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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – GIOVANNA PORCHERA

Privilegiar o RPPS. As questões de RGPS podem estar atreladas a Direito do Trabalho.

- Empregado Público. A aposentadoria extingue o contrato de trabalho? O STF entendia que não, pois seriam
relações distintas. Inconstitucionalidade da 453 CLT ADI 1770 e 1771. É possível acumular salários e proventos, pois
vêm de fontes distintas. Caso demitidos, os empregados poderiam pedir demissão.

Art. 453 - No tempo de serviço do empregado, quando readmitido, serão computados os períodos, ainda
que não contínuos, em que tiver trabalhado anteriormente na empresa, salvo se houver sido despedido
por falta grave, recebido indenização legal ou se aposentado espontaneamente. (Redação dada
pela Lei nº 6.204, de 29.4.1975)

§ 1º Na aposentadoria espontânea de empregados das empresas públicas e sociedades de economia


mista é permitida sua readmissão desde que atendidos aos requisitos constantes do art. 37, inciso XVI, da
Constituição, e condicionada à prestação de concurso público. (Incluído pela Lei nº 9.528, de
10.12.1997) (Vide ADIN 1.770-4)

- EC 103/2019 – Reforma da Previdência – improvável caso prático sobre a reforma.

Art. 37 § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do
vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

EC 20/98 – Regime passa a ser contributivo. art. 3º ressalva direito adquirido.

Art. 3º - É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos
e aos segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus dependentes, que, até a data
da publicação desta Emenda, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base
nos critérios da legislação então vigente.

§ 1º - O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para aposentadoria integral
e que opte por permanecer em atividade fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar
as exigências para aposentadoria contidas no art. 40, § 1º, III, "a", da Constituição Federal. [embrião do
abono de permanência.

O servidor se aposentava com o valor do último contracheque.

EC 41/03 – Regime passa a ser solidário, além de contributivo.

STF decidiu que a contribuição do inativo é constitucional. ADI 3105 e 3128. Não há direito subjetivo à imunidade
tributária dos servidores inativos. ADI 2189 – Só pode cobrar a partir da EC 41. Alguns estados estavam cobrando
dos inativos desde a EC 20/98. STF disse que a cobrança era inconstitucional e não poderia ser convalidada pela EC
41/03.

A EC 41/03 mudou o critério de cálculo da aposentadoria, passa a ser utilizado para o cálculo a média das
remunerações.

Integralidade – se for compreendida como aposentadoria pelo valor do contracheque (como era com , acabou
como a Emenda 41.

Para a EC 41/03, integralidade é a forma de cálculo, com base na média das contribuições, sem a proporcionalidade
por tempo de serviço.

Regras de transição que mantiveram a integralidade (como era na EC 20/98) – art. 6º EC 41/03, art. 3º EC 47/05 e
aposentadoria por invalidez após EC 70/12.

A EC 41/03 também acabou com a paridade de reajuste entre ativos e inativos. O reajuste passa a ser pela inflação.

Abono de Permanência
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de
permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003, alterado pela EC 103/19)

Quando o servidor deixa de receber o abono de permanência? Quando protocola o pedido de aposentadoria ou
quando a aposentadoria é concedida? STF ainda vai decidir.

#Questões atualmente na PPE

1. ABONO DE PERMANÊNCIA

No município do Rio, os servidores estavam recebendo o abono de permanência no valor da contribuição (EC 41) e
mais a isenção da contribuição previdenciária (EC 20). Estavam acumulando as duas coisas.

Para o MRJ, os institutos eram diferentes, benefícios distintos. Tribunal de Contas não concordou, dizendo que o
abono de permanência era na verdade aquela isenção, e cortou a isenção. Os servidores entraram com ação, e o
MRJ se defendeu dizendo que não há direito adquirido a interpretação inconstitucional ou equivocada.

2. DECRETO 23844

(Cesar Maia) Considerandos (ler)

Não taxava os inativos e mantinha a paridade e integralidade. TC canetou. DECRETO Nº 44283 DE 02 DE MARÇO DE
2018 – revogou. Chuva de ações. MRJ se defende, e está ganhando. A contribuição dos inativos veio com a Lei
Complementar 193/2018, que alterou a Lei nº 3344/2001. Ou seja, o Município do Rio só começou a taxar seus
inativos em 2018, apesar de ter autorização para fazê-lo desde 2003.

