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RELATÓRIO PROCESSO

0100529-96.2017.5.01.0060

Defesa apresentada:
 O Grupo tem pedido Recuperação Judicial, autuado sob o n. 0040930-
62.2017.8.19.0001 e distribuído à 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de
Janeiro/RJ.
 Foi determinada “a suspensão do curso da prescrição das ações e execuções em face
das sociedades devedoras”.
 Os créditos objetos de tais ações e execuções não poderão ser satisfeitos no âmbito de
referidos processos judiciais e devem ser pagos estritamente nos termos do Plano de
Recuperação Judicial do Grupo Brasil Supply.
 O autor foi admitido e desligado nas datas constantes do anexo TRCT, a que se reporta.
A remuneração do autor era composta por inúmeras parcelas, a partir da Soldada Base,
também nos termos dos anexos documentos. Ocorre que, em razão das dificuldades
financeiras que culminaram com o seu pedido de recuperação judicial, a primeira ré
não conseguiu honrar com as verbas rescisórias devidas ao autor, cujo total líquido a
reclamada reconhece montar conforme o TRCT.
 Impugna, portanto qualquer outra base de cálculo. Trata-se, portanto, de uma situação
que é calamitosa para todos, inclusive para a empresa, que está em processo de
recuperação judicial. Considerando a recusa do Sindicato obreiro em homologar a
rescisão do contrato de trabalho, a reclamada não se opõe ao pedido do autor, em sede
de tutela de urgência, para que este Juízo autorize o levantamento do FGTS.
 O aviso prévio foi concedido em razão do encerramento das atividades da ré, conforme
acima narrado. Além do valor reconhecido acima, e conforme o TRCT em anexo, nada
mais é devido ao autor, no particular. Assim sendo, em caso de condenação, o que se
admite apenas para argumentar, a mesma seria devida de forma proporcional aos dias
efetivamente trabalhados. Improcede o pagamento do bônus por tempo de serviço,
quitado sob a rubrica 083, na forma dos recibos de pagamento em anexo, o mesmo
podendo ser dito em relação ao abono pretendido, quitado no mês de outubro de 2016
(gratificação de férias marítimo). Improcede. Recolhimentos previdenciários foram
corretamente efetuados, não havendo pendências no particular. Eventual atualização
monetária deverá considerar o critério da Súmula 439 do TST, salvo no caso de
eventual indenização por danos morais.
 Impugna os valores indicados na inicial, por partirem de pressupostos arbitrários,
unilaterais e por carecerem de demonstração cabal. Eventual cálculo deverá ser feito
por meio de liquidação, considerando aquilo que vier de ser apurado na instrução, e os
documentos anexados à presente. A correção monetária das verbas eventualmente
deferidas há de obedecer aos ditames que regem a matéria nos processos trabalhistas e
observar a época em que devido o crédito, conforme estabelecido pela reclamada.
Afasta-se, assim, qualquer outra forma que pretenda a reclamante em conflito com
essas normas cogentes. Aplica-se a Súmula 381 do TST.
 No caso de eventual condenação, requer seja declarada a efetivação dos descontos
relativos às contribuições ao INSS, aplicando-se o artigo 22, inciso I, § 3º e artigo 43,
da Lei 8.212/91, com redação dada pela Lei 8.620/03, a qual prevê que o fato gerador
das contribuições previdenciárias decorrentes de sentença trabalhista é o pagamento,
nos autos do processo, das verbas que compõem o salário-de-contribuição, não
incidindo juros e multa a partir da época da prestação dos serviços, sob pena, ainda de
violação ao art 195, I, "a" da Constituição Federal e conforme a Súmula 17 do TRT da
Segunda Região.
 Por fim, não há que se falar em transferência de responsabilidade à empresa pelo
pagamento de eventuais cotas fiscais e previdenciárias que venham a ser de
responsabilidade da parte autora, em relação aos pedidos que vierem a ser julgados
procedentes na presente reclamação, ante os termos da Orientação Jurisprudencial nº
363.
Formas de execução tentadas:
 O valor total da condenação é de R$134.056,25 (incluso as custas processuais),
conforme memória de cálculo anexo, que integra esta sentença, sendo
R$111.038,19 líquidos devidos à parte autora; R$10.994,31 à Previdência Social; e
R$8.769,25 à Fazenda Nacional (IRRF). Custas processuais no valor total de
R$3.254,50, sendo de R$2.616,04 as custas de conhecimento (art. 789 da CLT) e de
