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COMPILADO DE EMENTAS COM ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS ACERCA DO AUXLIO

PATERNIDADE

TRF1

"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PRESCRIÇÃO. CONTRIBUIÇÃO


PREVIDENCIÁRIA. VERBAS RECEBIDAS NOS QUINZE PRIMEIROS DIAS QUE ANTECEDEM O
AUXÍLIO-DOENÇA E O AUXÍLIO-ACIDENTE. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. SALÁRIO-
MATERNIDADE. VALE-TRANSPORTE.

NÃO INCIDÊNCIA. SALÁRIO-PATERNIDADE. INCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO.

1. "Consoante entendimento desta Turma, é inadequada a via mandamental para se pleitear


restituição de indébito, pois o mandado de segurança não é substituto de ação de cobrança
(Súmula nº 269/STF) e não produz efeitos patrimoniais pretéritos (Súmula

271/STF). Improcedente, portanto, o pedido de restituição. Quanto ao pedido alternativo de


compensação, o mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito
à compensação tributária (Súmula nº 213/STJ) [...]" (TRF1, AC

1004700-73.2019.4.01.3200, Relator Desembargador Federal José Amilcar Machado, Sétima


Turma, DJF1 de 08/06/2020).

2. O Pleno do egrégio Supremo Tribunal Federal, em julgamento com aplicação do art. 543-B
do Código de Processo Civil de 1973 (repercussão geral) (RE 566.621/RS, Relatora Ministra
Ellen Gracie, trânsito em julgado em 17/11/2011, publicado em

27/02/2012), declarou a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar


nº 118/2005, decidiu pela aplicação da prescrição quinquenal para as ações de repetição de
indébito ajuizadas a partir de 09/06/2005.

3. No julgamento do REsp 1.230.957/RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos, art. 543-C
do Código de Processo Civil de 1973, o egrégio Superior Tribunal de Justiça reconheceu a
inexigibilidade da contribuição social previdenciária incidente sobre

as verbas recebidas nos 15 (quinze) primeiros dias de afastamento que antecedem o auxílio-
doença e o auxílio-acidente e sobre o aviso prévio indenizado, mas reconheceu a incidência da
contribuição previdenciária sobre o salário-paternidade (Relator

Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe de 18/03/2014).

4. O egrégio Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 576967/PR (Tema 72), declarou a


inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-
maternidade, prevista no artigo 28, parágrafo 2º, da Lei nº 8.212/1991, e a parte

final do seu parágrafo 9º, alínea `a, em que se lê `salvo o salário-maternidade (ATA nº 21, de
05/08/2020. DJE nº 206, divulgado em 18/08/2020).

5. Em razão do pronunciamento do Plenário do STF, declarando a inconstitucionalidade da


incidência da contribuição previdenciária sobre as verbas referentes a auxílio-transporte,
mesmo que pagas em pecúnia, faz-se necessária a revisão da jurisprudência
do STJ para alinhar-se à posição do Pretório Excelso (STJ, REsp 1194788/RJ; Relator Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma; DJe 14/09/2010).

6. Assim, deve ser observado o direito à compensação dos valores indevidamente recolhidos a
partir dos 05 (cinco) anos anteriores à propositura da ação, após o trânsito em julgado (art.
170-A do CTN), considerando-se o regime jurídico vigente à época

do

ajuizamento da demanda (REsp 1.137.738/SP recursos repetitivos, Relator Ministro Luiz Fux,
Primeira Seção, DJe 01/02/2010), bem como a aplicação da Taxa SELIC (§4º do art. 39 da Lei nº
9.250/1995).

