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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ VARA FEDERAL (OU

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL) DA CIDADE DE XXX – SEÇÃO


JUDICIÁRIA DO (ESTADO)

Modelo de Ação Previdenciária Revisional com Revisão da Vida Toda -


Atualizado com Tema 1102/STF (atualizado com publicação do acórdão em
13/04/2023)

⚠ Use esse modelo como base para o seu caso concreto. Faça sempre o cálculo com salários de
outras fontes além do CNIS, e verifique prescrição, decadência, entre outros pontos envolvem a
própria ação. Assine o Cálculo Jurídico para te ajudar nessa jornada, para fazer cálculos, com
suporte em tempo real e treinamentos ao vivo.

AUTOR, brasileiro, estado civil, profissão, portador do


documento de identidade RG n° XXXXX, inscrito no CPF/MF sob o nº
XXX.XXX.XXX- XX, e-mail (ou sem endereço eletrônico), residente e
domiciliado à Rua ______, nº __, Bairro ___, CEP: ____, na cidade de XXXX–
Estado, vem, por meio de seu advogado e procurador que ao final
subscrevem, com escritório profissional localizado à Rua _____, nº __, Bairro
___, na cidade de XXXX–Estado, local onde recebe intimações, avisos e
notificações, à presença de Vossa Excelência ajuizar:

REVISÃO DE APOSENTADORIA DA VIDA TODA

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –


INSS, Autarquia Federal, com Procuradora Seccional Federal localizada à
Rua _______, nº __, Bairro ___, CEP: ____, na cidade de XXXX–Estado, e-
mail, conforme fatos e fundamentos jurídicos abaixo descritos:

TUTELA DE EVIDÊNCIA

O Código de Processo Civil de 2015 prevê a tutela de


evidência, cuja concessão independe da demonstração de perigo de dano ou
de risco ao resultado útil do processo, quando:

Art. 311.
(..)
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante;

O presente caso trata da tese fixada em repercussão geral no


RE 1276977 / DF (acórdão publicado em 13/04/2023), sob Tema 1102/STF,
tese reconhecida como revisão da vida toda.

Conforme cálculos anexos de revisão da RMI, a parte autora


demonstra suas alegações de fato documentalmente, porque comprova o
cálculo mais vantajoso para sua aposentadoria na regra definitiva, incluindo
todo o período contributivo anterior a 07/1994.

Ademais, dispõe o art. 1.040, inciso do CPC/2015 que,


publicado o acórdão paradigma, os processos suspensos em primeiro e
segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da
tese firmada pelo tribunal superior.

Diante do exposto, requer a concessão liminar da tutela de


evidência, como autorizado pelo art. 311, parágrafo único, CPC/2015 (nas
hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente) com
implantação imediata do benefício revisado, com sua renda mensal atualizada
(RMA).

DOS FATOS
A parte autora percebe aposentadoria por tempo de
contribuição desde xx/xx/xxxx (DIB) sob o Número de Benefício (NB)
xxx.xxx.xxx-x e RMI no valor de R$ xxx,xx (carta de concessão anexa).

O cálculo do benefício concedido à parte autora foi efetuado de


acordo com as alterações trazidas pela Lei 9.876/99 na Lei de Benefícios, ou
seja, com base na média dos 80% maiores salários de contribuição, incidência
do fator previdenciário (quando cabível), e aplicação de divisor mínimo.

Contudo, o INSS computou no cálculo da média dos 80%


maiores salários de contribuição da segurada apenas os salários de
contribuição vertidos após julho de 1994, excluindo do cálculo as contribuições
anteriores a essa data, como verifica-se na carta de concessão e processo
administrativo que seguem anexos.

No caso concreto, a observância da norma prevista no inciso I


do art. 29 da Lei 8.213/91 no cálculo do salário de benefício da segurada é
mais vantajosa que a aplicação da regra de transição prevista no artigo 3.º,
caput e §2º, da Lei 9.876/99.

Afinal, quando for possível a aplicação de duas normas deve


ser aplicada a mais vantajosa no cálculo do benefício para o segurado,
conforme consolidado pelo STF no julgamento da tese, sob Tema 1102/STF.

