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A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA

A MATEMÁTICA DO ENSINO M ÉDIO


A matemática do Ensino médio (volume 1)

Elon Lages Lima


Paulo Cezar Pinto Carvalho.
Eduardo Wagner.
Augusto César Morgado.
Resolvido por: Diego Oliveira.

3 Números Cardinais

1. Seja f : X → Y uma função. A imagem inversa p or f de um conjunto B ⊂ Y e o


conjunto f −1 (B ) = {X ∈ x; f (x) ∈ B}. Prove que se tem sempre f −1 (f (A)) ⊃ A para to do
A ⊂ X.e f (f −1 (B)) ⊂ B para todo B ⊂ Y . Prove também que f é injetiva se, e somente se,
f −1 (f (A)) = A para todo A ⊂ X . Analogamente, mostre que f é sobrejetiva se, e somente se,
f (f −1 (B)) = B para todo B ⊂ Y .

Solução

• Prova de que f −1 (f (A)) ⊃ A para todo A ⊂ X.

Por definição temos que f −1 (f (A)) = {x ∈ X; f (x) ∈ f (A)}. Assim tomando um x ∈


A ⇒ f (x) ∈ f (A). Assim x ∈ f −1 (f (A)). Ou seja, dado qualquer elemento contido
em A ele também estará contido em f −1 (f (A)), concluindo que f −1 (f (A)) ⊃ A
• Prova de que f (f −1 (B)) ⊂ B para todo B ⊃ Y.

Por definição temos que f (f −1 (B )) = {x ∈ X; f (x) ∈ B }. Isso implica que qualquer


elemento de f (f −1 (B )) pertencerá também a B. Logo f (f −1 (B )) ⊂ B .
• Prova de que f é injetiva ⇔ f −1 (f (A)) = A para to do A ⊂ X

(⇒) A inclusão de A em f −1 (f (A)) já foi demonstrada no primeiro item. Resta agora
mostrar que A ⊃ f −1 (f (A)) e com isso f −1 (f (A)) = A.

Suponha por absurdo que exista um x ∈ f −1 (f (A)), mas que não pertença a A.

Como x ∈ f −1 (f (A)) então f(x) ∈ f(A). E como f é uma função injetora existe um
a ∈ A tal que, f(x) = f(a). Isso resulta então em um absurdo pois se f(x) = f(a) e f
é injetora isso implicaria em x = a, e por hipótese x ∈
/ A. Logo conclui-se que se x ∈
f −1 ( f (A)) então x ∈ A e portanto A ⊃ f −1 (f (A)).

Por fim se A ⊃ f −1 (f (A)) e f −1 (f (A)) ⊂ A então A = f −1 (f (A)).


(⇐) ???

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A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA

• Prova de que f é sobrejetiva ⇔ f −1 (f (B )) = B para to do B ⊂ X .


???

2. Prove que a função f : X → Y é injetiva se, e somente se, existe uma função g : Y → X
tal que g(f (x)) = x para to do x ∈ X .

Solução:
(⇒)
Se f : X → Y é uma função injetiva então existe uma função g : Y → X .
Tomando agora um y ∈ Y e um x ∈ X então o par (y , x) ∈ g e f (x) = y, pois f é injetiva.
Sendo assim g(f (x)) = g (y) = x para todo x ∈ X . C.Q.D..

(⇐)
Se g : Y → X é uma função, então existe uma função f : X → Y , onde (x, y ) ∈ f .
Supondo por absurdo que f não seja injetora, então existe um x e um x0 pertencentes a X
tal que (x, y) ∈ f e (x0 , y ) ∈ f logo, g(f (x0 ) = g (y) = x. Mas, como p or hipótese g(f (x)) = x e
x0 6= x temos então um absurdo. Logo f é injetora. C.Q.D.

3. Prove que a função f : X → Y é sobrejetiva se, e somente se, existe uma função h : Y ⇒ X
tal que f (h(y )) = y para to do y ∈ Y .

