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Vale lembrar que esta lei que será estudada é o estatuto dos servidores públicos do
estado de Minas Gerais. Este estatuto alcança a administração direta estadual bem como
suas autarquias e fundações públicas.
Obs.: hoje, a Constituição não utiliza a expressão funcionário, mas sim servidor público.
Na prova, deve-se tratar como sinônimo.
Existe o regime estatutário, que será estudado na aula, e existe o regime celetista, que é
aplicado nas empresas públicas e sociedades de economia mista.
Cargo público é ocupado por servidor público, que possui regime estatutário. Cada ente
político terá seu próprio estatuto. No âmbito federal, por exemplo, há a lei n. 8.112/90; em
Brasília, há a lei complementar n. 840/11. Os estados, municípios e a União podem criar seu
próprio regime jurídico para os servidores públicos.
Emprego público é ocupado por empregado público, que possui regime celetista (CLT
da iniciativa privada). Isso vale para quem trabalha nas empresas públicas, como Correios e
Caixa Econômica, e vale para quem trabalha em sociedade de economia mista, como Petro-
bras e Banco do Brasil. Para ser empregado público, também é preciso ser aprovado em
concurso público.
Art. 1º - Esta lei regula as condições do provimento dos cargos públicos, os direitos e as vanta-
gens, os deveres e responsabilidades dos funcionários civis do Estado.
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se igualmente ao Ministério Público e ao Magistério.
Obs.: aplica-se também aos órgãos dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
Art. 2º - Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º - Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com a
denominação própria e pago pelos cofres do Estado.
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Obs.: todo cargo público é criado por lei. Não é possível criar cargo por decreto, pois este
é um ato administrativo. O cargo público tem uma denominação própria (exemplos:
agente de polícia, professor, analista legislativo, técnico judiciário, agente adminis-
trativo).
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Parágrafo único. Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões previamente fixa-
dos em lei.
Obs.: cada carreira terá lei específica para estabelecer a remuneração daquelas pessoas
que ocupam aqueles cargos públicos. Existe lei específica para a polícia civil, o judi-
ciário, o legislativo e o magistério, por exemplo.
Art. 4º - Os cargos são de carreira ou isolados.
Obs.: o cargo de carreira é aquele que admite a promoção. Exemplo: servidor entra na
classe A da carreira; depois, entra na classe B e C. Cada carreira tem seu plano de
carreira. O cargo isolado é aquele que não admite promoção e já está em desuso
hoje em dia. Quando o servidor vai ser promovido, ele geralmente precisa apresen-
tar diploma de participação em algum curso ou atividade promovida pelo órgão, por
exemplo. Isso gera estímulo para o servidor. Quando o servidor é promovido, a re-
muneração aumenta bastante. Por isso, a remuneração prevista no edital é a inicial
para o cargo; no final da carreira, a remuneração é maior.
Parágrafo único. São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão;
isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
Art. 5º - Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
Obs.: exemplo: agente de polícia civil da Classe A. Vários profissionais estão nessa classe
A; vários estão na Classe B.
Art. 6º - Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões
de vencimentos.
Art. 7º - As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.
Parágrafo único. Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira po-
dem ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
Obs.: exemplo: técnico de enfermagem. Não importa a classe que ele estiver, pois ele terá
a mesma atividade. O que muda é a remuneração.
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Art. 8º - Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
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Obs.: o cargo pode ser efetivo ou em comissão. O cargo efetivo é aquele que exige prévia
aprovação em concurso público. Vale lembrar que o cargo efetivo pode ser de carrei-
ra ou isolado. O cargo em comissão é sempre isolado. O cargo em comissão pode
ser ocupado por qualquer pessoa que cumpra os requisitos técnicos do cargo. São
cargos de livre nomeação e livre exoneração.
Art. 11 - Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas
na Constituição, os cargos públicos estaduais.
Obs.: o estatuto de Minas Gerais e outros estatutos focam no poder Executivo, mas é pre-
ciso ter uma simetria. Quem nomeia no Executivo? O governador. E no Poder Legis-
lativo? Presidente da Assembleia Legislativa. E no Judiciário? Presidente do TJ.
Art. 13 - Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
I – ser brasileiro;
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Obs.: até quando um servidor pode ocupar cargo público? Até antes de complementar 75
anos, pois, aos 75 anos, ocorre a aposentadoria compulsória.
Obs.: em regra, o servidor ocupa um único cargo público ou emprego público. Mas há ex-
ceções: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou cien-
tífico; dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Art. 37, XVI, CF – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
Obs.: o próprio art. 37 estabelece um teto remuneratório, que vale no Brasil inteiro. Hoje, no
Brasil, ninguém pode receber um valor superior ao que recebe os ministros do STF.
O teto deve ser visto em cada cargo. Se a soma de dois cargos públicos ultrapassar
o teto máximo, não há problema.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) A vedação ao
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acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos
empregados das sociedades de economia mista.
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COMENTÁRIO
É possível acumular o cargo de professor com outro técnico ou científico.
a. é preciso haver compatibilidade de horários; abrange autarquias.
c. pode ultrapassar o teto constitucional.
e. poderá acumular a remuneração dos dois cargos públicos se houver compatibilidade
de horário, ainda que a soma das remunerações ultrapasse o teto constitucional.
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COMENTÁRIO
Emprego público é para quem trabalha em empresa pública ou sociedade de eco-
nomia mista.
COMENTÁRIO
a. vale lembrar que o membro do MP pode exercer outra atividade no magistério. O
magistrado também pode ocupar outro cargo público de professor.
b. profissional de saúde pode com outro de profissional de saúde.
c. ele já ocupa um técnico.
d. não.
e. professor.
GABARITO
1. E
2. e
3. E
4. E
5. e
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
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