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AULA 9
DIREITOS E VANTAGENS
1 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
1.1 SUBSÍDIOS
No que diz respeito aos subsídios, note-se que foi acrescido à CF/88 via EC nº
19/98, pois o texto original não previu essa forma de retribuição. Tal
modalidade de remuneração passou a ser conferida a certos cargos, e fixada
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Exemplifique-se, entre tantas outras, com as carreiras de Auditoria Federal, de Gestão
Governamental, do Banco Central do Brasil e de Diplomata, objeto da MP nº 440/2008.
2
STF, RE-AgR 369.010/SP, relator Ministro Joaquim Barbosa, publicação DJ 16/06/2006:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. PISO DE
VENCIMENTO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO. POSSIBILIDADE. O Plenário desta Corte, ao
julgar os RREE 197.072, 199.098 e 265.129, firmou o entendimento de que o artigo 7º, IV,
combinado com o artigo 39, § 2º, ambos da Constituição, se refere à remuneração total
recebida pelo servidor em atividade e não apenas ao vencimento-base. Agravo Regimental a que
nega provimento.
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inferior ao salário mínimo”. Com isso, é o total da remuneração que não pode
ser inferior ao salário mínimo, e não mais o vencimento, como antes previsto.
Quanto à isonomia de vencimentos, é assegurada para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à
natureza ou ao local de trabalho (art. 41, § 4º). Era também conteúdo
expresso do art. 39, § 1º da CF/88, alterado pela EC nº 19/98, que deixou de
prever, por essa via constitucional, a garantia direta de isonomia. Contudo,
manteve-se a regra do inciso XII, art. 37, garantindo que o Judiciário e o
Legislativo, que tradicionalmente têm altos vencimentos, não poderão pagar
mais que o Executivo. Ademais, a alteração constitucional não exclui a
possibilidade de a Lei garantir esse direito aos servidores, mantendo-se,
portanto, a plena vigência do art. 41, § 4º do Estatuto, mesmo após a
promulgação da EC nº 19/98.
Na ausência de previsão legal, segundo o entendimento pacífico do STF e do
STJ, não é possível ao Judiciário a concretização do princípio da isonomia,
considerados os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, posto que não
lhe compete “substituir o legislador ordinário para estender a servidores
vantagens e benefícios não previstos em lei”3. Assim, “a isonomia salarial
depende de ato legislativo específico que declare a similitude entre cargos e
funções, não cabendo ao Poder Judiciário implementá-la, a teor do disposto na
Súmula nº 339/STF”4, a saber:
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de
isonomia.
Competente lição sobre o tema proferiu o ilustre Ministro relator, ao analisar a
questão, ainda sob a égide da redação original do art. 39, § 1º, da CF/88:
O art. 39, § 1º, da Constituição - "A Lei assegurará, aos servidores
da administração direta, isonomia de vencimentos para cargos de
atribuições assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário..." - é princípio
explicitamente dirigido ao legislador e, portanto, de efetividade
subordinada à sua observância recíproca pelas leis de fixação dos
vencimentos dos cargos de atribuições iguais ou assemelhadas: é
que a Constituição mantém a proibição, vinda de 1967, de
vinculações ou equiparações de vencimentos (CF 88, art. 37, XIII), o
que basta para elidir qualquer ensaio - a partir do princípio geral da
isonomia - de extrair, de uma lei ou resolução atributiva de
vencimento ou vantagens determinadas a um cargo, força bastante
para estendê-los a outro cargo, por maior que seja a similitude de
3
STF, RE 342.802 AgR/SP, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 14/02/2003 e ADI
1.782/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 15/10/1999.
4
STJ, ROMS 11.830/PR, relator Ministro Paulo Gallotti, publicação DJ 24/02/2003. Veja
também: ROMS 13.964/SP, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 19/08/2002 e
ROMS 14.216/SP, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 17/06/2002.
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STF, ADI 1.776/DF, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 26/05/2000.
6
STJ, ROMS 15.546/MS, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 15/12/2003.
7
STF, RE 364.317/RS, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 21/11/2003.
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como diz o art. 41 do Estatuto, essa situação representa uma quebra patente
da isonomia.
