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JUDICIÁRIA DE
Ao longo da instrução daquela demanda, foi realizada perícia médica judicial, laudo
acostado no evento ${informacao_generica}. Do teor do referido documento, observa-se que o
Perito Judicial, à época, constatou que o Autor era (é) acometido por Hérnia de disco cervical, e
que em decorrência desta doença ele se encontrava incapaz para a atividade habitualmente
desempenhada e às semelhantes (incapacidade multiprofissional), desde ${data_generica} –
DII.
${informacao_generica}
De mesmo modo, imprescindível se faz a análise da complementação pericial acostada
nos autos (evento ${informacao_generica}), oportunidade em que o Dr. Perito esclareceu que,
caso não fosse realizada a cirurgia retro indicada, a parte Autora estaria permanentemente
incapacitada para o trabalho. Perceba (grifei):
${informacao_generica}
Ocorre que, após reavaliação na esfera administrativa, o INSS cessou o benefício até
então percebido pelo Autor, sob a absurda alegação de que inexiste incapacidade para o
trabalho. Neste ponto, cumpre salientar que o Demandante AINDA AGUARDA A REALIZAÇÃO DA
MENCIONADA CIRURGIA, o que torna muito controversa a decisão da Autarquia Previdenciária,
até mesmo em face da determinação judicial supracitada! Aliás, os atestados e laudos médicos
arrolados nestes autos corroboram a persistência do quadro incapacitante.
Ainda, na hipótese de restar provado nos autos processuais que as patologias referidas
tão somente geraram limitação profissional ao Requerente, ou seja, que as sequelas implicam
em redução da capacidade laboral e não propriamente a incapacidade sustentada, postula a
concessão de auxílio-acidente, com base no art. 86 da Lei 8.213/91.
Por outro lado, cumpre salientar que o Autor preenche todos os demais requisitos
necessários para o restabelecimento da benesse, eis que, tendo sido concedido, anteriormente,
o benefício postulado em âmbito judicial (processo nº ${informacao_generica}), carência e
qualidade de segurado tornam-se matérias incontroversas, pois acobertadas pelo manto da
coisa julgada.
Assim, além da incapacidade laboral (do que se postula a realização de perícia judicial
para fins de comprovação), o Autor satisfaz os critérios legais exigidos para a concessão do
benefício.
A pretensão exordial vem amparada nos artigos 42, 59 e 86 da Lei 8.213/91 e a data de
início do benefício deverá ser fixada nos termos dos artigos 43 e 60 do mesmo diploma legal.
DO IMEDIATO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER
Considerando que a prova pericial é fundamental para o deslinde das questões ligadas
aos benefícios por incapacidade e para uma adequada análise do nexo de causalidade e da
consequente incapacidade, faz-se mister que o Médico Perito observe o Código de Ética da
categoria, e especialmente em relação ao tema, a Resolução nº 2.183/2018 do CFM, que dispõe
sobre as normas específicas de atendimento a trabalhadores. A recente resolução abarca dois
pontos fundamentais: 1) a necessidade do Perito analisar o histórico clínico e laboral do
segurado, além de seu local e organização de trabalho (incorporando a antiga Resolução nº
1.488/98), e 2) que o perito fundamente eventual discordância com parecer emitido por outro
médico, incorporando o Parecer nº 10/2012 do CFM.
Outrossim, também deve ser observado o Manual de Perícias do INSS (2018), que prevê
em seu Anexo I diversos pareceres que se aplicam às perícias previdenciárias, dentre os quais o
Parecer CFM nº 05/2008, que estabelece que quando houver discordância do médico perito
com o médico assistente, aquele deve fundamentar consistentemente sua decisão. Ainda, o
item 2.4 do Manual ordena que “O Perito necessita investigar cuidadosamente o tipo de
atividade, as condições em que é exercida, se em pé, se sentado, por quanto tempo, com qual
grau de esforço físico e mental, atenção continuada, a mímica profissional (movimentos e gestos
para realizar a atividade, etc.)”, além das condições em que esse trabalho é exercido.
Portanto, REQUER a Parte Autora que, quando da realização da prova pericial, sejam
observadas as referidas disposições legais, uma vez que não apenas se tratam de normas
cogentes e – portanto – vincula a atividade do médico, sob pena de nulidade do laudo pericial,
como também não cabe ao Judiciário ser mais realista que o rei, no tocante ao Manual de
Perícias editado pelo próprio réu.
PEDIDOS
2. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
1. Subsidiariamente:
1. Conceder a aposentadoria por incapacidade permanente e sua eventual
majoração de 25% à parte autora, a partir da data da efetiva constatação da
incapacidade total e permanente;
Nestes Termos;
Pede Deferimento.
, 06 de setembro de 2022.
ADVOGADO
OAB/