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Disposições Gerais (arts.

37 e 38)
Arts. 37
Principios gerais da administração pública
É administração pública no Brasil, de qualquer dos poderes, de qualquer entidade
federativa, então essa administração tem que respeitar a legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE)
Legalidade: afirmando que o administrador público tem que seguir a lei.
Impessoalidade: pode ser observado sob duas óticas, a primeira, impessoalidade para o
administrador público e uma impessoalidade com olhos nos administrados.
Quando fala sobre o administrador público, proibindo que o administrador se valha da
administração pública para se beneficiar. Veda a promoção pessoal do agente público.
A impessoalidade sob ótica dos administrados, proibição de tratamento desigual. A
administração pública tem que tratar todos igualmente, não pode privilegiar ou
prejudicar um segmento. Ex. concurso público, vedação ao nepotismo.
Moralidade: Exigência de conduta ética
Publicidade: Pode ser observado por duas perspectivas, primeiro, exigência de
publicação de atos normativos, são atos administrativos de cunho normativos que para
produzir efeitos no mundo jurídico, eles necessitam ser publicados. Ex. Publicar um ato
normativo, para produzir efeito
Transparência da administração pública, todos tem o direito de obter dos órgãos
públicos informações, de caráter pessoal ou de interesse coletivo geral, informações que
devem ser prestadas no prazo da lei.
Eficiência: Cumprimento de metas, antes a administração pública possuía um modelo
burocrático, mas se tornou uma administração pública com foco no resultado, no
cumprimento de metas. Melhorando resultados, metas pré-estabelecidas.
Brasileiros podem preencher cargos, empregos e funções públicas, desde que
preencham os requisitos estabelecidos em lei (apenas a lei prevê, nenhum ato infralegal
está acima dela), assim como os estrangeiros, na forma da lei (desde que haja uma lei
regulamentando isso).
II - A investido em cargo ou emprego público, depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração. (Funções públicas são diferentes, não tem necessidade de concurso. Por
exemplo, mesário não tem necessidade)
III - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período. Ex. se o concurso será de 6 meses, pode ser prorrogado 1 vez
para mais 6 meses.
A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
Só pode realizar um novo concurso, caso exista um concurso anterior ainda ativo, se o
concurso anterior já estiver no prazo de prorrogação (chamado de prazo improrrogável),
contudo, levando em consideração que os aprovados anteriores têm prioridade nesse
novo concurso para assumir cargo.
as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, (precisa passar no concurso público antes) e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira (não precisa de concurso) nos casos, condições
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
O militar são pode se sindicalizar.
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
No âmbito da segurança pública, não pode fazer greve de acordo com o STF.
Contrato por tempo determinado é apenas temporário
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
§ 12. Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante
emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Empresas estatais: empresa pública ou sociedade economia mista.
Essas estatais que tem lá dentro, empregos públicos, esses empregados devem respeitar
o teto constitucional (se for uma estatal não dependente, não precisa respeitar, se é uma
estatal dependente, precisa respeitar).
É dependente quando a estatal depende do orçamento para pagamento de pessoal, para
seu custeio em geral.
Parcela indenizatória não precisam se submeter ao teto constitucional. Ex. auxilio
moradia.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Ou seja, as parcelas indenizatória + a remuneração podem ultrapassar o teto.
Se forem parcelas remuneratórias não podem ultrapassar.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
Nos cargos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e
funções. O teto remuneratório é considerado em cada um dos vínculos formalizados.
Tem que respeitar o teto no cargo A e o teto no cargo B. Não se soma os valores dos
cargos.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício
de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta
condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.

Art. 38
Regulamenta a maneira pela qual o servidor ocupante de cargo efetivo, poderá
exercer mandato eletivo.
Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de
seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; (de origem, ele escolhe se prefere a
do cargo de origem ou se prefere a do cargo eletivo)
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior; (se houver a compatibilidade de horários, recebe pelos dois
cargos)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento; (cargo antigo)
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá
filiado a esse regime, no ente federativo de origem.
Servidores públicos (arts. 39 a 41)
Art. 39
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a
formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a
celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (não se aplica aos
municípios)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e
os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser
fixada nos termos do § 4º.
Art. 40
O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,
quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
II - Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
complementar; (idade limite)
III – (voluntariamente) no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida
mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o
tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe
multiprofissional e interdisciplinar.
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do
cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de
que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I
a IV do caput do art. 144.
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização
por categoria profissional ou ocupação.
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco)
anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º,
desde que comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do
respectivo ente federativo.
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário,
inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência
Social.
Art. 41
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

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