De fato, conforme faz prova cálculo da RMI que segue anexo à


inicial, para autora é mais vantajosa a aplicação do disposto no inciso I do art.
29 da Lei 8.213/91.

Isso porque a RMI revisada é mais favorável com o PBC de


todo o período contributivo, com inclusão de salários antes de 07/1994, e sem
divisor mínimo, conforme cálculos anexos, considerando dados do CNIS, CTPS
(remuneração inicial e alterações salariais) e ficha de registro de empregado
anexa nesta oportunidade, considerando, ainda, salários mínimos para
períodos sem salários (art.36, §2º, Decreto 3.048/1999).

Portanto, a autora propõe a presente demanda, com o objetivo


de ver seu direito reconhecido em sede judicial para que seja determinada a
revisão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (NB
XX/XXX.XXX.XXX-XX) que lhe foi concedido na via administrativa.

Requer a condenação do INSS a inserir no cálculo da média


dos 80% maiores salários de contribuição da segurada todo o período
contributivo, inclusive os salários de contribuição anteriores a julho de 1994, e
sem divisor mínimo, garantido à segurada o pagamento das diferenças devidas
desde a DER.

DO PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

Em conformidade com o entendimento fixado pelo Supremo


Tribunal Federal, em 21/02/2013, no julgado do RE 630.501 (Tema 350/STF), a
exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer quando o
entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário à
postulação do segurado, conforme inciso II da tese, o que fica evidente no
presente caso com repercussão geral do tema.

Ademais, como se trata de pretensão de revisão, o presente


pedido pode ser formulado diretamente em juízo, salvo se depender de análise
de matéria de fato ainda não levada ao conhecimento da administração,
conforme inciso III da tese.

Nesse contexto, vale destacar que já foram apresentados no


processo administrativo de concessão documentos suficientes para ciências
dos períodos e salários de contribuição necessários para a tese revisional, de
forma que a conduta do INSS já configura o indeferimento tácito da pretensão,
porque o instituto já deveria ter concedido a prestação mais vantajosa possível.

Ademais, os documentos que basearam o cálculo (CNIS e


CTPS) já foram apresentados no processo administrativo de concessão.

Assim também dispõe o Enunciado 78 do FONAJEF: “O


ajuizamento da ação revisional de benefício da seguridade social que não
envolva matéria de fato dispensa o prévio requerimento administrativo”, desta
forma, não há que se falar em necessidade de prévio requerimento
administrativo de revisão.
DO DIREITO

O benefício da parte autora foi concedido na vigência da Lei


9.876/99 que, alterando dispositivos da Lei 8.213/91, modificou a forma de
cálculo do salário-de-benefício, estendendo, como regra, o período básico de
cálculo a oitenta por cento de todo o período contributivo do segurado e
introduzindo o fator previdenciário, conforme se infere do art. 29, inciso I da Lei
8.213/91, in verbis:

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: I- para os benefícios de que


tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética
simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a
oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada
pelo fator previdenciário.

No entanto, para os segurados filiados ao RGPS antes da


vigência da Lei 9.876/99, foi estabelecida norma de transição com o fito de
garantir que estes não sejam atingidos de forma abrupta por normas mais
rígidas de cálculo dos benefícios, nesse sentido, prevê o art. 3º da norma:

Art. 3.º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior
à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições
exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será
considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo
o período contributivo decorrido desde a competência julho de
1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da
Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei. [...] § 2.º No
caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I
do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere
o caput e o § 1º não poderá ser inferior a sessenta por cento do
período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início
do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.

Destarte, a alteração do período básico de cálculo dos


benefícios do RGPS, por meio da Lei 9.876/99, criou duas regras concorrentes
para limitação do período contributivo: se antes levava-se em conta apenas os
últimos 36 meses num período de no máximo 48 meses, a partir de então ou
leva-se em conta todo o período contributivo da vida do trabalhador (art. 29, I
da Lei de Benefícios) ou todas as contribuições posteriores a 07/1994, por
força da regra transitória instituída no art. 3º, caput da Lei 9.876/99.
A regra de transição visa minimizar os efeitos de novas regras
mais rígidas para aqueles que já eram filiados ao sistema, mas ainda não
haviam adquirido o direito de se aposentar pelas regras antes vigentes, mais
benéficas.

