados, no
mínimo, dois documentos , observado o disposto nos § 6º-A e § 8º do art. 16, e poderão ser aceitos, dentre
outros:...
XVII -" quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar .

As provas apresentadas em processo administrativo previdenciá rio de protocolo e aqui


acostadas, mereciam sua devida e prospera analise como conclusivas e robustas para
concessã o do pleito, como assim foi em segunda DER que já nã o se discute o direito
material ao acesso do benefício já que a instituidora completava todos os requisitos para o
pedido da pensã o por morte e sim porque só em segundo pedido fora concedido, fazendo
com que a requerente padecesse sem qualquer auxilio previdenciá rio por 15 meses.
Esse já é o entendimento dos Trobunais :
"E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR MORTE. DEFERIMENTO ADMINISTRATIVO.
PAGAMENTO DE ATRASADOS. TERMO INICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. I - Embora pudessem haver dúvidas
sobre a manutenção do vínculo conjugal da autora e do finado à época do primeiro requerimento administrativo,
dada a declaração firmada pela demandante quando requereu o amparo social ao idoso, no sentido de que estava
separada de fato, esta restou dirimida quando do procedimento de revisão do referido benefício, o qual culminou,
inclusive, com a consignação dos valores que se reputaram terem sido indevidamente recebidos nos proventos da
pensão por morte que ora percebe. II - Não se justifica a postura da Autarquia em cobrar o montante pago a título
de benefício assistencial, porém não pagar os atrasados devidos a título de pensão por morte, desde o primeiro
requerimento administrativo, oportunidade em que o Instituto tomou ciência da pretensão da requerente. III - É
de se reconhecer o direito da autora ao recebimento das prestações vencidas desde o pedido administrativo
formulado em 17.10.2014 até 28.03.2018, data da implantação da pensão por morte, devendo ser compensados,
quando da liquidação, os valores que recebeu indevidamente a título de benefício assistencial. IV - A Autarquia fica
condenada ao pagamento de honorários advocatícios arbitrados em 10% sobre o valor da condenação, assim
considerado o montante devido entre 17.10.2014 até 28.03.2018. V - Apelação da parte autora provida. (TRF-3 -
ApCiv: 50001383120184036142 SP, Relator: Desembargador Federal SERGIO DO NASCIMENTO, Data de
Julgamento: 12/06/2019, 10a Turma, Data de Publicação: Intimação via sistema DATA: 14/06/2019)"
"...É o caso, portanto, de acolhimento do recurso da parte autora.Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso
interposto pela parte autora, para fixar a data do início do benefício (DIB) do benefício previdenciário de
aposentadoria por idade, NB 41/ em 01/02/2020, e para condenar o INSS à obrigação de dar, consistente no
pagamento dos valores atrasados desse benefício entre 01/02/2020 e 13/05/2020.Tais valores deverão ser
acrescidos de correção monetária, desde o vencimento de cada uma delas, e de juros moratórios, desde a data da
citação, nos termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pelo
Conselho da Justiça Federal, vigente à época da realização dos cálculos.Visto, relatado e discutido este processo,
em que são partes as acima indicadas, decide a 13a Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Terceira Região
- Seção Judiciária de São Paulo, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator João Carlos Cabrelon de Oliveira.(TRF-3 - RI: 00013304620204036326 SP, Relator: JUIZ (A) FEDERAL JOAO
CARLOS CABRELON DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 10/08/2021, 13a TURMA RECURSAL DE SÃO PAULO, Data de
Publicação: e-DJF3 Judicial DATA: 23/08/2021)".
"PENSÃO POR MORTE - União estável reconhecida judicialmente - Pagamento do benefício somente a partir do
trânsito em julgado da sentença que reconheceu a união estável - Cobrança de atrasados - Pretensão de
pagamento das diferenças a partir do requerimento administrativo - Cabimento - Indeferimento do pedido
administrativo pela SPPREV por ausência de comprovação da união estável, a qual foi reconhecida posteriormente
por sentença declaratória transitada em julgado - A sentença judicial de união estável apresentada pelo autor só
declara uma situação jurídica que já existia no momento da formulação do primeiro requerimento administrativo -
Desta feita, os efeitos da decisão concessiva da pensão por morte ao autor deveriam ter retroagido à data do
requerimento administrativo, visto que o requerimento foi formulado após sessenta dias à data do óbito do
instituidor da pensão - Alteração quanto à data inicial em que se tornou devido o benefício, qual seja, a partir da
data do requerimento administrativo - Inteligência do art. 148, § 3º, da LC nº 180/78, com redação determinada
pela LC 1012/07 - Precedentes deste E. Tribunal de Justiça - Juros e Correção monetária - Fixação conforme
decidido pelo STF no RE nº 870.947. Reexame necessário e recurso voluntário do autor providos, com observação.
Recurso voluntário da ré desprovido.(TJ-SP - AC: 10384596520188260053 SP 1038459-65.2018.8.26.0053, Relator:
Oscild de Lima Júnior, Data de Julgamento: 29/06/2020, 11a Câmara de Direito Público, Data de Publicação:
26/08/2019)"

Diante do acima exposto, é devido o pagamento dos atrasados referente À pensã o por
morte, desde a negativa do primeiro processo administrativo.

III - DOS PEDIDOS:


Respeitosamente, requer a Vossa Excelência:
a) seja a presente açã o julgada TOTALMENTE PROCEDENTE , com a condenaçã o do
requerido ao pagamento das parcelas devidas apuradas no valor total de , a qual deverá ser
atualizada até a data de seu efetivo pagamento.
b) sejam deferidos todos os meios de provas em direito admitidos, tais como a pericial, a
documental, a testemunhal e a pericial.
c) a citaçã o do requerido para em querendo conteste a presente açã o, sob pena de sofrer os
efeitos da revelia;
d) requer a concessã o dos benefícios da assistência judiciá ria gratuita ao autor ("ex vi" da
Lei 1.050/60), uma vez que nã o possui condiçõ es financeiras para arcar com as custas e
despesas processuais, sem prejuízo do pró prio sustento.
e) a concessã o de prazo para juntada de novos documentos que forem necessá rios. Dá - se a
causa o valor de R$ .
Por fim requer ainda que todas as publicaçõ es sejam feitas em nome de inscrita na , SOB
PENA DE NULIDADE.
Termos em que
Pede deferimento
Sã o Paulo,16 de fevereiro de 2022.

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