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FUNAPE – FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PE

DIREITORIA DE APOIO JURÍDICO-PREVIDENCIÁRIO - UNIDADE DE APOSENTADORIA

EMENDA CONSTITUCIONAL N.° 47


(promulgada em 05.07.2005, DOU 06.07.05)

TETO (parcelas indenizatórias) – Altera a redação do Art. 37 da Constituição


Federal (acrescentando o §11) – texto permanente.

PARCELAS INDENIZATÓRIAS

Com a Emenda Constitucional n° 47/05 as parcelas de caráter indenizatório, a


serem regulamentadas por lei, não serão computadas para os tetos
remuneratórios previstos no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal. Até que a
lei venha a dispor sobre o assunto, as parcelas indenizatórias, assim definidas
pela legislação em vigor quando da publicação da EC 41/03 (exemplos: diárias
para viagens, ajuda de custo, auxílio-alimentação, etc), não serão consideradas
para fins de aplicação dos mencionados tetos remuneratórios.

TETO (tetos específicos ou teto único) – Altera a redação do Art. 37 da


Constituição Federal (acrescentando o §12) – texto permanente.

POSSIBILIDADE DE INSTITUIÇÃO PELOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL


DE TETO ESPECÍFICO POR PODER OU TETO ÚNICO

Emenda Constitucional n° 41/2003

Subtetos ou tetos específicos foram fixados da seguinte forma, com a vigência da


Emenda Constitucional n° 41/03:

Municípios: um único subteto, equivalente ao subsídio mensal do Prefeito;

Estados e Distrito Federal: foram previstos três subtetos, a saber: para o Poder
Executivo, o subsídio mensal do Governador; para o Poder Legislativo, subsídio
mensal dos Deputados Estaduais e Distritais e, finalmente, para o Poder
Judiciário, o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo
também aplicável aos Membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos.

Emenda Constitucional n° 47/2005

Os Estados e o Distrito Federal poderão (faculdade) ter um único subteto, o qual


será o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
A nova regra não se aplica aos deputados estaduais e distritais.

Elaboração – Sônia Coutinho (DJP), Revisão – Mauricio Benedito (DPS) 1


APOSENTADORIA ESPECIAL – Altera a redação do § 4° do 40 da Constituição
Federal – texto permanente

A citada emenda estabeleceu que os servidores públicos portadores de


deficiência, que exerçam atividades de risco ou que prejudiquem a saúde ou a
integridade física poderão aposentar-se com regras diferenciadas.

O mencionado dispositivo depende de Lei Complementar.

O entendimento em relação ao policial civil continua mantido.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO APOSENTADO OU PENSIONISTA


PORTADOR DE DOENÇA INCAPACITANTE – Altera a redação do § 21 do 40 da
Constituição Federal – texto permanente

A alíquota de contribuição previdenciária do servidor aposentado ou do


pensionista portador de doença incapacitante passa a incidir sobre um valor
menor (base de cálculo).

Na vigência da Emenda Constitucional n° 41/2003, o cálculo da contribuição era


sobre a diferença entre o valor recebido (total de proventos ou pensão) e
R$ 2.668,15 (Teto do RGPS).

Agora (depende de regulamentação através de lei), será entre o valor recebido e o


dobro do teto do RGPS (R$ 5.336,30).

Exemplo: Para um valor de R$ 6.000,00 a contribuição previdenciária, no


percentual de 13,5%, incidia sobre R$ 3.331,85 (R$ 6.000,00 - R$ 2.668,15), logo
era de R$ 449,79.

Após a regulamentação do dispositivo constitucional, através de lei, será sobre


R$ 663,70 (R$ 6.000,00 – R$ 5.336,30), no valor de R$ 89,59
(13,5% X 663,70 = 89,59 ).

Elaboração – Sônia Coutinho (DJP), Revisão – Mauricio Benedito (DPS) 2


PARIDADE – A Emenda Constitucional n.° 47/05, no art. 2°, estendeu a
paridade plena prevista no art. 7° da Emenda Constitucional n,° 41/2003 aos
aposentados pela regra do art. 6° da citada Emenda (41/03)

Requisitos:

60/55 ANOS DE IDADE (H/M)


35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO (H/M)
20 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO
10 ANOS DE CARREIRA E 5 ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A
APOSENTADORIA.

INTEGRALIDADE - Significa que os proventos correspondem à totalidade da


remuneração (vencimento básico e vantagens inerentes) do servidor por ocasião
da aposentadoria.

PARIDADE - significa a constante reposição dos proventos e da pensão para


manter a equivalência com a remuneração dos servidores em atividade

Os servidores públicos aposentados pela regra de transição prevista no art. 6° da


EC 41/2003 tiveram de volta o direito à paridade integral. Os proventos desses
servidores serão reajustados na forma do reajustes dos servidores ativos,
inclusive quando decorrentes de quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade (incorporáveis), como
também, quando se tratar da transformação ou reclassificação do cargo ou função
em que se deu a aposentadoria, ou que serviu de referência para a concessão da
pensão, na forma da lei.

