Você está na página 1de 8

pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

BENEFÍCIO: XXXXXX
DIB: (data de inicio de Beneficio)
CESSAÇÃO:
CID: F31 (TAF) TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

I – DA EXPOSIÇÃO FÁTICA

A autora é beneficiá ria ao auxilio doença, concedido por meio do Processo Judicial nº
xxxxxxxxx , (conforme sentença homologató ria em anexo). Na oportunidade fora
constatado por laudos periciais do INSS a incapacidade laborativa, concluindo-se por
receber auxilio doença previdenciá rio CID F31 com início em XX/XX/XXXX.
Ocorre que, em 15/03/2018, apó s comparecer para mais uma perícia de rotina, a autora e
teve seu benefício indevidamente cessado sem nenhuma justificativa conforme
Comunicaçã o de Decisã o em anexo
Restando comprovado por meio de mú ltiplos laudos, que a autora nã o tem capacidade
laborativa, sendo total e permanente, já que está acometida de graves patologias
psiquiá tricas. Uma vez que nã o consegue trabalhar com a depressã o que possui ou com a
bipolaridade grave que lhe acomete com frequência, tornando o convívio social necessá rio
ao trabalho impossível.
Laborava como técnica de enfermagem, funçã o a qual nã o consegue mais exercer devido à
gravidade de sua patologia. A incapacidade da requerente para exercer as funçõ es que
anteriormente exercia resta comprovada com a documentaçã o médica juntada aos autos,
sendo considerada inapta para o trabalho conforme laudo médico acostados na exordial.
Ocorre que, desde a cessaçã o do benefício, a autora nã o vem fazendo o uso dos
medicamentos controlados a ela receitados, em razã o da sua incapacidade financeira, já
que desde entã o encontra-se impedida de laborar, comprometendo também o seu sustento
e de sua família, inclusive o sustento de seu filho menor.
Constatando-se nos ú ltimos exames realizados que a mesma continua a nã o ter condiçõ es
de trabalhar, atestando que sua incapacidade tem-se continua por prazo indeterminado.
Todos os relató rios médicos declinam que a autora está incapacitada para o trabalho, mas o
perito da autarquia ré, nã o segue o mesmo entendimento.
Inconformada com esta decisã o vem a juízo a Autora requerer restabelecimento do
benefício de Auxílio–Doença, posto que nã o poderia a Autarquia sob uma justificativa nã o
devidamente investigada, que muito dista da realidade dos fatos, e sem direito a defesa,
cancelar o benefício de seu segurado, restando a este somente se valer da tutela
jurisdicional do Estado, no sentido de impedir mais uma arbitrariedade do Instituto-réu.
II – DA TUTELA DE URGÊNCIA
Com fulcro no artigo 294 e seguintes do N. CPC, requer a autora a antecipaçã o dos efeitos
da tutela, pois demonstrado que há o fundado receio de ocorrência de dano irrepará vel
pelo nã o recebimento imediato, e antes da decisã o definitiva de mérito do benefício mensal
de Auxílio-doença que já era recebido e que fora arbitrariamente cessado. Saliente-se que a
autora tem dificuldade em conseguir pagar suas contas, bem como se alimentar e alimentar
sua família, OU SE MEDICAR ADEQUADAMENTE, pelas despesas que vem a seu encontro
em virtude de sua caó tica situaçã o.
Temerá rio seria aguardar o julgamento final da açã o, haja vista, ser notó ria e pú blica a
constante e insistente prá tica do Instituto-réu em protelar pagamentos e concessã o de
benefícios, além dos inú meros recursos e prazos dados à Autarquia.
Também provada a verossimilhança das alegaçõ es, trazendo aos autos os ú ltimos atestados
médicos que comprovam o alegado, bem como, se necessá rio, nova perícia, e carta
indeferitó ria do INSS sem ter havido o devido processo legal.
Da mesma forma, fica demonstrado e caracterizado o Fumus Boni Iuris, pela aplicaçã o dos
direitos previstos em nossa Constituiçã o, ou sejam, a ampla defesa e o contraditó rio.
Quanto aos danos de difícil reparaçã o estes já iniciaram, pois, a autora encontra-se
incapacitada para o trabalho, nã o podendo contribuir para sustento de si pró prio e a sua
família que dela dependem, agravando com isso sua saú de.