7. Apelação das impetrantes parcialmente provida.

8. Remessa oficial parcialmente provida."

(TRF1; Remessa Ex Officio em Mandado de Segurança 1002617-14.2021.4.01.4300; Relator(a):


Desembargador Federal Hercules Fajoses; Órgão Julgador: Sétima Turma; Data da Decisão:
19/05/2023; Data de Publicação: 19/05/2023)

TRF2:

"AGRAVO INTERNO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REGIME GERAL DA


PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE: AJUDAS DE
CUSTO E DIÁRIAS EXCEDENTES A 50% DA REMUNERAÇÃO; AS FÉRIAS GOZADAS; HORAS-
EXTRA; 13º SALÁRIO; 13º SALÁRIO REFLEXO DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO; SALÁRIO
MATERNIDADE; ADICIONAL NOTURNO; ADICIONAL DE INSALUBRIDADE; ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE; E ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. 1. Trata-se de agravo interno interposto
por ITAGUAI CONSTRUÇÕES NAVAIS S.A. (fls. 257/269) em face da decisão de fls. 226/240,
integrada pela às fls. 251/254, que deu parcial provimento à apelação da parte autora para o
fim de reconhecer a inexigibilidade da contribuição previdenciária incidente sobre juros de
mora acrescidos às verbas trabalhistas p agas em atraso. 2. A hipótese é de recurso de
apelação interposto por ITAGUAI CONSTRUÇÕES N AVAIS S.A. (fls. 140/166), em face de
sentença que denegou a segurança pleiteada. 3. A incidência ou não da contribuição à
Seguridade Social sobre determinada verba paga pelo empregador depende, necessariamente,
da natureza da verba. Se objetiva retribuir o trabalho do empregado, compõe o salário-de-
contribuição e incide sobre ela a contribuição previdenciária. Caso contrário, se paga com fins
de indenizar o trabalhador, não integra sua remuneração e está isenta da contribuição social.
Inteligência do art. 22, I, da Lei nº 8 .212/91. 4. No que tange: às horas-extras e seu adicional;
adicional noturno; adicional de insalubridade; adicional de periculosidade; adicional de
transferência; férias gozadas; ajuda de custo e diárias superiores a 50% da remuneração do
empregado; décimo terceiro salário; 13º salário reflexo do aviso prévio indenizado; e salário
maternidade, a decisão se baseou em jurisprudência pacífica do Egrégio Superior Tribunal de
Justiça, no sentido da natureza r emuneratória de tais verbas. 5 . Agravo interno conhecido e
desprovido."

(TRF2; Apelação 0163603-33.2017.4.02.5120; Relator(a): Marcus Abraham; Órgão Julgador: 3ª


TURMA ESPECIALIZADA; Data da Decisão: 23/08/2019; Data de Publicação: 28/08/2019)
TRF3:

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS PATRONAIS. SAT/RAT.


CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS A TERCEIROS. SALÁRIO E GANHOS HABITUAIS DO TRABALHO.
VERBAS INDENIZATÓRIAS E SALARIAIS. LICENÇA-MATERNIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. LICENÇA
PATERNIDADE. INCIDÊNCIA. RECUPERAÇÃO DE INDÉBITO. - Em 04/08/2020, no RE 576967
(Tema 72), o E.STF afirmou a inconstitucionalidade da incidência de contribuição
previdenciária sobre o salário-maternidade, prevista no art. 28, §2º, e na parte final do seu §
9º, "a", da mesma Lei nº 8212/1991, porque a trabalhadora se afasta de suas atividades e
deixa de prestar serviços e de receber salários do empregador durante o período em que está
fruindo o benefício, e também porque a imposição legal resulta em nova fonte de custeio sem
cumprimento dos requisitos do art. 195, §4º da Constituição. De rigor também que se
considere a aplicação da ratio decidendi do Tema 72 do E.STF ao período complementar de
60 dias, decorrente da adesão da empresa uma vez que ostenta a mesma natureza jurídica
dos primeiros 120 dias gozados. - No entendimento do Relator, a ratio decidendi apontada
pelo E.STF no Tema 72 é extensível a pagamentos feitos a título de licença-paternidade,
mesmo porque a igualdade de gênero empregada por múltiplos textos normativos e pela
interpretação judicial impõe o mesmo tratamento tributário a pagamentos feitos a título de
licença-maternidade e de licença-paternidade, mas essa não é a orientação dominante neste
E.TRF, conforme julgados recentes pela sistemática do art. 942 do CPC/2015, ao qual se deve
curvar em favor da pacificação dos litígios e da unificação do Direito, de modo que incide
contribuição previdenciária e de terceiros sobre essas verbas. - Restituição do indébito em
dinheiro limitada a indébitos posteriores à impetração, devendo ser utilizado o procedimento
de precatório. - Apelação da parte impetrante conhecida em parte, e na parte conhecida,
desprovia. Apelação da União Federal e remessa necessária parcialmente providas. (APELAÇÃO
/ REMESSA NECESSÁRIA ..SIGLA_CLASSE: ApelRemNec 5006593-36.2021.4.03.6100,
Desembargador Federal JOSE CARLOS FRANCISCO, TRF3 - 2ª Turma, Intimação via sistema
DATA: 28/07/2023 ..FONTE_PUBLICACAO1: ..FONTE_PUBLICACAO2: ..FONTE_PUBLICACAO3:.)