A referida regra só vale para os servidores que ingressaram no serviço público até
31 de dezembro de 2003, quando foi promulgada a Emenda Constitucional
n° 41/2003.

O art. 5° da EC 47/2005 revogou expressamente o parágrafo único do art. 6° da


EC n° 41/2003, que tratava da PARIDADE PARCIAL.

O art. 6° da EC 47/2005 estendeu os efeitos da referida Emenda à data da


vigência da Emenda Constitucional n° 41/2003 (principal efeito = alcança o
servidor já aposentado pela Regra do Artigo 6° da EC n° 41/2003).

NOVA REGRA DE TRANSIÇÃO – A Emenda Constitucional n° 47/05, no

Elaboração – Sônia Coutinho (DJP), Revisão – Mauricio Benedito (DPS) 3


art. 3°, instituiu uma nova regra de aposentadoria para os servidores que
ingressaram no serviço público até 16.12.98 (além de poderem optar pelas
regras dos arts. 2° e 6 ° da EC 41/03 e do art. 40 da CF)

REGRA DE TRANSIÇÃO DA EC 47/2005

Requisitos:

35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO (H/M)


25 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO
15 ANOS DE CARREIRA
5 ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA

PARA CADA ANO DE CONTRIBUIÇÃO QUE EXCEDER AO LIMITE DE 35/30


ANOS (H/M), SERÁ DIMINUÍDO UM ANO DO LIMITE DE IDADE PREVISTO NO
ART. 40 DA CF (60/55 ANOS (H/M)).

NÃO HÁ REDUTOR NO VALOR DOS PROVENTOS.

PROVENTOS INTEGRAIS E PARIDADE PLENA.

NÃO HÁ CRITÉRIOS DIFERENCIADOS PARA POLICIAIS CIVIS E


PROFESSORES.

A Emenda Constitucional n° 47/2005 estabelece que para cada ano que exceder
ao tempo mínimo de contribuição (35 anos, se homem, 30 anos, se mulher), o
servidor terá direito a reduzir um ano na idade mínima (a qual é de 60 anos, se
homem, 55 anos, se mulher), desde que conte pelo menos com 25 anos de
serviço público, 15 anos da carreira e 5 no cargo. Assim, sem prejuízo da opção
pela aposentadoria antecipada com redutor, prevista no art. 2° da EC 41/2003 -
REGRA DE TRANSIÇÃO I (a partir da idade de 48 anos para mulher e 53 anos
para o homem) e, ainda, pela regra prevista no art. 6° da EC 41/03 – REGRA DE
TRANSIÇÃO II, o servidor terá direito à integralidade e paridade plena antes dos
60 anos ou 55 anos de idade (H/M).

Portanto, a nova regra de transição da EC n° 47/2005, GARANTE A


INTEGRALIDADE E PARIDADE PLENA, QUE CORRESPONDE À ADOÇÃO DA
FÓRMULA 95 (SOMA DA IDADE COM O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO) PARA
OS HOMENS E DA FÓRMULA 85 (SOMA DE IDADE E TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO) PARA AS MULHERES. PARA CADA ANO DE
CONTRIBUIÇÃO QUE O SERVIDOR ACUMULAR ALÉM DO EXIGIDO (35 ANOS
PARA O HOMEM E 30 ANOS PARA MULHER) PODERÁ ABATER OU REDUZIR
UM NA IDADE MÍNIMA (60 ANOS PARA HOMEM E 55 PARA MULHER).

Elaboração – Sônia Coutinho (DJP), Revisão – Mauricio Benedito (DPS) 4


EXEMPLO:

Regra de Transição II da EC 41/2003 (art. 6°) – para se aposentar com proventos


integrais pela citada regra o servidor deve ter pelo menos 60 anos de idade e 35
de contribuição, se homem e 55 anos de idade e de 30 anos de contribuição, se
mulher.

COM A NOVA REGRA, o servidor do sexo masculino que tiver 38 anos de


contribuição poderá se aposentar com 57 anos (57 + 38 = 95) ou (95 – 38 = 57
anos).

A servidora que tenha 35 anos de contribuição poderá aposentar-se com 50 anos


de idade (50 + 35 = 85) ou (85 – 35 = 50 anos).

CONTUDO, o cálculo só é válido para os servidores que ingressaram no serviço


público até 16.12.98 e que contem com, no mínimo, 25 anos de efetivo exercício
no serviço público, 15 anos na carreira e 5 anos no cargo em que se der a
aposentadoria.

Ressalta-se que as pensões por morte referentes a servidores que tenham se


aposentado por esta regra de transição gozarão da paridade plena (parágrafo
único do art. 3º da EC 47/05).

Elaboração – Sônia Coutinho (DJP), Revisão – Mauricio Benedito (DPS) 5

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