AGENTES PÚBLICOS

O conceito de agentes públicos se enquanto o sentido amplo de

encontra na Lei de Improbidade funcionário público do CP é para a
Administrativa (Lei n. 8.429/92), que responsabilização penal.
foi praticamente reescrita em 2021. Tipos de Agentes públicos:
Lei 8.429/92.
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei,
consideram-se agente público o
agente político, o servidor público e
todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades referidas no art. Algumas observações:
1º desta Lei. (Redação dada pela Lei
• Agentes políticos – Incluem-se
n. 14.230, de 2021).
nessa categoria os magistrados e os
Agente público é, portanto, uma membros do Ministério Público;
expressão em sentido amplo.
• Agentes administrativos –
Comparando o art. 2º acima com o Pertencem às autarquias, às
art. 327 do Código Penal (CP; fundações, às empresas públicas e às
Decreto-Lei n. 2.848/40), tem-se o sociedades de economia mista;
seguinte conceito de funcionário
• Agentes credenciados – Peritos
público, também em sentido amplo:
particulares credenciados na Justiça;
CP. Art. 327. Considera-se os peritos concursados se tornam
funcionário público, para os efeitos agentes administrativos.
penais, quem, embora
Regime jurídico:
transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego CF/88. Art. 39. A União, os Estados,
ou função pública. o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua
O sentido amplo do conceito de
competência, regime jurídico único e
agente público da Lei de Improbidade
planos de carreira para os servidores
se aplica à responsabilização civil,
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da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.
Esse regime jurídico único poderá ser
estatutário (baseado no estatuto) ou o
celetista (pessoas de direito privado,
como as empresas públicas e as
sociedades de economia mista).
Servidores Públicos
Art. 37. A administração pública
direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
O princípio da eficiência foi
acrescentado depois, com a EC 19/98,
a chamada reforma administrativa.
A administração direta é formada
pelos entes políticos União, estados,
Distrito Federal e municípios,
enquanto a administração indireta é
formada pelas entidades
administrativas autarquias,
fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista.
I – os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; Existem
diferenças entre cargos, empregos e
funções:
• Funções – Destinadas aos
temporários (art. 37, IX, CF), que
passam por processo seletivo, não por
concurso público;
TETO REMUNERATÓRIO
CF. Art. 37. (...) XI – a remuneração e
o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou
outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do
Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder
Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento do
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subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal
Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores
Públicos;
CF/88. Art. 39. (...) § 4º O membro
de Poder, o detentor de mandato
eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais
serão remunerados exclusivamente
por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 19, de
1998)
Obs.: Assim, o teto geral
(remuneração + subsídio) é quanto
ganham os ministros do STF. Existem
ainda os subtetos:
a) Municipal – Quanto ganha o
Prefeito;
e b) Estadual – Executivo: quanto
ganha o Governador; Legislativo:
quanto ganha um Deputado Estadual;
e Judiciário: quanto ganham os
Desembargadores dos Tribunais de
Justiça.
Art. 37. (...) XII – os vencimentos dos
cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder
Executivo;
XIII – é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço
público; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
XIV – os acréscimos pecuniários
percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos
ulteriores; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de
1998)
XV – o subsídio e os vencimentos
dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o
disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 19, de
1998).
Obs. Existe súmula vinculante que
diz que se o servidor receber abaixo
do salário mínimo, haverá um abono
para completar, sobre o qual não
poderão incidir gratificações e
adicionais;
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• Alteração na remuneração do
servidor só pode ser feita mediante
lei, devendo-se respeitar a reserva
legal.
• Algumas gratificações e alguns
adicionais podem ser incorporados,
mas jamais se forem transitórios,
motivo pelo qual as indenizações
nunca podem ser incorporadas;
• A regra é a irredutibilidade da
remuneração, de acordo com o art.
37, XV, CF;
• Quem recebe subsídio também tem
direito a 13º salário e a 1/3 de férias,
embora em parcela única.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS,
EMPREGOS E FUNÇÕES
Em regra, não se pode acumular
cargos, empregos ou funções:
Art. 37. (...) XVI – é vedada a
acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI:
a. a de dois cargos de professor;
b. a de um cargo de professor com
outro técnico ou científico;
c. a de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas;
Obs.: Ao longo do texto
constitucional é possível encontrar
outras brechas.
Por ex., o magistrado (juiz) e o
membro do MP podem ter outro
cargo de professor, assim como o
servidor que foi eleito Vereador, caso
tenha compatibilidade de horários;
e os membros das Forças Armadas,
que podem ter outra atividade na área
da saúde se tiverem compatibilidade
de horário. A mais recente inclusão ao
texto constitucional veio com a EC
101/2019:
EC 101/19. Art. 42. Os membros das
Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e
disciplina, são militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.