TRF4:

"TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (COTA


PATRONAL) SAT/RAT E CONTRIBUIÇÕES PARA TERCEIROS. LICENÇA PATERNIDADE.

1. É legítima a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de


licença paternidade.

2. As conclusões referentes às contribuições previdenciárias também se aplicam às


contribuições ao SAT e a terceiros, uma vez que a base de cálculo destas também é a folha de
salários."

(TRF4; Apelação Civel 5022620-16.2022.4.04.7205; Relator(a): Eduardo Vandré Oliveira Lema


Garcia; Órgão Julgador: Segunda Turma; Data da Decisão: 14/03/2023; Data de Publicação:
14/03/2023)
TRF5:

"PROCESSO Nº: 0805031-54.2019.4.05.8300 - APELAÇÃO CÍVEL APELANTE: VILA JARDIM


COMERCIO DE COMBUSTIVEL LTDA ADVOGADO: Victoria Curcio Machado e outros
REPRESENTANTE: FAZENDA NACIONAL RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Fernando
Braga Damasceno - 3ª Turma JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal
Frederico José Pinto De Azevedo EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. MANDADO DE
SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. SALÁRIO PATERNIDADE.
ADICIONAL NOTURNO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
HORA EXTRA. DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAL AO AVISO PREVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA.
CABIMENTO. SALÁRIO MATERNIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. ENTENDIMENTO DO STF. APELAÇÃO.
PARCIAL PROVIMENTO. 1. Trata-se de Apelação interpostas pela particular em face de
sentença que, em sede de mandado de segurança, julgou improcedente o pedido de não
incidência de contribuição previdenciária sobre verbas declaradas como salariais, as quais
foram tidas como indenizatórias pela parte impetrante: "adicional de horas extras; adicionais
de insalubridade, periculosidade, noturno e transferência; décimo terceiro salário proporcional
ao aviso prévio; férias proporcionais (indenizadas); licença paternidade; salário família e salário
maternidade". 2. O cerne da lide consiste em perquirir se as seguintes verbas devem ser
incluídas na base de cálculo da contribuição previdenciária: a) salário-maternidade; b) licença-
paternidade; c) adicional noturno; d) adicional de periculosidade; e) adicional de insalubridade;
f) hora extra; g) décimo terceiro proporcional ao aviso prévio indenizado. 3. De acordo com o
art. 195, I, a, da Carta Magna, a contribuição patronal previdenciária deve incidir sobre "a folha
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.". 4. Em regulamentação a este
dispositivo constitucional, a Lei nº 8.212/91, em seu art. 22, I, estabeleceu o percentual e a
base de cálculo da referida contribuição, nos seguintes termos: "vinte por cento sobre o total
das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos
segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de
serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de
trabalho ou sentença normativa.". 5. Cabe realçar que o STJ, seguido por esta egrégia Corte
Regional, vem entendendo que as verbas de natureza indenizatória não possuem o condão de
integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária, restringindo-se, assim, a incidência
do referido tributo sobre verbas de natureza salarial. 6. No tocante ao salário-maternidade,
conforme pleiteou o particular, o STF, ao julgar o RE nº 576967/PR, em 05.08.2020 e em sede
de repercussão geral, fixou o tema nº 72, com a seguinte tese "é inconstitucional a incidência
da contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário maternidade". Nesse
diapasão, merece acolhimento o pleito do particular a respeito da necessidade de declaração
de não incidência de contribuição previdenciária sobre o salário maternidade. 7. Em relação à
licença-paternidade, no entanto, esta Terceira Turma vem entendendo que os ditames fixados
pelo STF no âmbito do julgamento de incidência sobre salário-maternidade não podem ser
estendidos para o salário-paternidade, vez que este é ônus da empresa, não se tratando,
portanto, de benefício previdenciário. Tal entendimento se coaduna com o proferido pelo STJ
no bojo do julgamento do AgRg nos EDcl no REsp 1.098.218-SP: "Incide contribuição
previdenciária a cargo da empresa sobre os valores pagos a título de salário paternidade. Esse
salário refere-se ao valor recebido pelo empregado durante os cinco dias de afastamento em
razão do nascimento de filho (arts. 7º, XIX, da CF; 473, III, da CLT; e 10, § 1º, do ADCT). Ao
contrário do que ocorre com o salário-maternidade, o salário paternidade constitui ônus da
empresa, ou seja, não se trata de benefício previdenciário. Desse modo, em se tratando de
verba de natureza salarial, é legítima a incidência de contribuição previdenciária. Ademais,
