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DE JUIZ DE FORA/MG
NB: 631.511.084-7
DO INTERESSE E DA LEGITIMIDADE
O segurado que ingressa com ação para converter o auxílio-doença em aposentadoria
por invalidez tem legitimidade, pois está buscando um direito legítimo previsto na
legislação, bem como possui interesse, uma vez que o seu objetivo é obter um
benefício mais vantajoso do que aquele que recebe atualmente.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer o autor os benefícios da assistência judiciária gratuita, nos moldes do art. 98,
do NCPC, por não ter condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de
manter seu sustento. Requer, portanto, a gratuidade de justiça.
Devido à doença, ela tem tido dificuldade em se alimentar, o que lhe ocasionou
anorexia. Por causa da anorexia a Autora chegou a perder 17kg.
Considerando todo o contexto social e patológico da autora, improvável que ela venha
a recuperar sua capacidade laborativa: ela tem atualmente 56 anos, padece de câncer
desde 2010 e tem uma baixa formação escolar, sem nível superior, o que a torna
invisível ao mercado de trabalho.
CID 10
Considerando todo este contexto, não é exagero dizer que a autora não apresenta
mais capacidade laborativa em definitivo, pois é improvável que consiga trabalhar
satisfatoriamente após anos de tratamento contra câncer e uma grave depressão.
Ademais, mesmo que ela seja considerada apta para o trabalho, é altamente provável
que ela, aos olhos do empregador, seja preterida, pois uma pessoa com esta idade –
quase 60 anos – e em tratamento de câncer é sempre vista como um potencial risco
para o negócio, o que diminui drasticamente suas chances de emprego e,
consequentemente, de sustentar-se a si mesmo.
DO DIREITO
A lei 8213/91 dispõe sobre a aposentadoria por invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso,
a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de
auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nesta condição.
TUTELA DE URGÊNCIA
ENTENDE O DEMANDANTE QUE A ANÁLISE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA
PODERÁ SER MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA.
O novo Código de Processo Civil estabeleceu em seu art. 300 que “A tutela de
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. Nesse sentido, o
novo diploma legal exige para
a concessão da tutela de urgência dois elementos, quais sejam o
fumus bonis iuris e o periculum in mora.
Nesse sentido, findada a instrução, ficará claro que a parte Autora preenche todos os
requisitos necessários para o deferimento da Antecipação de Tutela, estando
comprovado assim o fumus bonis iuris. O periculum in mora é evidente em face do
caráter alimentar do benefício.
DA PROVA PERICIAL
Primeiramente, em face da pandemia de vírus chinês, pede-se, para que não haja
prejuízo ao direito do autor, que a perícia seja realizada no consultório particular
do médico perito, evitando, também, risco de contágio à autora.
2. que o perito fundamente eventual discordância com parecer emitido por outro
médico, incorporando o Parecer nº 10/2012 do CFM.
Igualmente, também deve ser observado o Manual de Perícias do INSS (2018), que
prevê em seu Anexo I diversos pareceres que se aplicam às perícias previdenciárias,
dentre os quais o Parecer CFM nº 05/2008, que estabelece que quando houver
discordância do médico perito com o médico assistente, aquele deve fundamentar
consistentemente sua decisão.
Portanto, REQUER a Parte Autora que, quando da realização da prova pericial, sejam
observadas as referidas disposições legais, uma vez que se tratam de normas
cogentes e – portanto – vinculam a atividade do médico, sob pena de nulidade do
laudo pericial.
DOS PEDIDOS
Ex positis, requer-se: