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1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

AO JUÍZO DA 3ª VARA FEDERAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SJRR

PAJ nº. 2021/005-01255

VILSON SANTOS ABREU JUNIOR, brasileiro, solteiro, economia formal,


inscrito no CPF nº. 813.783.942-91, residente e domiciliado no endereço: Rua Prof. Macedo,
nº 272, Bairro Liberdade, Boa Vista (capital)/RR, CEP:69309-189, com o número de telefone
para contato: (95)8110-6339, vem, sob a assistência jurídica gratuita da DEFENSORIA
PÚBLICA DA UNIÃO, com base no art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, neste ato
presente pela Defensora Pública Federal signatária, vem à presença de Vossa Excelência,
respeitosamente, propor:

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA E


CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
(COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA)

pelo procedimento sumaríssimo previsto no inciso I do artigo 98 da Constituição


da República e artigo 3º da Lei 10259/01, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL-INSS, pessoa jurídica de direito público, sob a forma de autarquia federal, podendo
ser citado à Av. Glaycon de Paiva, 86 - Mecejana, Boa Vista - RR, 69301-250, na pessoa
de seu procurador-chefe, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

1- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A parte autora afirma ser pessoa carente, não possuindo meios de arcar com as
custas e despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, razão
pela qual faz jus à gratuidade de justiça nos termos da Lei nº 1.060/50 e do artigo 98 do
Código de Processo Civil.

2 - DA INTIMAÇÃO PESSOAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO


Nos termos do artigo 44, inciso I, da Lei Complementar 80/94, é prerrogativa do
membro da Defensoria Pública da União "receber intimação pessoal em qualquer processo

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e grau de jurisdição". Assim sendo, todas as intimações dos presentes autos devem ser
remetidas à Defensoria Pública da União em Roraima - RR, mediante entrega dos autos
com vista.

3- FATOS
O senhor VILSON SANTOS ABREU JUNIOR, atualmente com 38 anos de idade,
segurado do Regime Geral de Previdência Social, é portador de DEPRESSÃO (CID 10:
F32.1) QUE ACARRETA EM TRISTEZA PROFUNDA, REVELANDO EPISÓDIOS DE
RECAÍDAS EM EPISÓDIOS DE ANSIEDADE E ISOLAMENTO, além de ter apresentado
tentativas de suicídio em setembro de 2020. Informações comprovadas por meio de laudos
médicos, produzido pela Dra.ª Raquel Pereira (CRM-RR 1432), no dia 19.10.2020. Após
isso o referido diagnóstico foi reiterado pela Draª. Kássia Medeiros, (CRM-RR 1522), em
laudo do dia 05.02.2021.
Em todos os documentos médicos apresentados, há sinalização da necessidade
de afastamento de atividades laborais que exponham ao risco de trabalho em altura ou
demandem atenção, sobretudo em razão do uso de medicamentos Sertralina e Clonazepam
utilizados pelo autor, medicamentos esse que são Benzodiazepínicos, também responsáveis
por diminuição da atividade psicomotora, o que submete o autor a perigo significativo em
seu ofício habitual, no qual também sofreu episódios de assédio moral neste ambiente,
demonstrando-se um local não propício para estar neste momento de seu tratamento, ainda
mais por ter sido confirmada a sua incapacidade.
Assim, é seguro afirmar que o autor encontra-se incapaz, mesmo que de forma
parcial, para o exercício de atividades laborais. Em razão do quadro clínico destacado, o
autor recebeu do INSS o auxílio doença NB 634.038.177-8, por força de decisão judicial,
mas o benefício foi cessado em 30.05.2021. Na data da cessação do auxílio-doença,
contudo, o demandante seguia incapacitado para o trabalho.
Assim, requereu o restabelecimento do benefício, mas o pedido foi negado pela
autarquia previdenciária, sob o fundamento de que não foi reconhecida a incapacidade
laborativa.
Nesse cenário, o segurado encontra-se desamparado pelo Regime Geral de
Previdência Social, a despeito da persistente incapacidade provocada pela debilidade
psíquica/emocional e pelo quadro depressivo, agravado pelo recente falecimento do irmão.

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Em verdade, devido às limitações físicas e a incapacidade laboral, notadamente


pelas regressões no combate a essa severa doença do século XXI que o acomete, a parte
Autora encontra-se muito fragilizado e passará por dificuldades para manter a própria
subsistência com a cessação do benefício, pois ele não poderá retornar ao seu trabalho da
forma como se encontra.
Assim, diante da cessação indevida do benefício de auxílio-doença, bem como
da permanência do seu estado de incapacidade, não resta alternativa ao autor senão a
buscar a tutela judicial, a fim de ver restabelecido o benefício ao qual tem direito,
pelos fundamentos que se passa a expor.