ressalte-se que o salário paternidade deve ser tributado, por se tratar de licença remunerada
prevista constitucionalmente, não se incluindo no rol dos benefícios previdenciários.".
Ressalte-se, ainda, que o STJ fixou a incidência da contribuição previdenciária sobre o salário-
paternidade em sede de regime de recurso repetitivo: REsps nº 1.230.957/RS e 1.358.281/SP.
8. No mesmo sentido, pode-se citar: "O salário paternidade refere-se ao valor recebido pelo
empregado durante os cinco dias de afastamento em razão do nascimento de filho (art. 7º,
XIX, da CF/88, c/c o art. 473, III, da CLT e o art. 10, § 1º, do ADCT). Ao contrário do que ocorre
com o salário maternidade, o salário paternidade constitui ônus da empresa, ou seja, não se
trata de benefício previdenciário. Desse modo, em se tratando de verba de natureza salarial, é
legítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o salário paternidade. Ressalte-se
que "o salário-paternidade deve ser tributado, por se tratar de licença remunerada prevista
constitucionalmente, não se incluindo no rol dos benefícios previdenciários" (AgRg nos EDcl no
REsp 1.098.218/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 9.11.2009)." (PROCESSO:
0806210-07.2020.4.05.8100, APELAÇÃO CÍVEL, DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO DE
MENESES FIALHO MOREIRA, 3ª Turma, JULGAMENTO: 15/04/2021). Menciona-se, ainda:
PROCESSO: 0802643-82.2013.4.05.8400, APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA,
DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO, 3ª Turma, JULGAMENTO:
18/03/2021. 9. No tocante aos adicionais noturno, periculosidade e de horas extras, o STJ, sob
a sistemática dos recursos repetitivos, no âmbito do julgamento do REsp 1.358.281/SP,
pacificou o entendimento de que é exigível a contribuição previdenciária sobre tais verbas.
"(...) se a verba possuir natureza remuneratória, destinando-se a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, ela deve integrar a base de cálculo da contribuição. (...) Os adicionais
noturno e de periculosidade, as horas extras e seu adicional constituem verbas de natureza
remuneratória, razão pela qual se sujeitam à incidência de contribuição previdenciária". 10.
Igualmente, nos mesmos fundamentos, a Corte Cidadã declarou a legitimidade de incidência
da contribuição previdenciária sobre os adicionais de insalubridade e de transferência (AgInt
no REsp 1.587.782/PE, Rel. Ministro Francisco Falcão, 2ª Turma em 8/2/2018). "Esta Corte
Superior tem jurisprudência firme no sentido de que a contribuição previdenciária patronal
incide sobre o adicional de insalubridade e o adicional de transferência". 11. Em relação ao
décimo terceiro salário proporcional ao aviso prévio indenizado, As Turmas que compõem a
Primeira Seção do STJ sedimentaram a orientação de que, "embora o Superior Tribunal de
Justiça tenha consolidado jurisprudência no sentido de que não incide contribuição
previdenciária sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado, por não se tratar de
verba salarial, relativamente à incidência da exação sobre o décimo terceiro salário
proporcional no aviso prévio indenizado, prevalece o entendimento firmado em sede de
recurso repetitivo, de que o décimo terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário de
contribuição para fins de incidência de contribuição previdenciária" (AgRg nos EDcl nos EDcl no
REsp 1.379.550/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe de 13.4.2015). Logo,
igualmente não merece acolhimento o pleito do particular. 12. Seguem Precedentes desta
Terceira Turma no mesmo sentido: PROCESSO: 08072427220194058200, APELREEX -
Apelação / Reexame Necessário - , DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA, 3ª Turma,
JULGAMENTO: 18/03/2020, PUBLICAÇÃO; PROCESSO: 08060634020184058200, APELREEX -
Apelação / Reexame Necessário - , DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA, 3ª Turma,
JULGAMENTO: 11/12/2019, PUBLICAÇÃO; PROCESSO: 08063679320194058300, AC - Apelação
Civel - , DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO MOREIRA, 3ª Turma, JULGAMENTO:
21/11/2019, PUBLICAÇÃO. 13. Assim, in casu, à luz de todo o exposto é possível inferir que
merece reforma, em parte, a sentença, na medida em que não é possível incluir, na base de
cálculo da contribuição patronal previdenciária, as verbas atinentes a salário maternidade, mas
é possível a inclusão das demais verbas relacionadas. 14. Por fim, importante destacar a
ausência de subsunção do parágrafo 11, do art. 85, do CPC/2015 - honorários recursais -, por
força do art. 25, da Lei do Mandado de Segurança. 15. Apelação parcialmente provida, apenas
para declarar a não incidência da contribuição patronal previdenciária sobre o salário
maternidade."