A irredutibilidade também não alcança os tributos, que podem reduzir o valor
líquido recebido. Assim, o teto se refere ao valor bruto, sendo perfeitamente
possível que o valor recebido seja inferior ao teto, em face da incidência, por
exemplo, do imposto sobre a renda (artigos 150, II; 153, III e 153, § 2º, I,
CF/88).
Tal irredutibilidade, garantia constitucional, é modalidade qualificada da
proteção ao direito adquirido, na medida em que a sua incidência pressupõe a
licitude da aquisição do direito a determinada remuneração8. Assim, se o
acréscimo da remuneração advém de fonte ilícita, por óbvio que não cabe
exigir sua manutenção nesse patamar. Recentemente, decidiu o STF, embora
em decisão não unânime, que essa garantia abarca tanto o cargo efetivo
quanto o cargo em comissão9.
No que se refere à isonomia de reajustes, prevista no art. 37, X, CF/88, só
cabe quando efetivada com a finalidade de promover revisão geral anual, não
para corrigir distorções apenas de uma determinada categoria:
SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE. ISONOMIA.
SÚMULA STF Nº 339. ART. 37, X, DA CF/88. O princípio da isonomia
dirige-se aos Poderes Executivo e Legislativo, a quem cabe
estabelecer a remuneração dos servidores públicos e permitir a sua
efetivação. Vedado ao Judiciário estender aumentos que foram
concedidos apenas a uma determinada categoria. Precedente: RE
173.252. O recorrido editou várias leis de reajustes de vencimentos
aos seus servidores, sem a finalidade de promover uma revisão geral
de remuneração, mas para corrigir distorções. Situação que não se
confunde com a previsão do art. 37, X, da CF/88. Precedente: RE
307.302-ED.10
8
STF, RE 298.695/SP, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 24/10/2003.
9
STF, RE 378.932/PE, relator Ministro Carlos Britto, publicação DJ 14/05/2004.
10
STF, RE 355.517/PR, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 29/08/2003.
11
CF/88, redação anterior do art. 37, XI: “A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
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qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou
de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal.”
12
CF/88, redação anterior do art. 48, XV: “(...) fixação do subsídio dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os
arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.”
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STF, ADI 3.854 MC/DF, relator Ministro Cezar Peluso, publicação DJ 08/03/2007, noticiado no
Informativo 457: O Tribunal, por maioria, nos termos do voto do Relator, concedeu a liminar,
conforme o artigo 10, § 3º, da Lei nº 9.868, de 10.11.1999, para, dando interpretação conforme à
Constituição ao artigo 37, inciso XI, e § 12, da Constituição da República, o primeiro
dispositivo, na redação da EC nº 41/2003, e o segundo, introduzido pela EC nº 47/2005, excluir a
submissão dos membros da magistratura estadual ao subteto de remuneração, bem como
para suspender a eficácia do artigo 2º da Resolução nº 13/2006 e do artigo 1º, § único, da
Resolução nº 14, ambas do Conselho Nacional de Justiça.
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STF, Ata da 3ª Sessão Administrativa, realizada em 24 de junho de 1998.
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Sob a vigência da EC nº 19/98, na 1ª edição desta obra, tive a oportunidade de me
manifestar no seguinte sentido:
“Com relação ao que está ou não incluído no teto, a regra supra deve ser interpretada em
consonância com a Reforma Administrativa (EC nº 19/98) e a jurisprudência do STF.
A previsão constitucional expressa é de que se incluem no teto as vantagens pessoais ou de
qualquer natureza, além de qualquer outra espécie remuneratória. No entanto, como dito, para o
STF, essas normas não são auto-aplicáveis, ou seja, dependem de regulamentação por lei de
iniciativa conjunta. Assim, seguindo entendimento do STF, as vantagens pessoais que
estão excluídas do teto, enquanto ausente regulamentação, são as decorrentes de
situação funcional própria do servidor e as que representem uma situação individual
ligada à natureza ou às condições do seu trabalho. E exemplifica: a gratificação de
gabinete, o salário-família, o adicional de função, os adicionais por tempo de serviço e por
tempo de guerra.