Assim, a lei de transição necessariamente deve produzir para o


segurado (tratando-se de lei, como a de que se cuida, que agrava a situação
do contribuinte) situação intermediária entre aquela verificada pela legislação
revogada e a baseada na legislação nova. Ao contrário, tem-se completa
desnaturação da lógica da lei de transição.

Com efeito, aos segurados já filiados antes da vigência da Lei


nº 9.876/99 tem-se as regras transitórias, não tão benéficas quanto às
anteriores nem tão rígidas quanto às novas.

Contudo, nessa hipótese, a norma de transição prevista na Lei


nº 9.876/99 só será benéfica para o segurado que computar mais e maiores
contribuições no período posterior a 1994, caso em que descartará as
contribuições menores no cálculo da média.

Todavia, se se tratar de segurado cujo histórico contributivo


revele maior aporte no período anterior a 1994, a consideração da regra de
transição reduz injustificadamente sua RMI, descartando do cálculo
exatamente aquele período em que foram maiores as contribuições.

No caso em comento, a aplicação da regra de transição, que


considerou para o cálculo da renda mensal inicial somente as
contribuições vertidas após julho de 1994, não foi benéfica à parte autora,
sendo mais vantajosa a aplicação da regra definitiva.

Logo, no caso dos autos, a regra definitiva é a que mais


favorece a parte autora, quando confrontada com a regra de transição e,
portanto, não há sentido em se manter a aplicação da regra transitória, porque
a situação para a qual ela foi pensada não se faz presente.

Assim, como no caso em questão a aplicação da regra


transitória não cumpriu o seu principal objetivo, qual seja, atenuar os efeitos
das novas disposições sendo, mais benéfica ao segurado, a parte autora faz
jus ao afastamento desta, com a aplicação da regra definitiva.

Trata-se ainda da hipótese de verificação do melhor cálculo


aplicável à concessão do benefício quando da aquisição do direito à prestação
previdenciária, sendo utilizada a regra de transição apenas nos casos em que
esta restar benéfica ao segurado.

Nesse sentido, as Instruções Normativas do próprio INSS


dispõem:

Art. 621 da IN 45/10. O INSS deve conceder o melhor benefício a que


o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse sentido.

Art. 627 da IN 45/10. Quando o servidor responsável pela análise do


processo verificar que o segurado ou dependente possui direito ao
reconhecimento de benefício diverso ou mais vantajoso do que o
requerido, deve comunicar o requerente para exercer a opção, no
prazo de 30 dias.

Corroborando com o exposto, o STJ no Tema 999 firmou tese


no sentido de que no cálculo das aposentadorias dos segurados já filiados ao
RGPS em época anterior à edição da Lei 9.876/99, quando a regra de
transição assegurada pelo art. 3º desse diploma legal mostrar-se mais gravosa
que a regra definitiva, esta é que deve ser aplicada, conforme segue:

Tema 999 STJ - Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II


da Lei 8.213/1991, na apuração do salário de benefício, quando mais
favorável do que a regra de transição contida no art. 3o. da Lei
9.876/1999, aos Segurado que ingressaram no Regime Geral da
Previdência Social até o dia anterior à publicação da Lei 9.876/1999.

Apesar disso, o INSS interpôs Recurso Extraordinário, e o STF


afetou como paradigma o RE 1276977, para julgar a tese em repercussão
geral, no Tema 1102/STF, mas que foi improvido, com a fixação da seguinte
tese (acórdão publicado em 13/04/2023):
Tema 1102/STF: “O segurado que implementou as condições para o
benefício previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26/11/1999,
e antes da vigência das novas regras constitucionais, introduzidas
pela EC em 103 /2019, que tornou a regra transitória definitiva, tem o
direito de optar pela regra definitiva, acaso esta lhe seja mais
favorável”.