EC 47/05 – Trouxe regras de transição que retroagiram á EC 41/03.

Art. 1º A Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, passa a vigorar acrescida do


seguinte art. 6º-A:

"Art. 6º-A. O servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até a data de publicação desta
Emenda Constitucional (é a EC 41 e não a EC 70) e que tenha se aposentado ou venha a se
aposentar por invalidez permanente, com fundamento no inciso I do § 1º do art. 40 da Constituição
Federal, tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo
efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as disposições
constantes dos §§ 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal.

Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base no caput
o disposto no art. 7º desta Emenda Constitucional, observando-se igual critério de revisão às
pensões derivadas dos proventos desses servidores."

Art. 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, assim como as respectivas autarquias
e fundações, procederão, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, à revisão das aposentadorias, e das pensões delas decorrentes, concedidas a partir
de 1º de janeiro de 2004, com base na redação dada ao § 1º do art. 40 da Constituição Federal pela
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, com efeitos financeiros a partir da data
de promulgação desta Emenda Constitucional.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

A aposentadoria por invalidez segundo essa emenda não será calculada pela média e sim pelo valor do último
contracheque, mas não retirou a proporcionalidade.

Chuva de ações, pois as pessoas entendiam que tinham direito à integralidade.

Tema 754 – RE 924456


Ementa: CONSTITUCIONAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ DECORRENTE DE DOENÇA GRAVE ESPECIFICADA EM
LEI. CF, ART. 40, § 1º, I. INTEGRALIDADE DOS PROVENTOS. CÁLCULO NA FORMA DO ART. 1º DA LEI 10.887/2004.
EMENDA CONSTITUCIONAL 70/2012. CORRESPONDÊNCIA DOS PROVENTOS À REMUNERAÇÃO DO CARGO. EFEITOS
FINANCEIROS PROSPECTIVOS. 1. Os proventos de aposentadoria por invalidez decorrente de doença grave ou
acidente de trabalho (art. 40, § 1º, I, da Constituição Federal) correspondiam à integralidade da remuneração
percebida pelo servidor no momento da aposentação, até o advento da EC 41/2003, a partir de quando o conceito
de proventos integrais deixou de ter correspondência com a remuneração recebida em atividade e foi definida
pela Lei 10.887/2004 como a média aritmética de 80% da melhores contribuições revertidas pelo servidor ao
regime previdenciário. 2. A Emenda Constitucional 70/2012 inovou no tratamento da matéria ao introduzir o art.
6º-A no texto da Emenda Constitucional 41/2003. A regra de transição pela qual os servidores que ingressaram no
serviço público até a data de promulgação da EC 41/2003 terão direito ao cálculo de suas aposentadorias com base
na remuneração do cargo efetivo foi ampliada para alcançar os benefícios de aposentadoria concedidos a esses
servidores com fundamento no art. 40, § 1º, I, CF, hipótese que, até então, submetia-se ao disposto nos §§ 3º, 8º e
17 do art. 40 da CF. 3. Por expressa disposição do art. 2º da EC 70/2012, os efeitos financeiros dessa metodologia de
cálculo somente devem ocorrer a partir da data de promulgação dessa Emenda, sob pena, inclusive, de violação ao
art. 195, § 5º, CF, que exige indicação da fonte de custeio para a majoração de benefício previdenciário. 4. Recurso
provido, com afirmação de tese de repercussão geral: “Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria
concedidas com base no art. 6º-A da Emenda Constitucional 41/2003, introduzido pela Emenda Constitucional
70/2012, somente se produzirão a partir da data de sua promulgação (30/3/2012) ”. (RE 924456, Relator(a): Min.
DIAS TOFFOLI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 05/04/2017,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-203 DIVULG 06-09-2017 PUBLIC 08-09-2017) Info 860