(...)
§ 3º Aplica-se aos militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios o disposto no art. 37,
inciso XVI, com prevalência da
atividade militar. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 101, de
2019) CF/88.
DA APOSENTADORIA
Art. 37. (...) XVII – a proibição de
acumular estende-se a empregos e
funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas,
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sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder público; Aposentadoria
dos Servidores
Obs.: A seguridade social é dividida
em três blocos, cujas iniciais formam
o mnemônico PAS (que facilita a
memorização):
a) Previdência – Contributiva (só se
aposenta quem contribui); dividida
em Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) e Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) (art. 40,
CF);
b) Assistência – Não contributiva; e
c) Saúde – Não contributiva. Art. 40.
O regime próprio de previdência
social dos servidores titulares de
cargos efetivos terá caráter
contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas,
observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
(Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 103, de 2019)
Obs.: Desde a promulgação da CF de
1988, houve algumas reformas de
previdência:
a Emenda Constitucional n. 20/98, a
EC n. 41/2003, a EC n. 47/2005 e a
Emenda 103/2019, a mais recente,
que foi apenas federal.
Essas reformas têm que admitir uma
regra de transição para quem já era
servidor quando elas saíram e um
abono de permanência para quem já
houvesse preenchido os requisitos.
Obs.: Existem três categorias de
aposentadoria:
Art. 40. (...) § 1º O servidor
abrangido por regime próprio de
previdência social será aposentado:
(Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 103, de 2019)
I – por incapacidade permanente para
o trabalho, no cargo em que estiver
investido, quando insuscetível de
readaptação, hipótese em que será
obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da
continuidade das condições que
ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do
respectivo ente federativo; (Redação
dada pela Emenda Constitucional n.
103, de 2019)
Obs.: A readaptação é uma forma de
provimento para aqueles servidores
que sofreram determinadas limitações
de ordem física ou mental.
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II – compulsoriamente, com
proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta) anos de
idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei
complementar; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 88, de
2015)
Obs.: Atualmente, a aposentadoria
compulsória se dá aos 75 anos para
todos os servidores (Lei
Complementar n. 152, de 2015).
III – no âmbito da União, aos 62
(sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, e aos 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, se homem, e, no
âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, na idade
mínima estabelecida mediante
emenda às respectivas Constituições
e Leis Orgânicas, observados o tempo
de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar
do respectivo ente federativo.
(Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 103, de 2019)
Obs.: Existem categorias que têm
aposentadoria diferenciada,
introduzidas pela EC 101/2019.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos
ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios em regime
próprio de previdência social,
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-
B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 103, de
2019).
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por
lei complementar do respectivo ente
federativo idade e tempo de
contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com
deficiência, previamente submetidos
a avaliação biopsicossocial realizada
por equipe multiprofissional e
interdisciplinar. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 103, de
2019)
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por
lei complementar do respectivo ente
federativo idade e tempo de
contribuição diferenciados para
aposentadoria de ocupantes do cargo
de agente penitenciário, de agente
socioeducativo ou de policial dos
órgãos de que tratam o inciso IV do
caput do art. 51, o inciso XIII do
caput do art. 52 e os incisos I a IV do
caput do art. 144. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 103, de
2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por
lei complementar do respectivo ente
federativo idade e tempo de
contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos,
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físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria
profissional ou ocupação.
§ 5º Os ocupantes do cargo de
professor terão idade mínima
reduzida em 5 (cinco) anos em
relação às idades decorrentes da
aplicação do disposto no inciso III do
§ 1º, desde que comprovem tempo de
efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio fixado
em lei complementar do respectivo
ente federativo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 103, de
2019).
Obs.: Professores universitários não
estão inclusos.
ESTABILIDADE
Art. 41. São estáveis após três anos
de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso
público.
§ 1º O servidor público estável só
perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial
transitada em julgado;
Obs.: Deve-se lembrar que essa é a
única forma de um servidor ocupante
de cargo vitalício perdê-lo.
II – mediante processo administrativo
em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III – mediante procedimento de
avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a
demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a
sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo
de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição
da estabilidade, é obrigatória a
avaliação especial de desempenho
por comissão instituída para essa
finalidade.
Art. 37. (...) IX – a lei estabelecerá os
casos de contratação por tempo
determinado para atender a
necessidade temporária de
excepcional interesse público;
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a. Empregos – Os empregados
possuem vínculo celetista e trabalham
nas pessoas jurídicas de direito
privado.
Ex.: Empresas públicas e sociedades
de economia mista; e
b. Cargos – Se dividem em três
categorias:
• Efetivos – nos quais se adquire
estabilidade após três anos; o cargo
pode ser perdido nas hipóteses do art.