RE 1276977 / DF Acórdão publicado em 13/04/2023


Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. TEMA 1102
DA REPERCUSSÃO GERAL. POSSIBILIDADE DE REVISÃO DE
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO MEDIANTE A APLICAÇÃO DA
REGRA DEFINITIVA DO ARTIGO 29, INCISOS I E II, DA LEI
8.213/1991, QUANDO MAIS FAVORÁVEL DO QUE A REGRA DE
TRANSIÇÃO CONTIDA NO ARTIGO 3º DA LEI 9.876/1999, AOS
SEGURADOS QUE INGRESSARAM NO REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL
ANTES DA PUBLICAÇÃO DA REFERIDA LEI 9.876/1999,
OCORRIDA EM 26/11/1999. DIREITO DE OPÇÃO GARANTIDO AO
SEGURADO.
1. A controvérsia colocada neste precedente com repercussão geral
reconhecida consiste em definir se o segurado do INSS que
ingressou no sistema previdenciário até o dia anterior à publicação da
Lei 9.876, em 26 de novembro de 1999, pode optar, para o cálculo do
seu salário de benefício, pela regra definitiva prevista no art. 29, I e II,
da Lei 8.213/1991 quando essa lhe for mais favorável do que a
previsão da lei, no art. 3º, de uma regra transitória, por lhe assegurar
um benefício mais elevado.
2. O INSS argumenta que a única regra legal aplicável ao cálculo de
todos os segurados, sejam eles filiados ao RGPS antes ou após a
vigência da Lei 9.876/1999, é aquela que limita o cômputo para
aposentadoria apenas às contribuições vertidas a partir de julho de
1994, “os primeiros, por expresso imperativo legal; os últimos, por
consequência lógica da filiação ocorrida após 1999”. Desse modo,
não haveria que se falar em inclusão do período contributivo anterior
a tal marco temporal.
3. A partir da leitura da exposição de motivos do Projeto de Lei que
originou a Lei 9.876/1999 e os argumentos aduzidos no acórdão
recorrido, depreende-se que a regra definitiva veio para privilegiar no
cálculo da renda inicial do benefício a integralidade do histórico
contributivo. A limitação imposta pela regra transitória a julho de 1994
teve escopo de minimizar eventuais distorções causadas pelo
processo inflacionário nos rendimentos dos trabalhadores.
4. A regra transitória, portanto, era favorecer os trabalhadores com
menor escolaridade, inserção menos favorável no mercado de
trabalho, que tenham uma trajetória salarial mais ou menos linear, só
que, em alguns casos, isso se mostrou pior para o segurado, e não
favorável como pretendia o legislador na aplicação específica de
alguns casos concretos.
5. A regra transitória acabou aumentando o fosso entre aqueles que
ganham mais e vão progredindo e, ao longo do tempo, ganhando
mais, daqueles que têm mais dificuldades em virtude da menor
escolaridade e a sua média salarial vai diminuindo. Acabou-se
ampliando a desigualdade social e a distribuição de renda, que não
era essa hipótese prevista, inclusive, pelo legislador.
6. Admitir-se que norma transitória importe em tratamento mais
gravoso ao segurado mais antigo em comparação ao novo segurado
contraria o princípio da isonomia, que enuncia dever-se tratar
desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade, a fim de
conferir-lhes igualdade material, nunca de prejudicá-los.
7. Efetivamente, os segurados que reuniram os requisitos para
obtenção do benefício na vigência do art. 29 da Lei 8.213/1991, com
a redação da Lei 9.876/1999, podem ter a sua aposentadoria
calculada tomando em consideração todo o período contributivo, ou
seja, abarcando as contribuições desde o seu início, as quais podem
ter sido muito maiores do que aquelas vertidas após 1994, em
decorrência da redução salarial com a consequente diminuição do
valor recolhido à Previdência.
8. Recurso Extraordinário a que se nega provimento. Tese de
julgamento: “O segurado que implementou as condições para o
benefício previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26 de
novembro de 1999, e antes da vigência das novas regras
constitucionais introduzidas pela EC em 103/2019, que tornou a regra
transitória definitiva, tem o direito de optar pela regra definitiva, acaso
esta lhe seja mais favorável”

Nesses termos, conforme cálculos anexos, mostra-se mais


benéfico à parte autora o cálculo de sua aposentadoria utilizando-se todo o
período contributivo.