Por outro lado, as vantagens ligadas ao cargo exercido pelo servidor, e não à pessoa deste, não
são suscetíveis de exclusão do cálculo para efeito de apuração do teto remuneratório (STF, ADI
14, relator Ministro Célio Borja, publicação DJ 30/11/1989; RE 312.026/SP, relator Ministro
Ilmar Galvão, publicação DJ 14/12/2001; AO 524/PA, relator ministro Nelson Jobim, publicação
DJ 20/04/2001).”
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STF, ADI nº 3.831/DF-MC, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 03/08/2007: ADI.
RESOLUÇÃO CNMP N. 15/2006. AFRONTA AO ART. 37, INC. XI, § 12, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. 1. A Resolução n. 15, de 4 de dezembro de 2006, do Conselho Nacional do
Ministério Público, cuida dos percentuais definidores do teto remuneratório dos membros e
servidores do Ministério Público. 2. A Resolução altera outras normas de igual natureza,
anteriormente vigentes, possibilitando a) ser ultrapassado o limite máximo para a remuneração
dos membros e servidores públicos do Ministério Público dos Estados até agora fixado e b)
estabelecer-se novo padrão remuneratório para aqueles agentes públicos. 3. Descumprimento
dos termos estabelecidos no art. 37, inc. XI, da Constituição da República pelo Conselho
Nacional do Ministério Público, por contrariar o limite remuneratório máximo definido
constitucionalmente para os membros do Ministério Público dos Estados Federados. 4.
Necessidade de saber o cidadão brasileiro a quem paga e, principalmente, quanto paga a cada
qual dos agentes que compõem os quadros do Estado. 5. Possível inconstitucionalidade formal,
pois a norma expedida pelo Conselho Nacional do Ministério Público cuida também da alteração
de percentuais a serem aproveitados na definição dos valores remuneratórios dos membros e
servidores do Ministério Público dos Estados, o que estaria a contrariar o princípio da legalidade
específica para a definição dos valores a serem pagos a título de remuneração ou subsídio dos
agentes públicos, previsto no art. 37, inc. X, da Constituição da República. 6. Possível não-
observância dos limites de competência do Conselho Nacional do Ministério Público, que atuou
sob o argumento de estar cumprindo os ditames do art. 130-A, § 2º, da Constituição da
República. 7. Suspensão, a partir de agora, da eficácia da Resolução n. 15, de 4 de dezembro de
2006, do Conselho Nacional do Ministério Público, mantendo-se a observância estrita do quanto
disposto no art. 37, inc. XI e seu § 12, no art. 39, § 4º, e no art. 130-A, § 2º, todos da
Constituição da República. 8. Medida cautelar deferida.
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Art. 1º As remunerações e os subsídios dos servidores públicos dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais, serão revistos, na
forma do inciso X do art. 37 da Constituição, no mês de janeiro, sem distinção de índices,
extensivos aos proventos da inatividade e às pensões.
18
STF, RE 412.383/DF, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 04/06/2004.
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STF, ADI 2.726/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 29/08/2003.
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STF, MS 24.544/DF, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 04/03/2005.
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STF, MS 24.182/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 27/02/2004.
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implicará sua inscrição em dívida ativa (art. 47, parágrafo único), cuja
certidão, segundo o art. 585, VI, do CPC, constitui Título Executivo
Extrajudicial, que permite execução forçada em juízo, com citação para
imediato pagamento ou penhora de bens para fazer face ao débito.
O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos, resultante
de decisão judicial (art. 48).
22
STJ, CC 3.652/SC e CC 3.302/SC, relator Ministro Jesus Costa Lima, publicação DJ
15/02/1993.
23
STF, ADI nº 3.395, relator Ministro Cezar Peluso, publicação DJ 09/04/2006.
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2 INDENIZAÇÕES
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STF, Ag. Reg. na MC na Rcl 4.785/SE, relator Ministro Gilmar Mendes, publicação DJ
13/03/2008, noticiado nos Informativos 493 e 498: O disposto no art. 114, I, da Constituição da
República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja
vinculado por relação jurídico-estatutária, entendida esta como a relação de cunho jurídico-
administrativo originada de investidura em cargo efetivo ou em cargo em comissão. Tais
premissas são suficientes para que este Supremo Tribunal Federal, em sede de reclamação,
verifique se determinado ato judicial confirmador da competência da Justiça do Trabalho afronta
sua decisão cautelar proferida na ADI 3.395/DF. A investidura do servidor em cargo em
comissão define esse caráter jurídico-administrativo da relação de trabalho.