Por outro lado, nã o há que se falar em irreversibilidade ou lesã o a direito por parte do réu,
pois todos os documentos anexos demonstram que a autora nã o se encontra capacitada
para desempenhar suas funçõ es, deixando claro que o que
houve foi um total equívoco por parte do preposto do ó rgã o previdenciá rio quando da
aná lise à s condiçõ es do beneficiá rio.
Diante de todos esses fatos, requer seja deferido, liminarmente, o restabelecimento do
benefício de auxílio doença previdenciá rio da autora, devendo ser considerada INAPTA
para retornar à s suas funçõ es habituais, até realizaçã o de perícia técnica a ser designada
por este Digno Juízo. Requer igualmente a expediçã o de ofício ao Instituto Nacional de
Seguridade Social, a fim de que o mesmo seja intimado da referida decisã o.
Nã o obstante, caso Vossa Excelência entenda que deve ser realizada a perícia para a
concessã o da liminar, requer a realizaçã o com urgência de prova pericial, devendo ser
deferida tal prova, a fim de que se apurem, através de perito oficial designado por este
digno juízo, as exatas condiçõ es físicas e clínicas da autora.
O art. 300 do N. CPC permite que a tutela de urgência seja concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado ú til do processo.
Como se percebe, a Demandante acostou: (a) có pias de Laudos e receitas médicas,
atestando o quadro clínico grave e incurá vel; b) có pia das CTPS; c) có pia do comunicado de
decisã o negativa do INSS; d) Declaraçã o de Hipossuficiência, constatando o seu estado de
miserabilidade.
Sendo assim, tendo em vista a necessidade de URGÊ NCIA, requer que seja concedida a
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA INALDITA ALTERA PARS pela condenação
da Ré a conceder-lhe o benefício previdenciá rio pretendido, no prazo má ximo de 30 dias.
III – DO DIREITO
A) Do restabelecimento do auxílio-doença
No caso em tela, a autora já recebeu auxilio doença, nã o havendo que se falar na perda da
qualidade de segurada, uma vez que seu benefício foi cessado injustamente, conforme
documentos acostados nos autos. Além do mais a autora
possui comprovadamente mais de 20 anos de contribuiçã o, conforme tela extraída do sítio
do INSS em anexo.
A Constituiçã o Federal tem por fundamentos a promoçã o do bem-estar de todos sem
qualquer forma de discriminaçã o, além disso, garante o estabelecimento da dignidade
humana, em seu art. 1º, III.
No mesmo sentido, seu artigo 196 dispõ e que a saú de é direito de todos e dever do Estado,
garantido através de políticas sociais e econô micas que visem a reduçã o do risco e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitá rio à s açõ es e serviços para sua promoçã o,
proteçã o e recuperaçã o.
Ademais, o artigo 201 estabelece que os planos de previdência social, nos termos da Lei,
atenderã o a cobertura dos eventos de doença, incluídos os resultantes de auxílio doença
por incapacidade física para o trabalho.
A Lei 8.213/91 dispõ e em seu artigo 59 que:
“O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”
Segundo o artigo 78 do Decreto 3048/99:
“O auxílio-doença cessa pela recuperaçã o da capacidade para o trabalho, pela
transformaçã o em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza,
(…).”
Com estas simples, mas coerentes observaçõ es tornam-se perfeitamente visível o direito da
autora ao restabelecimento de seu benefício auxílio-doença, uma vez que resta totalmente
incapacitada de retomar as suas atividades laborais, devido ao seu quadro psíquico e que a
cassaçã o do benefício da autora foi injusto, ilegal e arbitrá rio. Assim requer em cará ter
liminar o restabelecimento do auxílio-doença.
Ora MM. Juiz, se apesar de todos os tratamentos, a autora nã o obteve melhora em seu
quadro clínico, piorando ainda mais com o passar do tempo e com a idade da autora, que já
conta com os seus 45 anos, devendo contar com a proteçã o
a qual foi destinada à Previdência Social pela Constituiçã o Federal, em caso de doença e
invalidez, de acordo do o art. 201, inciso I.
Que critério de avaliaçã o a perícia da autarquia ré utiliza? O quadro clínico da autora não
apresentou melhoras, conforme laudos médicos emitidos nos anos de 2008, 2009 e
2018!
