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LEI COMPLEMENTAR N.

840/2011
Introdução
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INTRODUÇÃO

LEI COMPLEMENTAR N. 840, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011

Se trata do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal. Dispõe sobre o
regime jurídico dos servidores públicos civis do Distrito Federal, das autarquias e das funda-
ções públicas distritais.

 Obs.: no DF a Administração direta não alcança o Poder Judiciário, visto que é da União.

• As sociedades de economia mista utilizam o regime celetista para contrato de pessoal.

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida
em cargo público.

Obs.: o servidor público ocupa cargo público. O regime do servidor público é o estatutário.
O empregado público ocupa emprego público e é celetista, mesmo necessitando ser
previamente aprovado em concurso.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organi-


zacional e cometidas a um servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e subsídio ou
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vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Obs.: o cargo efetivo precisa de prévia aprovação em concurso público, ao contrário dos
cargos em comissão.

Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de prévia aprovação em concurso


público.
Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento, são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
§ 2º Pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão devem ser providos por servidor
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei.
ANOTAÇÕES

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Obs.: função de confiança só pode ser ocupada por servidor efetivo.


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§ 3º É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para cargo em comissão,


incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de ine-
legibilidade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa
legislação.

Obs.: pessoa com direitos políticos suspensos não pode ocupar cargo público.

Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se exclusivamente às atri-


buições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 124. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2017/SEDF/MONITOR EDUCACIONAL) A investidura em cargo em comissão
depende de prévia aprovação em concurso público.

COMENTÁRIO
Ao contrário da função de confiança, cargo em comissão não exige aprovação em concur-
so público.

2. (CESPE/2017/SEDF/ANALALISTA DE GESTÃO-DIREITO E LEGISLAÇÃO) As funções


de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

COMENTÁRIO
Cargo em comissão e função de confiança possuem as mesmas atribuições.

Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compati-
bilidade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
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Obs.: nas hipóteses previstas em lei, a acumulação de cargos pode ocorrer em esferas diferentes.
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§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para os fins do inciso II, qualquer
cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na forma
e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Obs.: quanto à remuneração, o entendimento do STF é que a soma de remuneração dos


cargos pode ultrapassar o teto estabelecido que tem como base o subsídio dos Minis-
tros do STF.

§ 2º A proibição de acumular estende-se:


I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de eco-
nomia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público;
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Distrito Fede-
ral, da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável
na forma deste artigo.

Obs.: se o cargo for acumulável na ativa, também pode ser acumulado na inatividade.

§ 3º O servidor que acumular licitamente cargo público fica obrigado a comprovar anualmente a
compatibilidade de horários.

DIRETO DO CONCURSO
3. (QUADRIX/2018/CODHAB/AGENTE ADMINISTRATIVO) Para fins de acumulação
remunerada de cargos públicos, presume-se como de natureza técnica ou científica qualquer
cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada
na forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
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RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. ACU-


MULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. PROFESSOR E TÉCNICO JUDICIÁRIO. IMPOS-
SIBILIDADE. (...)
2. E, para fins de acumulação, resta assentado no constructo doutrinário-jurisprudencial
que cargo técnico é o que requer conhecimento específico na área de atuação do profis-
sional.
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3. Não é possível a acumulação dos cargos de professor e Técnico Judiciário, de nível


médio, para o qual não se exige qualquer formação específica e cujas atribuições são de
natureza eminentemente burocrática. (RMS 14.456/AM, rel. min. Hamilton Carvalhido)

• Outros casos permitidos na CF:

 Art. 38, III – vereador com cargo público (havendo compatibilidade com horário);
Art. 95. Parágrafo único, I – juiz e magistério.
Art. 128. § 5º, II, d – membros do Ministério Público e magistério.

Obs.: o servidor público pode trabalhar normalmente na iniciativa privada com carteira assinada.

DIRETO DO CONCURSO
4. (CESPE/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) A vedação ao acú-
mulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos empre-
gados das sociedades de economia mista.

COMENTÁRIO
A vedação ao acúmulo remunerado de cargos atinge qualquer entidade da Administração
indireta.

5. (FGV/2018/MPE-AL/ANLISTA DO MP) Artur, ocupante de cargo de provimento efetivo na


administração pública federal, cujas atribuições eram direcionadas ao desenvolvimento de
projetos tecnológicos na área nuclear, foi aprovado em outro concurso público. Seu obje-
tivo era o de permanecer em ambos os cargos, de modo a aumentar sua renda. À luz da
sistemática constitucional, o segundo cargo passível de ser ocupado por Artur é o de
a. Membro do Ministério Público.
b. Profissional da área de saúde.
c. Caráter técnico ou científico.
d. Magistrado.
e. Professor.
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COMENTÁRIO
a) Membro do MP pode acumular com cargo e professor.
b) Profissional da área de saúde pode acumular com outro cargo da área da saúde.
c) Cargo técnico científico pode ser acumulado com cargo de professor.
d) Magistrado pode acumular com cargo de professor.
e) Professor pode acumular com cargo técnico.
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Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:


I – a nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado);
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.

Obs.: os requisitos deverão ser comprovados no momento da posse.

§ 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura em cargos públicos.


§ 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar o disposto em Lei federal.

Lei n. 8112/1090

Art. 5º, § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão


prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas
e os procedimentos desta Lei.
§ 3º Os requisitos para investidura em cargo público devem ser comprovados por ocasião da posse.
Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.

Obs.: provimento = nomeação.


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GABARITO
1. E
2. C
3. C
4. E
5. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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