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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Regras Aplicáveis Aos Servidores Públicos ......................................................................................................2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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dispensam o concurso público, que é meio exigido para que se ocupe um cargo ou empregos públicos.
Validade Do Concurso Público
→ A Constituição Federal previu prazo de validade para os concursos públicos. Veja o que diz o
artigo 37, III e IV:
Art. 37, III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira.
O prazo de validade será de até 2 anos, podendo ser prorrogado apenas uma vez, por igual
período. O prazo de validade passa a ser contado a partir da homologação do resultado. Este é o
prazo que a Administração Pública terá para contratar ou nomear os aprovados para o preenchi-
mento do emprego ou do cargo público, respectivamente. A decisão de prorrogar é discricionária da
Administração Pública, que deverá fazê-la dentro do prazo de validade do concurso.
Segundo posicionamento do STF, quem é aprovado dentro do número de vagas previstas no
edital possui direito subjetivo à nomeação, durante o prazo de validade do concurso. Uma forma
de burlar este sistema, encontrada pela Administração Pública, tem sido a publicação de edital
com cadastro de reserva, que gera apenas uma expectativa de direito para quem foi classificado no
concurso público.
→ Outro posicionamento interessante do Supremo diz respeito ao direito de nomeação, que terá o
candidato preterido por nomeação, fora da ordem de classificação, ou seja, caso seja nomeado
alguém de classificação superior, antes do candidato de classificação inferior, este terá direito ad-
quirido à nomeação, conforme súmula 15 do STF:
DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, O CANDIDATO APROVADO TEM O
DIREITO À NOMEAÇÃO, QUANDO O CARGO FOR PREENCHIDO SEM OBSERVÂNCIA DA CLAS-
SIFICAÇÃO.
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no concurso anterior e desde que esteja dentro do prazo de validade. Para sua prova, você deverá
responder conforme for perguntado. Se for segundo a Constituição Federal, não há proibição de rea-
lização de novo concurso, enquanto existir outro com prazo de validade aberto. Se lhe perguntarem
segundo a Lei 8.112/90, não se abrirá novo concurso, enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior, com prazo de validade não expirado.
Reserva De Vaga Para Deficiente
→ Essa regra sobre concurso público, no que tange à inclusão social, é uma das mais importantes,
previstas no texto constitucional. É regra de ação afirmativa, que visa à inserção social dos por-
tadores de necessidades especiais, bem como a compensar a perda social que alguns grupos têm,
possuindo valor social relevante. Diz respeito à reserva de vagas para pessoas com necessidades
especiais, as quais não podem ser tratadas da mesma forma que as pessoas que estão em pleno
vigor físico. Aqui, a isonomia deve ser material, observando a nítida diferença entre os deficientes
e os que não o são. Vejamos o que dispõe a Constituição, a respeito desse tema:
Art. 37, VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
→ Por se tratar de norma de eficácia limitada, a Constituição exigiu regulamentação para este dis-
positivo, o que foi feito, no âmbito federal, pela lei 8.112/90:
Art. 5, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras;
para tais pessoas, serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Este dispositivo garante a reserva de até 20% das vagas oferecidas no concurso para os deficien-
tes. Complementando esta norma, foi publicado o Decreto Federal 3298/99 que regulamentou a Lei
nº 7.853/1989, que fixou o mínimo de 5% das vagas para deficiente, exigindo, nos casos em que esse
percentual gerasse número fracionado, que fosse arredondado para o próximo número inteiro. Esta
proteção gerou um inconveniente nos concursos com poucas vagas, fazendo com que o STF inter-
viesse e decidisse no sentido de que se a observância do mínimo de 5% ultrapassasse o máximo de
20%, não seria necessário fazer a reserva da vaga. Isso é perfeitamente visível em concursos com 2
vagas. Se fosse reservado o mínimo, ter-se-ia, pelo menos, 1 vaga para deficiente, o que corresponde-
ria a 50% das vagas, ultrapassando, assim, o limite de 20% estabelecido em lei.
Funções De Confiança E Cargos Em Comissão
→ A Constituição prevê a existência das funções de confiança e os cargos em comissão:
Art. 37, V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Existem algumas peculiaridades entre estes dois institutos que sempre caem em prova. As funções
de confiança são privativas de ocupantes de cargo efetivo, ou seja, para aquele que fez concurso
público; já os cargos em comissão podem ser ocupados por qualquer pessoa, apesar de a Consti-
tuição estabelecer que se deve reservar um percentual mínimo para os ocupantes de cargo efetivo.
Tanto as funções de confiança como os cargos em comissão destinam-se às atribuições de direção,
chefia e assessoramento. As funções de confiança – livre designação e livre dispensa – são apenas
para servidores públicos ocupantes de cargos efetivos, os quais serão designados para seu exercício,
podendo ser dispensados a critério da Administração Pública. Já os cargos em comissão são de livre
nomeação e livre exoneração, podendo ser ocupados por qualquer pessoa, seja ele servidor público
ou não. A ocupação de um cargo em comissão por pessoa não detentora de cargo de provimento
efetivo não gera direito de ser efetivado, muito menos de adquirir a estabilidade.
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EXERCÍCIOS
01. Os ocupantes de cargos comissionados e os agentes administrativos temporários não podem
adquirir estabilidade no serviço público, uma vez que tal instituto é reservado aos ocupantes
de cargo efetivo, desde que cumpram os requisitos constitucionais.
Certo ( ) Errado ( )
02. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros natos que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei, dependendo
ainda, salvo no caso de nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração, da aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos;
Certo ( ) Errado ( )
03. Durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 – CERTO
02 – ERRADO
03 – CERTO
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