Solução:
(⇒)
Se f : X → Y e uma função então existe uma função h : Y → X .
Dado também um x ∈ X existe um y ∈ Y de modo que o par (x, y) ∈ f . E como h é uma
função de X e Y então f ( h(y)) = f ((y , x)) = f (x) = y. C.Q.D.

(⇐)
Se existe uma função h : Y → X então existe uma função f : X → Y .
Tomando por absurdo que f não seja sobrejetora, então existe um y ∈ Y onde nenhum x ∈ X
resulte em (x, y) ∈ h. O que é um absurdo, pois por hipótese f (h(y)) = y para to do y ∈ Y .

4. Dada a função f : X → Y , sup onha que g, h : Y → X são funções tais que g(f (x)) = x
para to do x ∈ X e f (h(y)) = y para todo y ∈ Y . Prove que g = h.

Solução:

Para to do y ∈ Y temos

h(y) = x (1)

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Por hipótese

g(f (x)) = x (2)


o que implica em

g(f (h(y))) = h(y) (3)


0
Como f : X → Y de (2) podemos concluir que existe um y ∈ Y tal que
0
g(y ) = x (4)
de modo que por (1) e (4) podemos dizer que
0
h(y) = g(y ) (5)

0
• Prova de que y = y .
0
Supondo por absurdo que y 6= y , então através da igualdade imediatamente acima concluı́mos
que f (x) 6= y . Ou seja, existe então um y ∈ Y tal que nenhum x ∈ X implique em g(f (x)) = x.
0
O que contraria o enunciado do problema. Portanto, y = y e assim (por meio da equação 5)
temos que g = h. C.Q.D.

5. Defina uma função sobrejetiva f : N → N tal que, para todo n ∈ N, a equação f (x) = n
possui uma infinidade de raı́zes x ∈ N. (Sugestão: todo número natural se escreve, de modo
único sob a forma 2a · b, onde a, b ∈ N e b é ı́mpar.)

Solução:

A função pedida é f : N → N com f (n) = a sendo n = 2a · b com b inteiro e ı́mpar.

• Prova de que a função é sobrejetora.


Isso é evidente, pois como a é qualquer, então f é sobrejetora.

• Prova de que a função possui infinitas raı́zes.


Se f (n) = a então f (20 · b) = 0 para todo valor de b. Assim, f possui infinitas raı́zes.

f (20 · 1) = 0
f (20 · 3) = 0
f (20 · 5) = 0
..
.

6. Prove, por indução, que se X é um conjunto finito com n elementos então existem n!
bijeções f : X → X .

Solução:

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(Base da indução) Para n = 1 então X é um conjunto unitário e, portanto, só pode ter
uma bijeção (n! = 1). Provando a base da indução.

(Passo indutivo) Seja X um conjunto com n = k + 1 elementos então a função f terá k + 1


elementos no domı́nio e no contradomı́nio.
Dm Cm
a1
a1
a2 a2
.. ..
. .
ak+1 ak+1

Fixando o elemento a1 do Dm podemos relacioná-lo a qualquer elemento do Cm, sendo assim,


temos k + 1 possibilidades para f (a1 ): f (a1 ) = a1 , ou f (a1 ) = a2 ,...,ou f (a1 ) = ak+1 .

Feito então essa relação (um elemento do Dm com um elemento do Cm), sobrarão k elementos
no Dm e no Cm a serem relacionados de modo a formarem uma bijeção. Por hipótese de indução
o numero de bijeções que podem ser feitos com esses k elementos é igual a k!.

Finalmente, aplicando o princı́pio fundamental da contagem teremos (k + 1) · k! = (k + 1)! de


bijeções que podem ser construı́das. Concluindo a prova da indução.

7. Qual o erro da seguinte demonstração por indução:

Teorema: Todas as pessoas têm a mesma idade.

