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SUMÁRIO
LEI 8112/90 – DISPOSIÇÕES INICIAIS ................................................................................................................. 2
CONCEITO E DEFINIÇÕES ............................................................................................................................... 2
AMPLA ACESSIBILIDADE ................................................................................................................................ 2
REQUISITOS PARA INVESTIDURA ................................................................................................................... 3
SÚMULAS PERTINENTES ............................................................................................................................ 3
NOMEAÇÃO, POSSE E EXERCÍCIO .............................................................................................................. 3
CONCURSO PÚBLICO ......................................................................................................................................... 4
EXCEÇÕES AO CONCURSO PÚBLICO .............................................................................................................. 5
CONSELHOS DE CLASSE ............................................................................................................................. 5

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LEI 8112/90 – DISPOSIÇÕES INICIAIS


CONCEITO E DEFINIÇÕES
Começa agora um dos assuntos mais importantes no estudo do Direito Administrativo: a
lei 8112/90, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. Por se
tratar de uma lei extensa e cobrada quase em sua totalidade em provas, ficaremos muitas aulas
dedicados a esta lei, de maneira detalhada e atenciosa.
FIQUE LIGADO: autarquias em regime especial são aquelas a que a lei confere
privilégios específicos, tais como poder de regulação.
LEMBRE-SE: as fundações a que a lei se refere são as de DIREITO PÚBLICO,
uma vez que as fundações de Direito Privado são regidas pela CLT.

A primeira parte da lei se dedica à algumas definições:


 SERVIDOR: pessoa legalmente investida em cargo público.
 CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
LEMBRE-SE: é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos
previstos em lei.

AMPLA ACESSIBILIDADE
Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.
RELEMBRANDO:
Cargo Efetivo: proveniente de ingresso por CONCURSO PÚBLICO.
Cargo em Comissão: Livre nomeação e exoneração – QUALQUER PESSOA
(Servidor Efetivo ou não) pode ser nomeado, desde que cumpra requisitos básicos.

A ampla acessibilidade deriva do princípio constitucional da impessoalidade, de modo


que a administração pública deve dispor de condições iguais para todos os candidatos a
ingresso, com critérios objetivos e sem nenhum tipo de restrição que não seja amparada
constitucionalmente ou por lei.
A própria Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso I, traz que:
“Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”.
Quando a constituição e a própria lei citam “todos os brasileiros” elas se referem aos:
 Natos;
 Naturalizados;
 Portugueses Equiparados (se houver Reciprocidade).
Alguns cargos são PRIVATIVOS de Brasileiros NATOS, tais quais:
 Presidente e Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara dos Deputados;
 Presidente do Senado Federal;

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 Ministro do Supremo Tribunal Federal;


 Carreira Diplomática;
 Oficial das Forças Armadas;
 Ministro de Estado da Defesa.
Sobre a acessibilidade de estrangeiros aos cargos públicos, existem maiores restrições,
sendo eles limitados por lei às universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros.
Essa previsão está, inclusive, na própria constituição, no seguinte trecho:
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica,
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao
princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa
científica e tecnológica.

REQUISITOS PARA INVESTIDURA


A lei 8112/90 traz requisitos básicos para investidura em cargo público, sendo eles:
 Nacionalidade brasileira (Nato, Naturalizado);
 Gozo dos direitos políticos;
 Quitação com as obrigações militares e eleitorais;
 Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
 Idade mínima de dezoito anos;
 Aptidão física e mental.
Observação: as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei.
FIQUE ATENTO: apenas LEI pode estabelecer outros requisitos que não sejam
estes da lei 8112/90, desde que sejam JUSTIFICADOS pelo cargo.

SÚMULAS PERTINENTES
Súmula Vinculante 44: só por LEI pode-se sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
Súmula 14 do STF: não é admissível, por ato administrativo, restringir, em
razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.
Súmula 683 do STF: o limite de idade para a inscrição em concurso público
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

Observação: o inciso XXX, ao qual a súmula se refere, trata-se da proibição de diferença


de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil.
NOMEAÇÃO, POSSE E EXERCÍCIO
Uma das coisas mais importantes deste começo de lei é saber que após o ato de
provimento originário (NOMEAÇÃO) existe a POSSE e após esta, vem o EXERCÍCIO.

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O diagrama acima é autoexplicativo: após a NOMEAÇÃO o servidor tem 30 dias para


TOMAR POSSE; caso não tome posse o ATO DE NOMEAÇÃO É TORNADO SEM EFEITO.
Após a POSSE o servidor tem 15 dias para ENTRAR EM EXERCÍCIO; caso não entre em
exercício no prazo o servidor será EXONERADO.
FIQUE ATENTO: os prazos citados NÃO POSSUEM NENHUM TIPO DE
PRORROGAÇÃO!
IMPORTANTE: A INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO SE DÁ COM A
POSSE!

Por fim, a lei traz que ATÉ 20% das vagas serão reservadas aos PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA.

CONCURSO PÚBLICO
Concurso Público é o instrumento que a Administração Pública usa para selecionar seus
servidores e empregados. Sendo um requisito básico para garantir:
 IMPESSOALIDADE;
 MORALIDADE;
 ISONOMIA.
Segundo a Constituição Federal, em seu Artigo 37, Inciso II:
“A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração”.
A lei 8112/90 normatiza esta previsão constitucional da seguinte forma:
“Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo
ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o
regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital,
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses
de isenção nele expressamente previstas”.

IMPORTANTE: NÃO se admite a escolha de Candidatos Baseado Apenas em


Provas de Títulos.

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EXCEÇÕES AO CONCURSO PÚBLICO


Existem algumas situações em que não é necessário a realização de concurso público para
o provimento. São elas:
 Cargos em Comissão – Livre Nomeação e Exoneração;
 Servidores Temporários – Necessário Processo Seletivo Simplificado (PSS);
 Cargos Eletivos – Governadores, Senadores, Deputados etc.;
 Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias – Regido pela lei
11350/06 que prevê Processo Seletivo Público Diferenciado para estes cargos;
 Ministros (TCs, STF, STJ, STM, TST, TSE);
 Quinto Constitucional – Indicação de Advogados ou Membros do Ministério Público
para compor o TRF, TJ;
 Ex-Combatentes – Que tenham participado da Segunda Guerra Mundial;
 Dirigentes de Empresas Estatais – Pois são Cargos em Comissão;
 Contratações de Profissionais Qualificados por Empresas Estatais.
CONSELHOS DE CLASSE
Sem grandes aprofundamentos, os conselhos de classe (CRM, CREA, CREF etc.) têm a
natureza jurídica de AUTARQUIA. Dessa maneira, são regidos pelo DIREITO PÚBLICO e devem
ser regidos pela lei 8112/90.
De fato, é necessário concurso público para ingressar como servidor de conselho de classe,
porém, o regime utilizado é o CLT, sendo ele um empregado público, de acordo com a lei
9649/98.
Sobre este fato já houve posicionamento do STJ no sentido de que os referidos conselhos
devem adequar seu regime de pessoal para a lei 8112/90, justamente por possuírem natureza
jurídica de Autarquia.
IMPORTANTE: essas regras NÃO SE APLICAM à Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB)! O STF NÃO considera a OAB como Autarquia, mas como entidade sui generis.
Dessa forma, a OAB não tem necessidade de realização de concurso público!

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