Ora, uma "perícia" nestes moldes nã o possui o condã o de avaliar o verdadeiro estado
clínico do beneficiá rio, e sim, burlar o regulamento e obrigar o paciente a ocupar
novamente as suas funçõ es laborais como forma de evitar que o ó rgã o de previdência social
continue a efetuar os pagamentos pelo benefício. Desta forma, verifica-se que houve
somente um motivo para a alta imposta e a cassaçã o do benefício: evitar que mais um
beneficiá rio fizesse jus a seus direitos perante o INSS, permitindo assim que aquele ó rgã o
deixasse de repassar a remuneraçã o mensal até entã o paga, restando mais verbas em seus
cofres.
Por isso faz jus a autora ao restabelecimento do auxílio doença previdenciá rio.
B) Da conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez
Além de ser restabelecido o benefício retro mencionado, necessá rio se faz sua conversã o
para aposentadoria por invalidez, pois, reza o artigo 43 da Lei n. 8.213/91 que:
"A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessaçã o do
auxílio-doença..."
Ademais, farta é a jurisprudência sobre a viabilidade da conversã o do auxílio-doença para
aposentadoria por invalidez, como se verifica in verbis:
Ementa: PREVIDENCIÁ RIO. REMESSA NECESSÁ RIA. AUXÍLIO-DOENÇA.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE. PROVA
PERICIAL. TAXAS E CUSTAS. JUROS E CORREÇÃ O MONETÁ RIA. RECURSO
PARCIALEMTENTE PROVIDO. - Apelaçã o cível face à sentença que julgou procedente o
pedido o pedido de restabelecimento do benefício de auxílio-doença, desde sua cessaçã o,
convertendo-o em aposentadoria por invalidez a partir da juntada do laudo pericial. - O
auxílio-doença é concedido em razã o de incapacidade temporá ria, quando o segurado
estiver passível de recuperaçã o. Portanto, é benefício concedido em cará ter provisó rio,
enquanto nã o houver conclusã o a respeito da lesã o sofrida. O segurado deve se submeter a
tratamento médico e a processo de reabilitaçã o profissional, devendo ser periodicamente
avaliado por perícia médica, a quem caberá decidir sobre a continuidade do benefício ou
retorno ao trabalho. - A aposentadoria por invalidez será devida, cumprida a carência
exigida, ao segurado que, estando ou nã o em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e insusceptível de reabilitaçã o para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa situaçã o. - O laudo é claro no
sentido de que a Autora, portadora de Transtorno Bipolar Afetivo e episódio
depressivo grave, encontra-se total e definitivamente incapaz, fazendo jus ao
restabelecimento do benefício de auxílio-doença, assim como a sua posterior
conversão em aposentadoria por invalidez. - Isençã o de custas e taxa judiciá ria para a
Autarquia-Ré, conforme o art. 17, IX da Lei Estadual nº 3.350/99. - Quanto aos juros e
correçã o monetá ria das parcelas devidas, estes devem obedecer ao determinado pela Lei nº
11.960/09, a qual continua em vigor, como salientado pelo Exmo. Ministro Luiz Fux,
quando do julgamento da Questã o de Ordem nas Açõ es de Inconstitucionalidade nos 4.357
e 4.425. -Reexame provido e recurso parcialmente provido. (0001240-12.2017.4.02.9999
(2017.99.99.001240-6) RELATOR: Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO,25 de
setembro de 2017) “grifos nossos”
PREVIDENCIÁ RIO. CONCESSÃ O DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ.INCAPA-CIDADE LABORATIVA. COMPROVAÇÃ O. LAUDO PERICIAL.