Prova: Provaremos por indução que se X é um conjunto de n (n ≥ 1) pessoas, então todos


os elementos de X têm a mesma idade. Se n = 1 a afirmação é evidentemente verdadeira pois se
X é um conjunto formado por uma única pessoa, todos os elementos de X têm a mesma idade.
Suponhamos agora que a afirmação seja verdadeira para todos os conjuntos de n elementos.
Consideremos um conjunto com n + 1 pessoas, {a1 , a2 , · · · , an , an+1 }. Ora, {a1 , a 2 , · · · , a n } é um
conjunto de n pessoas, logo a1 , a2 , · · · , an têm a mesma idade. Mas {a2 , · · · , a n, a n+1} também
é um conjunto de n elementos, logo todos os seus elementos, em particular an e an+1 , têm a
mesma idade. Mas de a1 , a2 , · · · , an têm a mesma idade de an e an+1 têm a mesma idade, todos
os elementos de {a1 , a2 , · · · , an , an+1} têm a mesma idade, conforme querı́amos demonstrar.

Solução:

O passo indutivo, no processo de prova por indução, é a demonstração da condição.

P (n) ⇒ P (n + 1)

Entretanto, para n = 1 a implicação é falha

P (1) ⇒ P (2)

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pois, a indução é feita sobre o conjunto {a2 , ..., an+1} o qual a1 não pertence. É a desconsid-
eração desse fato que acarreta o erro na indução.

8. Prove, por indução, que um conjunto com n elementos possui 2n sub conjuntos.

Solução1:

• Provando para 1.

Seja A um conjunto com 1 elemento (A = {a1 }), então P(A) = {∅, a1 } ⇒= 21 .

• Provando para n = k + 1.
Precisamos provar que se B é um conjunto com n+1 elementos então P(B) têm 2k+1 elementos.

Se n(B) = k + 1 então ele pode ser escrito como

B = A ∪ {ak+1 }

Já que por hipótese de indução n(A) = k . Assim, para cada subconjunto S de A existem 2
subconjuntos de B: S e S ∪ {ak+1}. Logo n(P(B)) = 2 o que implica em n(P(A)) = 2 · 2k = 2k+1 .

Obs: A notação n(B) é usada para denotar o numero de elementos do conjunto B.

9. Dados n (n ≥ 2) objetos de pesos distintos, prove que é possı́vel determinar qual o mais
leve e qual o mais pesado fazendo 2n − 3 pesagens em uma balança de pratos. É esse o número
mı́nimo de pesagens que permitem determinar o mais leve e o mais pesado?

Solução da primeira parte:

Para n = 2 é obvio. Colocamos um objeto em cada prato da balança e observamos que com
apenas uma (2 · 2 − 2 = 1) pesagem é possı́vel perceber qual o mais pesado e o mais leve.

Se tivermos n = k +1 objetos então podemos separar um deles em 2n−3 pesagens, descobrimos


qual o mais pesado e qual o mais leve entre os k objetos restantes. Em seguida comparamos o
objeto que foi separado inicialmente com o objeto mais pesado dos k objetos já pesados. Agora
temos duas p ossibilidades.

• O objeto separado inicialmente é mais pesado.


Nesse caso já é possı́vel distinguir o objeto mais leve e o mais pesado com apenas (2n− 3)+ 1 =
2(n − 1) p esagem.
Contudo, como 2(n − 1) < 2(n + 1) − 3 então fica provado a afirmação.

• O objeto separado inicialmente é mais leve.


1 Solução
retirada das notas de aula da professora Anjolina Grisi de Oliveira da UFPE em 2007. Disponı́vel
em: http://www.cin.ufpe.br/ if670/1-2007/apinducao.pdf

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Nesse caso devemos realizar mais uma pesagem, pois o objeto separado pode ser o mais leve.
Assim, nesse caso teremos realizado (2n − 3) + 2 = 2n − 1 pesagens.
Como 2n − 1 = 2(n + 1) − 3 então fica novamente provado que 2n − 3 é um numero suficiente
de pesagens para determinar o objeto mais leve e o mais pesado.