25
STF, Rcl 5.381/AM, relator Ministro Carlos Britto, publicação DJ 08/08/2008, Informativos 499 e
514: No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer
interpretação do inciso I do artigo 114 da CF (na redação da EC 45/2004) que inserisse, na
competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e
seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº
2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato.
Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados. Veja também:
STF, RE 573.202/AM, relator Ministro Ricardo Lewandowski, julgamento em 21/08/2008, Rcl
5.264/DF, relatora Ministra Cármen Lúcia, Informativo 523, e CC 7.201/AM, relator para o
acórdão Ministro Ricardo Lewandowski, julgamento em 29/10/2008, Informativo 526.
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Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal.
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Com redação dada pela Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006.
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Lei nº 11.355/2006.
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2.2 DIÁRIA
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2.4 AUXÍLIO-MORADIA
Essa é uma nova indenização que passou a ser prevista para o servidor em
2006, através da promulgação da Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006,
objeto da conversão da MP nº 301, de 29 de junho de 2006.
O art. 157 dessa Lei acrescentou ao Titulo III, Capítulo II, Seção I, da Lei no
8.112/90 a Subseção IV: “Do Auxílio-Moradia”.
O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente
realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação
da despesa pelo servidor (art. 60-A).
Os requisitos para concessão do auxílio-moradia ao servidor são os seguintes
(art. 60-B):
I – não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;
II – o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;
III – o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário
de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de
lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação;
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Região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios
limítrofes.
30
Esse requisito, previsto no art. 60-B, IX, foi incluído pela MP nº 341/2006, convertida na Lei
nº 11.490, de 20 de junho de 2007.
31
Artigo com redação dada pela MP nº 431/2008, posteriormente convertida na Lei nº
11.784/2008. Compare a redação anterior: “O auxílio-moradia não será concedido por prazo
superior a cinco anos dentro de cada período de oito anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de
Município de exercício do cargo”.
32
Parágrafo com redação dada pela MP nº 431/2008, posteriormente convertida na Lei nº
11.784/2008. Compare a redação anterior: “Transcorrido o prazo de cinco anos de concessão, o
pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput, os requisitos do
caput do art. 60-B, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B”.
33
Artigo com redação dada pela MP nº 431/2008, posteriormente convertida na Lei nº
11.784/2008. Compare a redação anterior: “O valor do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco
por cento do valor do cargo em comissão ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não
poderá ser superior ao auxílio-moradia recebido por Ministro de Estado”.
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Art. 60-D...
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e
cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função
comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os
requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e
oitocentos reais).34
No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará
sendo pago por um mês (art. 60-E).
Por fim, previu o art. 158, § 2º, da Lei nº 11.355/2006 que “ficam
convalidados os pagamentos realizados a título de auxílio-moradia com base
no art. 1o do Decreto no 1.840, de 20 de março de 1996”.
3 GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
34
O art. 158 da Lei nº 11.355/2006 assim previa: “Até 30 de junho de 2008, o valor do auxílio-
moradia continuará sendo de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais)”.
35
STF, AI 437.175/PE, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 05/09/2003. Outros
julgados no mesmo sentido: RE 244.697/SP, publicação DJ 31/08/2001; RE 259.258/SP,
publicação DJ 27/10/2000; RE 244.081/SP, publicação DJ 10/11/2000.
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V – adicional noturno;
VI – adicional de férias;
VII – outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho;
VIII – gratificação por encargo de curso ou concurso36.
Esse artigo previa ainda a vantagem relativa ao adicional por tempo de
serviço, revogada pela Medida Provisória nº 2.225-45 de 2001, ainda em vigor,
mas não convertida em lei.
36
Inserido pela MP nº 283, de 23/02/2006, convertida na Lei nº 11.314, de 03/07/2006.
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37
Lei nº 8.270/91, art. 12.
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38
STJ, RESP 464.312/RS, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 09/12/2003.
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em serviço não penoso e não perigoso (art. 69, parágrafo único). Quanto aos
outros e seus locais de trabalho, ambos serão mantidos sob controle
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o
nível máximo previsto na legislação própria. Ademais, serão submetidos a
exames médicos a cada 6 (seis) meses (art. 72) e gozarão 20 (vinte) dias
consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em
qualquer hipótese, a acumulação (art. 79).