4. DO DIREITO
4.1. DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO POR
INCAPACIDADE

A cobertura dos eventos doença e invalidez pela Previdência Social possui guarida
constitucional, dispondo o art. 201, inciso I, da Constituição Federal de 1988 da seguinte
forma:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

Nota-se que a incapacidade laboral é um dos riscos sociais cuja proteção se


encontra expressa no art. 201, inciso I, da Carta Magna de 1988, supratranscrito, prevendo
a Lei n. 8.213/91, em seus arts. 42 e 59, os requisitos para a concessão dos benefícios por
incapacidade, in verbis:

Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. [...] Art. 59. O auxílio-
doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias
consecutivos.

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Da análise dos dispositivos legais, infere-se que os requisitos necessários para


concessão do benefício por incapacidade são: (i) a qualidade de segurado; (ii) o
cumprimento de um período mínimo de carência; e (iii) a incapacidade para o trabalho ou
para sua atividade habitual, não preexistente à filiação ao RGPS. No caso, todos os
requisitos legais se encontram devidamente preenchidos, fazendo jus o Requerente à
concessão do benefício de auxílio-doença, conforme se passa a expor.

4.1.1. DA QUALIDADE DE SEGURADO E CARÊNCIA


Os requisitos para o recebimento do benefício por incapacidade temporária estão
dispostos no caput do art. 59 da lei 8.213/91 e do art. 71 do Decreto nº 3.048/99, a saber:
ser segurado no Regime Geral de Previdência Social - RGPS, ter cumprido o período de
carência e estar incapacitado para o seu trabalho:

Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido,


quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais
de 15 (quinze) dias consecutivos. Art. 71. O auxílio por incapacidade
temporária será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho
ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos,
conforme definido em avaliação médico-pericial. (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

No caso, por se tratar de pedido de restabelecimento de benefício por incapacidade


recebido de 15.02.2021 a 30.05.2021, depreende-se que o próprio INSS reconheceu a
condição de segurado da parte autora quando concedeu o auxílio-doença que se pretende
ver restabelecido.

4.1.2. DA INCAPACIDADE
A incapacidade laboral é pressuposto para a concessão do benefício previdenciário
por incapacidade, a teor dos arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/91, sendo devido o auxílio-doença
quando se tratar de incapacidade temporária ou parcial e a aposentadoria por invalidez em
se verificando a existência de incapacidade insuscetível de reabilitação para o exercício de
atividade que garanta a subsistência ao segurado.

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De acordo com o Manual da Perícia Médica da Previdência Social, “a incapacidade


laborativa é a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma atividade ou
ocupação, em consequência de alterações morfopsicofisiológicas provocadas por doença ou
acidente”. O risco de vida para si ou para terceiros - ou de agravamento - que a
permanência em atividade possa acarretar está implicitamente incluído no conceito de
incapacidade, desde que palpável e indiscutível.
Impende destacar, nesse contexto, o enunciado da Súmula n.º 47 editado pela
Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência, com o seguinte teor:

Súmula 47. Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o


juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a
concessão de aposentadoria por invalidez.

Conforme relatórios médicos elaborados, o requerente foi diagnosticado com com


depressão moderada, apresentando quadros de ansieedades nos ossos insônia e
alcoolismo (CID 10: F32.1) , conforme atestados e laudos que foram emitidos nos períodos
supracitados, comprovando a necessidade de afastamento das atividades laborais, em gozo
de auxílio-doença, nos períodos:
Laudo médico datado em 05.02.2021 pela médica psiquiatra Drª. Kássia Medeiros,
(CRM-RR 1522). Onde afirma da necessidade de afastamento das atividades laborais do
Requerente, reiterando o diagnóstico compatível com o da realizado pela Draª Raquel
Pereira (CRM-RR 1432), datado em 19.10.2020, informando o diagnóstico do requerente
que é portador de (CID 10: F321).
Atestado médico datado em 28.05.2021, pela psiquiatra Draª. Kássia Medeiros,
(CRM-RR 1522), reiterando o afastamento do autor de suas atividades laborais por mais
sessenta dias.
Diante do caso narrado e dos laudos médicos anexos, fica demonstrada a
incapacidade laboral da parte requerente, sendo devido o restabelecimento do benefício
de auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez, caso inviabilizada a
superação da moléstia ou a reabilitação profissional no curso do tratamento.