Tema 524 do STF

Ementa: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM


PROVENTOS INTEGRAIS. ART. 40, § 1º, I, DA CF. SUBMISSÃO AO DISPOSTO EM LEI ORDINÁRIA. 1. O art. 40, § 1º, I,
da Constituição Federal assegura aos servidores públicos abrangidos pelo regime de previdência nele estabelecido o
direito a aposentadoria por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. O benefício será
devido com proventos integrais quando a invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional
ou doença grave, contagiosa ou incurável, “na forma da lei”. 2. Pertence, portanto, ao domínio normativo
ordinário a definição das doenças e moléstias que ensejam aposentadoria por invalidez com proventos integrais,
cujo rol, segundo a jurisprudência assentada pelo STF, tem natureza taxativa. 3. Recurso extraordinário a que se
dá provimento. (RE 656860, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 21/08/2014, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-181 DIVULG 17-09-2014 PUBLIC 18-09-2014)

Essa lei é uma lei do próprio ente, não é para pegar “carona” na lei da União por exemplo.

Lei Municipal 94/79 – artigo 72 c/c artigo 92:

Art. 92 Será aposentado o funcionário acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público municipal, lepra, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartose anquilosante, nefropatia grave,
estado avançado de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Deficiência Imunológica Adquirida (AIDS),
contaminação por radiação, com base na medicina especializada, hepatopatia grave, esclerose múltipla,
distrofia muscular progressiva que acarrete a incapacitação para o trabalho e outras que o Chefe do
Executivo Municipal indicar em ato privativo, observadas as normas pertinentes, da Organização
Municipal de Saúde ou de outra fonte reconhecida por meio de medicina especializada. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 81/2006) > direito a proventos integrais.

§ 1º - Será também aposentado o funcionário que, com base nas conclusões da medicina especializada,
for considerado doente irrecuperável para o serviço público. >> não tem direito a proventos integrais.

§ 2º - Na hipótese de que trata este artigo e seu parágrafo primeiro a inspeção será feita por uma junta
de, pelos menos, três médicos.

#PGM / PPE – Os servidores que são aposentados por doença irrecuperável entendem que têm direito a proventos
integrais, em razão de má técnica legislativa. Esse parágrafo não se refere ao caput.

EC 88/2015 – Aposentadoria Compulsória aos 75 anos, na forma da lei complementar. “PEC da Bengala”
Temas 983, 54, 67 e 351 do STF

Gratificações concedidas a servidores federais ativos que os servidores inativos pleitearam a extensão aos seus
proventos em nome da paridade. Gratificações de desempenho, mas que eram recebidas de forma indiscriminada,
e não atreladas ao exercício da atividade e com avaliação de desempenho (pro labore faciendo).

LEI Nº 2506, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1996 – Plano de Cargos, Carreiras e Salários do PREVI-RIO

Art. 8º A Gratificação de Desempenho será paga a todos os servidores em exercício no Previ-Rio, tomando-se por
base a avaliação trimestral estabelecida no art. 6º desta Lei.

...

Art. 6º Para a promoção por mérito será observada Avaliação de Desempenho, a qual será efetuada
trimestralmente, envolvendo todos os servidores do Previ-Rio.

§ 1º - A Avaliação de Desempenho será feita mediante atribuição de pontos de acordo com o grau de satisfação dos
seguintes quesitos objetivos:[...]

Ocorre que a avaliação no Previ-Rio é proforma, todo mundo ganha nota máxima.

Aposentadoria Especial do Professor

Tema 965 do STF

Efetivo exercício da docência – Tempo de docência, direção de unidade escolar, coordenação e assessoramento
pedagógico. Educação Infantil, ensino fundamental, e ensino médio.

Município do Rio de Janeiro: Professor da Sala de Leitura, que muitas vezes são professores readaptados.

Professor tira o BIM, e fica de licença. Perito em um dado momento recomenda a readaptação. Professor é
readaptado e sai da sala de aula e vai pra CRE (Coordenadoria Regional de Educação), vai fazer função
administrativa, ou então ele vai para a própria SME (Secretaria Municipal de Educação), fazer função administrativa.
Esse tempo conta como docência?