DESPROVIMENTO DA REMESSA OFICIAL. I - A Lei nº 8.213/91 em seus artigos 59 e 60
dispõ e que a concessã o do benefício previdenciá rio de auxílio doença somente é cabível na
hipó tese de incapacidade do segurado para o exercício de atividade laborativa, e enquanto
esta incapacidade permanecer. II - Já a aposentadoria por invalidez será devida, observada
a carência, ao segurado que, estando ou nã o em gozo de auxílio doença, for considerado
incapaz e insuscetível de reabilitaçã o para o exercício de atividade que lhe garante
subsistência, podendo ser considerado, inclusive, para efeito dessa aná lise, a idade, o grau
de instruçã o, a qualificaçã o profissional e o quadro social do segurado, devendo o benefício
ser pago, contudo, somente enquanto permanecer a condiçã o de incapacidade laboral
(artigos 15, 24/26 e 42 da Lei 8.213/91). III - A aná lise dos autos conduz à conclusã o de
que a magistrada a quo apreciou corretamente a questã o submetida a exame, porquanto a
prova produzida pelo segurado se revelou suficiente para demonstrar o direito ao benefício
de aposentadoria por invalidez. IV - De acordo com os documentos constantes nos autos,
sobretudo o laudo pericial de fls. 101/108, o autor é portador de "episó dio depressivo
grave sem sintomas psicó ticos -F32.2. Transtorno afetivo bipolar, episó dio atual depressivo
grave sem sintomas psicó ticos - F31.4" estando incapacitado para exercer a sua atividade
laborativa, afirmando o perito que a incapacitaçã o do segurado se apresenta de forma total
e temporá ria, sendo que à época da cessaçã o do benefício este já se encontrava
incapacitado. Segundo o perito, o autor nã o pode exercer sua atual profissã o, podendo,
entretanto, ser reabilitado para exercer outra funçã o laborativa devido ao quadro
psiquiá trico apresentado. V - Todavia, conforme bem lançado na sentença, o autor
encontra-se atualmente com 61 anos de idade, é motorista com grau de instruçã o até o
ensino fundamental, fazendo-se necessá rio analisar o contexto socioeconô mico em que o
mesmo está inserido para verificar sua real possibilidade de reinserçã o ao mercado de
trabalho. Pelos documentos constantes nos autos, se constata que a doença do autor o
acomete desde 2010 e nã o há prognó stico de cura, logo, a concessã o de aposentadoria por
invalidez é a medida que se impõ e. VI - Remessa oficial nã o provida. (0136550-
31.2013.4.02.5116 (TRF2 2013.51.16.136550-8), Relator: VIGDOR TEITEL, 11/02/2016,
Ó rgã o julgador: 1ª TURMA ESPECIALIZADA)
Isto posto, a decisã o negativa do INSS aqui evidenciada fere os ideais constitucionais,
infraconstitucionais e supralegais, afinal, é de notó rio saber que “Toda pessoa tem direito
[...] à segurança em caso de [...] doença, invalidez [...] ou outros casos de perda dos meios de
subsistência em circunstâ ncias fora de seu controle”, conforme o art. 25, da Declaraçã o
Universal de Direitos Humanos.
Além do mais, condiçã o da autora enquadra-se na descriçã o de incapacidade elaborada
pela OMS - Organizaçã o Mundial da Saú de, qual seja: “qualquer reduçã o ou falta (resultante
de uma deficiência ou disfunçã o) da capacidade para realizar uma atividade de uma
maneira considerada normal para o ser humano, ou que esteja dentro do espectro
considerado normal”.
E ainda, encaixa-se no conceito previdenciá rio de invalidez definido pelo INSS como
incapacidade laborativa: “a impossibilidade do desempenho das funçõ es específicas de uma
atividade (ou ocupaçã o), em consequência de alteraçõ es morfopsicofisioló gicas provocadas
por doença ou acidente”.
Como já ficou cabalmente demonstrado a autora está incapacitada para o trabalho, nã o
houve nem a tentativa de reabilitá -la, mas seu benefício foi cassado, sem haver a sua
transformaçã o em aposentadoria por invalidez, tornando-se evidente a lesã o que a mesma
vem sofrendo. Nã o resta a menor dú vida que a cassaçã o do auxílio-doença e a sua nã o
transformaçã o em aposentadoria por invalidez, por parte da autarquia ré é atitude
contrá ria à lei.
C) Da concessão do benefício mais adequado
Entende a autora que se encontra incapacitada para o trabalho, mas a mesma e tampouco
esta subscritora têm conhecimentos médicos.
Assim sendo, o laudo pericial realizado por profissional de confiança deste Juízo, pode
declinar situaçã o fá tica diversa, em se tratando de benefício previdenciá rio, o que deverá
ser observado por Vossa Excelência quando da prolaçã o da sentença.