(TRF5; Apelação Cível 0805031-54.2019.4.05.8300; Relator(a): Desembargadora Federal


Germana de Oliveira Moraes (Convocada); Órgão Julgador: 3ª Turma; Data da Decisão:
20/05/2021; Data de Publicação: 20/05/2021)

TRF6:

n/a

STJ:

"TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. CO NTRIBUIÇÃO


PREVIDENCIÁRIA PATRONAL. INCIDÊNCIA SOBRE O ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E O
SALÁRIO-PATERNIDADE. PROVIMENTO NEGADO.

1. Acerca do salário-paternidade, a Primeira Seção desta Corte, no julgamento do Tema


740, pacificou a orientação de que a verba a ele relacionada integra a base de cálculo da
contribuição previdenciária patronal. Quanto ao adicional de insalubridade, apesar de a
matéria não ter sido submetida à sistemática dos recursos repetitivos, aplica-se o mesmo
entendimento.

2. Agravo interno a que se nega provimento."

(STJ; Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial AgInt no AREsp 2171888 / ES; Relator(a):
Paulo Sérgio Domingues; Órgão Julgador: 1ª Turma; Data da Decisão: 26/06/2023; Data de
Publicação: 29/06/2023)
STF:

"EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LICENÇA-MATERNIDADE. EXTENSÃO AO PAI SOLTEIRO,


SERVIDOR PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

1. Revela especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, a questão acerca
da constitucionalidade da extensão da licença maternidade, prevista no art. 7º, XVIII, da CF/88
e regulamentada pelo art. 207 da Lei 8.112/1990, ao pai solteiro servidor público, em face dos
princípios da isonomia (art. 5º, I, CF), da legalidade (art. 37, caput, CF), e da proteção integral
da criança com absoluta prioridade (art. 227 da CF), bem como ante o art. 195, § 5º, da CF, que
dispõe que nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. .

2. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC."

(STF; Repercussão Geral no Recurso Extraordinário RE 1348854 RG; Relator(a): Alexandre de


Moraes; Órgão Julgador: Tribunal Pleno; Data da Decisão: 18/11/2021; Data de Publicação:
09/12/2021)

TJRJ:

N/A

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