É comum que o professor consiga também um cargo em comissão na SME. Esse tempo conta como docência?

O Previ-Rio entende que se o professor está readaptado (mesmo fazendo função administrativa) em uma unidade
escolar, pode contar o tempo como especial, mas se estiver readaptado fora de unidade escolar (SME ou CRE), não
pode contar tempo especial.

Qual o problema com esse entendimento?

Lei 94/79 (estatuto) Art. 86 - Quando se verificar, como resultado de inspeção médica pelo órgão próprio
da Secretaria Municipal de Administração, redução da capacidade física do funcionário ou estado de
saúde que impossibilite ou desaconselhe o exercício das funções inerentes ao seu cargo, e desde que não
se configure a necessidade de aposentadoria nem de licença para tratamento de saúde, poderá o
funcionário ser readaptado em funções diferentes das que lhe cabem, sem que essa readaptação lhe
acarrete qualquer prejuízo.

O professor argumenta que não pode ser prejudicado por estar readaptado.

A defesa do MRJ: Não pode ser prejudicado, mas considerando que os requisitos da aposentadoria especial são
definidos na Constituição, esse artigo do estatuto deve ser lido em conjunto com a CF. Portanto, só poderá contar
tempo especial se estiver em funções de coordenação, assessoramento pedagógico, sala de leitura.

EC 103 mudou a forma de cálculo, considerando agora a média de TODAS as contribuições e não somente as 80%
maiores.

Desconstitucionalização das regras que dizem respeito aos critérios de concessão das aposentadorias e das
pensões. Dinamismo das circunstâncias, expectativa de vida, etc. Melhor mesmo que os critérios sejam definidos na
lei, que é mais fácil de ser alterada.
Art. 4º § 9º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo
regime próprio de previdência social.

Ultratividade das regras constitucionais anteriores para Estados e Municípios. #CUIDADO – não é verdade que a
emenda não se aplique a Estados e Municípios! Enquanto os Estados e Municípios não fizerem suas próprias leis,
serão regidos pelas regras da EC 41.

Obrigatória a instituição de previdência complementar no prazo de 2 (dois) anos. O MRJ editou a LEI Nº 6.982, de
29/06/2021, criando a previdência complementar.

O abono de permanência (art. 40 paragrafo 19) passa a ser facultativo, e seu valor não corresponde,
necessariamente ao valor da contribuição previdenciária, que passa a ser o seu teto máximo. No momento o MRJ
tem lei que concede o abono no valor da contribuição previdenciária. (Lei Municipal Complementar 193).

Alíquotas progressivas (art. 9 §4º EC 103). O Município passa a ter que observar a contribuição da União

ADI 6217, 6254, 6255, 6256 e 6258 – Inconstitucionalidade da progressividade de alíquotas.

EC 103 Art. 9, § 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão estabelecer alíquota
inferior à da contribuição dos servidores da União, exceto se demonstrado que o respectivo regime
próprio de previdência social não possui deficit atuarial a ser equacionado, hipótese em que a
alíquota não poderá ser inferior às alíquotas aplicáveis ao Regime Geral de Previdência Social.

[...]

Art. 11. Até que entre em vigor lei que altere a alíquota da contribuição previdenciária de que tratam
os arts. 4º, 5º e 6º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, esta será de 14 (quatorze por cento).
(Vigência)

§ 1º A alíquota prevista no caput será reduzida ou majorada, considerado o valor da base de


contribuição ou do benefício recebido, de acordo com os seguintes parâmetros:

I - até 1 (um) salário-mínimo, redução de seis inteiros e cinco décimos pontos percentuais;

II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), redução de cinco pontos
percentuais;

III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil reais), redução de dois
pontos percentuais;

IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até R$ 5.839,45 (cinco mil, oitocentos e trinta e nove
reais e quarenta e cinco centavos), sem redução ou acréscimo;

V - de R$ 5.839,46 (cinco mil, oitocentos e trinta e nove reais e quarenta e seis centavos) até R$
10.000,00 (dez mil reais), acréscimo de meio ponto percentual;

VI - de R$ 10.000,01 (dez mil reais e um centavo) até R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acréscimo de
dois inteiros e cinco décimos pontos percentuais;

VII - de R$ 20.000,01 (vinte mil reais e um centavo) até R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais),
acréscimo de cinco pontos percentuais; e

VIII - acima de R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), acréscimo de oito pontos percentuais.

