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JUDICIÁRIA DE
, já cadastrado eletronicamente, vem com o devido respeito perante Vossa Excelência, por meio
de seus procuradores, propor
FATOS
Alega que vem acometido de moléstia que o incapacita definitivamente para exercer
atividades laborativas, conforme demonstrado pelos atestados e laudos médicos em anexo. Por
este motivo, em ${data_generica}, o Autor requereu, junto à Autarquia Previdenciária, a
conversão de auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade
permanente, que lhe foi negada, conforme carta de indeferimento em anexo, sob as
justificativas de que inexiste a incapacidade permanente e o não cabimento administrativo do
pedido de conversão do benefício.
1. Doença/enfermidade ${informacao_generica}
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Afirma que preenche todos os requisitos que autorizam a conversão de auxílio por
incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade permanente, porquanto não
possui condições de exercer seu labor e, ainda, não vislumbra cura para a sua moléstia, pois
possui total e permanente incapacidade. Fato é que a doença que atinge a parte Autora é
irreversível e, portanto, satisfaz os requisitos ensejadores da aposentadoria por incapacidade
permanente. Relevante também é a análise das situações referentes à majoração de 25% sobre
o valor do benefício, arroladas ou não no anexo I do Regulamento da Previdência Social
(decreto nº 3.048/99), conforme art. 45 da Lei 8.213/91.
Por outro lado, cumpre salientar que carência e qualidade de segurado são matérias
incontroversas no caso em comento, uma vez que o Autor encontra-se em gozo de benefício
previdenciário. Logo, restam satisfeitos todos os requisitos necessários para conversão de
auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade permanente.
A pretensão exordial vem amparada nos arts. 42, 59 e 86 da Lei 8.213/91 e a data de
início do benefício deverá ser fixada nos termos dos arts. 43 e 60 do mesmo diploma legal.
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO
Outrossim, também deve ser observado o Manual de Perícias do INSS (2018), que prevê
em seu Anexo I diversos pareceres que se aplicam às perícias previdenciárias, dentre os quais o
Parecer CFM nº 05/2008, que estabelece que quando houver discordância do médico perito
com o médico assistente, aquele deve fundamentar consistentemente sua decisão. Ainda, o
item 2.4 do Manual ordena que “O Perito necessita investigar cuidadosamente o tipo de
atividade, as condições em que é exercida, se em pé, se sentado, por quanto tempo, com qual
grau de esforço físico e mental, atenção continuada, a mímica profissional (movimentos e gestos
para realizar a atividade, etc.)”, além das condições em que esse trabalho é exercido.
Portanto, REQUER a Parte Autora que, quando da realização da prova pericial, sejam
observadas as referidas disposições legais, uma vez que não apenas se tratam de normas
cogentes e – portanto – vincula a atividade do médico, sob pena de nulidade do laudo pericial,
como também não cabe ao Judiciário ser mais realista que o rei, no tocante ao Manual de
Perícias editado pelo próprio réu.
DO IMEDIATO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
PEDIDO
1. A concessão do benefício da Gratuidade da Justiça, pois a parte Autora não tem condições de
arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
2. O recebimento e o deferimento da presente petição inicial;
Nestes Termos;
Pede Deferimento.
, 12 de abril de 2023.