Outros três adicionais são devidos ao servidor, também deferidos pelo texto
constitucional, em seu art. 7º, IX, XVI e XVII, estendidos aos servidores
públicos pelo art. 39, § 3º, CF/88.
Serviço extraordinário é popularmente conhecido por hora extra, e considera-
se como tal aquele realizado após o horário normal de trabalho ou antes de ele
começar. Será permitido apenas para atender a situações excepcionais e
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada (art.
74) e será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em
relação à hora normal de trabalho (art. 73).
Isto posto, fica evidente que, em não havendo prévia autorização da
autoridade competente, o serviço extraordinário não será remunerado.
Considera-se noturno o serviço prestado em horário compreendido entre 22
(vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, computando-
se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos (art. 75).
Assim, durante esse período, a carga de trabalho efetiva é de 7 (sete) horas,
mas considerada como se fosse de 8 (oito) horas.
O valor-hora será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). Se, além de
horário noturno, for também hora extra, o percentual incidirá também sobre o
adicional acima citado.
Se o valor da hora normal for de $ 200,00, teremos acrescidos os seguintes
valores de adicionais:
I – por serviço extraordinário (50%): $ 100,00;
II – por serviço noturno (25%): $ 50,00;
III – por serviço extraordinário e noturno (50% e 25%): $ 175,00.
Por ocasião das férias, o servidor receberá um adicional correspondente a 1/3
(um terço) da remuneração do período das férias, independente de solicitação,
calculado inclusive sobre a vantagem devida pelo exercício de função de
direção, chefia ou assessoramento, e também ao ocupante cargo em comissão
(art. 76).
O acréscimo desse adicional justifica-se pela necessidade de o servidor gozar
plenamente suas férias, precisando de mais dinheiro no período.
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Essa novidade, que veio batizada como gratificação, surgiu com a MP nº 283,
de 23/02/2006, posteriormente convertida na Lei nº 11.314, de 03/07/2006.
Tal Lei incluiu o inciso IX ao art. 61, como já citado em item precedente,
prevendo essa nova gratificação por encargo de curso ou concurso.
O regramento acerca dessa gratificação veio com a inclusão da Subseção VIII
no Capítulo II do Título III do Estatuto, com a seguinte redação:
Subseção VIII
Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida
ao servidor que, em caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
administração pública federal;
II – participar de banca examinadora ou de comissão para exames
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas,
para elaboração de questões de provas ou para julgamento de
recursos intentados por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento,
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes;
IV – participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades.
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que
trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os
seguintes parâmetros:
I – o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a
natureza e a complexidade da atividade exercida;
II – a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120
(cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de
excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada
pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar
o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;
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Com redação dada pela MP nº 359/2007, convertida na Lei nº 11.501, de 11/07/2007.
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Com redação dada pela MP nº 359/2007, convertida na Lei nº 11.501, de 11/07/2007.
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4 FÉRIAS
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STJ, REsp 494.702/RN, relator Ministro Jorge Scartezzini, publicação DJ 16/06/2003 e REsp
166.354/PB, relator Ministro Fernando Gonçalves, publicação DJ 21/02/2000.
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5 LICENÇAS
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STF, AI-AgR 594.001/RJ, relator Ministro Eros Grau, publicação DJ 06/11/2006.
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funções tão logo seja possível. Se não houver outro cargo compatível para ser
exercido, a licença será concedida sem remuneração.
Com a convocação do servidor para o serviço militar, terá ele direito à
licença, na forma e condições previstas na legislação específica (art. 85). Essa
licença refere-se, principalmente, à convocação extraordinária ou aos casos de
guerra externa. No que concerne ao serviço militar obrigatório, prestado por
todo jovem, cabe um breve comentário: ainda que a quitação com as
obrigações militares seja requisito básico para investidura em cargo público
(art. 5º, III), pode haver nomeação antes da convocação, caso em que
também faria jus à licença.