Saliente-se que tal fato ocorre em lides previdenciá rias que visam a
concessã o/restabelecimento de benefício, pois dependem do laudo pericial.
Frise-se que, nestes casos nã o há que se falar em julgamento extra ou ultra petita afinal
aqui, com maior razã o, vigora o brocado da mihi factum, dabo tibi ius (da - me os fatos e eu
te direi o direito), já que cabe ao julgador adequar o benefício à incapacidade laborativa
verificada, face o principio Jura Novit Curia (o Juiz conhece o direito), adequando os fatos
ao benefício mais justo, sem ferir nenhum princípio inerente à sua investidura. O pedido é o
benefício e ao juiz cabe a caracterizaçã o da situaçã o e a subsunçã o à Lei.
O benefício a ser concedido deve ser dito pelo juiz e nã o pelas partes, sendo certo que a
indenizaçã o é paga em conformidade com o que é devido ao segurado, em face da lei.
Desta forma caberá a Vossa Excelência em observâ ncia aos fatos adequar o direito cabível,
concedendo a autora o benefício previdenciá rio mais correto, sendo assim caso nã o seja
cabível o restabelecimento do auxílio – doença deverá ser concedida a aposentadoria por
invalidez.
IV – DA JUSTIÇA GRATUITA
A autora nã o tem condiçõ es de arcar com as despesas processuais sem prejuízos ainda
maiores ao seu sustento e ao de sua família, até porque apresenta gastos com
medicamentos e seu tratamento conforme receituá rio anexo. Ademais seria injusto cobrar
do mesmo as custas e despesas processuais, vez que somente vem a porta da judiciá rio
pleitear direito que lhe está sendo tolhido pela ré.
Diante disso, bem como pelo fato de se tratar de questã o previdenciá ria, requer sejam
concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assim como assegura a Lei 1060/50, bem
como os Arts. 98 e 99 do N. CPC.
V – DOS REQUERIMENTOS
Ante todo o exposto, requer ao Douto Juízo:
a) Que seja determinada a citaçã o do INSS, na pessoa de seu representante legal, para que
conteste, querendo, no prazo legal, sob as penas do Art. 359 do CPC/2015, bem como para
que junte aos autos có pia do processo administrativo referente a todos os benefícios
pleiteados, quer deferidos, quer indeferidos;
b) A concessã o da tutela provisó ria de urgência, de imediato ou apó s a realizaçã o de perícia
médica (se possível), determinando-se ao INSS que inicie/restabeleça imediatamente o
pagamento das prestaçõ es do benefício previdenciá rio de auxílio-doença, enquanto
persistir a enfermidade ensejadora do benefício;
c) Seja concedido a requerente, o benefício da Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº.
1060/50 e dos Arts. 98 e 99 do N. CPC, eis que a mesma é pessoa pobre e nã o possui
condiçõ es financeiras de arcar com as despesas processuais e os honorá rios advocatícios
sem prejuízo do seu pró prio sustento;
d) Ao final, SEJA JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente açã o, sendo
reconhecida à incapacidade laborativa do trabalhador e restabelecido o BENEFICIO POR
INCAPACIDADE MAIS ADEQUADO na conformidade da Lei nº. 8213/91;
e) O pagamento das remuneraçõ es atrasadas desde a data de indeferimento do benefício
cujo valor deverá ser acrescido de atualizaçã o monetá ria e juros legais até a data do devido
pagamento;
f) A condenaçã o do Ó rgã o Requerido, no pagamento dos honorá rios advocatícios no
percentual equivalente a 20% sobre a condenaçã o, conforme preleciona o art. 84 do Có digo
de Processo Civil.
VI- DAS PROVAS
Protesta a autora pela produçã o de provas por todos os meios em direito admitidos,
especialmente a documental e pericial para que seja constatada a incapacidade laborativa,
e todas as demais que se fizerem necessá rias, na amplitude do Art. 369 do N. CPC.
VII- DO VALOR DA CAUSA
Dá a causa para os efeitos fiscais o valor de R$ 57.240,00 (cinquenta e sete mil duzentos e
quarenta reais) - termo de renú ncia em anexo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cabo Frio, 21 de março de 2018
Gislaine da Silva Rocha
(assinado eletronicamente)
OAB/RJ 213.715

Você também pode gostar