Você está na página 1de 3

AGENTES PÚBLICOS.

O conceito de agente público é “todos aqueles que exercem função pública, ainda que em caráter temporário ou sem
remuneração”.

Agentes públicos comportam diversas espécies, analisaremos cada uma.

1. AGENTES POLÍTICOS.

Os agente políticos exercem um função pública (múnus público) de alta direção do estado, ingressão por meio das eleições,
desempenhando mandados fixos, ao termino da relação com Estado desaparece automaticamente, não é uma vinculação
profissional, mas institucional e estuaria. São os membros de Poder que ocupam a cúpula diretiva do Estado.

Ex.: Parlamentares, presidente da república, governadores, prefeitos, e seus respectivos vices, ministro de Estados e secretários.

Obs.: Magistrados, promotores, procurados da republica e diplomatas são servidores públicos estatuários titulares de cargos
vitalícios, e não agente políticos.

2. OCUPANTES DE CARGO EM COMISSÃO.

Conhecidos como “cargo de confiança ou comissionados” esses cargos estão reservados a direção, chefia e assessoramento (art.
37 da CF) qualquer outra atribuição que não envolva chefia, direção ou assessoramento – deve ser considerada inconstitucional -

Tais cargos são acessíveis sem concurso público, mas providos por nomeação política.

A exoneração é ad nutum (revogado por vontade de uma das partes), podendo os comissionados ser desligado do cargo
imotivadamente, sem necessidade de garantir contraditório, ampla defesa e direito ao devido processo legal.

Entretanto, caso autoridade opte em apresentar um motivo, e esse motivo for falso ou inexistente, o desligamento será nulo em
razão da teoria dos motivos determinantes.

Ex.: Cargos em comissão: assessoria parlamentar e os subprefeitos, devendo observar a legislação local sobre as condições e o
percentual de cargos de devem ser preenchidos assim.

Não se deve confundir cargo de confiança (comissionado), com função de confiança. As funções de confiança também se
relacionaram exclusivamente com atribuições de direção, chefia e assessoramento, mas só podem ser exercidas por servidores de
carreiras (depende de vinculação previa com o serviço público)

3. CONTRATADOS TEMPORÁRIOS.

A lei estabelece os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público. (Art. 37, IX, CF)

O sistema de contração por tempo determina é estabelecido pela lei 8.745/93, é aplicável às pessoas de direito público de âmbito
federal, não se aplica ao Estados, DF, e aos municípios, nem tão pouco as empresar públicas e as sociedades de economia mista
da união. A contratação temporária não se rege pelo estatuto do servidor público federal.

Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público.

I - assistência a situações de calamidade pública;


II - assistência a emergências em saúde pública
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE; 
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI – atividades especiais como organização das forças armadas, identificação e demarcação territorial, atuações finalísticas do
Hospital das forças armadas, assistência à saúde para comunidade indígenas.
VII - admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnólogo
ocupante de cargo efetivo, decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação
VIII - admissão de pesquisador, de técnico com formação em área tecnológica de nível intermediário ou de tecnólogo, nacionais ou
estrangeiros, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa, ao desenvolvimento e à
inovação;            
IX - combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de
emergência ambiental na região específica.  
Nesse caso, o recrutamento para contratação temporária é dispensado o concurso público, mas deve ser feito por processo
seletivo simplificado. Entretanto, nos caso de calamidade pública ou emergência ambiental o processo seletivo simplificado é
dispensado.

Ver tempo de contração temporária no livros – pag. 622.

4. AGENTES MILITARES.

Os militares são organizada com base na hierarquia e disciplina, possuindo vinculação estatuaria, e não contratual, mas o regimento
jurídico é disciplinado por legislação especifica diversa da aplicável aos servidores civis.

Importante destacar que os militares estão constitucionalmente proibidas a sindicalização, a greve, a acumulação de cargos e a
filiação partidária.

5. SERVIDORES PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS.

O regime estatuário é regime comum de contratação de agentes públicos pela administração direta, isto é: União, Estados, DF e
municípios, assim como pelas pessoas jurídicas de direito público da Administração indireta, como: autarquias, fundações públicas e
associações públicas.

No âmbito federal rege-se pela lei 8.112/90 – imprimir e ler.

Os servidores estatuários são selecionados por concurso público para ocupar cargos públicos, tendo vinculação estatuaria não
contratual, e adquirem estabilidade após se sujeitarem a um estágio probatório. (03 anos no âmbito federal)

Pode haver alteração unilateral no regime aplicável aos servidores estatuários, desde que as alterações unilaterais ao regime não
prejudiquem os direitos adquiridos.

É o regime de cargo público mais vantajoso e protetivo para o agente, pois possui várias estabilidades e evitam influencias
partidárias e pressões políticas provocadas pela constante alternância na cúpula diretiva do Estado.

A perda dessa estabilidade só é possível nas hipóteses constitucionalmente previstas, a saber: Sentença judicial transitada em
julgado, processo adm. Disciplinar (pag), avaliação periódica de desempenho. É possível a perda do cargo também para redução de
despesas com pessoal.