Uma vez concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias, sem
remuneração, para reassumir o exercício do cargo (art. 85, parágrafo único). A
licença para atividade política será concedida ao servidor candidato a
cargo eletivo, que tanto pode ser para Vereador, quanto para Deputado
Estadual ou Federal, Senador, Prefeito, Governador ou Presidente da
República.
A licença será concedida, sem remuneração, durante o período que mediar
entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral (art. 86).
No entanto, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao
da eleição, a licença será concedida, assegurando-se os vencimentos do
cargo efetivo (art. 86, § 2º). Porém, o pagamento está garantido durante o
período máximo de três meses, a partir do que, se tiver direito ainda à licença,
não mais haverá qualquer retribuição pecuniária.
Em sendo o servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha
suas funções e exercendo cargo de direção, chefia, assessoramento,
arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
seguinte ao do pleito (art. 86, § 1º).
A licença para capacitação poderá ser concedida ao servidor, no interesse da
Administração, para participar de curso de capacitação profissional (art. 87).
Somente será possível após cada qüinqüênio de efetivo exercício, e por até
três meses, com a respectiva remuneração. Esses períodos de licença não
são acumuláveis (art. 87, parágrafo único).
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Sobre entidade de classe, veja o julgado do STF, MS 21.806/DF, relator Ministro Celso de
Mello, publicação DJ 16/02/1996.
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6 AFASTAMENTOS
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Regulamentada, entre outros, pelos Decretos nº 4.050/01, nº 4.273/02, nº 4.493/02 e nº
4.587/03.
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Lei nº 11.355/2006.
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STJ, ROMS 8.561/GO, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 17/05/1999 e
ROMS 9.572/GO, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 31/08/1998.
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PARA GUARDAR
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princípio da isonomia (CF, art. 5º, caput e I) por estabelecerem, sem nenhuma
razão lógico-jurídica que o justifique, tratamento discriminatório entre
magistrados federais e estaduais que desempenham iguais funções e se
submetem a um só estatuto de âmbito nacional (Informativo 457).
III – União: o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal. Este limite, além de vincular a União, é também geral, valendo para
todos os entes, que também têm limites individuais.
9 Considerações importantes sobre o teto das remunerações e subsídios:
I – engloba tanto os que recebem remuneração quanto os que recebem
subsídio; tanto os estatutários quanto os celetistas;
II – inclui servidores da Administração Direta, autárquica, fundacional (art. 37,
XI, CF/88), bem como as empresas públicas e as sociedades de economia
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º, CF/88). Note-se que no que
se refere às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, a regra é própria. Assim, só se sujeitam ao limite imposto se
receberem recursos estatais para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral;
III – o limite relativo ao subsídio do Ministro do STF vale para todos os
servidores dos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
bem como seus agentes políticos, sendo previstos limites diferenciados para
cada ente;
IV – as aposentadorias e pensões também estão limitadas a esses tetos;
V – em caso de acumulação permitida, a soma das remunerações não poderá
ultrapassar os limites de cada ente. Note-se que, em sessão administrativa, o
STF fixou, por unanimidade, o entendimento de que, no caso específico da
acumulação dos cargos de Ministro do Supremo Tribunal Federal e Ministro do
Tribunal Superior Eleitoral, determinada pelo artigo 119, inciso I, letra ‘a’ da
Constituição, não se aplica a cumulação das remunerações para fins de
incidência do limite estabelecido pelo inciso XI do artigo 37, CF/88. Assim,
receberão ambos os subsídios cumulativamente;
VI – as parcelas de caráter indenizatório, previstas em lei, não serão
computadas para cálculo do teto remuneratório (EC nº 47/2005).
9 A aplicação do teto para os servidores do Poder Judiciário e para os
magistrados foi regulada pelo Conselho Nacional de Justiça através das
Resoluções nº 13 e 14, ambas de 21/03/2006, onde estão previstas a verbas
que estão sujeitas ao teto, bem assim aquelas excluídas. No âmbito do
Ministério Público, foi a Resolução do CNMP nº 09, de 05/06/2006, que fixou as
regras concernentes ao teto remuneratório de seus membros, posteriormente
alterada pela Resolução CNMP nº 15, de 04 de dezembro de 2006, e suspensa
pelo STF (ADI nº 3.831/DF-MC, DJ 03/08/2007), por afronta ao art. 37, XI, §
12, CF/88.
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