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AMPLA ACESSIBILIDADE
Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.
RELEMBRANDO:
Cargo Efetivo: proveniente de ingresso por CONCURSO PÚBLICO.
Cargo em Comissão: Livre nomeação e exoneração – QUALQUER PESSOA
(Servidor Efetivo ou não) pode ser nomeado, desde que cumpra requisitos básicos.
SÚMULAS PERTINENTES
Súmula Vinculante 44: só por LEI pode-se sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
Súmula 14 do STF: não é admissível, por ato administrativo, restringir, em
razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.
Súmula 683 do STF: o limite de idade para a inscrição em concurso público
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Por fim, a lei traz que ATÉ 20% das vagas serão reservadas aos PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA.
CONCURSO PÚBLICO
Concurso Público é o instrumento que a Administração Pública usa para selecionar seus
servidores e empregados. Sendo um requisito básico para garantir:
IMPESSOALIDADE;
MORALIDADE;
ISONOMIA.
Segundo a Constituição Federal, em seu Artigo 37, Inciso II:
“A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração”.
A lei 8112/90 normatiza esta previsão constitucional da seguinte forma:
“Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo
ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o
regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital,
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses
de isenção nele expressamente previstas”.
Existem algumas situações em que não é necessário a realização de concurso público para
o provimento. São elas:
Cargos em Comissão – Livre Nomeação e Exoneração;
Servidores Temporários – Necessário Processo Seletivo Simplificado (PSS);
Cargos Eletivos – Governadores, Senadores, Deputados etc.;
Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias – Regido pela lei
11350/06 que prevê Processo Seletivo Público Diferenciado para estes cargos;
Ministros (TCs, STF, STJ, STM, TST, TSE);
Quinto Constitucional – Indicação de Advogados ou Membros do Ministério Público
para compor o TRF, TJ;
Ex-Combatentes – Que tenham participado da Segunda Guerra Mundial;
Dirigentes de Empresas Estatais – Pois são Cargos em Comissão;
Contratações de Profissionais Qualificados por Empresas Estatais.
REGRAS DO EDITAL
PRAZO
Primeiramente vamos atentar ao PRAZO DE VIGÊNCIA do edital. Este prazo está previsto
no texto da constituição, em seu artigo 37, da seguinte forma:
“III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período”.
A lei 8112/90 repete o dispositivo, acrescentando que:
“Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1° O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização
serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da
União e em jornal diário de grande circulação”.
ALTERAÇÃO DO EDITAL
O Edital de Concurso Público trata-se de ato DISCRICIONÁRIO, porém, com as limitações
legais que lhe são devidas.
Uma vez o edital publicado existe uma vinculação a este instrumento convocatório.
Por este motivo alterações no edital, após sua publicação, em REGRA FEREM O PRINCÍPIO DA
ISONOMIA!
ATENÇÃO: segundo o STF, só se permitem alterações no edital se houver
MODIFICAÇÃO NA LEGISLAÇÃO que disciplina a respectiva carreira.
IMPORTANTE: entretanto, o edital pode ser RETIFICADO, como acontece
normalmente, desde que devidamente justificado.
NULIDADE DO CONCURSO
Caso o concurso apresente alguma irregularidade, sendo invalidado posteriormente, essa
invalidação do Concurso Induz à Invalidação das Nomeações!
Logicamente, uma vez nomeado o servidor, esta nomeação não pode ser anulada, a não
ser que possua alguma ilegalidade. Então, após a nomeação DEVE haver a posse!
STF - Súmula 16: "Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse”.
No outro extremo temos o candidato nomeado SEM CONCURSO público, o que se trata de
uma irregularidade. Logo:
STF - Súmula 17: "A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita
antes da posse”.
IMPORTANT: apesar da obrigatoriedade de se nomear os aprovados nas
vagas, um caso EXCEPCIONAL e DEVIDAMENTE JUSTIFICADO, pode basear a NÃO
NOMEAÇÃO, mesmo que no número de vagas previsto.
FORMAS DE PROVIMENTO
São justamente as formas de se prover o cargo público, sendo 7 (sete) formas na lei
8112/90.
DICA: São 7 formas de Provimento e 7 formas de Vacância, saber a quantidade
pode ser um bom “gatilho” para a memorização.
Nomeação;
Promoção;
Aproveitamento
Readaptação;
Reversão;
Reintegração;
Recondução.