41, § 1º, ou ainda devido aos cortes
orçamentários previstos no art. 169.
• Vitalícios – em regra, o prazo para a
vitaliciedade é de dois anos.
Ex.: Magistratura e MP.
Exceção: para advogado nomeado
como ministro do STF ou do STJ, ou
que entrou pelo quinto constitucional,
a vitaliciedade é instantânea.
A proteção àquele que ocupa cargo
vitalício é diferenciada, pois o cargo
só pode ser perdido por processo
judicial com trânsito em julgado; e
• Em comissão (ad nutum) – Cargos
de livre nomeação e livre exoneração.
Obs.: Não se deve confundir função
pública, que é para os temporários
(ex.: professores substitutos do
município), com função de confiança,
que é exclusivamente para quem
ocupa cargo efetivo (concursado).
Art. 37. (...) V – as funções de
confiança, exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento;
Art. 37. (...) II – a investidura em
cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
A investidura se dá com a posse. A
nomeação é uma forma de
provimento ordinário, a posse é a
investidura e é seguida pela entrada
em exercício.
ORÇAMENTO PÚBLICO
pode haver perda do cargo devido a
questões orçamentárias:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo
e inativo da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios não
poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.
Obs.: Essa lei já existe, e é a Lei
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Complementar n. 101/2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
Art. 169. (...) § 3º Para o
cumprimento dos limites
estabelecidos com base neste artigo,
durante o prazo fixado na lei
complementar referida no caput, a
União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios adotarão as seguintes
providências:
I – redução em pelo menos vinte por
cento das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não
estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base
no parágrafo anterior não forem
suficientes para assegurar o I – nomeação;
cumprimento da determinação da lei
complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o
cargo, desde que ato normativo
motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na
forma do parágrafo anterior fará jus a
indenização correspondente a um mês
de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução
prevista nos parágrafos anteriores
será considerado extinto, vedada a
criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro
anos.
SERVIDORES FEDERAIS
Lei 8.112/1990. Art. 1º. Esta Lei
institui o Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias, inclusive as em
regime especial, e das fundações
públicas federais.
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei,
servidor é a pessoa legalmente
investida em cargo público.
Obs.: Esse cargo pode ser efetivo ou
em comissão. Art. 8º. São formas de
provimento de cargo público:
II – promoção;
III e IV – Revogados;
V – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
VIII – reintegração;
IX – recondução.
ATENÇÃO Algumas observações:
• A nomeação é a única forma de
provimento originário;
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todas as demais são formas de VIII – posse em outro cargo
provimento derivado; inacumulável;
• A promoção pode ser por IX – falecimento.
antiguidade ou por merecimento; IX – recondução.
• A reversão é o retorno do Obs.: Exoneração não é penalidade,
aposentado, se ele preencher os mas a demissão sim:
requisitos legais ou se os motivos
para a aposentadoria forem Art. 127. São penalidades
insuficientes; disciplinares:

• Aproveitamento – retorno da I – advertência;

disponibilidade; II – suspensão;
• Reintegração – Em caso de III – demissão;
demissão ilegal; e
IV – cassação de aposentadoria ou
• Recondução – Consequência da disponibilidade;
reintegração.
V – destituição de cargo em
Obs.: É preciso ter cuidado, pois nas comissão;
regras da vacância há duas repetições
VI – destituição de função
de formas de provimento:
comissionada.
readaptação e promoção, que são ao
SINDICÂNCIA
mesmo tempo provimento e vacância.
Imagine que o servidor vai responder
Art. 33. A vacância do cargo público
um processo administrativo
decorrerá de:
disciplinar (PAD), antes do qual é
I – exoneração; normal que haja uma sindicância,
II – demissão; embora não exista a obrigatoriedade.
Além disso, da sindicância pode
III – promoção; resultar penalidade:
IV e V – Revogados pela Lei n. Art. 145. Da sindicância poderá
9.527, de 10/12/97 resultar:
VI – readaptação; I – arquivamento do processo;
VII – aposentadoria;
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II – aplicação de penalidade de
advertência ou suspensão de até 30
(trinta) dias;
III – instauração de processo
disciplinar.
Obs.: Existem diferentes tipos de
sindicância e se ela for resultar em
punição, precisa oferecer ampla
defesa e contraditório, o que não é
necessário caso não resulte em
punição.
PAD
Art. 151. O processo disciplinar se
desenvolve nas seguintes fases:
I – instauração, com a publicação do
ato que constituir a comissão;
II – inquérito administrativo, que
compreende instrução, defesa e
relatório;
III – julgamento.
Obs.: A Súmula Vinculante n. 5 do
STF estabelece: “A falta de defesa
técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não
ofende a Constituição”;
ou seja, não é obrigatória a
presença de um advogado em
qualquer das fases do PAD.