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RECURSO DE APELAÇÃO,
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– RAZÕES DE APELAÇÃO –
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara.
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Às fls. 89/91 laudo pericial que concluiu pela inexistência de incapacidade
laborativa.
Às fls. 179/185 o novo laudo pericial, que concluiu pela incapacidade parcial e
permanente.
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Da leitura atenta da r. sentença aqui combatida, percebe-se que o magistrado
entendeu que “para a concessão de benefício de auxílio-doença impõe-se a demonstração
de que o acidente ocorreu no exercício de atividade laborativa”. Contudo, há diferença entre
o auxílio-doença acidentário e o auxílio-doença previdenciário, que é o que a apelante
requer.
No caso em tela, todas as patologias sofridas pela apelante podem ter sido
causadas pela atividade laboral, mas o que se requer é a concessão do auxílio-doença
previdenciário, não necessitando que tenha ocorrido qualquer acidente no local do trabalho,
razão pela qual requer a reforma da r. sentença para conceder à apelante o benefício
solicitado.
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Contudo, deve-se discutir em relação ao requisito da incapacidade, haja vista
que, em suas razões de decidir, o magistrado a quo pontuou que o expert delineou de
maneira precisa que a incapacidade foi apenas parcial e temporária. Porém, tal afirmação
é totalmente contrária ao disposto no laudo pericial de fls. 179/185, eis que a perita, ao
responder o item 04, respondeu tratar-se de incapacidade PARCIAL E PERMANENTE,
pontuando que à apelante é cabível a reabilitação.
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA E
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DORES LOMBARES E
TRANSTORNO DO DISCO CERVICAL. COMPROVAÇÃO. Tendo o
laudo pericial concluído pela incapacidade laboral parcial e
permanente da parte autora, confirmando a existência das
moléstias incapacitantes referidas na exordial (dores lombares e
transtorno do disco cervical - CID M54.5 e M50.1) que a impedem de
executar suas tarefas cotidianas, tudo isso associado às suas
condições pessoais - habilitação profissional (empregada doméstica),
baixa escolaridade e idade atual (58 anos), demonstra a efetiva
incapacidade para o exercício da atividade profissional, o que enseja,
indubitavelmente, a concessão de auxílio-doença desde a DER,
benefício a ser convertido em aposentadoria por invalidez a contar da
data do presente julgamento. (TRF4, AC 5016533-
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09.2019.4.04.9999, NONA TURMA, Relator PAULO AFONSO BRUM
VAZ, juntado aos autos em 12/03/2020)
Além disso, deve-se considerar que o laudo pericial não possui valor absoluto e
deve ser analisado juntamente com as demais provas existentes nos autos, não devendo o
magistrado ficar vinculado estritamente a ele.
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Neste sentido:
E mais:
IV – DO PREQUESTIONAMENTO
V – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer a Vs. Exas. que seja conhecido e dado provimento ao
presente recurso para reformar a r. sentença aqui combatida, julgando-se procedente o
pedido, na forma requerida na exordial.
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Cachoeiras de Macacu, 18 de maio de 2023