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LOJAS DUZEN TOS E DEZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nú-
mero______, sediada no endereço _______, CEP ________, correio eletrônico ________, nos autos
da Reclamação Trabalhista em epígrafe, que promove GERALDO, já qualificado na peça exordial, por
intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional em _____________, CEP
________, e-mail _____________, local indicado para o recebimento de notificações e intimações,
vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 847 d a CLT, cumulado com os artigos 300
e seguintes do CPC, aplicado subsidiariamente ao processo do por força do artigo 769 do diploma
consolidado, apresentar a seguinte
CONTESTAÇÃO
DA SÍNTESE FÁTICA
Trata-se de Reclamação Trabalhista, na qual Geraldo, auxiliar de serviços gerais, foi admitido
em 02/02/2010 pela empresa Lojas Duzentos e Dez LTDA., tendo pedido demissão em 15/07/2015,
percebendo como remuneração o valor de R$ 1.200,00. Alega que não recebeu o pagamento das
verbas rescisórias e que a reclamada cancelou o plano de saúde. Diante do exposto, ajuizou a presente
demanda contestada, em 26/03/2018, requerendo o pagamento das verbas rescisórias, bem como a
ativação do plano de saúde, mas não liquidou os pedidos.
Em virtude da ausência de concessão das verbas rescisórias e do cancelamento do plano,
pretende a compensação por danos morais no valor de 500.000,00. Informa a reclamada que alterou
a de nominação social para Lojas Duzentos e Dez S.A. e que não foi citada no endereço correto,
conforme alteração contratual. Aduz ainda que não efetuou o pagamento das verbas rescisórias,
porque o em pregado não tem direito, já que não cumpriu o prazo do aviso prévio, estando o TRCT
zerado, bem como que a convenção coletiva, em sua clausula 34ª estabelece que a obrigação de
conceder plano de saúde, perdura somente na vigência do contrato de trabalho.
PROVIDÊNCIA SANEADORA
Primeiramente, requer a retificação do polo passivo para que passe a constar como correto
LOJAS DUZENTOS E DEZ S.A., conforme alteração do contrato social de fl.___.
NULIDADE PROCESSUAL
A reclamada não foi devidamente citada, tendo em vista que a notificação foi encaminhada
para o endereço errôneo, pois o estabelecimento empresarial está situado em novo endereço,
conforme alteração contratual de fl.___. Desse modo, requer a declaração de nulidade do processo
por ausência de citação v álida, nos termos do art. 239 do CPC c/c art. 769 da CLT.
PRELIMINARMENTE
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
Conforme recente entendimento jurisprudencial do STJ, é de competência da Justiça comum
estadual o julgamento de ações que discutem o direito de ex-empregado, aposentado ou demitido
sem justa causa, de permanecer em plano de saúde coletivo oferecido pela empresa empregadora
aos trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão. A Justiça competente para o exame e
julgamento de feito (fundado nos artigos 30 e 31 da Lei 9.656/98) que discute direitos de ex-
empregado aposentado ou demitido sem justa causa de permanecer em plano de saúde coletivo
oferecido pela própria empresa empregadora aos trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão,
é a Justiça comum estadual, visto que a causa de pedir e o pedido se originam de relação autônoma
nascida com a operadora de plano de saúde, a qual possui natureza eminentemente civil, envolvendo
tão somente, de maneira indireta, os aspectos da relação de trabalho, razão pela qual requer a
extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, IV, do CPC/2015.
O valor indicado pelo reclamante a título de danos morais não cor responde ao proveito
econômico perseguido, tendo em vista ser desproporcional, se comparado ao valor de sua
remuneração. Desse modo, requer a alteração do valor pelo juízo, nos moldes do art. 2º da Lei
5584/70 e art. 292, §3º, do CPC.
INÉPCIA DA INICIAL
O reclamante não indicou o valor dos pedidos, sendo est e requisito da reclamação trabalhista
(art. 840, §1º, da CLT). Nessa senda, requer a extinção do processo sem resolução de mérito, nos
termos do art. 840, § 3º, da CLT e 485, I, do CPC.
PLANO DE SAÚDE
Considerando que o contrato de trabalho foi extinto, a reclamada não é obrigada a continuar
concedendo plano de saúde ao reclamante. A convenção coletiva, em sua clausula 34ª estabelece
que a obrigação perdura somente na vigência do contrato de trabalho, razão pela qual requer a
improcedência do pedido.
COMPENSAÇÃO
Considerando que o reclamante não cumpriu o prazo do aviso prévio, requer a compensação
da referida parcela com as de mais verbas rescisórias que forem deferidas, nos termos do art. 767 da
CLT.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a serem,
fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença, nos moldes do art. 791-
A, caput, da CLT.
DOS PEDIDOS
ROL DE TESTEMUNHAS