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Padilha
OAB/RS 29.349
OAB/RS 113.515
Avenida João Corrêa, Sala 701. Centro. São Leopolodo. (51) 3509-1486 contatomouraepadilha@gmail.com
COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
RESUMO DA AÇÃO
DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte autora não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais sem
prejuízo para seu sustento e de sua família, razão pela qual requer a concessão dos benefícios
da Justiça Gratuita nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da CF/88 e nos arts. 98 e 99 do
CPC/15.
Por ocasião da concessão do benefício da parte autora (NB 618287669-0), com DIB em
19/04/2017, o cálculo da RMI (Renda Mensal Inicial) elaborado pelo INSS resultou em R$
2.443,78.
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Tal valor decorreu da aplicação da redação original do art. 32 da Lei 8.213/91, vigente
à época da DIB; assim, nos meses em que houve recolhimentos em razão do exercício de mais
de uma atividade concomitante, ao invés de somar seus valores, o INSS aplicou um
redutor sobre o salário de contribuição das atividades por ele consideradas como secundárias.
Essa limitação, todavia, passou a ser incompatível com a nova sistemática inaugurada
pela Lei 9.876/99; é que, a partir da sua vigência, o cálculo da RMI passou a considerar todos
os salários de contribuição do segurado desde 07/1994. Portanto, a partir de então não havia
mais qualquer necessidade de tentar evitar aumentos do valor do salário de contribuição nas
vésperas da aposentadoria, já que o PBC foi expandido para considerar todos os salários de
contribuição de 07/1994 em diante.
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A questão, porém, é pacífica e já foi uniformizada em sede judicial. Conforme
amplamente divulgado no meio jurídico, em maio/2022, no julgamento representativo de
controvérsia do Tema n. 1070, o STJ entendeu que a Lei 9.876/99 promoveu verdadeira
revogação tácita do art. 32 da Lei 8.213/91, de forma que os benefícios concedidos após o
advento da Lei 9.876/99 devem ter os valores dos recolhimentos concomitantes somados, sem
a aplicação de qualquer redutor.
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ser somadas para se estabelecer o efetivo e correto salário-de-benefício, não mais
existindo espaço para aplicação dos incisos do art. 32 da Lei 8.213/91,
garantindo-se, com isso, o pagamento de benefício que melhor retrate o histórico
contributivo do segurado. 5. Acórdão submetido ao regime dos arts. 1.036 e
seguintes do CPC/2015 e art. 256-I do RISTJ, com a fixação da seguinte TESE:
"Após o advento da Lei 9.876/99, e para fins de cálculo do benefício de
aposentadoria, no caso do exercício de atividades concomitantes pelo
segurado, o salário-de-contribuição deverá ser composto da soma de todas as
contribuições previdenciárias por ele vertidas ao sistema, respeitado o teto
previdenciário". 6. SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO: hipótese em que a
pretensão do INSS vai na contramão do enunciado acima, por isso que seu
recurso especial resulta desprovido. (REsp n. 1.870.793/RS, relator Ministro
Sérgio Kukina, Primeira Seção, DJe de 24/5/2022.)
No caso concreto, é justamente o que ocorre com a parte autora: conforme cálculo em
anexo, já realizado de acordo com os ditames do referido julgamento, acaso o cálculo da RMI
seja refeito com a soma simples dos salários de contribuição concomitantes, chega-se numa
RMI de R$ 2.504,08, razão pela qual propõe-se a presente ação revisional.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, a parte autora pugna pela CONDENAÇÃO do INSS na obrigação
de fazer, consubstanciada na revisão da RMI do benefício NB 618287669-0 para R$ 2.504,08,
a qual foi majorada, conforme cálculo em anexo, em razão da soma simples dos salários de
contribuição concomitantes, bem como na CONDENAÇÃO do INSS na obrigação de pagar
as diferenças devidas desde a DIB do benefício até a data da efetiva implantação da revisão,
devidamente atualizadas pelo manual de cálculos da Justiça Federal e do Tema 810 do STF
por ocasião do cumprimento de sentença.
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando: (...)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.
Destarte, considerando que o direito à revisão já foi reconhecido pelo e. STJ em sede de
recurso repetitivo, pugna-se pela concessão de antecipação dos efeitos da tutela nos termos do
art. 311, inc. II do CPC, para os fins de determinar ao INSS que revise o benefício da parte
autora, nos moldes aqui requeridos, sob pena de cominação de multa diária.
DOS REQUERIMENTOS
Nos termos do art. 22, §4º do Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94), pugna-se pelo
destaque dos honorários contratuais conforme contrato juntado à presente.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 6.784,25 (valores para 08/2023), equivalente aos valores
vencidos até o ajuizamento da ação somados às 12 parcelas vincendas, conforme planilha em
anexo.
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Nestes termos,
Pede deferimento.
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