Solução da segunda parte

Não. Como vemos na prova do passo indutivo pode ocorrer de conseguirmos determinar o
objeto mais leve e mais pesado com um numero maior de pesagens. Entretanto, 2n − 3 é o n◦
mı́nimo que garante o resultado para qualquer situação.

10. Prove que, dado um conjunto com n elementos, é possı́vel fazer uma fila com seus
subconjuntos de tal modo que cada subconjunto da fila pode ser obtido a partir do anterior pelo
acréscimo ou pela supressão de um único elemento.

Solução:

Para n = 1 é obvio.
Suponhamos então um conjunto X com n elementos dispostos numa fila tal como é descrito
como no enunciado.
Tomamos agora um (n + 1) elemento e o acrescentamos a fila, na ordem inversa, a cada
subconjunto da fila anterior, começando com o último. Assim teremos uma fila com todos os
elementos de X, dispostos como descritos no enunciado.

11. Todos os quartos do Hotel Georg Cantor estão ocupados, quando chegam os trens T1 ,
T2 , ..., Tn , ... (em quantidade infinita), cada um deles com infinitos passageiros. Que deve fazer
o gerente para hospedar todos?

Solução2:

No hotel, cujos quartos são Q1 , Q 2 , ..., Qn, ..., passe o hóspede do quarto Qn para o quarto
Q2n−1 . Assim, todos os quartos de número par ficarão vazios e os de numero ı́mpar, ocu-
pados. Em seguida, numere os três assim, T1 , T3 , T5 , T7 , ... Os passageiros do trem Ti serão
pi1 , pi2 , pi3 , ..., pik , ..., de modo que pik é o k-ésimo passageiro de Ti . Finalmente, complete a
lotação do hotel alojando o passageiro pik no quarto de número 2k · i . Como todo número par
se escreve, de modo único, sob a forma 2 k · i com k ∈ N é impar, haverá um hospede apenas em
cada quarto.

Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para
nibblediego@gmail.com para que possa ser feito a devida correção.

Para encontrar esse e outros exercı́cios resolvidos de matemática acesse: www.number.890m.com

2 Solução retirada da página do professor Luciano Monteiro de Castro da UFRN


(http://www.cerescaico.ufrn.br/matematica/arquivos/capmem/cardinais.pdf)

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A matemática do Ensino médio (volume 1)

Elon Lages Lima


Paulo Cezar Pinto Carvalho.
Eduardo Wagner.
Augusto César Morgado.
Resolvido por: Diego Oliveira.

4 Números Reais

1. Dados os intervalos A = [−1, 3), B = [1,4], C = [2,3), D = (1,2] e E = (0,2] dizer se 0


pertence a ((A−B)−(C∩D))−E.

Solução

Observe os segmentos:

−1 3
1 4

Assim A − B = [−1,1). Do mesmo modo se conclui que C∩D = (1,2]. Então (A−B) −
(C∩D) é o próprio A − B como se mostra na figura a seguir:

−1 1
1 2

Por fim temos (A−B)−E

−1 1
0 2

Como 0 ∈ A−B e 0 ∈
/ E ∴ 0 ∈ ((A−B)−(C∩D))−E.

2. Verifique se cada passo na solução das inequações abaixo esta correto:

5x + 3
> 2 ⇒ 5x + 3 > 4x + 2 ⇒ x > − 1
2x + 1
2x2 + x
< 2 ⇒ 2x2 + x < 2x2 + 2 ⇒ x < 2
x2 + 1

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Solução

O processo para resolver inequações fracionárias é o seguinte:

5x + 3
>2
2x + 1

5x + 3 − 2(2x + 1)
>2
2x + 1

x+1
>0
2x + 1

Resolvendo o numerador teremos: x + 1 > 0 ⇒ x > −1.