Os cargos vitalícios, a saber: Magistrados, Ministérios Público e membros dos Tribunais de Constas e agentes político após o estágios
probatório, a perda de cargo só ocorre por sentença transitada em julgado. O estágio probatório também é reduzido, tendo
duração de 02 anos.

Ler página 625 sobre o direito dos servidores estatutários.

6. EMPREGADOS PÚBLICOS.

São empregado públicos que ingressam por meio de concurso público para ocupar empregos públicos, tendo uma vinculação
contratual, regida pela CLT.

Esse regime é menos protetivo, e está previsto como sistema de contratação a ser utilizado nas pessoas jurídicas de direito privado
da Administração indireta.

Não possui estágio probatório, mas período de experiência de 90 dias, previsto na CLT.

Salvos os correios, é inaplicável o instituto da estabilidade no emprego aos trabalhadores de empresas públicas e sociedades de
economia mista, esse direito é assegurado ao servidores estatutários.

PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM A ADM. (AGENTES HONORIFICOS).

Os particulares em colaboração constituem uma classe de agentes públicos, em regra, sem vinculação permanente e remunerada
com o Estado.

Essa categoria de agentes públicos é composta por: Requisitados de serviços, ex: mesários e conscrito. B) Gestores de negócios
públicos: Particulares que assumem espontaneamente situações emergenciais do estado. C) Contratado por locação civil de
serviços: é o caso de juristas famosos, contratados para dar um parecer. D) concessionários e permissionários: Exercem função
pública por delegação estatal. E) delegados de função ou oficio público.

Esse agentes também são concorrentes nos crimes previsto na lei de improbidade.

ACUMULÇÃO DE CARGO, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS.


Via de regra a acumulação de cargo público é proibida, mas a CF prevê uma ROL TAXATIVO que a acumulação é permitida e só será
permitida ser houver compatibilidade de horários. – ler exemplos páginas 629.

A proibição de acumular dois cargos também atinge empregos e funções públicas da Administração Pública Indireta. A acumulação é
vedada ainda que o serviço prestado seja voluntario e não remunerado.

Essa regra também se estende a entidades da adm. Indireta do DF, Estados, Territórios e Municípios. (lei 8112/90)

Acumulações e teto remuneratório.

Segundo orientação do STF, as acumulações são compatíveis com texto constitucional, nos seguintes casos.

A) O teto remuneratório se aplica a cada vinculo separadamente, e não sobre a somatória de ambos vencimentos (quer dizer que
cada emprego terá um teto independente)

B) E as situações remuneratórias antes da EC/41, não podem ser atingidas por garantia do direito adquirido e irredutibilidade
salarial.

Sob o horário de jornada: Quando houver compatibilidade de horários e faltar norma infraconstitucional que limite esse horário de
trabalho, poderá o servidor acumular as duas funções independentemente do somatório das duas cargas horarias.

CONCURSO PÚBLICO.

O concurso é o procedimento administrativo instaurado pelo poder públicos para selecionar os candidatos mais aptos ao exercício
de cargos e empregos públicos.

Se é a Constituição Federal que prevê o provimento vai concurso público, somente ela pode definir as exceções a tal exigência. – ler
pag. 633 para verificar as exceções.

TIPOS DE CONCURSO.

A CF faz referência a dois tipos de concursos público: O de provas e o de prova de títulos.

Concurso de provas: Deve ser utilizado para cargos e empregos que envolvam, atribuições de menor complexidade e sem natureza
intelectual. Na impede, caso seja conveniente a Adm. Pública realizar concurso de provas para cargos de complexidade média, é o
desempenho nas provas escritas, cujo teor deverá abordar basicamente conhecimentos gerais.

Concurso de provas e títulos: A ordem classificatória é determina pela ponderação entre o resultado nas provas e na pontuação
atribuída aos títulos indicados no edital. Geralmente são para cargos de maior complexidade. A CF não aceita concurso público
exclusivamente de títulos.

A CF impede que alguém ocupe cargo público sem ter sido aprovado no respectivo concurso público, e ao mesmo tempo, proíbe
que um servidos público investido para exercer determinado cargo passe a ocupar outro cargo em carreira diversa daquela para
qual foi aprovado em concurso público. – súmula vinculante nº 43.

Somente por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o
Concurso público”

O concurso público terá validade de 02 anos, prorrogável uma única vez por igual período, o prazo de validade ser contado a partir
da data de homologação do concurso, não será aberto novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade não expirado.

Caso haja novo concurso, os aprovados anteriormente terão prioridade sob os novos aprovados.

O STJ, firmou que o aprovado em concurso público dentro do número de vagas anunciado de vagas no edital possui direito
subjetivo, líquido e certo à nomeação, porém a adm. Tem todo o prazo de validade do concurso, mais a prorrogação, para realizar a
nomeação. (exceto se houver fator posterior que elimine a necessidade de contratação, caso ainda exista essa necessidade, deverão
ser chamado)

RESUMINDO OS FATOS JURIDICOS CONVERSORES. – PAG. 639.

Via de regra aprovação gera simples expectativa de direito à nomeação, porém há hipóteses que se torne um direito subjetivo ou
adquirido à nomeação. Ver exemplos no livro.

Servidor nomeado por decisão judicial não tem direito a indenização

Você também pode gostar