4.1.3. DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

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Caso se constate, na perícia judicial, a incapacidade permanente, o benefício deve


ser o de aposentadoria por invalidez, nos termos do art. 42 da Lei 8.213/91, já que também
cumpridos os seus requisitos. Igualmente, caso a perícia judicial conclua pela necessidade
de acompanhamento permanente da parte autora para a realização de atividades da vida
diária, deve-se conceder-lhe o acréscimo do art. 45 da Lei nº. 8.213/1991

5. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA


O art. 300 do CPC/2015 prevê que a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo.
Em razão do preenchimento dos requisitos para a concessão da antecipação dos
efeitos da tutela, previstos no artigo 300 do Código de Processo Civil, postula-se pela
continuidade do pagamento integral do benefício de aposentadoria por invalidez.
Com efeito, observa-se que há o perigo de dano diante do que já foi exposto, como
se depreende dos laudos médicos acostados a esta petição.
Igualmente encontra-se probabilidade do direito diante da incapacidade laboral
reconhecida pelo INSS, afastando a autora das atividades laborais anteriormente, e a
permanência desta incapacidade, conforme laudos médicos.
Há prova inequívoca quanto à alegação da qualidade de segurado, haja vista que o
autor já recebia a aposentadoria por invalidez e a incapacidade é retroativa à época do fato.
O fundado receio de dano irreparável está caracterizado, uma vez que se trata de
verba alimentar, cujo pagamento imediato justifica-se para o fim de concretizar o direito à
alimentação adequada, um dos pilares da dignidade da pessoa humana.
Importante frisar que os requisitos da concessão da tutela de urgência contra o
Poder Público devem ser interpretados em conformidade com o texto constitucional,
especialmente com os ditames máximos de proteção à vida, à saúde e à dignidade da
pessoa humana.
In casu, a tutela pretendida afigura-se necessária para proporcionar uma vida digna
para o autor.
Diante disso, solicita a concessão da tutela de urgência, a ser determinada pelo
julgador, de modo que o INSS pague integralmente o benefício de aposentadoria por
invalidez até a prolação de sentença judicial.

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6. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:


a) a concessão o benefício da gratuidade da justiça, nos termos do art. 98 do
CPC/2015, por ser a parte autora hipossuficiente na forma da lei, não podendo arcar com as
custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua
família;
b) a concessão da TUTELA DE URGÊNCIA para que o douto juízo determine o
imediato restabelecimento do benefício previdenciário aposentadoria por invalidez em favor
do autor, sob pena de multa diária a ser fixada por este juízo;
c) a realização de perícia judicial por médico especialista com o objetivo de aferir a
incapacidade da parte autora antes da citação do INSS, caso não se reputem preenchidos
pelo conjunto probatório que acompanha a petição inicial os requisitos para a concessão da
antecipação da tutela;
d) a citação da autarquia ré para que, querendo, apresente resposta no prazo legal;
e) a intimação pessoal da Defensoria Pública da União de todos os atos do processo
mediante entrega dos autos com vista, e o respeito a prerrogativa de contagem de todos os
prazos em dobro, nos termos do art. 44, I, da LC nº 80/94.
f) Por fim, seja a demanda julgada totalmente procedente, para o fim de condenar o
INSS a (i) restabelecer o benefício de auxílio-doença NB 634.038.177-8, com a fixação da
data de início do benefício na data de sua cessação indevida (DCB em 30/05/2021), bem
como a pagar as parcelas vencidas desde a DCB indevida e as vincendas, com a incidência
de correção monetária e juros de mora a contar do ajuizamento da ação; e a (ii) converter o
benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, a depender da prova pericial
produzida, tendo em vista o caráter progressivo da doença acometida ao Requerente e a
impossibilidade de reabilitação em outra atividade que lhe garanta o sustento próprio e de
sua família.
Desde já, o autor renuncia aos valores que eventualmente ultrapassem a quantia de
60 salários-mínimos, na data do ajuizamento da ação, para fins de fixação da competência
do Juizado Especial Federal (rito sumariíssimo).
Oportunamente, reserva-se ao requerente ao direito de, em cumprimento de
sentença, ser novamente intimado para renunciar a eventuais valores excedentes, em

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virtude de prestações vencidas e atualização monetária, de modo que possa optar pela
execução por RPV ou por precatório.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos por lei, notadamente por
prova pericial com médico especialista.
Dá-se à causa o valor de R$ 18.631,91 (dezoito mil seiscentos e trinta e um reais e noventa
e um centavos).

Termos em que pede deferimento.


Boa Vista/RR, 13 de agosto de 2021.

MARIA PILAR PRAZERES DE ALMEIDA


Defensora Pública Federal

NATHÁLIA KAROLINE GOMES RODRIGUES


Estagiária da Defensoria Pública da União

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