R$638,46 as custas de execução (art. 789-A da CLT), pela reclamada. O imposto de
renda deverá ser recolhido em conformidade com o art. 46, § 1º, incisos I, II e III da
Lei nº 8.541, de 1992, salientando que é do empregador a responsabilidade pelo
recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais resultantes de crédito do
empregador oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à
incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A, da lei nº
7.713, de 22/12/1998, com a redação dada pela lei nº 12.350/2010 (súmula nº 368,
do C. TST). Quando da liquidação, deverá também ser observada a súmula nº 36,
do E. TRT/1ª Região, que pacificou o entendimento de que a Justiça do Trabalho é
incompetente para execução de contribuições em favor de terceiros, destinadas ao
denominado "Sistema S". Diante das irregularidades aqui verificadas, oficie-se à
DRT, à CEF e ao INSS, a fim de que tomem as medidas cabíveis à espécie. Em
razão da Portaria Conjunta PGF/PGFN nº 433, de 25 de abril de 2007, intime-se a
ProcuradoriaGeral Federal em relação ao resguardo dos interesses da Fazenda
Pública, seja em razão das contribuições previdenciárias, seja em razão de imposto
de renda. Intimem-se as partes do teor da decisão.
 Portanto, face a liquidação realizada através do sistema JURISCALC. conforme
determinada na r. sentença exarada no dia 22 de outubro de 2017, seja expedida a
CERTIDÂO DE CREDITO para que a parte autora se habilite no processo de
RECUPERAÇÃO JUDICIAL que tramita na 5ª. Vara Empresarial da Comarca da
Capital, processo nº 0040930-62.20178.19.0001.
 Reiterar a petição de id 98d4f48, no sentido de que seja expedida certidão de crédito
no valor de apurado por ocasião dos cálculos que acompanharam a sentença , a fim
da habilitação do reclamante junto ao processo de Recuperação Judicial.
 Considerando que o passivo trabalhista não será contemplado no Plano de
Recuperação Judicial, devendo ser pago nas condições originárias, em sede
adequada, defiro o pedido formulado pelas recuperandas.
 O reclamante requereu o prosseguimento da execução em face da reclamada nesta
justiça, especializada, tendo o juízo em r. decisão determinado a expedição de
certidão de crédito, para fins de habilitação junto ao processo de recuperação.
Ocorre que, o juízo da 5º vara empresarial, vem julgando extinto habilitações de
crédito de credores trabalhista em razão dos referidos créditos não terem sido
REESTRUTURADOS e incluídos no plano recuperação judicial .Verifica-se que há
concordância do Ministério Público e do administrador judicial.(doc. anexo)
Cumpre informar que os bens da reclamada encontram-se descritos nas
demonstrações contábeis e relatório de fluxo de caixa dos últimos três exercícios.
 Considerando que o reclamante levou a conhecimento desta justiça especializada
que o processo de recuperação judicial não reestruturou os créditos trabalhistas , o
presente embargo tem o condão de requerer a aplicação de efeitos infringentes, em
razão da gravidade dos fatos a serem abordados. A decisão recorrida determinou
que o embargante prosseguisse com a execução junto a 5ª vara empresarial e que
deveria requerer junto ao administrado judicial MARCELLO MACEDO
ADVOGADOS, com endereço na Rua do Carmo 57 4º andar-Centro-RJ.O
embargante juntou aos autos, petição do administrados judicial na qual o próprio
informa que a execução dos créditos trabalhistas deveria prosseguir nesta justiça em
razão de não terem sido reestruturados.
 Ante o exposto, não sendo possível a habilitação do credito do reclamante na
recuperação judicial requer o recolhimento ou cancelamento de eventual certidão de
habilitação de crédito já expedida.
 Intime-se a Reclamada para pagamento do valor devido, no prazo de 48 horas, sob
pena de penhora on line (SISBAJUD), ante a manifestação da reclamada.
 Assim, o reclamante requer o redirecionamento da execução para as empresas
acionistas do Grupo que constituiu a reclamada principal, consoantes o Ato
Constitutivo da reclamada e a Ata de Assembleia. Requer, a intimação das
empresas acionistas acerca do redirecionamento da execução e que seja
determinado o bloqueio de créditos até o limite do crédito da execução através das
ferramentas tecnológicas para penhora (teimosinha), na ordem do artigo 835 do
CPC.

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