Temos de falar, primeiramente, das duas formas de provimento que foram VETADAS da
lei 8112/90, por serem inconstitucionais. Essas duas formas tratam-se da ASCENÇÃO e da
TRANSFERÊNCIA.
ASCENÇÃO era passar de um cargo para outro, de complexidade superior, por meio de
uma prova “interna”. Dessa maneira, um Técnico Administrativo poderia se tornar Analista, por
exemplo, caso tivesse a escolaridade necessária e realizasse um processo seletivo promovido
pelo próprio órgão/entidade.
TRANSFERÊNCIA era passar de um cargo para outro, também por meio de seleção
interna, como se por exemplo um Agente da PF se tornasse Escrivão da PF, sem necessidade de
novo concurso.
O STF, por meio da seguinte súmula vinculante, reiterou a inadequação dessas formas de
provimento, por meio da seguinte redação:
Súmula Vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado
ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido.
NOMEAÇÃO
A nomeação pode se dar em:
POSSE
A posse é a INVESTIDURA em cargo público, é a famosa “assinatura” no termo, no qual o
outrora candidato finalmente torna-se, de fato, servidor público! Na lei 8112/90 a definição de
posse é:
A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades
e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser
alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
A lei 8112/90 trata-se de um regime jurídico único, logo, tanto a administração, como o
servidor estão VINCULADOS à essa lei, motivo pelo qual não pode haver alteração unilateral
das atribuições, deveres, etc. Porém, NÃO EXISTE DIREITO ADQUIRIDO À REGIME JURÍDICO
ÚNICO! Logo, atos de ofício previstos em lei podem ocorrer, alterando algumas previsões, bem
como a PRÓPRIA LEI pode sofrer alterações.
Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por NOMEAÇÃO – Ou seja, nas
outras seis formas de provimento NÃO HAVERÁ POSSE!
EXERCÍCIO
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de
confiança. É onde COMEÇA a contar o prazo de estágio probatório!
O servidor que tendo sido nomeado, NÃO TOMAR POSSE no prazo estabelecido,
terá seu ATO DE NOMEAÇÃO TORNADO SEM EFEITO.
READAPTAÇÃO
Segundo a lei 8112/90 trata-se da investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental verificada em inspeção médica.
Ou seja, de acordo com essa redação, não é necessário a readaptação para um cargo de
habilitação, escolaridade e vencimento compatível. Teoricamente, o servidor poderia ser
readaptado em QUALQUER cargo, desde que tivesse a escolaridade e a habilitação exigidas para
o cargo de destino, mantendo a remuneração do cargo de origem.
Logo, podemos inferir, que um Juiz, por exemplo, poderia ser readaptado para um cargo
de Analista, ou até mesmo de técnico!
REVERSÃO
Trata-se do retorno à atividade do Servidor Aposentado, esse retorno se dá no MESMO
cargo ou no cargo resultante de sua transformação. Essa reversão pode se dar de duas formas:
Nesse caso, tanto a aposentadoria como a solicitação de reversão devem ter sido
voluntárias! Ou seja, não pode um aposentado por invalidez, enquanto continuar incapacitado,
solicitar a reversão; e mesmo que cesse a incapacidade a reversão seria COMPULSÓRIA,
conforme o caso 1.
REINTEGRAÇÃO
Trata-se da “volta” do SERVIDOR ESTÁVEL no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando INVALIDADA A SUA DEMISSÃO:
Ou seja, para demitir servidor não estável, seria necessária instauração de Processo
Administrativo Disciplinar, sendo assim, esse processo poderia ser invalidado
administrativamente ou judicialmente, gerando Reintegração do servidor.
A lei 8112/90 preceitua que, provido o cargo, o seu ocupante será, SE ESTÁVEL:
E se o servidor NÃO FOR ESTÁVEL? Nesse caso a lei é silente sobre o assunto, ficando cada
caso concreto para apreciação do juiz.
RECONDUÇÃO
Retorno do SERVIDOR ESTÁVEL ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
Imagine um servidor que seja Policial Rodoviário Federal, que passa em seu estágio
probatório e se torna estável. Logo após, passa no concurso de Agente de Policia Federal, seu
maior sonho, e assume o referido cargo.
Acontece que esse NÃO se adapta ao novo cargo, sendo REPROVADO em estágio
probatório, logo, como é estável no serviço público federal e já completou o estágio probatório
como Policial Rodoviário Federal, será esse RECONDUZIDO ao cargo de origem.