§ 2º A alíquota, reduzida ou majorada nos termos do disposto no § 1º, será aplicada de forma
progressiva sobre a base de contribuição do servidor ativo, incidindo cada alíquota sobre a faixa de
valores compreendida nos respectivos limites.

O Município deve aumentar a alíquota em 14%? O examinador acredita que sim. A professora acredita que não,
pois a própria emenda prevê regressividade, então o Município poderia manter em 11%.
O MRJ cobra contribuições previdenciárias sobre verbas que não incorporam para a aposentadoria. A tese do MRJ é
a tese da solidariedade, pegando o gancho do Tema 20 do STF.

Tema 163 STF

Ementa: Direito previdenciário. Recurso Extraordinário com repercussão geral. Regime próprio dos Servidores
públicos. Não incidência de contribuições previdenciárias sobre parcelas não incorporáveis à aposentadoria. 1. O
regime previdenciário próprio, aplicável aos servidores públicos, rege-se pelas normas expressas do art. 40 da
Constituição, e por dois vetores sistêmicos: (a) o caráter contributivo; e (b) o princípio da solidariedade. 2. A leitura
dos §§ 3º e 12 do art. 40, c/c o § 11 do art. 201 da CF, deixa claro que somente devem figurar como base de
cálculo da contribuição previdenciária as remunerações/ganhos habituais que tenham “repercussão em
benefícios”. Como consequência, ficam excluídas as verbas que não se incorporam à aposentadoria. 3. Ademais, a
dimensão contributiva do sistema é incompatível com a cobrança de contribuição previdenciária sem que se confira
ao segurado qualquer benefício, efetivo ou potencial. 4. Por fim, não é possível invocar o princípio da solidariedade
para inovar no tocante à regra que estabelece a base econômica do tributo. 5. À luz das premissas estabelecidas, é
fixada em repercussão geral a seguinte tese: “Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável
aos proventos de aposentadoria do servidor público, tais como ‘terço de férias’, ‘serviços extraordinários’, ‘adicional
noturno’ e ‘adicional de insalubridade.” 6. Provimento parcial do recurso extraordinário, para determinar a
restituição das parcelas não prescritas. (RE 593068, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado
em 11/10/2018, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-056 DIVULG 21-03-2019 PUBLIC 22-
03-2019) Procurar o voto do Teori ou Fachin.

CONTRIBUIÇÃO – SEGURIDADE SOCIAL – EMPREGADOR. A contribuição social a cargo do empregador incide sobre
ganhos habituais do empregado, a qualquer título, quer anteriores, quer posteriores à Emenda Constitucional nº
20/1998 – inteligência dos artigos 195, inciso I, e 201, § 11, da Constituição Federal. (RE 565160, Relator(a): Min.
MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 29/03/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO
DJe-186 DIVULG 22-08-2017 PUBLIC 23-08-2017)

Tema 503 – Desaposentação e Reaposentação

O STF não acolheu a possibilidade de desaposentação e reaposentação. O art. 18 §2º da Lei 8.213/91 é
constitucional.

O examinador, Fabio Zambitte é favorável à desaposentação e a reaposentação. Ele é favorável à “despensão”


(recálculo da PPM a partir da revisão da aposentadoria do falecido.

Irrepetibilidade dos valores recebidos de boa-fé em tutela antecipada – Sumula 51 TNU - Tema 692 STJ – Tema 799
STF (ofensa reflexa)

Irrepetibilidade dos valores recebidos de boa-fé por força de interpretação errônea, má aplicação ou erro da
Previdência Social – Tema 979 STJ

Possibilidade de recebimento do benefício por incapacidade (RGPS) em tempo concomitante ao que o segurado
estava trabalhando. Tema 1013 STJ - Sumula 72 TNU

Direito Adquirido x Expectativa de Direito x Direito Expectado

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