Resolvendo o denominador teremos: 2x + 1 > 0 ⇒ x > −0.5.

1 0. 5
− + + x+1
− − + 2x + 1
+ − + 2x+1
x+1

Chegando a conclusão de que x > −0.5 ou x < −1. O que confirma a suspeita de que as
implicações da letra a estão erradas. Isso porque ela assume que 2x + 1 seja sempre maior que
zero para todo valor de x ∈ R. A segunda implicação no entanto é verdadeira uma vez que x2 + 1
é de fato maior que zero para todo x ∈ R .

a c
3. Seja a, b, c, d > 0 tais que < . Mostre que
b d
a a+c c
< <
b b+d d

Solução

ad < bc

ad + ab < bc + ab

a(d + b) < b(c + a)


a c+a
<
b d+b

ad < bc

ad + cd < bc + cd

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d(a + c) < c(b + d)


a+c c
<
b+d d
a c
Das duas desigualdades anteriores e do fato de que < resulta que:
b d

a c+a c
< <
b d+b d

Uma pergunta que pode surgir é: Como se soube que devia se somar ab na primeira desigual-
dade ou cd na segunda?

A resposta para isso é bem simples. Como já sabemos o resultado fica fácil. Por exemplo,
queremos provar que:
a c+a c
< <
b d+b d
Do lado esquerdo temos:

a c+a
<
b d+b

Onde p odemos proceder do seguinte modo:

a(d + b) < (c + a)b

ad + ab < bc + ab

Assim percebemos que para provar o lado esquerdo precisamos somar ab em ambos os lados.

4. Qual é a aproximação da raiz cúbica de 3 com precisão de uma casa decimal.

Solução

Como a precisão é de uma única casa decimal a forma mais simples de se resolver o problema
é por inspeção, que nesse caso é 1,4. Outro método é por meio da formula de Newton (pág. 163).

5. Ao terminar um problema envolvendo radicais, os alunos são instados a racionalizar o


denominador do resultado. Por que?

Solução

Segundo o BLOG MANTHANO o costume de racionalizar os denominadores das frações


remonta a época em que não existia calculadoras, ou seja, era uma questão operacional; que

1 2
facilitava os cálculos manuais. Considerando a fração √ e sua forma já racionalizada
2 2

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é muito mais simples por meio desta ultima encontrar uma representação decimal para estas
1.4142 1
quantidades. Isso porque é muito mais fácil realizar a divisão do que .
2 1.4142
Para mais detalhes consulte o link:
http://manthanos.blogspot.com.br/2011/03/porque-racionalizar-o-
denominador.html

 
1
6. Considere todos os intervalos da forma 0, . Existe um numero em comum entre todos
n
estes intervalos? E se forem tomados intervalos aberto?

Solução

O zero pertence
 atodos os intervalos. No entantose considerarmos
 os intervalos abertos e
1 1
tomarmos n ∈ 0, com k > n, tem se que n ∈
/ 0, . Logo não existe um n comum a
k n
todos esses intervalos.

7. Considere um numero racional m/n, onde m e n são primos entre si. Sob que condições
este numero admite uma representação decimal finita? Quando a representação é uma dizima
periódica simples?

Solução

Nesse caso aplica-se as seguintes regras:

• Se n é uma potencia de 10 então m/n admite uma representação decimal finita.

• Se n no entanto for primo com 10 então m/n admite uma representação por meio de
uma dizima periódica simples.

8. O numero 0, 123456789101112131415... é racional ou irracional?

Solução
Como a sequencia de números depois da virgula não é periódica o numero é irracional.

9. Utilize a interpretação geométrica de modulo para resolver as equações e inequações abaixo:

a) |x − 1| = 4
b) |x + 1| < 2

31

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