Assim, a parte autora faz jus à revisão de sua aposentadoria,


com a aplicação do disposto no art. 29, inciso II da Lei 8.213/91, considerando
para o cálculo da renda mensal inicial todo o período contributivo, com o
pagamento das diferenças entre a RMI recebida e a nova RMI.

DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO – MEIOS DE PROVAS

Importa destacar que com relação a alguns períodos


contributivos, a parte autora não teve os salários de contribuição anotados
corretamente no CNIS.

De início, cumpre mencionar que apenas consta no CNIS os


salários de contribuição a partir do ano de 1982, no entanto, a parte autora
possuía vínculo empregatício anterior a tal data, o qual recebia salário no valor
de _________, conforme comprova-se pela anotação da CTPS e
carnês/microfichas anexados.

Ainda, ressalta-se que no ano de xxxx quando a parte autora


laborava na empresa _____ foram realizadas algumas alterações salariais, as
quais não foram inseridas no CNIS, conforme comprova-se pela ficha
financeira anexa.

Com relação aos meios de prova acima mencionados, o artigo


10, II da IN 77/15 dispõe que serão considerados válidos para comprovação
das remunerações as anotações na CTPS, carnês/microfichas, bem como
anotações na ficha financeira. Vejamos:

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e


das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um
dos seguintes documentos:
II - da comprovação das remunerações:
a) contracheque ou recibo de pagamento contemporâneos ao período
que se pretende comprovar, com a identificação do empregador e do
empregado;
b) ficha financeira;
c) anotações contemporâneas acerca das alterações de remuneração
constantes da CP ou da CTPS com anuência do filiado; ou
d) original ou cópia autenticada da folha do Livro de Registro de
Empregados ou da Ficha de Registro de Empregados, onde conste a
anotação do nome do respectivo filiado, bem como das anotações de
remunerações, com a anuência do filiado e acompanhada de
declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e
identificada por seu responsável.

Portanto, resta comprovado por prova documental que os


salários de contribuição dos anos de xxxx e xxxx, respectivamente, não
constam e não encontram-se com valores corretos no CNIS.

Assim, requer sejam considerados, para fins de cálculo da


presente revisão, os salários de contribuição dos anos xxxx e xxxx aqueles
constantes nos documentos ora anexados.

DOS PEDIDOS

Ante o posto, requer:

A. A citação do INSS, em razão do exposto no art. 239 e


seguintes do CPC, na pessoa de seu representante legal
para, querendo, apresentar defesa e acompanhar a
presente ação; sob pena dos efeitos da revelia;
B. Seja julgada procedente a presente ação para que o
benefício previdenciário seja calculado utilizando todo o
período contributivo da parte autora, se mais benéfico, com
a alternação da RMI e a RMA;
C. Seja considerado para fins de cálculo da presente revisão,
os salários de contribuição dos anos xxxx e xxxx conforme
constam nos seguintes documentos: CTPS,
carnês/microfichas, bem como ficha financeira (anexados).
D. O pagamento das diferenças entre o valor da RMI paga e
da RMI devida desde a DER, as quais deverão ser
corrigidas monetariamente a partir de quando passaram a
ser devidas pelo IPCA-E, acrescidas de juros de mora a
partir da citação.
E. A concessão da justiça gratuita por ser a parte autora
hipossuficiente na acepção legal do termo, conforme
dispõe a Lei 1.060/50 e artigo 98 do CPC, não dispondo de
condições financeiras de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo do seu próprio sustento;
F. Condenação da Autarquia-Ré ao pagamento de custas e
despesas processuais, bem como dos honorários de
sucumbência;
G. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas
em direito admitidos;
H. A parte autora manifesta desinteresse na realização de
audiência de conciliação e/ou mediação.

Atribui-se ao valor da causa a importância de R$ _____

Nestes termos,

Pede deferimento.

Cidade, Data.

ADVOGADO
OAB Nº ___

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